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Segunda noite de protestos em Nova York

5 de dezembro de 2014

Polícia prende 83 pessoas no primeiro dia de manifestações, iniciadas após tribunal decidir não processar um policial branco que matou um homem negro com uma "gravata".

Manifestante exibe cartaz com as últimas palavras de Eric Garner: "Não consigo respirar"Foto: Reuters/Stephen Lam

A polícia de Nova Iorque anunciou nesta quinta-feira (04/12) a detenção de 83 pessoas durante as manifestações da noite passada, que se seguiram à decisão judicial de não indiciar um policial branco que matou com uma chave-de-braço (gravata) um homem negro. Novos protestos são esperados para esta quinta.

Alguns dos manifestantes detidos na quarta-feira foram acusados de perturbação da ordem pública, afirmou à agência noticiosa AFP um porta-voz da polícia. Um enorme contigente policial havia sido destacado, mas não foram registrados incidentes graves.

Os manifestantes, que se deslocaram em pequenos grupos, percorreram a partir do final da tarde e durante a noite várias áreas da cidade, incluindo as proximidades do Rockefeller Center, a Times Square, a via rápida West Side Highway, o túnel Lincoln e a ponte do Brooklyn. Eles bloquearam o trânsito em vários pontos.

As manifestações ocorrem após a decisão de um tribunal de Staten Island, um dos cinco subúrbios de Nova Iorque, de não acusar um policial branco envolvido na morte de Eric Garner, de 43 anos e pai de família, em julho. Garner foi detido pela polícia, após ser acusado de vender ilegalmente cigarros. Vídeos na internet mostram que Garner falava "Não consigo respirar!" durante a "gravata" aplicada pelo policial. Garner morreu mais tarde, no hospital.

O Departamento de Justiça disse que conduzirá uma investigação própria do caso. "Nossos fiscais realizarão uma investigação independente, detalhada, justa e rápida", declarou o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder. "Além de realizar nossa própria investigação, o departamento iniciará uma revisão completa do material reunido durante a investigação local", acrescentou.

Manifestantes pedem o fim da violência policial, que atinge principalmente pessoas negrasFoto: Reuters/Stephen Lam

AS/rtr/lusa

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