Há anos se dão por contados os dias da líder alemã na política, mas a pandemia vem lhe proporcionando uma onda de admiração, sobretudo internacional, com elogios a sua habilidade de comunicação e de "desarmar histeria".
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Costuma-se designar com o termo "pato manco" os políticos que não vão concorrer a um novo mandato: eles são considerados enfraquecidos, sua meia-vida política é calculável. E já há anos, observadores vêm colocando a chanceler federal alemã, Angela Merkel, nessa categoria.
Repetidamente – após o mau desempenho de sua União Democrata Cristã (CDU) nas eleições legislativas de 2017; quando ela entregou o cargo de chefe partidária em 2018; ou diante das diversas investidas de seu ex-concorrente Friedrich Merz pela liderança política em 2018 e 2020 – os críticos têm dado por contados os dias políticos de Merkel. E, já dois anos atrás, numa conversa confidencial, até "merkelianos" do Parlamento contavam que ela se retiraria de cena em meados de 2019.
Nada disso: ela continua governando. Como um fusca: confiável, sem firulas, um tanto duro nas curvas.
No momento, a política democrata-cristã celebra um triunfo de popularidade como há anos não se via – em âmbito nacional e, mais ainda, internacional. "A mídia aqui em Israel a vê como uma das mais fortes personalidades de liderança em todo o mundo", comenta Amichai Stein, correspondente da TV Kan, de direito público.
Israel dedica muita atenção à Alemanha, revela o jornalista à DW. E diante da crise do coronavírus, Merkel é vista como uma figura de líder "que consegue tornar a situação compreensível e explicá-la claramente aos cidadãos".
Tal publicidade jornalística israelense coincide com os comentários da imprensa mundial, avaliações políticas e vozes nas redes sociais. Para muitos jornalistas da DW, que bem conhecem os elogios e as críticas à Alemanha, chama a atenção por estes dias o respeito que recebe Merkel.
Já em março, o New Zealand Herald estampava a manchete: "Liderança da Alemanha brilha na crise, mesmo perdendo poder". Para o jornal neozelandês, a Alemanha e sua chefe de governo contavam entre os "vencedores", constituindo um "exemplo" com sua estratégia na luta contra a pandemia.
Da África, dois comentários nas redes sociais: Philbert Jonathan Kyenshambi, da Tanzânia, tuitou que Merkel "reconheceu os sinais dos tempos na luta contra o corona". E Alistide Elias Byamungu escreveu: "Congratulations, Chancellor Angela Merkel!".
Um comentário recente no Clarín, o jornal mais lido da Argentina, revela-se um verdadeiro hino de louvor, que também diz muito sobre os políticos da América Latina. Referindo-se à "física formada de 65 anos, filha de um pastor luterano e uma professora de latim" e crescida na Alemanha Oriental, o comentarista Ricardo Roa admira-se que, mesmo depois de 15 anos à frente de uma potência, ela se comporte "como uma pessoa normal".
Em meio à crise da covid-19, Merkel conta entre "os muito poucos" políticos de todo o mundo que "não se salvam, mas sim lideram", prossegue. "Ela se comunica com rigor científico. Ela transmite calma. Ela desarma a histeria."
Roa cunha o termo "Merkelina", que seria o "outro medicamento", ao lado de medidas concretas, como coordenação e interconexão de todos os passos políticos, uma "modéstia e determinação" da liderança política, "em que se tenta resolver os problemas em vez de tirar proveito político dos problemas". Para o jornalista argentino, Merkel é "uma verdadeira personalidade de liderança".
Elogios escondem críticas a Trump e companhia
Na Alemanha, há quem até leve a mal esse tipo de elogio, após 15 anos de Merkel, pois ele ressalta menos a luta política do que a liderança na crise. E tais elogios também revelam como esse tipo de liderança tornou-se um artigo raro no palco internacional.
