Após a eliminação na Copa do Mundo, capitã da seleção brasileira pede a valorização do futebol feminino e maior dedicação das novas gerações de jogadoras ao esporte.
Anúncio
Após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol feminino neste domingo (24/06), a jogadora Marta fez um apelo às novas gerações de jogadoras para que se dediquem ao máximo ao esporte para que a modalidade possa evoluir no país.
As brasileiras perderam da França por 2 a 1 na prorrogação, após jogarem uma partida bastante disputada com o time do país-sede da Copa de 2019 na fase de oitavas de final do torneio.
Emocionada, Marta pediu mais dedicação das jogadoras jovens para que seja possível alcançar objetivos maiores no futuro. "Não vai ter uma Formiga para sempre, não vai ter uma Marta para sempre, não vai ter uma Cristiane para sempre. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Então pensem nisso. Valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim", disse a jogadora, que disputou sua quinta Copa do Mundo.
Como exemplo, ela lembrou a geração que foi duas vezes vice-campeã mundial e duas vezes medalha de prata em Jogos Olímpicos. "A geração de 2004 a 2008 ofereceu a ocasião ideal para começarmos a lapidar novos talentos. Mas a gente perdeu", lamentou.
"Precisa treinar mais, precisa se cuidar para poder sorrir no fim", afirmou. "Quem sonha em estar na seleção precisa começar a fazer agora. Sem dúvida, essa Copa do Mundo é um momento especial que temos que aproveitar. É preciso mais valorização. Nós também temos que valorizar o que fazemos."
Apesar da derrota, Marta fez vários elogios à suas colegas de seleção. "Demos o melhor de nós. Todas as jogadoras deram o seu máximo. Foi uma grande partida. Não conseguimos a vitória. A outra equipe foi melhor na definição. Agora é preciso seguir em frente, com a cabeça erguida. Estou muito orgulhosa desta equipe", disse.
Ela disse que ainda não pensa em se aposentar do futebol. "Tem gente muito mais velha do que eu aí. Tenho só 33 anos. O Dani Alves [lateral da seleção masculina] tem 36 e está na seleção", lembrou.
Se isso ocorrer, Marta terá a oportunidade de ampliar seu currículo de recordes e vitórias no futebol. No torneio da França, ela se tornou a maior artilheira da história das Copas do Mundo – tanto na masculina quanto na feminina – superando o alemão Miroslav Klose ao marcar seu 17º gol. Ela também é a única jogadora a fazer gols em cinco Copas.
RC/efe/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube
As estrelas da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019
Que jogadoras devem fazer história no torneio disputado na França? Quem vai se destacar como principal nome do Mundial? Veja os 12 principais nomes a serem observados.
Foto: picture-alliance/Citypress24/S. Chamid
Lieke Martens (Holanda)
Estrela da vitória da Holanda em casa, há dois anos, na Eurocopa Feminina, Martens é uma das melhores jogadoras do mundo. A atleta de 26 anos, que joga no Barcelona, foi apelidada de "irmãzinha de Messi" por causa de seu estilo. A craque holandesa é uma excelente dribladora, finalizadora e frequentemente controla o ritmo da partida. Em 2017, recebeu o prêmio de melhor jogadora do mundo da Fifa.
Foto: picture-alliance/Citypress24/S. Chamid
Christine Sinclair (Canadá)
Esta será a quinta Copa do Mundo para a atleta com maior número de atuações e gols pela seleção do Canadá. Apesar de ter 36 anos, Sinclair continua sendo a jogadora mais importante da equipe. Desde sua estreia, aos 19 anos, Sinclair jogou 282 partidas e marcou inacreditáveis 181 gols pelo seu país.
Foto: picture-alliance/empics
Wendie Renard (França)
Wendie Renard (esq.) está no coração do Olympique de Lyon e da França. A zagueira conquistou o campeonato francês com o Lyon por 13 vezes consecutivas e venceu a Liga dos Campeões seis vezes. Renard é uma dos melhores zagueiras do mundo e será parte integrante da tentativa da França de conquistar um título mundial em casa.
