Belo Horizonte e Aracaju elegem mulheres trans. Curitiba vai ter primeira mulher negra na Câmara. Segundo especialistas, reação a Bolsonaro e valorização de candidaturas de movimentos sociais impulsionaram movimento.
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As eleições municipais deste ano trouxeram avanços pontuais na diversidade sexual, de gênero e de raça, com alguns nomes quebrando recordes e paradigmas.
Essa movimentação está relacionada a novas regras eleitorais, ao amadurecimento das candidaturas desses campos e a uma reorientação do campo progressista, que segue minoritário e enfrentará resistência de forças à direita, segundo especialistas ouvidos pela DW Brasil.
Em Belo Horizonte e em Aracaju, as candidaturas mais votadas para o Legislativo local foram de mulheres trans. Duda Salabert (PDT), eleita para a câmara da capital mineira, teve a maior votação da história da cidade: 37.613 votos. Em São Paulo, dois dos dez vereadores mais votados também são pessoas trans. O número de candidatos LGBT foi o maior já registrado, com 502 postulantes, dos quais pelo menos 83 foram eleitos, segundo levantamento do movimento #VoteLGBT.
No aspecto racial, Curitiba elegeu a sua primeira vereadora negra e Porto Alegre, que nunca chegou a ter mais de dois vereadores negros na mesma legislatura, agora terá cinco: quatro mulheres e um homem. O percentual de candidatos negros, que incluiu os que se identificam como pretos e pardos, neste ano alcançou 49,9% e superou o de brancos pela primeira vez nas eleições.
Em relação às mulheres, houve pequenos avanços. A partir do próximo ano, elas serão 16% dos vereadores do país, contra 13,5% de quatro anos antes. Em 18 das 25 capitais onde houve eleições, o número de vereadoras será maior do que o da atual legislatura. E, em relação ao Executivo, sem contar as cidades onde ainda haverá segundo turno, as mulheres serão 12,2% das prefeitas, contra 11,6% do pleito anterior.
Houve também aumento da proporção de mulheres negras se candidatando. Neste ano, 90.839 mulheres negras disputaram um cargo eletivo, ou 16,3% de todos os candidatos. Em 2016, haviam sido 72.969 mulheres negras, 14,7% do total.
Um nome de destaque que conquistou uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro é Mônica Benício, viúva da vereadora assassinada Marielle Franco. Benício, de 34 anos, foi a 11ª vereadora mais votada do Rio, com quase 23 mil votos. No Twitter, ela comemorou o fato de a Câmara ter agora uma vereadora assumidamente lésbica.
Aracaju e Curitiba
Na eleição da capital de Sergipe, um nome que se destacou foi o de Linda Brasil, mulher trans eleita com a maior votação da cidade. Formada em letras e mestre em educação, ela iniciou sua militância política na universidade, ao ter que abrir um processo administrativo para ter o direito de usar seu nome social, após um dos professores se recusar a fazer isso.
À DW Brasil, ela diz que sua vitória tem importância "histórica e simbólica” para o movimento LGBT e é uma "resposta ao aumento de ideias reacionárias que vinha ocorrendo no Brasil desde a eleição de um presidente declaradamente LGBTfóbico, machista e machista".
Sua maior prioridade será a área da educação, que deveria ser "inclusiva e que desperte o senso crítico dos alunos, e não tratar os alunos como depósito de conhecimento e informação", e o fortalecimento da agenda de direitos humanos nas periferias.
Outra mulher que fez história no domingo é Carol Dartora, eleita pelo PT e a primeira vereadora negra de Curitiba. Professora da rede estadual de ensino e atuante no movimento negro, ela tem como prioridade combater a violência contra a juventude negra, muitas vezes promovida por órgãos de segurança pública.
Seu mote de campanha foi justamente lembrar que a cidade nunca havia eleito uma mulher negra para a câmara local e pedir aos eleitores: "não reproduza essa história". "A linha de frente tinha essa denúncia, mas por trás tínhamos também a defesa da classe trabalhadora, da educação pública e contra as violência contra mulher, além de discutir o acesso à cidade com o viés de raça e de gênero", diz.
Segundo ela, Curitiba construiu para si uma imagem de capital "moderna e rica" que só "maquiou os seus problemas". "Estamos muito alegres de termos eleito a primeira vereadora negra, mas também é muito triste que só agora entramos nesse espaço", diz.
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Pautas identitárias e partidos
Algumas regras eleitorais aplicadas pela primeira vez em eleição municipal apontaram para uma maior diversidade na representação política dos brasileiros. Neste ano, o fundo eleitoral — recurso público destinado aos partidos para organizar suas campanhas — precisou ser distribuído às mulheres e aos negros na mesma proporção de mulheres e negros candidatos em cada partido.
