Participação de Bolsonaro em ato a favor de intervenção militar, os impactos do coronavírus sobre as populações pobre e indígena e desmatamento recordes na Amazônia foram destaque na mídia alemã.
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FAZ – "A gripezinha" (21/04)
Em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, Jair Bolsonaro, numa caçamba de pick-up, acena para seus seguidores que se reuniram no local. "Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil", afirmou o presidente.
Como em outras cidades onde houve manifestações no fim de semana, pessoas carregam cartazes nos quais pedem o fim das medidas de isolamento impostas pelos governadores. Outras criticam o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) ou a maior emissora de televisão do país. E há faixas em que manifestantes pedem uma intervenção militar ou uma nova edição do AI-5, que durante a ditadura militar deu início à perseguição e à tortura de políticos da oposição.
Enquanto em muitas partes do mundo, a luta contra a pandemia está unindo a população, Bolsonaro consegue que o Brasil discuta o risco de um golpe. As reações às manifestações e o apoio do presidente variaram de irritadas a indignadas. "O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo", reclamou Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.
Bolsonaro usa uma estratégia que é típica de populistas com tendências autocráticas, analisou em mensagem no Twitter o cientista político Oliver Stuenkel, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), dando como exemplo o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Protestos como o do fim de semana "não ocorrem em democracias saudáveis", escreveu. "Eles são produto de um líder pedindo a seus seguidores que ataquem um inimigo escolhido." No caso de Bolsonaro, o inimigo é o lockdown [isolamento social imposto por governadores e prefeitos] para conter a pandemia de coronavírus.
Süddeutsche Zeitung – "Os esquecidos na crise" (20/04)
Quando Cleonice Gonçalves morreu, em 17 de março, tornou-se claro para muita gente no Brasil de uma só vez o quão grande seria a catástrofe. A mulher simples, de 63 anos, passava cinco dias por semana no Leblon, um bairro nobre do Rio de Janeiro. A própria Cleonice nunca poderia bancar uma vida lá: ela dormia em um pequeno quarto de empregada à noite e, durante o dia, limpava banheiros e arrumava as camas da patroa, que acabara de voltar de férias após passar o Carnaval na Itália. Logo ao voltar para casa, a patroa se sentiu doente. Ela fez o teste para detectar o novo vírus, que naquela época já atingia a Itália e acabara de chegar ao Brasil. Enquanto esperava o resultado, a patroa não quis abrir mão da doméstica.
E, quando finalmente chegou o resultado, já era tarde: deu positivo. A essa altura, Cleonice já estava morta. A doméstica não foi apenas a primeira vítima de coronavírus no Rio, mas também a primeira a morrer que não vinha da classe alta brasileira. De repente, ficou claro: o Sars-CoV-2 não é um vírus que afeta somente os ricos. Muito pelo contrário: ele atingirá especialmente os pobres, porque é nas ruas estreitas das favelas que ele encontra as melhores condições para se propagar ou porque as medidas de quarentena, que há muito tempo se aplicam no Rio, mergulham as pessoas ainda mais fundo na pobreza.
Der Tagesspiegel – "Um país como laboratório experimental" (17/04)
"É só uma gripezinha." – "Brasileiro pula em esgoto, e não acontece nada." – "Todos nós vamos morrer um dia." Essas são as palavras do presidente Jair Bolsonaro. Desde o início, ele negou a pandemia. Apesar das recomendações de autoridades sanitárias brasileiras e internacionais, ele insiste em apertar as mãos das pessoas nas ruas. No entanto, ele não quer tornar público o resultado do seu teste de covid-19 (os testes de pelo menos 25 membros do governo deram positivo). O vírus não lhe poderia fazer mal, afirmou. Afinal de contas, ele foi atleta no passado.
