Superar a doença não significa uma volta ao normal para muitos curados, que têm que lidar com sequelas graves. A cuidadora Maria Alzenir contraiu o vírus em julho, mas ainda sofre com falta de ar e músculos atrofiados.
Anúncio
A tosse constante acompanha dia e noite, enquanto os grandes cilindros de oxigênio, ainda essenciais após três semanas de alta, continuam um empecilho para caminhadas mais longas que da cama ao banheiro ou à cozinha da casa da filha. "Às vezes durante o banho esqueço de respirar como orientou a fisioterapeuta, e preciso sair às pressas para tomar oxigênio”, relata a cuidadora Maria Alzenir Lima, de 53 anos, que deixou a UTI há quase um mês.
Moradora da zona leste de São Paulo, Maria passou mais de 40 dias internada para o tratamento contra a covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no hospital do distrito de Brasilândia. Ela teve alta no dia 4 de Setembro.
O marido, que deu entrada em outro hospital um dia depois, não suportou as complicações cardíacas e renais causadas pela infecção do vírus e morreu no dia 4 de agosto no hospital do M'Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. "A ficha ainda não caiu, porque quando saí de casa para ir à Unidade Básica de Saúde (UBS) ele estava bem; e quando saí do hospital me dão a notícia que não vou mais vê-lo… A sensação é que quando voltar para casa ele vai estar lá me esperando", conta.
Desde que recebeu alta do hospital, há quase um mês, Maria Alzenir não foi para a sua casa desde o fim de julho. Para ser acompanha constantemente, ela agora vive na casa da filha Bárbara Lima, que transformou a sala num quarto para a mãe. O espaço também é usado para fisioterapia. "Depois da morte do meu pai, ninguém acreditava que ela iria voltar", afirma Bárbara, de 31 anos e que trabalha como manicure.
Na mesma semana em que o mundo atingia a marca de 1 milhão de mortes causadas pelo novo coronavírus, e com o Brasil acumulando mais de 140.000 mortes, Maria Alzenir passava por sua décima sessão de fisioterapia, buscando amenizar os efeitos da internação prolongada. Os músculos das pernas atrofiaram, tirando a firmeza no caminhar. "Quando cheguei, não conseguia nem pisar no chão que já formigava tudo, agora consigo dar uns passos; mas vacilando muito, não tenho segurança".
As dificuldades enfrentadas por pacientes que sobreviveram à covid-19 são comuns, devido ao tempo prolongado de internação. "Pacientes que vão para a UTI levam em média, de três a quatro semanas para ter alta hospitalar", afirma a infectologista Marli Sartori, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Tanto tempo na unidade impacta todo o organismo, que demanda terapia após a alta para se recuperar totalmente.
Aflitos e sem a atenção de um fisioterapeuta pelo SUS, os parentes de Maria Alzenir passaram a pagar R$ 120 por semana para o tratamento da matriarca. Mais dinheiro deve ser investido nas próximas semanas para que ela consiga sair de casa com mais segurança. Ela ainda necessita consultar um pneumologista para avaliar a condição dos pulmões. Por enquanto, os familiares temem tirá-la de casa, mesmo de carro.
"Eu já era apavorada, agora, depois de perder meu pai e quase perder minha mãe, fiquei ainda mais; ela consegue ficar um tempo sem oxigênio, mas e se de repente der um problema na rua, como fica? Não tenho segurança para isso", lamenta Bárbara.
Sequelas
A tosse constante não é sintoma de volta da doença, explica a fisioterapeuta contratada pela família, Evelyn Felisari, mas reflexo das duas semanas com o tubo do respirador mecânico. "A laringe tem receptores que ficam sensibilizados após esse tempo. É como se ainda tentasse expulsar o tubo que já não está lá." Os pulmões também ficam rígidos. O diafragma, que se comporta como os demais músculos do corpo, atrofiado. "Trabalhamos para liberar o paciente em um mês, mas a evolução depende muito de pessoa para pessoa", explica a profissional.
Maria ainda não consegue rir com naturalidade. "Até a gargalhada mudou", reclama a filha, apontando a mudança na voz, rouca, e o riso que agora é contido para não provocar uma crise de tosse. Comer também é um problema, já que alimentos mais duros causam dor e incômodo.
De acordo com um estudo sul-coreano, nove em cada dez pacientes com novo coronavírus relataram ter experimentado efeitos colaterais como fadiga, perda do olfato ou paladar e distúrbios psicológicos depois de se recuperarem da doença. A fadiga foi o efeito colateral mais comum, registrado em 26,2% dos participantes da pesquisa comandada por Kwon Jun-wook, autoridade da Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia (KDCA).
