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Museu Folkwang

30 de janeiro de 2010

Pontualmente para celebrar seu status de Capital Europeia da Cultura, a cidade alemã de Essen inaugurou a ampliação do renomado Museu Folkwang. O prédio abriga importante coleção de arte moderna e contemporânea.

Simplicidade domina projeto de novo museuFoto: Museum Folkwang/NMFE Foto: Wolf Haug, 2009

Em um tempo recorde de apenas dois anos, o arquiteto britânico David Chipperfield conseguiu desenvolver uma elegante construção em aço e vidro, que se integra agora ao prédio histórico do tradicional museu na região do Vale do Ruhr.

A inauguração foi realizada pelo ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, nesta quinta-feira (27). A partir deste sábado, o Museu Folkwang, que teve sua área de exposição ampliada para 7.000 metros quadrados, abrirá suas portas ao público.

Leveza e transparência

Simplesmente um edifício para pendurar quadros – esta é a primeira ideia que se tem ao andar pelo espaço interno linear e pouco espetacular do novo Museu Folkwang. Com o novo projeto, os habitantes de Essen não mais entrarão no edifício através de uma rua secundária. A nova entrada do Museu Folkwang, na rua Wohnstrasse, abre-se agora para a cidade.

Fluidez espacial e concentração em um só andarFoto: Museum Folkwang/NMFE GmbH

Por definição, um museu é uma estrutura massuda. Para se pendurar os quadros, ele requer a maior quantidade possível de superfícies lisas de paredes. David Chipperfield transformou essa massa sem ornamentos e sem contorções formais – ou seja, sem o efeito surpresa que de qualquer forma não é peculiar ao arquiteto – em impressionante leveza: transparência vítrea, transições fluídas, perspectivas internas e externas caracterizam o novo edifício formado por três corpos construtivos que, apesar da simplicidade, não têm um caráter fechado em nenhum de seus lados.

A fachada brilha no tom verde-claro que Otto Wagner popularizou em seus grandes projetos vienenses há mais de 100 anos. Através de pátios internos ajardinados, os prédios estão interligados entre si, como também com o antigo prédio do Museu Folkwang, construído nos anos 1950.

O espírito dos anos 1950

David Chipperfield não lamenta o fato de uma parte do antigo museu ter sido sacrificada. Segundo o arquiteto, o prédio dos anos 1980 era confuso e sem graça. Por que o restante do edifício era tão admirado? Porque era simples, responde o arquiteto. Ele quiz retomar essa simplicidade, como também a fluidez espacial, as perspectivas visuais do edifício e a concentração em um só andar. Esse era o DNA que se podia adotar, diz.

Dessa forma, também no novo edifício, paredes de vidro direcionam a visão sempre para o exterior. Um eixo visual dá direto em uma bela mansão, outro revela um prédio pouco espetacular – a realidade também faz parte do projeto.

David Chipperfield manteve espírito do edifício dos anos 50Foto: picture alliance / dpa

Conceito do século 21

Em janeiro, a exposição permanente será reapresentada no novo prédio: a coleção mundialmente famosa de Karl-Ernst Osthaus, que veio para Essen em 1921. A coleção engloba obras do modernismo clássico, como também trabalhos da arte não-europeia, ligados através de um conceito de cultura universal condigno com o século 21. Além disso, o acervo inclui uma coleção de cartazes, fotografias e trabalhos gráficos.

No novo prédio, uma grande sala de exposições temporárias oferece engenhosos suportes para pendurar quadros em paredes flexíveis. Também aqui, como em quase toda parte, pode-se observar o tempo lá fora: a luz do dia adentra não só lateralmente, mas também através da parte superior.

Menos é mais

Espírito dos anos 1950Foto: Museum Folkwang/NMFE GmbH

É difícil acreditar que esse museu pôde ser construído por exatamente 55 milhões de euros, doados pela Fundação Alfried Krupp von Buhlen und Halbach, ou, mais precisamente, por seu presidente, Berthold Beitz.

A prefeitura de Essen se viu responsável, de fato, somente pelos 7 milhões de euros destinados à construção da garagem subterrânea. O prazo de entrega e a simplicidade do edifício também podem ter ajudado. De qualquer forma, Berhold Beitz atingiu seu objetivo: ele queria tornar Essen um pouco mais "refinada".

A visão da fachada com seus painéis de vidro de brilho acalorado é, de fato, nobre. Eles são feitos de vidro reciclado. Através de tal visão, pode-se, finalmente, compreender o sentido de eliminar garrafas vazias nos respectivos contêineres coloridos: marrons, brancos e verdes.

Autora: Beatrix Novy (ca)
Revisão: Augusto Valente

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