"Esperança para Amazônia": jornais da Alemanha destacam reviravolta nas políticas ambientais com Lula, além de abordar protestos bolsonaristas em frente a quartéis e preconceito sofrido por nordestinos no Brasil.
Anúncio
Tagesschau – Esperança para a Amazônia graças a Lula? (16/11)
O Brasil está de volta ao cenário internacional. Já na noite das eleições, o futuro presidente Lula da Silva enviou um sinal de importância global: após quatro anos perdidos sob o governo Bolsonaro, a proteção ambiental será novamente uma prioridade em seu governo, prometeu.
Uma tarefa hercúlea. Porque as possibilidades do Estado de tomar medidas contra crimes ambientais foram sistematicamente destruídas durante a presidência de Jair Bolsonaro. As leis foram enfraquecidas, órgãos tiveram seus orçamentos cortados, os cargos principais foram preenchidos por pastores evangélicos ou militares não familiarizados com o tema – e a designação de áreas protegidas foi completamente suspensa.
Lula promete nada menos do que uma reviravolta de 180 graus [nas políticas ambientais]. Por reforçar isso, ele é aguardado na conferência climática [da ONU] no Egito [COP27] – não como parte da delegação oficial, é claro, mas sim acompanhando governadores dos estados da região amazônica e Marina Silva. Ela foi sua ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008 e responsável pelo fato de o Partido dos Trabalhadores ter conseguido reduzir o desmatamento, que era massivo na época, em mais de 80%.
É esperado que as reivindicações dos países industrializados para cofinanciar a proteção das florestas tropicais ganhem peso com um Brasil governado por Lula. Isso é uma questão central nas negociações sobre o clima na ONU. A Noruega e a Alemanha já anunciaram que pretendem retomar os repasses do Fundo Amazônia que estão congelados desde 2019.
Ainda assim, a reviravolta prometida por Lula não será fácil. No Congresso, seu governo enfrentará uma maioria conservadora, junto da qual a indústria agrícola tem muita força. Até o momento, preocupações ambientais não estiveram no topo da agenda.
Süddeutsche Zeitung – A esperança verde Lula da Silva (15/11)
Se quisermos entender o tamanho da reviravolta que o Brasil busca atualmente na política ambiental, a Conferência do Clima da ONU é um bom ponto de partida. Em 2021, quando o evento foi realizado novamente após um ano de pausa devido à pandemia de coronavírus, o presidente de direita brasileiro Jair Bolsonaro enviou apenas uma delegação. Ele mesmo tinha outras coisas a fazer: em uma pequena vila italiana onde o seu bisavô nasceu, queriam lhe conceder o certificado de cidadania [italiana] honorária; Bolsonaro achou apropriado recebê-lo pessoalmente.
[...]
Com o recém-eleito presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, as coisas são diferentes. O político de 77 anos tomará posse em 1º de janeiro, mas, antes disso, viajará para o Egito, onde ocorrerá a conferência climática neste ano. O simbolismo não poderia ser maior – mas o mesmo vale para as expectativas. Por um lado, porque o Brasil é considerado uma das chaves para combater a mudança climática.
[...]
O problema é que o presidente em exercício do Brasil, Jair Bolsonaro, vê a floresta tropical menos como uma maravilha natural a ser preservada, e mais como um tesouro apenas para ser explorado. Já na campanha eleitoral de 2018, o político de direita havia prometido abrir a região amazônica para a exploração econômica. [...] Sob Bolsonaro, o desmatamento disparou, incêndios enormes se alastraram, a fumaça escureceu o céu a centenas de quilômetros de distância.
[...]
Com Lula deve ser diferente: "O mundo precisa da Amazônia para sobreviver", disse o político na noite das eleições. "Vamos lutar para estancar o desmatamento." De fato, Lula da Silva já provou no passado que há meios e modos de frear a destruição da Amazônia ou, pelo menos, de retardá-la de forma considerável.
Anúncio
Frankfurter Allgemeine – Esperança para a cena cultural com a vitória de Lula (16/11)
Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais no Brasil, a cena cultural espera novos impulsos e um aumento no orçamento. "O clima já está melhorando", diz o artista Ernesto Neto, no Rio de Janeiro, para a agência Deutsche Presse.
