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Novas sanções dos EUA atingem suposta namorada de Putin

3 de agosto de 2022

Governo americano congelou visto e propriedades de Alina Kabaeva. Bloqueio de ativos e vistos atinge também outros membros da elite russa, como magnata dos fertilizantes e esposa de diretor do fundo soberano da Rússia.

Alina Kabaeva
Alina Kabaeva, ex-ginasta olímpica e ex-parlamentar da Duma, é considerada em diversas reportagens parceira romântica de PutinFoto: Gavriil Grigorov/TASS/dpa/picture alliance

Uma nova rodada de sanções dos EUA contra integrantes da elite russa por conta da guerra na Ucrânia inclui uma mulher considerada em diversas reportagens como parceira romântica de longa data do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O Departamento do Tesouro dos EUA informou na terça-feira (02/08) que o governo congelou o visto de Alina Kabaeva, ex-ginasta olímpica e ex-parlamentar da Duma, e impôs outras restrições de propriedade. O órgão citou também que ela é diretora de uma empresa nacional russa de mídia.

Críticos do Kremlin, inclusive o ativista Alexey Navalny, atualmente preso na Rússia, vinham exigindo sanções contra Kabaeva, alegando que seu veículo de mídia havia assumido uma posição-chave para retratar as avaliações do Ocidente sobre a invasão da Ucrânia como desinformação.

O Reino Unido já havia sancionado Kabaeva em maio, e a União Europeia (UE) havia imposto restrições de viagem e de bens a ela em junho.

Magnata dono de mansão em Londres

Também foi incluído no último pacote de sanções Andrey Grigoryevich Guryev, um oligarca proprietário da mansão Witanhurst, que tem 25 quartos e é a segunda maior propriedade em Londres, depois do Palácio de Buckingham. Guryev é o fundador da PhosAgro, uma importante fornecedora de fertilizantes.

Seu iate de 120 milhões de dólares, o Alfa Nero, também foi bloqueado, mas sua localização é incerta. As sanções atingiram ainda seu filho, Andrey Andreevich Guryev, e a empresa de investimento russa de seu filho, Dzhi AI Invest OOO. As medidas impedem que eles façam negócios com empresas e bancos americanos ou com filiais nos Estados Unidos, e bloqueiam seus ativos sob a jurisdição do país.

As sanções atingem ainda Natalya Popova, esposa de Kirill Dmitriev, diretor do fundo soberano da Rússia. O Departamento de Tesourou dos EUA afirmou que Popova trabalha para a empresa de tecnologia Innopraktika, que é administrada por uma das filhas de Putin.

Christian Contardo, um ex-procurador do Tesouro agora no escritório de advocacia Lowenstein Sandler LLP, disse que "o que vimos é que o governo dos EUA identificou que muitos oligarcas estão usando a família como forma de escapar das sanções". "Alguns dos oligarcas irão transferir a propriedade para suas esposas e filhos." Em abril, os EUA já haviam imposto sanções às filhas adultas de Putin, Katerina Vladimirovna Tikhonova e Maria Vladimirovna Vorontsova.

O fabricante russo de aço Publichnoe Aktsionernoe Obschestvo Magnitogorskiy Metallurgicheskiy Kombinat, também conhecido como MMK, o presidente do seu conselho de administração, Viktor Filippovich Rashnikov, e suas subsidiárias também foram sancionados.

Além disso, o Departamento de Estado dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que 893 funcionários do governo russo, incluindo do Conselho da Federação e militares, terão seus vistos bloqueados.

"Enquanto pessoas inocentes sofrem com a guerra ilegal de agressão da Rússia, os aliados de Putin enriqueceram-se e financiaram estilos de vida opulentos", disse a secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, em um comunicado. "Juntamente com nossos aliados, os Estados Unidos também continuarão a sufocar as receitas e os equipamentos que sustentam a guerra não provocada da Rússia na Ucrânia."

bl (AP, AFP)

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