Isso vale tanto para os Estados Unidos como para o Reino Unido. Quem lê as edições atuais de The Atlantic, Forbes ou The New York Times esbarra em louvores a Merkel nos quais está embutida a crítica a Donald Trump. "Há semanas a chefe de governo alemã emprega sua racionalidade característica, aliada a uma sentimentalidade atípica", afirma um longo artigo da TheAtlantic.
Embora as matérias do Reino Unido não sejam assim tão carinhosas, uma colega relata como, em praticamente toda coletiva de imprensa do governo em Londres, os jornalistas perguntam por que os políticos britânicos não seguem o exemplo da Alemanha.
No entanto, a rigor, a Alemanha já está praticamente vivendo uma era pós-Merkel. Quase ninguém se lembrou quando, antes da Páscoa, completaram-se 20 anos desde que ela assumiu a liderança da CDU. Foi graças à pandemia de covid-19 que Merkel alcançou o nível de satisfação popular mais alto desde 2017, na pesquisa Deutschlandtrend da TV ARD – combinando com a forte presença televisiva da política conservadora como gestora de crise.
Agradando a gregos e troianos
A que se deve esse respeito quase universal? O deputado federal alemão Andreas Nick, também vice-presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho Europeu em Estrasburgo, a que pertencem quase 50 países, comenta: "Ao contrário de muitos de nós [na Alemanha], após 15 anos, os observadores internacionais e colegas de outros parlamentos registram com muito mais agudez a particularidade do estilo de decisão e liderança de Angela Merkel."
Um fator nessa apreciação positiva é o contraste com as vivências nacionais de cada observador, e "a abordagem de Merkel é tão pragmática quanto objetiva, porém sempre verificando analiticamente e refletindo cuidadosamente, com sobriedade protestante e com uma refrescante falta de vaidade".
"Teremos que conviver com esse vírus por um longo tempo"
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Afinal, completa o deputado conservador, ela é uma cientista formada, com experiência de vida no "colapso de um sistema ideológico seguro demais de si" – o regime comunista da Alemanha Oriental –, e, não menos importante: é uma mulher. Claro: Nick é democrata cristão, um partidário do curso político de Merkel, o que mais ele poderia dizer?
Entretanto também do outro lado do espectro político manifesta-se respeito pelo curso da chanceler federal. O governador da Turíngia, Bodo Ramelow, foi possivelmente o político do partido A Esquerda que mais tem tido contato com Merkel durante a crise do coronavírus, em repetidas videoconferências.
Da mesma forma que todos os governos estaduais, o governo federal alemão está atuando "como gestor de crise e comunicador", reconhece Ramelow. Ele considera a forma de agir da chanceler federal "beneficamente tranquila e objetiva, o que se mostra especialmente nas bem-estruturadas conferências por vídeo e telefone". E isso traz um certo relaxamento a conversas, na verdade, muito complexas.
Embora Merkel não tenha poupado críticas ao procedimento dos governos estaduais, Ramelow leva a sério as observações dela, "porque nestes tempos a questão é realmente agir em conjunto". Num mundo que "ficou totalmente louco" devido à pandemia, onde a política deve cuidar para conter o perigo e dar soluções concretas de ajuda, o esquerdista diz realmente preferir ter, "como primeira mulher no Estado, uma cientista tranquila, do que homens metidos a importantes que, sendo populistas, ignoram perigosamente os fatos".
A era pós-Merkel
Em todas as semanas da crise, Merkel nunca apareceu de máscara sanitária, pelo menos não em público, e talvez nunca tenha sido tanto política e cientista como agora. As referências a verificações, provas e suposições, esse olhar analítico sempre voltado adiante, são o tipo de coisa que, em outras circunstâncias, também irritam e dão sono aos alemães.
Num mundo sem coronavírus, neste sábado (25/04) seria eleito o futuro substituto – desta vez, um homem – de Annegret Kramp-Karrenbauer, a sucessora de Merkel na presidência da CDU. E mais uma vez os comentaristas teriam disputado pela contagem regressiva dos dias da chanceler federal.
