De seu exílio em Nova York, Guo Wengui empreende uma luta quase solitária contra o Partido Comunista: enxurrada de denúncias envolve revelações sobre esquemas de corrupção até os mais altos escalões em Pequim.
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Com seus 89 milhões de membros, o Partido Comunista chinês é o maior do mundo. E quando, a cada cinco anos, realiza o seu congresso, não dá chance ao azar. Pequim e o país como um todo permanecem em alerta quando as lideranças partidárias se reúnem como representantes dos interesses nacionais.
Neste ano, no entanto, o foco não está voltado somente para Pequim. Muitos olham também para Nova York. De seu apartamento luxuoso no 18° andar de um edifício com vista para o Central Park, o bilionário chinês Guo Wengui empreende uma luta quase solitária contra o Partido Comunista.
Guo, que tem acesso a informações privilegiadas, já havia embaralhado o processo preparatório do congresso partidário com uma enxurrada de revelações sobre esquemas corruptos até nos mais altos escalões.
"Com suas acusações, Guo Wengui prejudicou e provocou um alvoroço em toda a elite política", diz Kristin Shi-Kupfer, do think tank berlinense Merics.
De acordo com o último censo da publicação especializada Hurun, a China possui 642 bilionários – mais do que qualquer país do mundo, com exceção dos EUA. Isso não surpreende somente devido ao fato de no país reinar um "socialismo à chinesa", mas também porque a chamada política de reforma e abertura foi instalada somente há cerca de um quarto de século – o tiro de partida para o capitalismo de Estado chinês.
No país, muitos superricos, como Guo, fizeram fortuna no setor imobiliário. Muitas vezes, boas ideias de negócios e competência não são suficientes para se chegar ao sucesso. No capitalismo estatal chinês, funcionários públicos e do Partido Comunista podem facilitar a vida de empresários – ou dificultá-la. Os homens de negócios procuram proteção política. Nesse relacionamento, a fronteira para a corrupção é ultrapassada rapidamente.
Chantagem
É sabido que Guo Wengui desfrutou durante vários anos a proteção do antigo vice-ministro da Segurança Pública Ma Jian. Por meio de seu contato com essa área, Guo Wengui teve acesso a material comprometedor sobre adversários de negócios. Isso foi sentido pelo então vice-prefeito de Pequim, Liu Zhihua, em 2006. Ele entrou em conflito com Guo em torno de um projeto imobiliário no contexto dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Com uma câmera escondida, Guo o filmou fazendo sexo com sua amante num hotel de Hong Kong. O vídeo chegou à autoridade anticorrupção, Liu perdeu seu cargo, e Guo, seu adversário. E logo ao lado do Estádio Olímpico foi inaugurado pontualmente o luxuoso projeto imobiliário Pangu Plaza.
De acordo com a especialista em assuntos chineses Shi-Kupfer, Guo Wengui ainda estaria de posse "de bastante material comprometedor", caso contrário, Pequim não reagiria tão nervosamente.
E Pequim reagiu com muito nervosismo depois que Guo revelou – primeiramente numa entrevista em janeiro a uma emissora chinesa no exílio, mais tarde em vídeos no Youtube e numa enxurrada de tuítes a seus quase 500 mil seguidores – supostos segredos sobre as relações financeiras da elite política do país, as intrigas em Pequim e as relações amorosas entre starlets e representantes do alto escalão: preso desde 2015, Ma Jian apareceu publicamente na TV, lendo uma lista de crimes praticados com Guo. O bilionário exilado foi execrado pela mídia e caçado por um exército de trolls na rede.
Finalmente, um mandado de prisão internacional contra Guo foi emitido pela Interpol – uma decisão que recebeu ajuda, possivelmente, do fato de o órgão ser presidido por um chinês. Recentemente, a China organizou até mesmo uma manifestação em Nova York para a extradição de Guo.
Os alvos
O objetivo principal das denúncias de Guo é atingir Wang Qishan. Como membro do Comitê Permanente do Politburo, ele é um dos sete políticos mais poderosos do país. Além disso, Wang é um aliado bem próximo do chefe de Estado e do Partido Comunista, Xi Jinping. E justamente Wang supervisiona a campanha anticorrupção iniciada por Xi.
