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Novo Museu

5 de março de 2009

Com a finalização dos trabalhos de restauração do Novo Museu, conjunto de edifícios da Ilha dos Museus, Patrimônio Cultural da Humanidade no centro de Berlim, recupera o estado que tinha antes da Segunda Guerra Mundial.

Escadaria de entrada do Novo Museu: releitura modernaFoto: picture-alliance / dpa

Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, todos os cinco museus da Ilha dos Museus, no centro de Berlim, haviam sido fechados. Os prédios sofreram uma destruição de até 70% pelos bombardeios. Com o fim da guerra e principalmente após a queda do Muro, os edifícios foram restaurados e reabertos ao público.

Em 2001, foi a vez da Antiga Galeria Nacional (Alte Nationalgalerie) e em 2006, do Museu Bode (Bode-Museum). Com a entrega das chaves do Novo Museu (Neues Museum), nesta quinta-feira (05/03), a Ilha dos Museus recupera sua completude.

A entrega feita pelo próprio ministro alemão de Obras e Planejamento Urbano, Wolfgang Tiefensee, demonstra a importância do evento para a vida cultural alemã. Além de Tiefensee, o ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, e o presidente da Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano, Hermann Parzinger, também estiveram presentes.

Neste final de semana, o público terá a oportunidade de visitar o trabalho de restauração executado pelo arquiteto britânico David Chipperfield, nos últimos 10 anos. A partir de outubro deste ano, o Novo Museu abrigará o Museu Egípcio e a Coleção de Papiro, como também o Museu da Pré e Proto-História. O Novo Museu abrigará, entre outros, o famoso busto da rainha Nefertiti, que até outubro próximo estará em exposição no Museu Antigo.

Diretrizes da Carta de Veneza

Restauração do Novo Museu: o velho ao lado do novoFoto: SPH/DavidChipperfield Architects, Foto: Ute Zscharnt

O custo do discutido trabalho de restauração do Novo Museu, construído entre 1843 e 1855 pelo arquiteto Friedrich August Stüler, girou em torno dos 300 milhões euros.

Diferentemente dos outros edifícios até agora restaurados, Chipperfield optou por não reconstruí-lo originalmente segundo o projeto de Stüler. Por deixar visíveis marcas da Segunda Guerra Mundial, alguns críticos chamaram o novo prédio como um "monumento à guerra", segundo informações do próprio arquiteto.

Defendendo seu conceito de restauração, no entanto, Chipperfield afirmou ter se baseado nas diretrizes da Carta de Veneza, que não prevê uma cópia do prédio original, mas considera os diferentes estados de conservação do edifício a ser restaurado. O que sobrou foi preservado em seu contexto espacial. As novas intervenções refletem o que se perdeu, mas sem imitá-lo.

Um das principais intervenções de Chipperfield foi uma moderna releitura da pomposa escadaria projetada por Stüler. Mantendo em tijolo aparente as paredes laterais que sobraram do prédio destruído pela guerra, o arquiteto britânico introduziu uma moderna escadaria de três vãos no saguão de entrada.

Passeio arqueológico subterrâneo

Fachada do Novo Museu

As obras, no entanto, ainda vão demorar a terminar na Ilha dos Museus. O Museu de Pérgamo, que abriga o célebre Altar de Pérgamo e a Porta de Ishtar, está sendo restaurado e ampliado em mais uma ala, mas continua aberto ao público. Além disso, um novo prédio de entrada será construído na Ilha dos Museus, a Galeria James Simon, em homenagem ao empresário alemão que financiou as escavações que levaram ao descobrimento do Busto da Nefertiti, no começo do século 20 no Egito.

O Museu Antigo também deverá ser restaurado posteriormente. Segundo o Plano Diretor da Ilha dos Museus, comentou o jornal berlinense Tagesspiegel, todos os prédios deverão ser interligados através de um passeio arqueológico subterrâneo.

Autor: Carlos Albuquerque

Revisão: Roselaine Wandscheer

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