Um homem-bomba detonou um cinto de explosivos perto do antigo templo de Karnak, na cidade egípcia de Luxor, nesta quarta-feira (10/06). Autoridades de segurança e da saúde disseram que nenhuma pessoa morreu no ataque, que deixou quatro feridos, incluindo dois policiais.

O atentado suicida é o segundo ocorrido neste mês em locais de grande fluxo turístico no Egito e indica uma aparente mudança de tática nas ações violentas conduzidas por militantes islamistas contra o governo do presidente Abdel Fatah al-Sisi. Em vez de ataques às forças de segurança, os alvos parecem ter mudado para pontos turísticos, de grande importância econômica para o Egito, que ainda se recupera da instabilidade que atravessa desde 2011.

Em 3 de junho, homens armados e em uma motocicleta abriram fogo perto das famosas pirâmides de Gizé, matando dois policiais.

Logo após o atentado desta quarta-feira, policiais trocaram tiros e mataram dois suspeitos de serem militantes islâmicos que chegaram perto do templo, às margens do rio Nilo, juntamente com o homem-bomba, segundo as autoridades.

Os relatos sobre o ocorrido são conflitantes. Um funcionário do Ministério do Interior disse que os terroristas tentaram atacar um ônibus de turismo antes de serem interceptados pela polícia.

Já as forças de segurança e testemunhas relataram que os três homens tentaram forçar a passagem por uma barreira policial para entrar no local. Um deles teria se explodido, enquanto os outros dois trocavam tiros com a polícia.

O prefeito de Luxor, Mohammed Sayed Badr, afirmou que o ataque ocorreu durante uma tentativa de invasão do templo.

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