Apurações preliminares indicam que a regra não foi respeitada integralmente, mas tem efeito positivo no médio e longo prazo para aumentar a diversidade e acabou ajudando também as candidaturas LGBT, como as de mulheres trans negras, afirma o sociólogo Gustavo Gomes da Costa Santos, professor da Universidade Federal de Pernambuco e especialista em movimentos sociais e LGBT.
A destinação de fundos, porém, é apenas uma pequena parte da explicação do sucesso de algumas candidaturas LGBT, que começaram a crescer em 2008 e tiveram em 2020 um resultado "excepcional", afirma Costa Santos. Segundo ele, houve uma reação à eleição de Jair Bolsonaro em 2018 e sua plataforma de extrema direita. "Isso trouxe aos movimentos sociais um questionamento de que, se não se organizassem para se contrapor a esse avanço conservador, as consequências seriam muito piores", diz.
Além disso, ele identifica uma reorganização nos setores da esquerda para valorizar candidaturas de movimentos sociais e fazê-las chegar aos espaços de representação institucional, como as câmaras de vereadores. "Até o governo Lula, havia uma divisão do trabalho entre a esfera legislativa e os movimentos sociais. Mas com o tempo isso foi deixando as pautas de direitos humanos marginalizadas nas câmaras legislativas", diz.
Houve também uma maior organicidade de candidaturas do campo LGTB, que a partir de 2016 começaram a ganhar mais verbas de partidos e se articular com outras temáticas, como moradia, saúde e educação. A facilidade de fazer campanha pela internet também ajudou. "Antes, essas candidaturas, quando eleitas, eram de cidades pequenas e tinham votações muito baixas. Agora começaram a receber votações expressivas nas grandes cidades, e isso é novo", diz.
Ele pondera que "não se pode ter falsas esperanças que esses vereadores vão encontrar câmaras completamente abertas a essa temática", e diz que o sucesso para influir na definição de políticas públicas e em projetos legislativos estará relacionado à habilidade política de cada representante eleito.
"Haverá muitos embates, mas algumas pautas terão maior visibilidade. Dependerá da capacidade de esses vereadores eleitos articularem apoios e convencerem seus colegas. A diferença é que agora eles estarão lá, antes não estavam e não podiam fazer isso", afirma, lembrando que o campo conservador segue "muito forte" no país.
Evorah Cardoso, codiretora do movimento #MeRepresenta e integrante do #VoteLGBT, afirma que "o resultado da diversidade nas urnas é sem precedentes, mas tem de ser lido em paralelo à consolidação da centro-direita no país".
"Dobrou o número de pessoas trans eleitas em relação à eleição passada, e houve aumento de mulheres nas câmaras de vereadores das capitais e aumento de pessoas negras eleitas. Mas também houve candidaturas de extrema direita que tiveram sucesso com argumentos transfóbicos e uma pauta moral discriminatória", afirma.
Ela cita o caso de Belo Horizonte, que elegeu a mulher trans Duda Salabert com a maior votação da cidade e, ao mesmo tempo, o youtuber conservador Nikolas Ferreira (PRTB), que ficou em segundo lugar com 29.320 votos. Após o resultado do pleito, Ferreira declarou que iria tratar Salabert como homem e chamá-la de "ele" em vez de "ela".
