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Novo rei saudita promete continuidade

23 de janeiro de 2015

Salman, de 79 anos, pede unidade e solidariedade entre países muçulmanos e árabes, para proteger Arábia Saudita "de todo mal". Após meses em queda, petróleo volta a subir.

König Salman bin Abdul-Aziz Al Saud
Foto: Reuters/L. Zhang

O novo rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz al-Saud, prometeu nesta sexta-feira (23/01) manter a mesma linha de seus antecessores, em seu primeiro discurso à nação após ter herdado o trono do meio-irmão Abdullah.

"Nós vamos continuar, com o apoio de Deus, a manter o caminho certo pelo qual este país tem avançado desde seu estabelecimento pelo falecido rei Abdulaziz", disse o rei, em discurso transmitido pela televisão estatal.

Salman, de 79 anos, também fez um pedido por unidade e solidariedade entre os países muçulmanos e árabes, e prometeu servir à Arábia Saudita e protegê-la de todo mal.

O novo rei designou seu sobrinho Mohammed bin Nayef, atual ministro do Interior, como segundo na linha sucessória da monarquia. Ele passará a ser também o segundo vice-primeiro-ministro.

Em agosto de 2009, Mohammed bin Nayef, então vice-ministro para Assuntos de Segurança do Ministério do Interior, saiu ileso de uma tentativa de assassinato em uma operação terrorista da Al Qaeda na Arábia Saudita.

Entre as primeiras decisões do novo monarca saudita também se destaca a designação do príncipe herdeiro Muqrin bin Abdulaziz al-Saud como vice-presidente da Câmara dos Deputados.

Especulação sobre sucessão

Abdullah bin Abdulaziz al-Saud, cujo ano de nascimento se presume ser 1923 ou 1924, governou a Arábia Saudita como rei desde 2005, mas era o governante de facto desde 1995, depois de o seu antecessor, o rei Fahd (também um meio-irmão), ter sofrido um ataque que debilitou sua saúde.

Salman é príncipe herdeiro e ministro da Defesa desde 2012. Antes, ele havia sido governador da província de Riyad por cinco décadas.

Salman bin Abdulaziz al-Saud com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no último dia 11 de janeiroFoto: picture alliance/AP Photo

A morte de Abdullah abriu especulações sobre o próximo processo transitório na monarquia saudita. Ao morrer, em 1953, o fundador do terceiro Estado saudita, Abdulaziz al-Saud, deixou mais de 40 filhos homens, de diferentes mães.

Desde então, cada um dos herdeiros é sucedido no trono pelo irmão mais velho, contanto que este esteja disposto e capaz de governar.

Muitos dos filhos de Ibn Saud já estão mortos – inclusive Sultan e Nayef, originalmente previstos como sucessores de Abdullah. Há anos os netos aspiram à coroa, embora alguns tenham até mais idade do que os filhos mais novos do fundador do Estado.

No entanto, até agora a transmissão da coroa à geração seguinte não ocorreu. Um dos motivos é a falta de um consenso a esse respeito entre a família real saudita.

O anúncio da morte do rei Abdullah levou o preço do petróleo voltar a subir após meses de queda. O barril do tipo Brent, por exemplo, estava sendo negociado na abertura dos mercados europeus a 49,68 dólares, 1,16 dólar mais caro que na quinta-feira.

A Arábia Saudita é o maior exportador de petróleo do mundo e também um importante aliado e parceiro comercial dos Estados Unidos. A aliança entre os dois países inclui também o combate à Al Qaeda.

RPR/ap/rtr/dpa

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