A cientista Merkel explica a disseminação do coronavírus
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Nada disso vale mais. A nova liderança democrata-cristã deverá agora ser votada em dezembro. E como chefe de governo, em 1º de julho Merkel assume seu próximo e, nas circunstâncias atuais, mais difícil cargo, pois a Alemanha passa a ocupar a presidência rotativa do Conselho Europeu.
Um ano atrás, não eram poucos os políticos conservadores cristãos especulando se, antes dessa tarefa no nível da União Europeia, Merkel não seria substituída – ou até derrubada – ou se teria resistência para permanecer no cargo. Agora é bem provável que sua permanência na chefia de governo seja bem-vinda para a maioria.
Apesar de toda a euforia atual, muitos já têm na mira o que será depois de Merkel. O mais recente artigo do Sunday Times sobre o coronavírus na Alemanha, a rigor, não era mais uma história sobre a premiê. A foto a mostra ao lado do governador da Baviera, Markus Söder, com os dizeres: "Kaiser [imperador] do corona dispara na corrida pela sucessão de Angela Merkel."
E também Amichai Stein, de Tel Aviv, vislumbra a era pós-Merkel, ao ressalvar que, além da capacidade de "explicar a situação de forma clara e compreensível", "o outro motivo para essa atenção internacional é que ainda não se sabe quem vai substituí-la". E essa é uma questão que ainda vai ficar em aberto por um bom tempo.
A partir da China, o coronavírus Sars-Cov-2 se espalhou pelo mundo. Enquanto países adotam medidas para controlar a doença, cientistas buscam medicamentos e uma vacina. Reveja alguns fatos marcantes.
Foto: Christian Ohde/Imago Images
O começo de tudo em Wuhan
A China notifica a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma misteriosa pneumonia em Wuhan, de cerca de 11 milhões de habitantes. Especialistas de todo o mundo começam a tentar identificar o agente causador. Supõe-se que ele tenha se originado num mercado de frutos do mar na cidade. Inicialmente é comunicado haver cerca de 40 pessoas infectadas. (31/12/2019)
Foto: Imago Images/UPI Photo/S. Shaver
Nova cepa de coronavírus
Pesquisadores descartam se tratar do vírus Sars, da doença respiratória originada na China em 2002 que matou quase 800 pessoas. Cientistas chineses identificam um novo vírus, da cepa do coronavírus, causadores de Sars e do resfriado comum. Batizado provisoriamente 2019-nCoV e depois denominado Sars-Cov-2, ele causa febre, tosse, dificuldade respiratória e pode evoluir para pneumonia. (07/01)
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Primeira morte na China
A China anuncia a primeira morte causada pelo novo coronavírus. Um homem de 61 anos, que havia feito compras no mercado de frutos do mar de Wuhan, morreu de complicações por causa de uma pneumonia. (11/01)
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Vírus atinge países vizinhos
Países como Tailândia e Japão começam a relatar casos da doença em pessoas que estiveram na China. Em Wuhan, é confirmada a segunda morte. Até 20 de janeiro, há três óbitos e mais de 200 infecções no país. Aeroportos em todo mundo passam a controlar passageiros vindos da China. Na mesma data, é confirmado que o vírus pode ser transmitido diretamente entre pessoas. (20/01)
Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon
Milhões sob quarentena
Wuhan é colocada sob quarentena, na tentativa de limitar a propagação do vírus. O transporte coletivo é suspenso, e trabalhadores começam a construir um novo hospital para tratar pacientes infectados, que totalizavam mais de 830 em 24 de janeiro. O isolamento é estendido para 13 outras cidades, afetando pelo menos 36 milhões de pessoas. (23/01)
Foto: AFP/STR
O coronavírus chega à Europa
As autoridades da França confirmam três casos do novo coronavírus dentro de suas fronteiras, marcando a chegada da doença à Europa. Horas depois, a Austrália confirma que quatro pessoas foram infectadas. Na Alemanha, o primeiro caso de covid-19 é confirmado três dias depois. (24/01)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Mortagne
Primeira morte fora da China
Autoridades das Filipinas informam que um homem de 44 anos morreu no país vítima do coronavírus, marcando assim a primeira morte relacionada à doença fora da China. O paciente era da cidade chinesa de Wuhan e havia sido internado num hospital em Manila em 25 de janeiro. (02/02)