O presidente de direita Jair Bolsonaro, que assumiu o cargo no início de 2019, vê a cultura acima de tudo como um mal necessário – e a utiliza para difundir seus conceitos. O Ministério da Cultura, por exemplo, foi rebaixado para uma secretaria. O então responsável pela pasta, Roberto Alvim, foi demitido em 2020 por causa de um discurso ao estilo do ministro da Propaganda nazista Joseph Goebbels. O financiamento para a cultura foi cortado ou bloqueado.
"Esses quatro anos têm sido um ataque brutal à cultura de um governo que defende a ação policial letal e o controle de armas", diz Neto. "Isso só leva a ódio, morte, tristeza, sofrimento – e isso é o oposto da arte."
Em seu discurso da vitória, Lula prometeu restabelecer o Ministério da Cultura e retomar o financiamento cultural.
Frankfurter Allgemeine – Sem fraude e ainda com espaço para dúvidas (10/11)
Com a crença de que a eleição poderia ter sido manipulada, os apoiadores mais radicais do presidente derrotado Jair Bolsonaro têm resistido no Brasil há quase duas semanas. Os bloqueios iniciais nas rodovias se dissolveram. Mas grupos de manifestantes que não reconhecem os resultados eleitorais continuam a fazer vigílias em frente a prédios militares em várias cidades. Em manifestações no último fim de semana, eles pediram intervenção militar para impedir que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva assuma o cargo em janeiro.
Uma análise do processo eleitoral apresentada pelo Exército na quarta-feira [da semana passada] fornece ainda mais munição [para os radicais]. Ainda assim, nenhuma evidência de irregularidades ou de manipulação da eleição foi encontrada, o que já foi reforçado por instituições e especialistas em relação às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral. No entanto, o Ministério da Defesa não descarta completamente a possibilidade de manipulação.
Frankfurter Allgemeine Zeitung – Quando os ricos atacam os pobres (09/11)
Abaixo de uma foto de Adolf Hitler, há a seguinte frase: "Se ele pôde fazer isso com os judeus, eu posso fazer com os petistas". A referência é aos eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT), de Luiz Inácio Lula da Silva, vencedor das eleições brasileiras. O post, publicado logo depois do pleito de 30 de outubro em um grupo de WhatsApp de estudantes da escola alemã privada Visconde de Porto Seguro, no município de Valinhos, no interior de São Paulo, causou inquietação.
Esse foi apenas um dos muitos discursos de ódio racistas no grupo, que teve também apelos de escravidão para o povo da região Nordeste. Um estudante negro denunciou o grupo, e um colega o atacou: "Morra, seu negro filho da puta".
[...]
Os excessos na escola em Valinhos não são caso isolado. Também em outras escolas privadas ocorreram incidentes semelhantes nas últimas semanas. Diversos vídeos circularam nas redes sociais. Em um deles, alunos de uma escola privada no sul do Brasil fazem piadas com os pobres e os nordestinos.
[...]
Os preconceitos raciais contra a população do Nordeste estão profundamente enraizados, especialmente no sul do Brasil, onde a maioria da população é de ascendência europeia. Durante gerações, a ideia de ser melhor que a população nordestina, predominantemente descendente de escravos africanos, foi reforçada. Os nordestinos são muitas vezes vistos como menos inteligentes e como se servissem apenas para trabalho manual.
[...]
O ódio contra o Nordeste e os nordestinos ficou ainda mais evidente nas eleições. Já era o caso em anos anteriores, porque o PT, que é de esquerda, costuma obter um expressivo número de votos na região. Oriundo do Nordeste, Lula pôde contar com o forte apoio dos nordestinos neste ano, o que fez a diferença. A preferência do Nordeste [por Lula] não tem apenas razões culturais, mas também econômicas. Comparativamente, a região é mais pobre.
Durante seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010, Lula conseguiu reduzir a desigualdade no país, o que beneficiou particularmente o Nordeste, que experimentou um grande impulso de desenvolvimento. E foi assim que Lula diminuiu drasticamente a fome na região. Agora a população é acusada de ter sido "comprada".