Foto: Getty Images/AFP/Jonathan Nackstrand
Lucy Bronze (Inglaterra)
Ela é uma das melhores jogadoras do mundo e será definitivamente vital para a Inglaterra na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019. Bronze, cujo nome completo é Lucia Roberta Tough "Lucy" Bronze, ganhou uma série de honrarias a nível de clube. Pela Inglaterra, terminou em terceiro na Copa de 2015 e foi semifinalista em 2017 na Eurocopa Feminina.
Foto: Getty Images/N. Baker
Irene Paredes (Espanha)
Além de ser rápida, forte no ataque e dominante no ar, a zagueira central, que joga no Paris Saint-Germain desde 2016, não só é boa defensora como também sabe fazer gols. Paredes marcou quatro pela Espanha durante as eliminatórias da Copa do Mundo, se colocando no topo da tabela de artilharia de sua equipe.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/J. Breton
Marta (Brasil)
"Lute contra o preconceito. Lute contra a falta de apoio. Lute contra tudo isso – os meninos, as pessoas que dizem que você não pode", escreveu Marta Vieira da Silva na plataforma online "The Players' Tribune". A atacante de 33 anos foi eleita seis vezes a melhor jogadora do ano da Fifa. Para muitos, a brasileira, que joga no Orlando Pride, ainda é uma das melhores do mundo.
Foto: Getty Images
Carli Lloyd (EUA)
A atacante talvez seja melhor jogadora em momentos decisivos no mundo. Marcou os gols que levaram os EUA à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012. Na última final da Copa, em 2015, marcou três gols na vitória dos EUA por 5 a 2 sobre o Japão. Seus números são surpreendentes: 273 convocações, 110 gols e 52 assistências. E em 2015 e 2016, foi eleita a melhor jogadora do ano da Fifa.
Foto: Getty Images/P. Vilela
Asisat Oshoala (Nigéria)
O talento de Oshoala floresceu em 2014 na Copa do Mundo Sub-20. Ela perdeu a final com a Nigéria, mas ganhou a Bola de Ouro de melhor jogadora e a Chuteira de Ouro de maior artilheira (7). O valor de seu passe subiu ainda mais, e hoje ela joga no Barcelona. Ela ganhou duas vezes a Taça das Nações Africanas e foi nomeada três vezes como jogadora de futebol do ano da África.
Foto: Getty Images/AFP/A. Kisbenedek
Dzsenifer Marozsan (Alemanha)
A número 10 da Alemanha é uma dribladora forte, perigosa na frente do gol e boa nas bolas paradas. Marozsan é uma das jogadoras mais condecoradas da Alemanha. A atleta, de 27 anos, venceu a Liga dos Campeões quatro vezes. Em 2013, ganhou a Eurocopa Feminina e, três anos depois, conquistou o ouro olímpico. Agora Marozsan quer ganhar a Copa do Mundo com a Alemanha.
Foto: picture-alliance/GES/T. Eisenhuth
Amandine Henry (França)
Quase todas as jogadas de ataque passam pela meio-campista Amandine Henry (dir.), independentemente de estar jogando pelo seu clube, o Olympique de Lyon, ou pela França. Henry é excelente em roubar a bola e passá-la rapidamente da defesa para o ataque. A maneira como a jogadora, de 29 anos, lê o jogo é apenas uma das razões pelas quais ela é considerada uma das melhores do mundo.
Foto: Reuters/V. Ogirenko
Samantha Kerr (Austrália)
Samantha Kerr detém o recorde de gols (50) marcados na Liga Nacional de Futebol Feminino (EUA). Aos 15 anos, fez sua estreia na equipe feminina da Austrália. Desde então, levou as "Matildas" para o sexto lugar no ranking mundial da Fifa e para o Mundial. Ela costuma comemorar seus gols com uma cambalhota – algo que torcedores australianos esperam ver muito durante o torneio na França.
Foto: Getty Images/G. Denholm
Saki Kumagai (Japão)
Kumagai venceu seis campeonatos franceses com o Olympique Lyon, além de quatro Ligas dos Campeões seguidas. A capitã do Japão levou seu país à glória na Copa Asiática de 2018. Kumagai é capitã desde 2018, mas vem assumindo a responsabilidade desde a Copa de 2011 quando marcou o gol de pênalti que levou o time à vitória contra os EUA. A atleta de 28 anos já tem mais de 100 atuações pelo Japão.