Foto: Getty Images/AFP/T. Aljibe
Morre médico chinês que tentou avisar autoridades sobre covid-19
O médico chinês Li Wenliang morre após contrair o Sars-Cov-2. Em janeiro, ele havia tentado avisar as autoridades de seu país a respeito da epidemia e da chance de a covid-19 sair do controle, mas acabou sendo reprimido. Li foi obrigado a assinar um documento no qual declarava que seus avisos não tinham fundamento. (07/02)
Foto: KW
Número de mortes supera a do Sars
A China informa que o número de mortos por covid-19 chegou a 811, ultrapassando as 774 vítimas do surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), também causada por um coronavírus, entre 2002 e 2003. (09/02)
Foto: picture-alliance/AP/Chinatopix
Vírus chega ao Brasil
O governo brasileiro confirma o primeiro caso no país: um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. Até então, o novo coronavírus havia se espalhado para mais de 40 países e territórios, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Itália impõe quarentena em todo o território
O governo em Roma determina restrições ao deslocamento de todos os seus 60 milhões de cidadãos e proíbe aglomerações públicas para tentar conter o coronavírus. Habitantes só podem deixar a área em que vivem com justificativa. No mesmo dia, a Alemanha registra as duas primeiras mortes por covid-19 no país. (09/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Calanni
OMS declara pandemia
A OMS considera que a disseminação de covid-19 pode ser caracterizada como pandemia, observando que o número de casos fora da China se multiplicou por 13 e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. "Pandemia" designa a difusão de uma enfermidade por vários países ou continentes. (11/03)
Foto: Getty Images/E. Cremaschi
Estado de emergência na Espanha
A Espanha declara estado de emergência para conter a propagação do coronavírus Sars-Cov-2. O país já conta quase 6 mil casos de infecção, com cerca de 180 mortos. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anuncia que o país decidiu limitar a livre circulação da população, colocando assim cerca de 47 milhões de pessoas sob quarentena parcial. (14/03)
Foto: picture-alliance/Pacific Press/F. C. Arroyo
Fechamento de fronteiras
Como parte dos esforços para conter a proliferação do novo coronavírus, a Alemanha fecha suas fronteiras. No mesmo dia, o número de casos fora da China supera o registrado no país asiático. (16/03)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
China zera transmissão local
Pela primeira vez desde o início da pandemia, a China anuncia que nas últimas 24 horas não registrou nenhum novo caso de covid-19 transmitido localmente. No entanto, havia 34 casos importados de outros países. Três dias depois, o país voltaria a registrar um caso de transmissão local. No mesmo dia, o número de mortos pelo coronavírus na Itália supera o de mortos na China. (19/03)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/A. Ivanov
São Paulo e Rio em quarentena
O estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro dão início a medidas de contenção por determinação das gestões locais, com fechamento do comércio não essencial e restrição à circulação de pessoas – além do fechamento de escolas, que já havia sido determinado anteriormente. Em São Paulo, a medida afeta 54 milhões de habitantes em 645 municípios. (24/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Isolamento total no Reino Unido
O premiê britânico, Boris Johnson, volta atrás e, após dados que previam a evolução da doença sem medidas mais restritivas, apresentados pelo Imperial College de Londres, determina isolamento horizontal no país. Até então, Johnson defendia a chamada "imunização de rebanho", ou seja, permitir que a população entrasse em contato com o vírus para que desenvolvesse imunidade. (23/03)
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Bairros de Pequim voltam a adotar bloqueio por coronavírus
Autoridades de Pequim isolam 11 bairros residenciais devido a várias novas infecções por coronavírus, relacionadas a um mercado de carnes. O chefe do local afirmou ao site "Beijing News" que o vírus foi encontrado em tábuas que processavam salmão importado. (13/06)
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OMS interrompe testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença. (17/06)