gb (ots)
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Caio Guatelli/AFP
Parlamento alemão declara Holodomor ucraniano como genocídio
Deputados alemães aprovaram uma resolução que declara as ações do governo soviético que resultaram na morte de milhões de ucranianos entre 1932 e 1933 como genocídio. O episódio é chamado de Holodomor, que em ucraniano significa "morte por fome", e foi causado por políticas do regime soviético. A resolução também aponta que o Holodomor constitui um "crime contra a humanidade". (30/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Cingapura descriminaliza sexo entre homens
O Parlamento de Cingapura descriminalizou o sexo entre homens, mas também alterou a Constituição da cidade-Estado asiática para fechar brechas judiciais que possam levar à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ativistas LGBT aplaudiram a revogação da antiga lei da era colonial, que proibia sexo entre homens, mas disseram que a emenda à Constituição é decepcionante. (29/11)
Foto: Then Chih Wey/Photoshot/picture alliance
Brasil vence a Suíça e se classifica para as oitavas da Copa
Em um jogo complicado, com a defesa suíça dificultando a criação brasileira, a seleção venceu no fim por 1 a 0 com gol de Casemiro, resultado que garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar 2022. Com a vitória, além da vaga nas oitavas, a equipe brasileira encaminhou o primeiro lugar do grupo. (28/11)
Foto: PEDRO NUNES/REUTERS
Espetáculo natural
Ela pode ser vista novamente, a aurora boreal, como esta na Islândia. O fim do outono e o inverno no Hemisfério Norte são as melhores épocas para observá-la. As auroras são fenômenos luminosos no céu que aparecem na região dos Polos Norte e Sul. Elas ocorrem quando partículas de vento solar colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio na alta atmosfera da Terra. (27/11)
Foto: Owen Humphreys/PA Wire/dpa/picture alliance
Posar ao invés de surfar
A famosa praia Bondi em Sydney, na Austrália, é um dos mais famosos pontos de surf do mundo. Por um dia, ela se tornou uma área de nudismo quando cerca de 2,5 mil voluntários tiraram a roupa para posar para o fotógrafo americano Spencer Tunick. A ação artística tem o objetivo de encorajar os australianos a fazer exames regulares da pele para prevenir o câncer de pele. (26/11)
Foto: Rick Rycroft/AP Photo/picture alliance
Após críticas, Catar libera bandeiras arco-íris nos estádios da Copa
Depois de se tornar alvo de inúmeras críticas, o Catar, país anfitrião da Copa do Mundo, deixou de proibir as cores do arco-íris nos estádios. Torcedores que quiserem expressar apoio à comunidade LGBT com camisetas, bandeiras e símbolos não serão mais repreendidos. A homossexualidade é considerada crime no Catar, que também tem um longo histórico de violações dos direitos humanos. (25/11)
Foto: Frank Hoermann/Sven Simon/IMAGO
Richarlison brilha na estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar
O Brasil estreou bem na Copa ao vencer de maneira convincente a Sérvia por 2 a 0. O destaque ficou para o atacante Richarlison, que marcou os dois gols da vitória, o segundo destes, com um voleio acrobático na área adversária, que certamente ficará marcado como um dos mais bonitos do Mundial do Catar. (24/11)
Foto: Florencia Tan Jun/Zuma Wire/IMAGO
Jogadores alemães protestam contra censura imposta pela Fifa
Antes da derrota para o Japão na Copa do Mundo de 2022, no Catar, jogadores da Alemanha posaram com a mão sobre a boca, em protesto contra censura. "Quisemos dar o exemplo pelos valores que vivemos na seleção: a diversidade e o respeito mútuo. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos não são negociáveis", afirmou a Confederação Alemã de Futebol (DFB). (23/11)
Foto: Alexander Hassenstein/Getty Images
Vulcão flamejante
O Villarrica é um dos vulcões mais ativos da América do Sul: mais de 50 erupções foram registradas nos últimos 500 anos. Isso faz do Villarrica, que tem 2.847 metros de altura e fica em um parque nacional do mesmo nome, um dos destinos turísticos mais famosos do Chile. No verão, há visitas guiadas à borda da cratera - quando ela não está cuspindo fogo. (22/11)
Foto: Sebastian Escobar/AFP
Magia gelada
Parece uma imagem dos velhos tempos: a primeira neve adorna as árvores do Karlsaue em Kassel, no estado de Hessen, refletida magicamente nas águas calmas do Küchengraben. Em tempos de mudanças climáticas e temperaturas crescentes, tais cenas de contos de fadas de inverno estão se tornando mais raras. (21/11)
Foto: Uwe Zucchi/dpa/picture alliance
China reporta primeira morte por coronavírus em seis meses
A China anunciou sua primeira morte por coronavírus em quase meio ano – um homem de 87 anos em Pequim. Foi a primeira morte pelo vírus desde 26 de maio. Enquanto o mundo está se ajustando para viver com o coronavírus, a China manteve sua política de "covid zero", destinada a eliminar infecções por meio de testes em massa, rastreamento de casos, lockdowns e quarentenas. (20/11)
Foto: NOEL CELIS/AFP
Filha de Kim Jong-un é vista pela primeira vez em público