"Esse discurso dá voto e veio para ficar, tem apoio popular. Teremos que observar como essas vereadoras trans irão ocupar esses espaços, porque uma das estratégias da direita é encapsular esses corpos como sectários, como se falassem só de pautas LGBT, quando na verdade costumam ser mandatos que falam de muitos mais temas", diz. A própria Salabert, ao ser eleita, declarou que priorizará temas de meio ambiente, emprego e educação. "Ela está se colocando fora dessa caixinha onde querem deixá-la", diz Cardoso.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Michele Tantussi/REUTERS
Desmatamento anual na Amazônia bate novo recorde
O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020 atingiu o maior patamar em mais de uma década. Foram 11.088 km² de devastação, a maior taxa registrada desde 2008, segundo dados divulgados pelo Inpe. Os números superaram o já alto índice registrado no período anterior, que havia sido de 10.129 km², e representam um aumento de 9,5% em relação aos dados do ano passado. (30/11)
Foto: Marcelo Sayao/efe/epa/dpa/picture-alliance
"Elefante mais solitário do mundo" é transferido para santuário
Kaavan, o "elefante mais solitário do mundo", foi transferido de avião para um santuário no Camboja após anos de maus-tratos num jardim zoológico em Islamabad, no Paquistão, na sequência de uma campanha liderada pela cantora americana Cher. A cantora chegou a Islamabad na semana passada para ficar com o elefante de 35 anos, desencadeando uma campanha pela transferência do animal. (29/11)
Foto: Aamir Qureshi/AFP/Getty Images
Franceses contra violência policial
Milhares de franceses saíram às ruas contra um projeto de lei que pode criminalizar a divulgação de ações da polícia. A maioria dos manifestantes marchou pacificamente, com cartazes que denunciavam a brutalidade policial, após novo caso de violência contra homem negro. Em Paris, houve confrontos com forças de segurança, que chegaram a lançar gás lacrimogêneo contra os manifestantes. (28/11)
Foto: Olivier Corsan/MAXPPP/dpa/picture alliance
Alemanha supera 1 milhão de casos de covid-19
A Alemanha superou a marca de 1 milhão de casos de infecção pelo novo coronavírus, no mesmo dia em que mais um recorde de mortes por covid-19 foi estabelecido, com o registro de 426 óbitos. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental alemã de controle e prevenção de doenças infecciosas, já foram contabilizadas 15.586 mortes causadas pela doença. (27/11)
Foto: Rupert Oberhäuser/picture alliance
Merkel defende medidas contra covid-19
A chanceler federal Angela Merkel afirmou, perante o Bundestag (Parlamento), que a taxa de infecção pelo novo coronavírus continua muito elevada na Alemanha e um afrouxamento das restrições impostas para conter a pandemia não seria uma atitude responsável. "Se formos esperar até as UTIs estarem cheias, aí seria tarde demais", afirmou. (26/11)
Foto: Tobias Schwarz/AFP
Maradona morre aos 60 anos
O ex-jogador argentino Diego Maradona, maior ídolo da história do futebol do país sul-americano, morreu aos 60 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em sua casa na cidade de Tigre, ao norte de Buenos Aires. Após um longo histórico de problemas de saúde, ele vinha se recuperando de uma cirurgia na cabeça. A Argentina declarou três dias de luto nacional por conta de sua morte. (25/11)
Foto: Carlo Fumagalli/AP Photo/picture alliance
ONU alerta contra racismo no Brasil
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos condenou o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, ocorrido num supermercado Carrefour em Porto Alegre, como "deplorável" e uma triste amostra do racismo estrutural que aflige o Brasil. A entidade pediu reformas urgentes para combater a discriminação racial persistente no país, e que o governo reconheça o problema do racismo. (24/11)
Foto: Diego Vara/Reuters
Perdão ao peru
O peru Corn se salvou do forno após receber "perdão" do presidente dos Estados Unidos, numa tradição que ocorre anualmente pelo Dia de Ação de Graças. "É um dia especial para os perus, não muito bom para a maioria", disse Donald Trump, durante cerimônia em que o mandatário "perdoa" uma dessas aves destinadas a serem consumidas como prato principal no feriado americano. (24/11)
Foto: Kevin Dietsch/UPI Photo/imago images
Trump autoriza transição de governo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, orientou seu governo a cooperar com a equipe de transição de Joe Biden, embora continue se recusando a reconhecer a derrota nas eleições. O republicano deu seu aval após a Administração de Serviços Gerais (GSA), agência governamental, confirmar Biden como "aparente vencedor" do pleito, abrindo caminho para o início da transição na Casa Branca. (23/11)
Foto: Susan Walsh/AP/picture alliance
Coloridos e distanciados