Foto: AFP/G. Julien
UE reabre fronteiras internas, mas se blinda do resto do mundo
As fronteiras da União Europeia são reabertas, após três meses de fechamentos forçados devido à pandemia de coronavírus, iniciados no mês de março. Algumas restrições, porém, ainda permanecem no bloco, que seguirá fechado para visitantes de países onde o vírus está fora de controle, como Brasil e EUA. (15/06)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Rehder
OMS diz que dexametasona é avanço contra covid-19
A OMS considera que a utilização do esteroide dexametasona, que reduziu significamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a pandemia de covid-19. É o primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores. (17/06)
Foto: Getty Images/M. Horwood
Mundo ultrapassa 10 milhões de casos de covid-19
Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que número de mortes confirmadas pela doença está próximo de ultrapassar marca de 500 mil. Brasil e EUA lideram em números de casos e mortes. (28/06)
Foto: Reuters/A. Kelly
Comissão Europeia tenta assegurar doses de Remdesivir
Executivo da União Europeia inicia negociação para compra de medicamento com fabricante americano, após Estados Unidos adquirirem praticamente toda a produção dos próximos três meses. (02/07)
Foto: picture-alliance/Yonhap
Bolsonaro com covid-19
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Vacina da Moderna mostra resultado e vai para fase final de testes
A vacina em fase de desenvolvimento contra o novo coronavírus da empresa americana Moderna foi bem tolerada e criou anticorpos neutralizantes em todos os participantes do estudo, anunciaram os pesquisadores responsáveis na revista especializada "The News England Journal of Medicine". A Moderna anunciou que a fase final dos ensaios clínicos deve ir de 27 de julho a 27 de outubro. (14/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Schmidt
Estudo indica que imunidade ao coronavírus é temporária
Pesquisadores britânicos monitoraram os níveis de anticorpos contra a covid-19 em 90 pacientes recuperados. Resultados sugerem que o contato com o vírus só fornece imunidade por alguns meses, como no caso da gripe. (14/07)
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Rússia é acusada de tentar hackear pesquisa de vacina contra covid-19
Reino Unido diz que hackers possivelmente ligados ao serviço secreto russo têm atacado instituições britânicas, dos EUA e do Canadá para roubar dados sobre vacina contra novo coronavírus. Kremlin rejeita acusações. (16/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Ohde
Mundo tem recorde diário de infecções com covid-19, aponta OMS
Segundo organização, mais de 230 mil pessoas testaram positivo para o coronavírus na sexta-feira. Total de casos oficialmente identificados se aproxima de 14 milhões. EUA e Brasil são os países mais afetados. (18/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/D. Ochoa
Persistência do coronavírus pode estar ligada a jovens assintomáticos
Enquanto novos surtos obrigam países a voltarem atrás no relaxamento, pesquisas indicam que aqueles que se consideram seguros podem, na verdade, estar contribuindo decisivamente para a disseminação do novo coronavírus. (23/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Steinberg
Coronavírus pode ser transmitido em raio de oito metros, diz estudo
Pesquisadores analisam surto em frigorífico alemão e revelam que transmissão do vírus não depende apenas de proximidade social, mas também das condições do ambiente. (24/07)
Pesquisadores descobriram que cães farejadores podem discernir entre amostras de indivíduos saudáveis e infectados pelo vírus. Nível de precisão é tão alto que se vê possibilidade de aplicação prática. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
Confronto em protesto contra restrições deixa 45 policiais feridos em Berlim
Polícia enfrentou resistência ao dispersar manifestantes que ignoravam regras de higiene e saúde. Mais de 130 pessoas foram presas no protesto, amplamente criticado por lideranças políticas na Alemanha.(01/08)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Pandemia causou maior interrupção da educação da história, diz ONU