Uma filha do líder norte-coreano Kim Jong-un apareceu em público pela primeira vez, em imagens feitas durante o teste de míssil balístico intercontinental. A agência de notícias estatal KCNA limitou-se a informar que Kim "supervisionou pessoalmente" o lançamento "junto com sua amada filha e a esposa", a primeira-dama norte-coreana Ri Sol-ju, sem fornecer mais detalhes sobre a garota. (19/11)
Foto: Korean Central News Agency/Korea News Service/AP/picture alliance
Ucrânia às escuras
Sucessivos e intensos bombardeios russos danificaram quase metade do sistema de energia da Ucrânia. Conforme o presidente Volodimir Zelenski, cerca de 10 milhões de habitantes – de uma população total pré-guerra de 44 milhões – estão às escuras e sem aquecimento. Com a aproximação do inverno, a ONU alerta para uma possível catástrofe humanitária em território ucraniano. (18/11)
Foto: Maxym Marusenko/NurPhoto/picture alliance
Pelosi deixará a liderança democrata
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, anunciou, em um discurso emocionado, que não concorrerá à reeleição e, por isso, não atuará mais como líder do Partido Democrata no Congresso americano. Eleita em 1987, ela foi a primeira mulher a ser presidente do Legislativo dos EUA, em 2007, cargo para o qual retornou em 2019. (17/11)
Foto: Carolyn Kaster/AP/picture alliance
A morte de Isabel, lenda do vôlei brasileiro
A ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado morre aos 62 anos. Ela estava internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia que se agravou, culminando num quadro de síndrome aguda respiratória. Dois dias antes, na segunda-feira, ela fora anunciada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, como parte do núcleo de esportes da equipe de transição do governo Lula. (16/11)
As tensões na guerra na Ucrânia se elevaram após relatos de que mísseis russos atingiram a Polônia, país-membro da Otan, matando duas pessoas. O caso gerou alarme na comunidade internacional, que reagiu em peso. O corpo de bombeiros polonês confirmou a morte de duas pessoas em explosão ocorrida na vila de Przewodów, perto da fronteira com a Ucrânia, mas disse que a causa não está clara. (15/11)
Foto: Wojtek Jargilo/PAP/dpa/picture alliance
Biden e Xi se reúnem
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, tiveram sua primeira reunião presencial desde que o americano tomou posse, há quase dois anos. O objetivo do encontro foi "gerir" as diferenças entre as superpotências. Ambos se encontraram para a conversa, que durou várias horas, num luxuoso resort de Bali, na Indonésia, onde participam da cúpula do G20. (14/11)
Foto: Kevin Lamarque/REUTERS
Morre homem que viveu anos em aeroporto de Paris
Um iraniano que morou por 18 anos no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, morreu após um ataque cardíaco em um dos terminais. Mehran Karimi Nasseri inspirou o filme "O terminal", de Steven Spielberg, protagonizado por Tom Hanks. Ele viveu no aeroporto parisiense de 1988 a 2006, primeiramente por estar em situação indefinida quanto a sua legalidade, e depois por escolha própria. (13/11)
Foto: Stephane De Sakutin/AFP
Banksy na Ucrânia: equilíbrio sobre ruínas
O enigmático artista britânico Banksy deixou um dos seus grafítis na parede de um edifício em ruínas da cidade ucraniana de Borodyanka, na região de Kiev. Nele vê-se uma ginasta em equilíbrio quase impossível sobre destroços deixados pelos bombardeios. Segundo o portal Ukrinform, o fato de a imagem ter sido inicialmente partilhada na conta do artista no Instagram confirma sua autenticidade (12/11)
Foto: Ed Ram/Getty Images
Ucranianos comemoram retomada de Kherson
Após a retirada das tropas russas da única capital de província da Ucrânia que havia caído nas mãos dos invasores, moradores comemoram a chegada das tropas de Kiev e removem símbolos russos na cidade. Presidente Volodimir Zelenski exalta "dia histórico". "O povo de Kherson estava aguardando. Eles jamais desistiram da Ucrânia", destacou. (11/11)
Foto: Danylo Antoniuk/ZUMA/picture alliance
PF vai investigar chefe da PRF
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar a atuação do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, no segundo turno das eleições e nos subsequentes bloqueios em rodovias do país. A investigação será mantida sob sigilo e foi aberta a pedido do Ministério Público Federal para apurar se Vasques cometeu os crimes de prevaricação e violência política. (10/11)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Brasil perde Gal Costa
A cantora Gal Costa morreu aos 77 anos, depois de quase seis décadas de carreira. A causa não foi divulgada. Sua morte foi lamentada por inúmeras personalidades e artistas. "Um choque. Triste demais. Difícil demais", disse a amiga Maria Bethânia. Gilberto Gil se disse "muito triste e impactado". "Gal maravilhosa sempre!", afirmou o cantor Roberto Carlos. (09/11)
Foto: Joacy Souza/PantherMedia/picture alliance
Embaixador do Catar chama homossexualidade de "dano mental"
Durante entrevista à emissora alemã de televisão ZDF, o embaixador do Catar na Copa do Mundo, Khalid Salman, afirmou que a homossexualidade é um "dano mental" e um "haram" – um pecado. Após o comentário, o porta-voz do Comitê Organizador do Mundial do Catar encerrou abruptamente a conversa com o repórter europeu. (07/11).
