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NSA espiona ministros e aliados de Merkel, afirma jornal alemão

24 de fevereiro de 2014

Com a ordem para não espionar mais a chanceler federal, pessoas próximas a ela estariam na mira da inteligência americana, incluindo o ministro Thomas de Maizière.

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Foto: picture-alliance/dpa

Após a ordem do presidente Barack Obama para que a espionagem da chanceler federal alemã, Angela Merkel, fosse interrompida, a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos reforçou o monitoramento de funcionários do alto escalão, informou neste domingo (23/02) o jornal Bild am Sonntag.

O ministro do Interior, Thomas de Maizière, teria sido grampeado por ser próximo à chanceler e por ter sido cotado para o cargo de secretário-geral da Otan. "Queríamos saber se ele realmente é um parceiro de confiança para nós", disse um oficial de inteligência sênior da NSA, citado pelo jornal.

O Bild am Sonntag afirma ainda que agência teria 297 funcionários na Alemanha, encarregados de vigiar 320 pessoas, a maioria figuras importantes da política e dos negócios. "Recebemos a ordem de não deixar passar nenhuma informação agora que não podemos mais monitorar a comunicação da chanceler diretamente", disse o oficial não-identificado.

De Maizière não comentou o assunto. Um porta-voz do Ministério do Interior disse que declarações de pessoas anônimas não são comentadas.

A conselheira de segurança nacional de Obama, Caitlin Hayden, disse que o governo americano deixou claro que informações de inteligência continuarão sendo coletadas, mas negou a informação de que a empresa alemã de software SPA, concorrente da americana Oracle, seria alvo da espionagem. "Os Estados Unidos não recolhem informações de inteligência para criar vantagens competitivas para as empresas americanas", disse.

BA/afp/dpa/rtr

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