Nações Unidas alertam para "catástrofe geracional" devido ao fechamento das escolas, que afeta 1 bilhão de estudantes em 160 países. Retorno às aulas deve ser prioridade onde pandemia estiver sob controle, diz Guterres. (04/08)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Focos regionais de covid-19 elevam taxas de infecção na Europa
O número de novos casos da doença está aumentando no continente. Autoridade europeia vê risco elevado de uma nova escalada da pandemia em países cuja população não se atém mais às regras de distanciamento e higiene. (13/08)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Vacina russa contra covid-19 é novo orgulho de Putin
Primeiro imunizante para o coronavírus aprovado por um governo nacional, Sputnik V é tido como produto prematuro por cientistas ocidentais. Mas dá ao Kremlin o sabor momentâneo de vitória na corrida pelo antídoto. (14/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
China aprova primeira patente de vacina contra covid-19
Mídia estatal diz que governo concedeu sua primeira patente à empresa chinesa CanSino. Vacina pode ser produzida em massa em curto período de tempo, afirma documento. Fase 3 dos ensaios clínicos ainda não foi concluída. (17/08)
Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress/C. Hardt
Estudo associa umidade do ambiente a disseminação da covid-19
Ar seco de recintos refrigerados ou aquecidos por calefação podem favorecer mobilidade viral e impulsionar contágios, afirma pesquisa realizada por cientistas indianos e alemães, baseada em dez estudos internacionais. (21/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Guenther
Hong Kong tem primeiro caso de reinfecção
Paciente de 33 anos contraiu novamente o vírus pouco mais de quatro meses após ter se recuperado da doença. Descoberta é um revés para defensores da estratégia de imunidade de rebanho. (24/08)
Foto: Reuters/T. Siu
Reinfecções
Casos de reinfecção em Hong Kong, Holanda e Bélgica lançam dúvidas em relação tanto à possibilidade de uma imunidade permanente contra a covid-19, quanto à eficácia das vacinas em desenvolvimento por todo o mundo. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen
Mundo supera 25 milhões de casos
Marca é alcançada após Índia bater recorde mundial de infecções diárias, ao registrar mais de 78 mil casos de coronavírus em 24 horas. Quatro em cada dez infectados no mundo estão nos EUA ou no Brasil. (30/08)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/H. Bhatt
Crianças assintomáticas podem carregar coronavírus por semanas
Dois estudos americanos apontam que menores não apenas apresentam uma carga surpreendentemente alta do Sars-Cov-2, como podem transmitir a doença por semanas, mesmo sem sintomas. (31/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
Testes indicam eficácia de vacina russa
Publicado na "The Lancet", estudo com 76 voluntários mostra desenvolvimento de anticorpos e nenhum efeito colateral sério. Pesquisadores russos reconhecem necessidade de testes adicionais para maior segurança. (04/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
Impacto brando do coronavírus na África intriga cientistas
Com grandes aglomerações e sistemas de saúde precários, previa-se um quadro de horror para a pandemia nas nações africanas, o que não ocorreu. Entre possíveis causas estão idade da população e imunidade a patógenos. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/S. Maina
Livro revela que Trump minimizou pandemia intencionalmente
Em entrevistas ao jornalista Bob Woodward, presidente americano admitiu que sabia que o coronavírus era perigoso e mortal, mas decidiu não ser claro com a população para não criar pânico. "Sempre minimizei." (10/09)
Foto: Tom Brenner/Reuters
Pandemia impõe desafio adicional à prevenção de suicídios
Crise tem sido especialmente desafiadora para pessoas com problemas de saúde mental. No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, especialistas pedem que distanciamento físico não impeça ajuda a quem precisa. (10/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Weber/Eibner
Virologista rebate mitos sobre a covid-19
Em cartazes de protesto e na internet circulam diversas teorias, absurdas ou plausíveis, que atribuem culpas pela pandemia ou rechaçam medidas de precaução. Especialista alemão em coronavírus responde a algumas delas. (18/09)
Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