Foto: Mateusz Smolka/ZDF
Começa a COP27
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27) teve início em Sharm el-Sheikh, no Egito. Em discurso de abertura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou os líderes presentes: "A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer. Ou fechamos um pacto de solidariedade climática ou um pacto de suicídio coletivo." (07/11)
Foto: picture alliance/dpa
Titanic à moda russa: uma provocação
No feriado nacional russo do Dia da Unidade do Povo, a Ucrânia lançou um novo selo postal provocador: ele mostra a explosão da ponte Kerch, que liga a península da Crimeia à Rússia. Em primeiro plano, está a famosa cena do sucesso cinematográfico "Titanic" – uma alusão à assertiva de Moscou de que ponte seria indestrutível. (06/11)
Foto: NurPhoto/IMAGO
Extrema direita francesa escolhe sucessor de Le Pen
O partido de extrema direita francês Reagrupamento Nacional (RN) escolheu o eurodeputado Jordan Bardella, de 27 anos, como novo líder. Ele vai suceder à líder de longa data do partido Marine Le Pen, que deixou o cargo em 2021. Bardella obteve cerca de 85% dos votos dos membros da sigla. Ele será o primeiro chefe do partido a não ter o sobrenome Le Pen. (05/11)
Foto: Alain Jocard/AFP/Getty Images
Xi Jinping recebe Olaf Scholz em Pequim
O presidente da China, Xi Jinping, recebeu o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, em Pequim. O líder chinês defendeu uma maior cooperação entre os países em meio "a tempos de mudanças e turbulências". O alemão foi o primeiro líder do G7 a visitar a China desde o início da pandemia de covid-19. A visita testou o clima entre o Ocidente e o gigante asiático após anos de tensões. (04/11)
Foto: Kay Nietfeld /AFP
Netanyahu vence eleições em Israel
O ex-primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu conquistou a maioria absoluta dos assentos no Parlamento, anunciou a comissão eleitoral. O partido dele e seus aliados de extrema direita e ultraortodoxos obtiveram um total de 64 cadeiras na câmara de 120 assentos. Isso significa que Netanyahu deverá retornar ao cargo à frente do governo mais direitista da história do país. (03/11)
Foto: Ammar Awad/REUTERS
Governo alemão sela acordo para aliviar impactos da inflação
Após semanas de desentendimentos, governos federal e dos 16 estados da Alemanha firmam acordo sobre financiamento de um gigantesco pacote de medidas emergenciais para aliviar o impacto da inflação e a alta nos preços de energia, e incluem também uma tarifa promocional para o transporte público, de 49 euros, que visa facilitar acesso da população a trens, metrôs e ônibus em todo o país. (02/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Bolsonaro quebra o silêncio após derrota
Após um silêncio de quase 48 horas, o presidente Jair Bolsonaro fez um curto pronunciamento. Ele evitou reconhecer explicitamente a vitória do seu rival Lula e continuou a fazer acenos para sua base radical. Por outro lado, em sinal de isolamento, Bolsonaro evitou falar em "fraude eleitoral" e autorizou seu ministro-chefe da Casa Civil a negociar a transição de governo. (01/11)