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Novo ataque de drone atinge o mesmo arranha-céu de Moscou

1 de agosto de 2023

Autoridades russas dizem ter interceptado drone, que na queda colidiu contra o mesmo arranha-céu atingido um dia atrás. Ucrânia não assume autoria.

Fachada danificada do edifício atingido por ataque de drone em Moscou. Local foi isolado pela polícia.
Edifício atingido está localizado no distrito empresarial de Moscou, a 7,2 quilômetros do Kremlin. A região abriga diversos escritórios governamentaisFoto: Alexander Nemenov/AFP/Getty Images

Um arranha-céu de Mosccou foi atingido por um drone pela segunda vez consecutiva em apenas dois dias, afirmou nesta nesta terça-feira (01/08) o prefeito da cidade, Serguei Sobianin.

Autoridades russas acusaram a Ucrânia pelo ataque. O governo em Kiev não comentou.

O Ministério russo da Defesa relatou que nas primeiras horas do dia dois drones foram abatidos nos arredores de Moscou e que um terceiro foi interceptado e depois colidiu contra o arranha-céu, danificando sua fachada.

O edifício está localizado no distrito empresarial da cidade, conhecido como IQ-Quarter, a 7km do Kremlin. A região abriga diversos escritórios governamentais, incluindo a sede do Ministério para o Desenvolvimento Econômico.

O aeroporto Vnukovo, no sudeste da capital, chegou a ser fechado para pousos e decolagens. Voos com destino ao local tiveram de ser desviados, informou a agência de notícias Tass.

O prefeito de Moscou disse que o ataque desta terça-feira não deixou vítimas e que o mesmo edifício foi atingido duas vezes seguidas. Nas duas ocasiões, as autoridades relataram que os drones haviam colidido com o arranha-céu após serem derrubados por equipamentos de interferência eletrônica que travam o funcionamento das aeronaves não tripuladas.

O Kremlin afirmou ainda que forças ucranianas tentaram atacar dois navios da Marinha russa no Mar Negro durante a noite, com a utilização de drones marítimos. Segundo o Ministério da Defesa, três drones foram abatidos enquanto se aproximavam das duas embarcações a 340 quilômetros a sudeste de Sebastopol, na península da Crimeia.

Vulnerabilidade da defesa de Moscou

A Ucrânia não assumiu a autoria de nenhum dos ataques, embora o presidente Volodimir Zelenski tenha dito no final de semana que "a guerra gradualmente se volta para o território russo".

O assessor de Zelenski, Mykhailo Podolyak, afirmou através do Twitter que "Moscou está se acostumando rapidamente a uma guerra plena, que acabará se voltando para o território dos 'autores da guerra' para cobrar todas as suas dívidas".

O Kremlin avalia que as agressões de Kiev a seu território refletem o fracasso da contraofensiva ucraniana iniciada há algumas semanas, na tentativa de recuperar regiões sob domínio do Exército russo. Os ataques, porém, expuseram a vulnerabilidade da defesa da capital russa.

Moscou está localizada a mais de 500 quilômetros da fronteira russa com a Ucrânia.

Míssil atinge cidade natal de Zelenski

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, Kiev vem sendo repetidas vezes atingida por drones e mísseis que causaram mortes e danos extensivos. O mesmo ocorre em várias outras cidades do país.

As recentes investidas contra Moscou e os navios russos na Crimeia – território anexado ilegalmente pela Rússia em 2014 – ocorreram após um míssil russo atingir um edifício residencial em Kryvyi Rih, a cidade natal de Zelenski na região central do país, nesta segunda-feira. O ataque deixou ao menos seis mortos e dezenas de feridos.

Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, autoridades relataram que um ataque de drones russos atingiu áreas residenciais. Um prédio de dois andares utilizado como moradia de estudantes teria sido destruído.

rc/as (AP, DPA, Reuters)

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