O risco de festas familiares para a transmissão da covid-19
Em alguns casos, basta um infectado para causar um surto e espalhar a doença por diversas regiões. Apesar do potencial para propagar o coronavírus, superdisseminadores podem também ser uma arma no combate à pandemia. (28/09)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Mauer
Cidade onde a covid-19 surgiu volta à normalidade
Considerada o "marco zero" da pandemia do novo coronavírus, Wuhan tem ruas comerciais cheias e festas em piscinas. A cidade chinesa não registra novos casos desde maio, e moradores criticam a resposta global à pandemia. (28/09)
Foto: AFP/Getty Images
Mundo ultrapassa marca de 1 milhão de mortes por covid-19
EUA e Brasil concentram 35% das mortes oficialmente identificadas no mundo, apesar de representarem apenas 7% da população global. Secretário-geral da ONU pede mais "liderança responsável" e diz que "desinformação mata". (29/09)
Foto: Sally Hayden/Sopa/Zuma/picture alliance
Testes rápidos para nações pobres
A OMS anunciou a distribuição de 120 milhões de testes rápidos para países pobres, afirmando se tratar de um meio simples e barato de interromper cadeias de transmissão do coronavírus. Acordo foi firmado entre fabricantes de teste rápido e a Fundação Bill e Melinda Gates. Campanha faz parte de iniciativa global lançada em abril por OMS, Comissão Europeia, Fundação Gates e o governo francês.(30/09)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS.com/N. Sharma
Mundo pode ter vacina contra covid-19 até o fim do ano, diz OMS
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde diz haver esperança de que imunizante contra o coronavírus esteja disponível ainda em 2020, enquanto entidades avançam em estudos pelo mundo. (06/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/V. Prokofyev
Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em superfícies
A 20 °C, o novo coronavírus é "extremamente robusto" em superfícies lisas, como telas de celulares, sobrevivendo por 28 dias sobre vidro, aço inoxidável e cédulas de dinheiro feitas de plástico. Pesquisadores da Austrália testaram o Sars-Cov-2 em ambientes escuros sob três temperaturas e concluíram que a capacidade de sobrevivência do vírus diminui conforme aumenta o calor no ambiente.
Foto: AFP/National Institutes of Health
Reinfecção pelo coronavírus pode ser mais grave, diz estudo
Pesquisadores chamam atenção para caso de americano que contraiu covid-19 pela segunda vez e precisou de ajuda respiratória. Constatação pode mudar não só corrida por vacina, como forma como mundo combate a pandemia. (13/10)
Foto: MEHR/M. Safari
Sindemia? Covid-19 pode ser mais que uma pandemia
Glossário da crise do coronavírus ganha novo termo. Ele reflete a ideia de que o vírus não atua simplesmente sozinho, mas sim compactuando com outras doenças. E isso demanda uma abordagem diferente. (14/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Mejia
Cães farejadores de covid: eficazes e baratos
Pesquisadores da Finlândia já estão utilizando cachorros treinados para detectar o coronavírus, com precisão de quase 100%. Preconceito de ser diagnosticado por um animal explica desinteresse de políticos. (23/10)
Foto: Lehtikuva/Reuters
Recuperados da covid-19, mas ainda não saudáveis
Estudos iniciais apontam que pelo menos metade dos pacientes infectados lidam com exaustão e falta de ar até meses após terem sido considerados curados. Efeitos a longo prazo do coronavírus ainda intrigam pesquisadores. (25/10)
Foto: Janina Semenova/DW
Europa enfrenta alta alarmante de mortes por covid-19
Em meio a uma segunda onda de infecções, países europeus batem recordes de óbitos pelo coronavírus em meses e aumentam restrições. Número de mortes diárias no continente aumentou quase 40% em relação à semana anterior, diz OMS. (27/10)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Alemanha anuncia lockdown parcial para conter segunda onda
Merkel e governadores endurecem medidas em meio a recordes de novos casos de covid-19. Restaurantes, bares e cinemas voltarão a fechar por todo mês de novembro. Escolas e creches permanecem abertas. Também na França foi decretado lockdown parcial em todo o país, incluindo o fechamento de restaurantes e bares. "Fiquem em casa o máximo possível e respeitem as regras", pediu o presidente. (28/10)