As acusações de Guo: o próprio Wang seria corrupto e teria casos com estrelas de cinema; a sua mulher possuiria imóveis e ativos nos EUA, como também um passaporte americano. Mas, sobretudo, a família de Wang Qishan estaria envolvida nos negócios do conglomerado HNA.
O grupo que surgiu a partir de uma companhia aérea é conhecido por sua política agressiva de aquisição. Atualmente, HNA controla no mundo todo empresas no valor de 146 bilhões de dólares. Na Alemanha, o grupo comprou não somente o aeroporto Frankfurt-Hahn, mas também é o maior acionista do Deutsche Bank, detendo uma parcela de 10%.
Seja verdade ou não: as denúncias de Guo levaram as autoridades reguladoras a se interessarem pela estrutura pouco transparente do grupo HNA – e também a Autoridade Bancária Europeia. HNA não conseguiu esclarecer de forma convincente a identidade de um de seus maiores acionistas, cujo nome é desconhecido na China. No final, o investidor misterioso transferiu a sua participação de quase 30% do HNA a uma fundação desconhecida em Nova York.
De acordo com o HNA, mais de 20% das ações pertencem a uma fundação na ilha chinesa de Hainan. Também não se sabe quem está por trás dessas fundações, que juntas possuem a maioria das ações. Como resultado, empresas americanas estão se afastando dos negócios com o HNA. Segundo o jornal alemão Süddeutscher Zeitung, a Goldman Sachs suspendeu os trabalhos sobre uma possível entrada na bolsa de valores de uma subsidiária chinesa do conglomerado. E o Bank of America não quer mais fazer negócios com o grupo chinês.
Vingança ou dissidência?
Apesar da forte censura, também na China a campanha de Guo se fez notar. A reputação de Wang Qishan foi atingida claramente, analisou Willy Lam, cientista político na Universidade Chinesa de Hong Kong. No final do congresso do Partido Comunista, na próxima semana, vai ficar claro se ele continuará fazendo parte do Comitê Permanente do Politburo.
Se esse não for o caso, o especialista de Hong Kong disse ver com possível consequência das revelações de Guo o aumento de pressão por parte de Xi Jinping para que a sua campanha anticorrupção observe mais de perto as atividades de poderosos clãs e filhos de antigos membros importantes do Partido Comunista, como os próprios Xi e Wang, que teriam na mira somente poucos descendentes de famílias influentes.
O próprio Guo se apresenta como defensor da democracia, direitos humanos e do Estado de direito. A cena dissidente está dividida, observou Kristin Shi-Kupfer: "Muitos dizem que não se pode acreditar que um bilionário, que possivelmente também é corrupto e cooperou em diversas áreas com a elite política chinesa, represente agora os nossos interesses. Outros dizem: esta é agora a nossa grande chance. Não importam quais sejam seus motivos, ele aborda esses temas e os leva a público."
Alguns falam até de uma "revolução da verdade" diante daquilo que Guo Wengui fala sobre possíveis informações internas em relação ao Partido Comunista e à conduta empresarial da elite econômica.
Atualmente, Guo entrou com pedido de asilo nos EUA. E ele está buscando o contato com impiedosos críticos do governo chinês em Washington, tendo já se encontrado duas vezes com Steve Bannon e publicado fotos do encontro no Twitter. No contexto do congresso do Partido Comunista, o dissidente bilionário anunciou novas revelações, afirmando querer esperar o desenvolvimento da reunião. Também esse tuíte terminou, como tantos outros, com a formulação: "Isto é apenas o começo."