O kitesurf é classificado como um esporte "de pouco contato", e portanto permitido em tempos de coronavírus. Sorte para os surfistas de ambos os sexos em Sankt Ording, no Mar do Norte. E para os espectadores, cujos olhares podem vagar entre as ondas no mar e as coloridas pipas gigantes no céu. (22/11)
Foto: Georg Wendt/dpa/picture alliance
Bolsonaro refuta debate racial após morte em supermercado
Em meio à comoção provocada pela assassinato de um homem negro em um supermercado de Porto Alegre, Jair Bolsonaro usou uma linguagem típica de teóricos da conspiração para denunciar o que chamou de tentativa em curso de gerar tensões raciais artificiais no Brasil. No mesmo dia, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi enterrado. Parentes e amigos pediram justiça durante o funeral. (21/11)
Foto: Andre Borges/dpa/picture-alliance
Mourão diz que não existe racismo no Brasil
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou no Dia da Consciência Negra que não existe racismo no Brasil. A declaração foi dada quando ele comentou a morte de negro, que foi espancado por seguranças no estacionamento de um supermercado Carrefour. "Para mim no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar, isso não existe aqui", ressaltou Mourão. (20/11)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Pompeo visita colônia israelense na Cisjordânia ocupada
Mike Pompeo se tornou o primeiro secretário de Estado americano a visitar um assentamento israelense na Cisjordânia ocupada. Ele ainda visitou as Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel. Ele não se reuniu com nenhum líder palestino nesta viagem. (19/11)
Foto: Patrick Semansky/Pool/AP/picture alliance
EUA abrem caminho para retorno do Boeing 737 MAX aos céus
Reguladores dos EUA autorizaram o retorno do Boeing 737 MAX aos céus, quase dois anos depois de ordenarem que todos os modelos ficassem em terra, devido a dois acidentes que deixaram 346 mortos em cinco meses. O modelo, porém, não voltará a voar de forma imediata em todo o mundo, já que as autoridades do setor aéreo de outros países ainda devem realizar suas próprias certificações. (18/11)
Foto: Reuters/L. Wasson
Polícia detém suspeitos de roubo espetacular em museu alemão
A polícia alemã prendeu três suspeitos de participação no roubo do museu Grünes Gewölbe, em Dresden. As prisões aconteceram durante uma operação em grande escala com foco no bairro de Neukölln, em Berlim. O Grünes Gewölbe abriga uma das coleções mais importantes de joias antigas da Europa. Os itens furtados em 2019 eram de grande valor cultural e descritos como de importância inestimável. (17/11)
Foto: Robert Michael/dpa/picture alliance
Empresa anuncia vacina para covid com eficácia de 94,5%
A companhia americana de biotecnologia Moderna anunciou que sua vacina contra a covid-19, ainda em teste, mostrou ter 94,5% de eficácia, de acordo com os primeiros resultados de um ensaio com mais de 30 mil participantes. O estudo continua, e a Moderna reconhece que a taxa de proteção pode ainda mudar à medida que mais infecções por covid-19 vão sendo detectadas e adicionadas aos cálculos. (16/11)
Foto: H. Pennink/AP Photo/picture-alliance
Pressionado, presidente do Peru renuncia
Cinco dias após assumir o cargo, o presidente do Peru, Manuel Merino, anunciou sua renúncia, pressionado pelos maiores protestos em décadas no país. Mas ele disse que agiu dentro da lei quando foi empossado como chefe de Estado menos de uma semana antes, apesar de manifestantes sugerirem que o Congresso encenou um golpe parlamentar ao retirar do poder o então presidente Martín Vizcarra. (15/11)
Foto: Luka Gonzales/AFP/Getty Images
"Manda o vírus embora!"
A cidade alemã de Engelskirchen abre todos os anos uma filial dos correios de Natal, para responder às cartas enviadas ao Christkind (Menino Jesus), encarregado de realizar os desejos infantis em diversos países da Europa. Já chegaram milhares de cartas, muitas pedindo para que o coronavírus vá embora. Ou para poder passar as festas com os avós, como todos os anos. (14/11)
Foto: Oliver Berg/dpa/picture alliance
Cinco anos após massacre do Bataclan
Na noite de 13 novembro de 2015, homens armados mataram 130 pessoas a tiros e em ataques suicidas em Paris. Noventa delas foram assassinadas no Bataclan durante um show de uma banda de rock. Na capital francesa, homenagens marcaram os cinco anos da tragédia. Desde 2015, ataques jihadistas mataram mais de 250 pessoas no país e deixaram milhares com cicatrizes físicas e psicológicas. (13/11)
Foto: Christophe Archambault/REUTERS
UE apresenta estratégia em prol dos direitos LGBT+
A Comissão Europeia revelou um plano para melhorar a situação dos direitos dos gays, lésbicas, transgêneros, não binários, queer e intersexuais, após uma série de enfrentamentos com alguns países do bloco que adotam políticas contrárias a esses grupos. O plano para os próximos cinco anos prevê apoio legal e financeiro e medidas para apoiar o direito das famílias LGBT+ de terem filhos. (12/11)