Segundo reportagem da revista científica Nature, distúrbios neurológicos vêm se mostrando cada vez mais comuns em pacientes que têm ou que superaram a doença. Algumas pessoas hospitalizadas sentiam delírio. Já um estudo japonês apontou danos nos tecidos cerebrais. A lista de problemas agora inclui acidente vascular cerebral, hemorragia cerebral e perda de memória. Não é inédito que doenças graves causem esses efeitos, mas a escala da pandemia covid-19 significa que milhares ou mesmo dezenas de milhares de pessoas podem estar sofrendo com esses sintomas, e algumas podem enfrentar problemas para toda a vida como resultado.
Maria Alzenir não lembra de nada entre 22 de Julho, quando começou a sentir os sintomas mais comuns da covid-19 – falta de ar, fadiga, tosse – e o fim de agosto, quando voltou a falar mais frequentemente com a família, ainda no hospital. "Tudo o que sei da minha ida à UBS, da transferência para o hospital, da impossibilidade de falar com meus familiares vêm por meio da minha filha”, relata.
Ainda hoje ela costuma esquecer fatos que ocorreram recentemente. "Ontem mesmo ela perguntou por que um parente demorava tanto a visitar, quando, na verdade, ele tinha vindo no dia anterior”, relata a filha Bárbara. Antes "dorminhoca", Maria Alzenir agora também relata insônia.
Ao todo, mais de 300 estudos em todo o mundo detectaram sintomas neurológicos em pacientes com covid-19, incluindo a perda de olfato e paladar. Os mais graves incluem afasia (dificuldade em se expressar e compreender), derrames e convulsões. Os estudos apontam como o vírus, que foi inicialmente considerado uma doença respiratória, também causa estragos nos rins, fígado, coração e quase todos os sistemas corpo, levando à classificação da covid-19 como doença sistêmica.
Anúncio
Números estáveis, mas ainda preocupantes
Maria Alzenir, Bárbara e demais membros da família moram no bairro de Sapopemba, campeão em número de casos e, principalmente óbitos na capital paulista. Até o fim de julho, foram registradas 520 mortes entre moradores da região, 4% de todos os óbitos registrados em São Paulo. Eram pessoas como José Wellington de Sousa, o marido de Maria Alzenir.
Aposentado, 16 anos mais velho que a esposa, Sousa sugeriu que ela deixasse de trabalhar durante a pandemia, considerando que eles poderiam contar com sua aposentadoria de um salário mínimo. "Eu não quis parar, sempre trabalhei, não queria depender dele; mas para isso, pegava ônibus lotado todos os dias, não", conta Maria. Ela também relata que chegou a dormir no chão para evitar o contágio do marido depois que sentiu os primeiros sintomas, "mas àquela altura ele provavelmente já tinha pego", lamenta. Ela afirma que, se pudesse voltar no tempo, teria parado de trabalhar temporariamente.
Após mais de 100 semanas com a taxa móvel estável ou em alta, o estado de São Paulo tem apresentado queda no número de casos e mortes nas últimas semanas, mas os números elevados não sinalizam queda na curva de contágio. Com uma média semanal próxima das 300 mortes por dia em todo o estado, de acordo com o consórcio Dados Transparentes, os números de São Paulo se mantêm equivalentes aos de junho.
Enquanto a maioria dos países apresentou um pico agudo de contágio, seguido de uma queda por conta das medidas de isolamento social, o estado de São Paulo e o Brasil sofrem com uma relativa estabilidade num platô alto desde o começo de maio, segundo dados compilados pela página Our World in Data, no que pode ser considerado a maior curva de contágio do mundo, com uma duração de cinco meses até o final de setembro.
Para afeito de comparação, os EUA, que ainda registram a maior incidência de casos e mortes, tiveram um pico em meados de abril, quando 2.700 pessoas morreram em um único dia, seguido de uma forte queda. Já a Índia, que hoje é o epicentro da covid-19 no mundo, não parece ter chegado ao pico da curva.
No Brasil, mesmo com os números ainda num patamar alto, cenas de praias, bares e festas lotadas vêm se repetindo em todo o país, independentemente de classe social. Nora de Maria, Tamires Lima se preocupa com a falta de adesão ao isolamento. "Aqui nessa mesma rua muita gente foi infectada e continua acontecendo, enquanto as festas estão acontecendo normalmente", relata. Ela teme uma nova infecção, já que as pesquisas ainda não garantem a imunidade permanente. Já Maria Alzenir apenas espera ter forças para aproveitar algo deixado de lado há mais de dois meses: "Queria só tomar uma cerveja gelada", brinca.
Cronologia da covid-19 no Brasil
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.