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O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Morenatti
Lutero celebrado em Wittenberg
A Alemanha festeja os 500 anos da Reforma Protestante em feriado nacional. Centro das celebrações é Wittenberg, onde, em 31 de outubro de 1517 o reformador Martinho Lutero pregou suas 95 teses contra o comércio de indulgências na porta da Igreja do Castelo. As cerimônias na cidade contaram com a presença de numerosas personalidades da política alemã, entre as quais Angela Merkel. (31/10)
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Presidente reeleito
A Comissão Eleitoral do Quênia confirmou a reeleição do presidente Uhuru Kenyatta, com 98,26% dos votos, após um conturbado processo que teve intervenção da Justiça, nova eleição e protestos violentos. Do total de 19,5 milhões de eleitores convocados às urnas, apenas 38,84% votaram, o que chama mais a atenção do que o resultado e mina a credibilidade de Kenyatta para o novo mandato. (30/10)
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Herwart devasta Europa Central
A tempestade Herwart provocou danos no transporte ferroviário, cortes de eletricidade, queda de árvores e deixou cinco mortos na Europa Central, além de diversos feridos. Com ventos de até 180 km por hora, causou blecautes em centenas de casas. No norte e leste da Alemanha houve pelo menos um morto e seis feridos. Na Polônia e na República Tcheca, ela deixou duas vítimas, respectivamente (29/10)
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Dada partida para inquérito Trump-Rússia
A TV CNN noticiou que um tribunal de Washington aprovou as primeiras denúncias na investigação sobre a suposta interferência russa nas eleições americanas de 2016, liderada pelo procurador especial Robert Mueller (foto). A a emissora cita fontes anônimas pois, por ordem de um juiz federal, nem o teor nem os alvos das acusações poderiam ser divulgados. (28/10)
Em votação sem a presença de partidos contrários a proposta, o Parlamento regional da Catalunha aprovou a independência da região e a separação da Espanha. A declaração unilateral foi comemorada por separatistas nas ruas de Barcelona. Em reação, o governo espanhol aprovou a dissolução do Parlamento catalão e a convocação de eleição nesta região para 21 de dezembro. (27/10)
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Funeral do rei da Tailândia
Pelo menos 110 mil tailandeses participam do funeral do monarca Bhumibol Adulyadej, em torno da praça Sanam Luang, em Bangcoc. A cerimônia marcou o fim de um ano de luto pelo soberano, que reinou por 70 anos e morreu em 13 de outubro de 2016. O corpo de Bhumibol foi cremado em um ritual budista. (26/10)
Foto: Reuters/D.Sagolj
Salvo mais uma vez
A Câmara dos Deputados rejeitou, pelo placar de 251 contra 233, a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da República, Michel Temer. A decisão livra o presidente de uma investigação por parte do STF. Temer foi denunciado pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot pelos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa. (25/10)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Racha da oposição na Venezuela
Henrique Capriles, uma das principais vozes de oposição na Venezuela, anunciou que deixará a coalizão opositora MUD, gerando um sismo na base da oposição no país. O motivo alegado foi o ele que chamou de "traição" de um dos partidos da aliança ao aceitar que quatro governadores eleitos pela oposição nas últimas eleições regionais prestassem juramento à Assembleia Constituinte. (25/10)
Foto: Reuters/M. Bello
Primeiro dia
O maior Bundestag da história da República Federal da Alemanha, com 709 deputados, teve sua sessão constituinte em Berlim, em meio à polêmica causada pelo ingresso do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD). O ex-ministro das Finanças Wolfgang Schäuble (foto), veterano aliado de Merkel, é eleito presidente da casa para evitar que debates saiam dos trilhos. (24/10)
Foto: Reuters/F. Bensch
Prisão perpétua
Um tribunal de Nurembergue condenou um membro do movimento de extrema direita Reichsbürger, que não reconhece a República Federal da Alemanha, à prisão perpétua devido aos tiros fatais disparados por ele contra um policial. Em meados de outubro de 2016, Wolfgang P., de 50 anos, abriu fogo contra policiais, matando um e ferindo outros dois que visavam apreender armas na sua casa. (23/10)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Protesto contra "ódio e racismo" no Bundestag
