Novo asteroide passa perto da Terra no Dia das Bruxas
30 de outubro de 2015
Corpo celeste descoberto três semanas atrás vai chegar a 480 mil quilômetros da Terra – 1,3 vez a distância da Lua. Não há riscos de colisão, garantem os cientistas.
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O que cruza os céus terrestres neste sábado (31/10) não será uma bruxa montada na vassoura: um asteroide de 400 metros passa relativamente perto da Terra. Segundo a agência espacial americana Nasa, o 2015 TB145 se manterá a uma distância segura. No ponto de maior aproximação, ele deverá estar a 480 mil quilômetros do planeta – cerca de 1,3 vez mais distante do que a Lua.
O 2015 TB145 foi descoberto três semanas atrás, por astrônomos da Universidade do Havaí. Invisível a olho nu, quem quiser observá-lo no Dia das Bruxas precisará pelo menos de um pequeno telescópio. Os pesquisadores da Nasa vão acompanhar a passagem com telescópios ópticos e radiotelescópios.
Os asteroides são pequenos corpos celestes remanescentes da época da formação dos planetas. Esses rochedos de formato irregular se movimentam como os demais planetas, em órbita ao redor do sol. A maior parte deles pode ser encontrada no assim chamado "Cinturão de asteroides" entre Júpiter e Marte. Existem milhões deles, e colisões sua órbita, transformando-os em ameaças para a Terra.
A descoberta do 2015 TB145, apenas cerca de três semanas atrás, "mostra a necessidade de observarmos o céu continuamente", aponta Detlef Koschny, especialista em objetos próximos à Terra da Agência Espacial Europeia (ESA), em Noordwijk, Holanda.
Entre os asteroides conhecidos, só é esperado para 2027 um sobrevoo tão próximo, quando o AN10 1999, de 800 metros, transitará a mais ou menos a distância da Lua. No entanto, os encontros com asteroides costumam só ser detectados a curto prazo, como no caso do 2015 TB145.
AF/dpa
Vinte e cinco anos do Hubble
Em um quarto de século a serviço da ciência, telescópio espacial forneceu milhares de imagens do cosmos que revolucionaram nossa concepção do universo e da criação.
Foto: NASA/ESA/B. Whitmore
De olho no universo
Desde 1990, o veterano da telescopia espacial encontra-se em órbita em torno da Terra, a 600 quilômetros de altura e a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora. O Hubble tem mais ou menos as medidas de um ônibus: 11 metros de comprimento e cerca de 11 toneladas.
Foto: NASA/Getty Images
Bolha cósmica
Uma estrela jovem e extremamente quente libera uma gigantesca esfera de gases. O Hubble tem ajudado a compreender o nascimento de estrelas e planetas, determinar a idade do universo e estudar a misteriosa matéria escura que provoca a expansão do universo.
Foto: AP
Photoshop cósmico
A nebulosa Carina é umas principais zonas onde nascem estrelas na nossa galáxia. As cores nesta incrível fotografia não são apenas belas, mas também revelam muito sobre as propriedades químicas dos gases componentes. Na verdade trata-se de "photoshopagem", elas são adicionadas por especialistas a posteriori, a partir das informações disponíveis. As fotos originais do Hubble são preto e branco.
Foto: picture-alliance/dpa/Eso/Ho
Cores diáfanas
As diversas tonalidades nesta foto revelam as várias substâncias presentes. O vermelho, por exemplo, indica a presença de enxofre, o verde representa hidrogênio e o azul, oxigênio.
No entanto, as primeiras fotos tiradas pelo telescópio espacial eram totalmente imprestáveis: o espelho principal, de 2,4 metros, havia sido polido de forma errada. Em 1993, a nave espacial Endeavour partiu em direção ao Hubble, que ganhou então uma lente corretiva –"óculos", em termos humanos. Ao todo já houve cinco missões de manutenção e atualização de equipamentos, a mais recente em 2009.
Foto: picture-alliance/dpa/Nasa
Creche do cosmo
Esta espetacular foto foi tirada em dezembro de 2009. Os pontos azuis são estrelas muito jovens, contando apenas uns poucos milhões de anos. Essa creche estelar se encontra na Grande Nuvem de Magalhães, uma outra galáxia da nossa Via Láctea.
Foto: picture-alliance/dpa/Nasa
Uma borboleta?
Flagrante no espaço: ninguém sabe muito bem o que o Hubble captou nesta imagem, mas ela dá asas à imaginação. Esta frágil e misteriosa aparição é um dos 30 mil objetos celestes que o telescópio registrou para a eternidade.
Foto: NASA/ESA/ Hubble Heritage Team
Aparição mística
Como a maioria das imagens do Hubble, esta – quase metafísica – é composta por diversas fotografias. A Galáxia do Sombreiro se localiza na constelação de Virgem, a meros 28 milhões de anos-luz de nosso planeta.
Foto: NASA/ESA/ Hubble Heritage Team
Hubble, pai
O telescópio espacial foi batizado em homenagem a Edwin Powell Hubble (1889-1953). O astrônomo americano foi quem descobriu que a maioria das galáxias vai se afastando da Via Láctea. Assim ele lançou as bases para a Teoria do Big Bang, defendida pela moderna cosmologia.
Foto: picture-alliance/dpa
Colunas da criação do universo
Estas estruturas em forma de coluna se localizam na Nebulosa da Águia, que fica cerca de 7 mil anos-luz distante da Terra. Fotografadas pelo Hubble, elas correram mundo sob o cognome de "Colunas da Criação".
Foto: NASA, ESA/Hubble and the Hubble Heritage Team
James Webb a postos
O Hubble ainda continuará prestando seus serviços por algum tempo. No entanto, sua órbita vem perdendo altura e pode ser que, em 2024, ele retorne à atmosfera terrestre, entrando em incandescência. Seu sucessor já está a postos: o James Webb ganha o espaço já em 2018, para orbitar a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
Foto: picture-alliance/dpa/Nasa/Chris Gunn
Carinha feliz
Até lá, o Hubble prossegue alegremente sua missão e, espera-se, continuará fornecendo outros fascinantes vislumbres do espaço sideral. Este é, aliás, seu mais recente instantâneo: um "smiley" no cosmos. Sem entrar em detalhes mais técnicos: a carinha feliz resulta de um fenômeno físico, a luz curva.