Ataque que deixou 50 mortos e mais de 50 feridos em casa noturna gay de Orlando entrou para o topo da lista de maiores execuções em massa do país.
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A execução em massa que deixou 50 mortos numa casa noturna gay em Orlando, na Flórida, foi classificada como o maior massacre a tiros da história dos Estados Unidos.
O atirador foi Omar Saddiqui Mateen, de 30 anos, cidadão americano de origem afegã. Ele disparou contra os frequentadores do clube Pulse, no centro da cidade, na madrugada deste domingo (12/06).
Depois de fazer ao menos 30 reféns, o autor do ataque foi morto em troca de tiros com a polícia. O FBI, que classificou o episódio como ato terrorista, investiga se Mateen tem ligação com o extremismo islâmico.
O último massacre que chocou os EUA foi o tiroteio de San Bernardino, na Califórnia, em dezembro de 2015. O casal Syed Farook e Tashfeen Malik matou 14 pessoas e feriu 17 num centro de assistência para pessoas com necessidades especiais.
O site de monitoramento Shootingtracker.com compilou as maiores execuções em massa já ocorridas em território americano:
1º de agosto de 1966 - Charles Whitman, atirador de elite, mata 16 pessoas a partir do telhado da Universidade de Austin, no Texas. No dia anterior, ele havia assassinado a mãe e a esposa.
18 julho de 1984 - Oliver Humberty, veterano da Guerra do Vietnã, assassina a tiros 22 pessoas num restaurante em São Diego, na Califórnia.
20 agosto de 1986 - Patrick Henry Sherrill, um carteiro americano que era ameaçado de ser demitido, mata a tiros 14 pessoas num posto dos Correios em Edmond, Oklahoma.
29 de dezembro de 1987 - Gene Simmons, um sargento reformado que enfrentava problemas financeiros, mata 16 pessoas – entre elas cinco familiares – em Russellville, Arkansas.
16 de outubro de 1991 - O caminhoneiro George Hennard mata 22 pessoas em uma cafeteria de Killeen, no Texas, antes de se suicidar.
20 abril de 1999 - Dois estudantes matam 13 pessoas e ferem 23 na escola Columbine, em Littleton, Colorado, antes de se suicidarem.
16 de abril de 2007 - Seung-Hui Cho, de 27 anos, mata 32 pessoas e se suicida no campus universitário em Blacksburg, Virginia.
5 de novembro de 2009 - O psiquiatra militar Nidal Hasan mata a tiros 13 pessoas numa base do Exército em Fort Hood, Texas.
14 de dezembro de 2012 - Adam Lamza mata 26 pessoas, entre elas 20 crianças, em uma escola primária de Newtown, em Connecticut, antes de se suicidar. No dia anterior, ele assassinou a própria mãe em casa.
16 de setembro de 2013 - Aaron Alexis assassina 13 pessoas antes de se matar no Centro de Operações da Marinha na capital Washington.
2 dezembro de 2015 - Quatorze pessoas são mortas a tiros no centro de ajuda a deficientes em San Bernardino (Califórnia). Syed Farook e sua esposa Tashfeen Malik, mortos em seguida pela polícia, foram os responsáveis pelo massacre.
20 de fevereiro de 2016 – Jason Dalton, um motorista do Uber, mata seis pessoas, entre elas um menino de oito anos, na cidade de Kalamazoo (Michigan). O atirador foi detido e processado.
O massacre de Orlando
Os Estados Unidos viveram o maior massacre a tiros de sua história: um homem armado abriu fogo em uma casa noturna na Flórida deixando dezenas de mortos e feridos, antes de ser morto pela polícia.
Foto: picture-alliance/AP Images/B. Self
No fim da noite
O tiroteio na casa noturna Pulse, em Orlando, começou por volta das 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta um sobrevivente. O atirador abriu fogo e matou ao menos 50 pessoas. Mais de 50 outras ficaram feridas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Reféns por três horas
O homem armado com um rifle e uma pistola abriu fogo contra os frequentadores do clube noturno Pulse, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. A polícia decidiu entrar no local e chegou a trocar tiros com o atirador, que foi morto. Não se sabe quantos dos reféns foram mortos na troca de tiros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Ação da Swat
Agentes da Swat, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Estado de emergência
O maior massacre da história dos Estados Unidos fez a Flórida e a cidade de Orlando declararem estado de emergência. A Casa Branca informou que o presidente americano, Barack Obama, está acompanhando as investigações junto ao FBI.
Foto: Reuters/K. Kolczynski
"Você reza para não levar um tiro"
"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", contou Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre. Na foto, parente de vítima é consolado em frente à casa noturna.
Foto: Reuters/S. Nesius
Tiros ininterruptos
"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o portorriquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Obama lamenta
O presidente americano afirmou que o maior massacre a tiros da história dos EUA foi um ataque contra todos os americanos e voltou tocar na questão do porte de armas, um discurso repetido em mesmo tom por Hillary Clinton.
Foto: Getty Images/A. Wong
Ruas isoladas
Mais de 12 horas após o ataque, as ruas em torno da discoteca continuavam isoladas. O incidente é investigado pelo FBI (a polícia federal americana) como um ato de terrorismo. Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico".
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. O'Meara
Doação de sangue
Americanos fizeram fila em Orlando para doar sangue, após um apelo feito pelas autoridades locais. Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas no ataque, muitas delas em estado grave.