Segundo os organizadores, cerca de 12 mil pessoas protestaram no centro da capital alemã sob o lema "Contra o ódio e o racismo no Bundestag", a dois dias da sessão constitutiva do novo Parlamento alemão. As manifestações se direcionaram contra a legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que pela primeira vez estará presente na câmara baixa do Parlamento em Berlim. (22/10)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Carstensen
Catalães protestam em Barcelona
Milhares de pessoas, entre elas o presidente regional, Carles Puigdemont, participaram de protesto em Barcelona contra medidas decididas pelo governo da Espanha para restabelecer a ordem constitucional na região. A manifestação foi inicialmente marcada para pedir a libertação de dois líderes regionais, mas a decisão tomada por Madri acabou ampliando o âmbito da concentração. (21/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Morenatti
Mesquitas afegãs são alvo de ataques
Mais de 70 fiéis morreram em dois atentados realizados por homens-bomba no Afeganistão, um deles numa mesquita xiita em Cabul e outro numa mesquita sunita na província de Ghor, no centro do país. O primeiro, cuja autoria foi reivindicada pelo "Estado Islâmico", mesmo sem apresentar provas, deixou 39 mortos e mais de 45 feridos. O segundo matou ao menos 33 pessoas, segundo autoridades. (20/10)
Foto: Imago/Xinhua
Guggenheim em Bilbao completa 20 anos
O Museu Guggenheim em Bilbao é um dos museus de arte contemporânea da Fundação Guggenheim em todo mundo. O edifício marcante e a abrangente coleção de arte moderna foram capazes de transformar a pequena cidade espanhola. Desde que abriu as portas, em 1997, a obra-prima do arquiteto canadense Frank Gehry já atraiu 19 milhões de visitantes, sendo 70% de fora da Espanha. (19/10)
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer por organização criminosa e obstrução de Justiça, que recomenda o arquivamento da matéria. Foram 39 votos a favor, 26 contra e uma abstenção. A ação segue agora para a análise no plenário da Câmara, que tem a palavra final. (18/10)
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
Senado devolve mandato a Aécio
O Senado decidiu derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou, no fim de setembro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do cargo. Com a decisão, ele poderá retornar imediatamente às atividades parlamentares. Em votação aberta e nominal, foram 44 votos contra o afastamento e 26 a favor. O tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça. (17/10)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Cruz
Iraque retoma cidade-chave para curdos
Forças do Iraque tomaram o controle de pontos estratégicos da cidade de Kirkuk, rica em petróleo e comandada por curdos peshmerga desde 2014. A sede do governo municipal, bem como aeroporto, base militar e poços de petróleo estão sob comando das tropas de Bagdá. A operação levou milhares de pessoas a fugirem da cidade, enquanto organizações alertam para graves consequências humanitárias. (16/10)
Foto: Getty Images/AFP/A. Al-Rubaye
Golpe contra acordo nuclear
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um duro golpe contra o acordo nuclear fechado com o Irã em 2015 ao afirmar que não vai certificar ao Congresso que Teerã esteja cumprindo sua parte e que o pacto continua sendo de interesse dos EUA. A decisão, porém, não retira os Estados Unidos do acordo, mas abre caminho para a imposição de sanções ao Irã. (13/10)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Jubileu de Nossa Senhora Aparecida
Milhares de pessoas participaram das celebrações do jubileu de 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Uma missa solene (foto) na basílica em Aparecida, que contou uma mensagem e vídeo do papa Francisco, deu início aos eventos na cidade da padroeira do país. (12/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/S. Moreira
Ultimato espanhol
O premiê da Espanha, Mariano Rajoy, deu um ultimato aos separatistas catalães: o governo da região autônoma tem até a próxima segunda para confirmar se realmente foi declarada a independência. A declaração é uma resposta ao confuso discurso da véspera do chefe do governo regional que declarou a independência catalã para suspender em seguida o processo e se dizer aberto ao diálogo. (11/10)
Foto: Reuters/S. Perez
Greve na França