Foto: imago/IPON
Itália supera 1 milhão de casos de covid-19
A Itália, um dos países europeus mais golpeados pela primeira onda da pandemia, acumula 1.028.424 de infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2. Na luta contra a doença, o governo em Roma dividiu o país em três zonas de risco: amarelo, laranja e vermelho, e endureceu ainda mais as medidas preventivas em algumas das 20 regiões italianas. (11/11)
Foto: Antonio Calanni/dpa/picture alliance
UE acerta acordo para garantir vacina
A Comissão Europeia concluiu as negociações com a alemã BioNTech e a americana Pfizer para garantir à Europa doses da promissora vacina experimental contra o coronavírus elaborada em conjunto pelos dois laboratórios. Todos os 27 países terão acesso simultâneo às primeiras entregas, que devem ser distribuídas de acordo com o tamanho da população. Só a Alemanha receberá 100 milhões de doses. (10/11)
Foto: SvenSimon/picture alliance
Morales volta à Bolívia
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales voltou ao país natal, após ficar cerca de um ano exilado na Argentina. Seu retorno ocorreu um dia depois da posse do esquerdista Luis Arce, que marcou a volta ao poder do Movimento ao Socialismo (MAS). Após renunciar no ano passado acusado de fraude eleitoral, Morales deixou o país. O ex-presidente sempre negou as acusações. (09/11)
Foto: Gianni Bulacio/AP Photo/picture alliance
Luis Arce toma posse na Bolívia
Luis Arce tomou posse como novo presidente da Bolívia, marcando o retorno do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales, ao poder. Em seu discurso, o novo presidente adotou um tom conciliador, disse que governará para todos e se absteve de mencionar seu mentor político, Morales, que, pressionado por militares, deixou a presidência boliviana há um ano. (08/11)
Foto: AFP
Vitória de Biden
Após uma das campanhas eleitorais mais tensas e tumultuadas das últimas décadas, o democrata Joe Biden venceu a disputa pelo cargo mais poderoso do mundo. Após quatro dias consecutivos de contagem de votos, ele superou a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, depois de conquistar a vitória na Pensilvânia, segundo projeções da imprensa americana. (07/11)
Foto: Drew Angerer/Getty Images
Mutação do coronavírus na Dinamarca
Uma mutação do coronavírus originada em visons infectou 214 pessoas na Dinamarca, segundo o Statens Serum Institut (SSI), centro de referência para doenças infecciosas no país. Para tentar conter o avanço da mutação, o governo anunciou um lockdown de quatro semanas que afeta os cerca de 280 mil habitantes da região da Jutlândia do Norte. Além disso, até 17 milhões de visons serão abatidos. (06/11)
Apuração nos EUA continua, ainda sem um vencedor claro
A contagem de votos nos Estados Unidos seguiu por mais um dia, com disputas acirradas nos estados da Geórgia, Nevada e Pensilvânia. O democrata Joe Biden continuou à frente na contagem de votos no colégio eleitoral, ficando próximo de conquistar a Presidência. Acuado, Donald Trump repetiu acusações infundadas de fraude eleitoral. (05/11)
Foto: Joe skipper/REUTERS
Suspense na apuração de votos nos EUA
A apuração da eleição presidencial americana seguiu sem um vencedor definido um dia após o pleito. O dia terminou com o democrata Joe Biden com vantagem na quantidade de votos. O presidente Donald Trump, acuado, partiu para a via da judicialização, pedindo que a contagem fosse barrada em três estados e pedindo recontagens. (04/11)
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Americanos escolhem seu próximo presidente
Os Estados Unidos chegaram ao fim de uma campanha à Presidência com uma pandemia como pano de fundo, uma votação antecipada sem precedentes e o temor de que a polarização possa escalar em violência. Ao longo do dia, o republicano Donald Trump e o desafiante democrata Joe Biden fizeram seus últimos esforços para conquistar eleitores. (03/11)
Foto: Karen Harrigan/The NEWS and SENTINEL/Xinhua News Agency/picture alliance
Alunos franceses prestam homenagem a professor decapitado
Alunos e professores de escolas de toda a França fizeram um minuto de silêncio em memória de Samuel Paty, o professor que foi decapitado em meados de outubro após mostrar uma caricatura do profeta islâmico Maomé em sala de aula. Os alunos franceses ficaram em silêncio exatamente às 11h. Estudantes e professores refletiram ainda sobre direitos e deveres em uma democracia. (02/11)
Foto: Lionel Bonaventure/AFP/Getty Images
Donald Trump vai para o lixo
O museu de cera Madame Tussauds de Berlim colocou a estátua do presidente dos Estados Unidos dentro de uma lixeira a poucos dias das eleições presidenciais nos EUA, em 3 de novembro. Foto publicada pelo museu no Instagram mostra o boneco de cera rodeado de sacos de lixo e tuítes ficcionais em papelão, com as frases "Você está demitido", "Fake News!" e "Eu amo Berlim". (01/11)