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Novo governo grego ganha voto de confiança no Parlamento

9 de julho de 2012

Governo do primeiro-ministro Antonis Samaras promete seguir na linha da austeridade, mas quer mais tempo para implementar o ajuste orçamentário exigido pela UE e FMI. Privatizações devem impulsionar investimentos.

Antonis Samaras (d) é aplaudido no Parlamento
Foto: Reuters

O governo de coligação do primeiro-ministro Antonis Samaras obteve. no final da noite deste domingo (08/07). um voto de confiança do Parlamento, conquistando um mandato confortável para enfrentar a crise que assola a Grécia há dois anos.

Dos 300 deputados do Parlamento grego, 179 votaram a favor e 121 foram contra o plano de governo de Samaras, que promete aliviar as medidas de austeridade, mas sem deixar de lado os compromissos assumidos com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No seu primeiro discurso perante o Parlamento, Samaras disse que a Grécia, mais uma vez, não alcançou as metas estipuladas e deve acelerar as reformas prometidas. Ele havia se reunido com a missão da UE, do FMI e do Banco Central Europeu (BCE) – a chamada troika – poucas horas antes.

A missão deixou o país na manhã desta segunda-feira, rumo a Bruxelas, onde vai informar as autoridades europeias sobre a situação da Grécia. Resultados preliminares não foram divulgados, mas a imprensa grega diz que eles são negativos. Sem privatizações, um sistema de impostos simplificado e um Estado menor, não haverá mais dinheiro, escreve o jornal Kathimerini.

Gregos querem mais tempo

Diante do Parlamento, Samaras comprometeu-se a prosseguir as reformas previstas no segundo plano de ajuda ao país, ditadas pela UE e pelo FMI e aprovadas pelos parlamentares em fevereiro, mas cuja aplicação registou um atraso devido a um parêntesis de três meses de campanha eleitoral.

Samaras promete cumprir o que foi acertado com o FMI e a UEFoto: AP

O primeiro-ministro grego destacou sobretudo o relançamento do vasto programa de privatizações para encher os cofres vazios do Estado e prometeu suavizar a austeridade, imposta pelos credores da UE e do FMI e que motivou uma grave recessão.

Esse é o principal ponto defendido pelas autoridades gregas: elas querem mais tempo para implementar o ajuste orçamentário acertado com a UE e o FMI. Ou seja, que ele não ocorra nos dois anos inicialmente previstos, mas depois do final de 2014.

"Não queremos mudar as metas do pacto de austeridade. Queremos mudar os meios", disse o primeiro-ministro diante do Parlamento. A sua coalizão de governo reúne o partido conservador Nova Democracia, o socialista Pasok e o pequeno partido Dimar, de esquerda. Juntos, eles somam 179 assentos no Parlamento, exatamente o mesmo número de parlamentares que aprovou a moção de confiança.

AS/lusa/dpa/rtr/afp
Revisão: Francis França

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