Mais de 100 mil funcionários públicos franceses paralisaram as atividades em diversas cidades do país contra os planos do governo de Emmanuel Macron de congelar os salários e cortar vagas. Protestos ocorreram em Paris, Lyon, Nice e Estrasburgo. Pela primeira vez nos últimos dez anos, os sindicatos do setor público se reuniram num protesto conjunto. (10/10)
Foto: Getty Images/AFP/L. Venance
Nobel de Economia para Richard H. Thaler
A Academia Real de Ciências da Suécia laureou o americano Richard Thaler com o Prêmio Nobel de Economia de 2017, por seu trabalho no âmbito da economia comportamental. O comitê afirmou que o trabalho de Thaler mostra como aspectos humanos afetam decisões individuais, bem como o comportamento da economia em geral. (09/10)
Foto: Reuters/University of Chicago Booth School of Business
Milhares marcham contra independência da Catalunha
Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Barcelona para protestar contra as intenções de independência da Catalunha. A passeata reuniu entre 350 mil, segundo a polícia, e 950 mil participantes, de acordo com os organizadores. O Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa discursou no comício de fechamento. A faixa estendida diz "Já chega! Recuperem a lucidez." (08/10)
Foto: Getty Images/AFP/L. Gene
Espanhóis pedem unidade e diálogo
Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri, Barcelona e de outras cidades espanholas para pedir "diálogo" e "unidade", dias antes de uma possível declaração unilateral de independência da Catalunha. Nos protestos convocados em 50 cidades, milhares se reuniram vestidos de branco e carregando bandeiras pedindo paz e diálogo entre líderes. (07/10)
Foto: Getty Images/C. McGrath
Nobel da Paz para campanha contra armas nucleares
O Nobel da Paz de 2017 foi para a Campanha Internacional pela Abolição de Armas Nucleares (Ican), uma coalizão da sociedade civil que promove a adesão e a implementação do Tratado para Proibição de Armas Nucleares. O prêmio vem 70 anos após bombas atômicas terem devastado as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki e em meio às tensões que se intensificam devido à crise na península coreana. (06/10)
Foto: Reuters/D. Balibouse
Nobel de Literatura vai para Kazuo Ishiguro
O escritor britânico nascido no Japão Kazuo Ishiguro, de 62 anos, foi laureado com o Nobel de Literatura. No anúncio, a Academia Sueca destacou a "grande força emocional" de sua obra. Entre seus romances mais famosos está "Os vestígios do dia", de 1989. Em 1993, o livro foi adaptado para o cinema num filme homônimo, estrelado por Anthony Hopkins e indicado ao Oscar em nove categorias. (05/10)
Foto: picture-alliance/AP/dpa/A. Grant
May faz discurso marcado por panes
A premiê britânica, Theresa May, encerrou o congresso anual do Partido Conservador com um discurso focado na defesa de seu governo, mas que acabou ofuscado por uma série de panes, incluindo contínuos ataques de tosse. Algumas letras do painel atrás de May caíram enquanto ela falava. Em outro momento do discurso, ela recebeu um formulário P45 – de demissão – de um comediante na plateia. (04/10)
Foto: Imago/i Images/A. Davlin
Após furacão, Trump visita Porto Rico
Em meio a críticas sobre os esforços americanos de assistência a Porto Rico após a passagem devastadora do furacão Maria, o presidente dos EUA, Donald Trump, visitou a ilha, onde 16 pessoas morreram e milhões ficaram sem água e sem energia. Lá, o líder causou polêmica ao afirmar que o país devia estar "orgulhoso" por não terem morrido tantas pessoas como já se viu em "catástrofes reais". (03/10)
Foto: Getty Images/J. Raedle
Massacre em Las Vegas
Um homem abriu fogo durante um festival de música country em Las Vegas e deixou mais de 50 mortos e 500 feridos. Os disparos foram feitos do 32º andar do hotel Mandalay Bay. O atirador foi encontrado morto no local, em aparente suicídio. A polícia, que descartou ligação com grupo terrorista, investiga agora a motivação do massacre, que já é o maior com arma de fogo da história dos EUA. (02/10)
Foto: Getty Images/D.Becker
Referendo na Catalunha
Os eleitores da Catalunha votaram em um referendo de independência, em dia marcado por confrontos violentos entre policiais e civis e centenas de feridos. Enquanto o chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que a consulta popular "não existiu", o líder do governo catalão, Carles Puigdemont, defendeu que a Catalunha ganhou "o direito de ser um Estado independente" após a votação. (1º/10)