Olho pela janela e fico impressionada com quantas pessoas no meu bairro de classe média em São Paulo respeitam o isolamento social. Talvez porque o governador de São Paulo contradisse o presidente e pediu para a população ficar em casa. [...] Nós sabemos que o número de vítimas é subnotificado. Pelo menos mil pessoas já morreram no Brasil por conta do vírus. [...] "O Brasil é um laboratório do neoliberalismo", escreve Marcia Tiburi. "Se a política de Bolsonaro for bem-sucedida, outros países a copiarão."
TAZ – "Floresta tropical perde área equivalente à de Hamburgo" (17/04)
Também no Brasil quase não existe outro tema que não seja o coronavírus, exceto talvez a 20ª edição do Big Brother Brasil, que é extremamente popular. E é assim que se perde de vista uma notícia que teria causado indignação no ano passado: o desmatamento da Amazônia atingiu novamente um triste recorde. Em janeiro, fevereiro e março de 2020 houve uma redução de 796,08 quilômetros quadrados de floresta – um aumento de 51,45% em comparação com o ano passado. São os valores mais altos desde o início das aferições que são realizadas pelo Inpe desde 2015. Por satélite, estes desmatamentos e queimadas são visíveis.
O aumento da destruição na maior floresta tropical do mundo aparece em muitos meios de comunicação também associado à crise de coronavírus. É verdade que os controles das autoridades ambientais se tornaram mais difíceis nas últimas semanas, afirma Erika Berenguer, bióloga brasileira na Universidade de Oxford. No entanto, ainda não há dados suficientes para demonstrar a relação entre o desmatamento e a crise de coronavírus. O crescente desmatamento é atribuído à política do presidente Bolsonaro. "Observamos um aumento constante no desmatamento desde o início de seu governo."
FAZ – "Para muitos restam apenas orações" (17/04)
[...] O coronavírus ameaça atingir fortemente a população indígena da América do Sul. Após as primeiras infecções na bacia amazônica, cientistas no Brasil alertam para taxas de mortalidade equivalentes a um surto de sarampo nos anos 1960. Naquela época, quase um em cada dez ianomâmis infectados morreu.
"Todos adoecem, e você perde todos os velhos, sua sabedoria e organização social", disse Sofia Mendonça, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em entrevista à BBC. Há algumas semanas, as autoridades sanitárias registraram o primeiro infectado. O jovem de 15 anos, que em março retornou à tribo ianomâmi na floresta após o fechamento de sua escola, recebe cuidados médicos em uma unidade de cuidados intensivos em Boa Vista. Tal como em epidemias anteriores, os povos indígenas da região fronteiriça entre Brasil e Venezuela se preparam para a crise do coronavírus se isolando em pequenos grupos na floresta.
TAZ – "Paraíso uma ova" (16/04)
Paraisópolis é a segunda maior favela de São Paulo. Pelo menos 100 mil pessoas moram ali, mas ninguém sabe o número ao certo. [...] No caminho para Paraisópolis passa-se por mansões fortemente vigiadas, clubes exclusivos e vitrines com carros esportivos caros. Senhoras mais velhas com rostos operados levam seus cães para passear; casais brancos vestindo roupas esportivas andam sobre calçadas largas. Apesar da proximidade espacial, existem mundos entre Morumbi e Paraisópolis.
O primeiro caso de coronavírus em toda a América Latina foi registrado no final de fevereiro no Morumbi. O vírus chegou ao país provavelmente com um turista rico. Mas, há muito tempo, ele se espalhou para fora do mundo dos ricos e bonitos. Há também numerosos casos em Paraisópolis. Favelas são especialmente suscetíveis a vírus. A proporção de pacientes com tuberculose ou asma é cinco vezes maior do que nos bairros ricos. Por causa da má alimentação, há muitos diabéticos, e quase ninguém tem dinheiro para prevenção.
"Antes que as pessoas aqui comecem a se preocupar com máscaras e desinfetantes, eles precisam de algo para comer", diz Juliana da Costa Gomes durante uma curta pausa para respirar. Ela mesma tem uma vida relativamente boa: vive com os seus três filhos numa casa espaçosa, tem água encanada e um salário modesto. Muitos vizinhos, porém, vivem uma realidade diferente.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.