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Novatos da UE ainda têm lições de casa a fazer

mw / lk1 de maio de 2004

Existem diferenças nos progressos de cada um, mas os novos países membros conseguiram adaptar em grande parte sua legislação aos padrões da União Européia. O problema agora é implementar as novas diretrizes.

Foto: APTN
Formar um aparato administrativo eficiente é o maior desafio que os novos membros da União Européia têm pela frente, na opinião de deputados do Parlamento Europeu. Muitos governos deixaram de tomar providências neste sentido a tempo, afirmou à DW-WORLD Elisabeth Schroedter, deputada alemã do Parlamento Europeu pelo Partido Verde. O resultado é que jovens com boa qualificação preferiram buscar empregos na economia privada a atividades mal remuneradas no setor público.

A esperança de seu colega democrata-cristão Elmar Brok é que as próprias circunstâncias levem esses países a apressar os procedimentos. "Quanto melhor a administração, quanto melhores os tribunais, mais fácil é obter investimentos estrangeiros", declarou à DW-WORLD. "Eles sabem que, se não forem rápidos, vão perder dinheiro."

Confira os pontos fortes e os fracos de cada novo país membro:

Chipre

Porto de Paphos no ChipreFoto: European Communities, 1995-2003

Destaques: Impostos baixos e um setor de serviços bem desenvolvido garantem a prosperidade da parte grega da ilha. A adaptação das leis aos padrões da UE já está quase completa.

Desafios:

A divisão da ilha continua sendo maior fonte de preocupação: linha divisória será ao mesmo tempo fronteira externa da UE, podendo facilitar entrada ilegal de pessoas e mercadorias. Falta instalar uma agência para gerenciar os subsídios agrícolas da UE. Segurança marítima precisa ser incrementada.

Eslováquia

Destaques: Sistema tributário simplificado, com alíquota única de 19%. Alto nível de formação e salários baixos tornam o país atraente para investimentos estrangeiros.

Desafios:

Corrupção é amplamente difundida. Adaptação da Justiça ao padrão europeu deve demorar ainda alguns anos. Falta instalar uma agência para gerenciar os subsídios agrícolas da UE. Condições de vida dos romanis (ciganos, 9% da população) - alta taxa de desemprego, isolamento - precisam ser melhoradas.

Eslovênia

Destaques: Considerada país modelo entre os novatos, fez grandes progressos econômicos e implementou todas as leis da UE. Dos cinco critérios de Maastricht para a adoção do euro, o país já conseguiu preencher dois, tendo sob controle a dívida pública e o déficit orçamentário

Desafios:

Corrupção é amplamente difundida. Demora na privatização do setor bancário. Inflação não está sob controle.

Estônia

Vilnius, capital da LituâniaFoto: AP

Destaques: Inflação relativamente baixa. Bom clima para investimentos estrangeiros. Mão-de-obra jovem e com boa formação.

Desafios:

Cerca de 10% da população (russos que vivem há muito no país) não possui a cidadania. Déficits na equiparação dos direitos das mulheres aos dos homens. Setor de eletricidade e gás precisa ser liberalizado até 2008. Grandes diferenças no desenvolvimento de regiões urbanas e rurais.

Hungria

Destaques:

País apostou como nenhum outro na privatização por meio de investimentos estrangeiros. Atraente graças a uma boa infra-estrutura, ao alto nível da qualificação profissional e à legislação liberal.

Desafios:

É preciso incrementar medidas contra discriminação dos romanis e intensificar o combate à corrupção e ao crime organizado. Falta instalar uma agência para gerenciar os subsídios agrícolas da UE. Déficit orçamentário alto é motivo de preocupação.

Letônia

Destaques:

Mais importante eixo de ligação entre a Rússia e a Europa Ocidental. Portos bem equipados para o transporte de petróleo russo para os países ocidentais.

Desafios:

Nível de corrupção é altíssimo. Prisões estão superlotadas. Déficits na integração de minorias étnicas. Falta instalar uma agência para gerenciar subsídios agrícolas da UE.

Lituânia

Praga, capital da República TchecaFoto: AP

Destaques: Grandes progressos econômicos e inflação baixa. Maioria das leis da UE foi implementada. Avanços na integração de minorias étnicas.

Desafios:

Alta taxa de desemprego (12,7%). É preciso intensificar o combate ao tráfico humano e ao crime organizado. Setor de transportes e de serviços em parte ainda não privatizados.

Malta

Destaques:

Legislação adaptada ao padrão da UE. Baixo nível de desemprego graças à boa qualificação da mão-de-obra. Economia estável e longa tradição como centro de comércio.

Desafios:

Ceticismo da população em relação à UE (apenas 52% votaram com sim no plebiscito). Alto nível de poluição ambiental em conseqüência do trânsito intenso. Falta implementar diretrizes sobre aves selvagens (caça ilegal continua problemática).

Polônia

Destaques:

Uma das economias que mais crescem na Europa. Finanças públicas passaram por reformas significativas. Bom índice de exportação da indústria manufatureira.

Desafios:

Corrupção amplamente difundida. Índice muito alto de desemprego (19,3%). Necessidade de aumentar segurança para investidores estrangeiros. Falta implementar a legislação da UE sobre segurança de alimentos, proteção aos animais e meio ambiente.

República Tcheca

Tallin, capital da EstôniaFoto: Transit-Archiv

Destaques: Mão-de-obra altamente qualificada. Inflação baixa. Comércio exterior direcionado em grande parte para a Europa Ocidental (70% das exportações vão para a UE). Legislação da UE já foi praticamente implementada.

Desafios:

Tráfico humano, em especial de menores, na fronteira com a Alemanha. Processamento de alimentos não corresponde ainda aos padrões da UE. Combate à corrupção e à lavagem de dinheiro precisa ser intensificado.

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