Munidos de luvas, baldes e vassouras, pelo menos 8 mil moradores vão às ruas para recolher lixo, pedras e cacos, após violentos protestos e confrontos com a polícia durante a cúpula do G20.
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Milhares de moradores de Hamburgo se reuniram neste domingo (09/07) em Schanzenviertel, no popular bairro de St. Pauli, para limpar a cidade depois dos protestos violentos do fim de semana em decorrência da cúpula do G20. Munidos de luvas, baldes e vassouras, participantes recolheram ao longo da tarde lixo, pedras e cacos de vidro das ruas.
Convocado pelo Facebook, o evento "Hamburg räumt auf!" ("Hamburgo arruma") contabilizou mais de 8 mil participantes através da rede social, mas a polícia chegou a calcular cerca de 10 mil presentes no local.
Moradores de Hamburgo fazem mutirão de limpeza após G20
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"Nós mostramos a todos como Hamburgo realmente é", escreveu na página Rebecca Lunderup, uma das organizadoras do ato. "Foi um enorme e incrível senso de coesão e de energia positiva que foram sentidos em todos os lugares onde vocês estiveram hoje", completou
A participação veio de diversos setores da sociedade: uma cadeia de utensílios de construção doou material de limpeza, uma padaria distribuiu pães, um restaurante contribuiu com hambúrgueres, e uma rede de supermercados doou água.
"Nós mostramos solidariedade com nossos vizinhos", disse Thorben Harms, morador do bairro de Barmbek. Mohamed e Walaa, refugiados da Síria, também participaram da ação: "Queremos fazer algo pela cidade de Hamburgo [como gratidão pelo acolhimento na cidade]".
Durante o encontro internacional, Hamburgo registrou confrontos, saques a lojas e danos ao patrimônio, em um episódio que chegou a ser descrito por moradores como cenas de "guerra civil". De acordo com os cálculos das equipes de segurança, 476 policiais foram feridos. Também houve 186 detenções e 37 mandados de prisão. Não foi informado o número de manifestantes feridos.
IP/dpa/epd/ots
Dez motivos para visitar Hamburgo
A segunda maior cidade da Alemanha é um importante centro comercial e portuário na Europa. Localizada junto aos rios Elba e Alster, Hamburgo tem muito a oferecer em termos de cultura, história e lazer.
Foto: picture-alliance/dpa/Kay Nietfeld
Importância da água
Navios trafegam noite e dia pelo rio Elba, entre o Mar do Norte e o porto de Hamburgo. O barulho dos motores e das gaivotas acompanham os esportistas na praia. O porto de Hamburgo, um dos maiores da Europa, fica apenas atrás do de Roterdã, na Holanda. São mais de 800 anos de história. Praias, cais, ancoradouros, cargueiros gigantescos e navios-museus dão um ar marítimo singular à cidade.
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Novo símbolo arquitetônico
Hamburgo está recebendo um novo símbolo. Construída sobre um antigo depósito de cacau, a moderna construção em vidro da Filarmônica do Elba (Elbphilarmonie) terá 110 metros de altura. A sala de concertos deverá ser inaugurada em janeiro de 2017.
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Passar por debaixo do rio
Para atravessar o Elba mais rápido, em 1911 foi inaugurado um túnel por debaixo do rio, uma verdadeira sensação para a época. Elevadores transportam carros, pedestres e bicicletas para o nível da rua. Apenas quem passa de carro pelos tubos de 426,5 metros de comprimento paga uma taxa.
Foto: picture-alliance/dpa/Bodo Marks
Novo bairro Hafen City
Na antiga área do porto às margens do Elba é implementado um dos maiores projetos de desenvolvimento urbano na Europa. O quarteirão antes esquecido está recebendo prédios sustentáveis e projetos grandiosos, como a Filarmônica do Elba. A área reestruturada poderá abrigar mais de 10 mil moradores a partir de 2025. A torre de metal de cor laranja foi inspirada em guindastes portuários e periscópios.
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Cidade das pontes
Ninguém sabe exatamente quantas pontes há em Hamburgo. A estatística oficial diz que são 2.500. Ou seja, mais do que em Veneza, Amsterdã ou Londres. Depois do grande incêndio de 1842, muitas pontes de madeira tiveram de ser substituídas. E, com o crescimento da área portuária, seguiram-se mais pontes de ferro e aço sobre os rios Elba e Alster, seus canais e também no bairro Speicherstadt.
Foto: picture-alliance/dpa/Kay Nietfeld
Antigo bairro dos armazéns
O complexo de armazéns Speicherstadt foi inaugurado em 1888. Antes disso, Hamburgo havia recebido um porto livre, onde a armazenagem e o processamento de produtos eram isentos de taxas. Assim surgiu o maior complexo de armazéns do mundo. Ainda hoje permanecem ali os aromas de café, chás e especiarias. Em 2015, o Speicherstadt foi reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco.
Foto: picture-alliance/dpa/Kay Nietfeld
Mensageiros da primavera
A cidade de Hamburgo é proprietária de mais de cem cisnes. Há inclusive um cuidador oficial, que desde 1674 é responsável por retirar as aves do seu abrigo de inverno. Com a posse do elegante cisne branco, na realidade um privilégio dos reis, a cidade antigamente demonstrava sua soberania. Ainda hoje, Hamburgo é uma das cidades-estado da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/Christian Charisius
Noite agitada
A vida noturna de Hamburgo acontece na Reeperbahn, que é comparada à Red Light District de Amsterdã. O bairro St. Pauli concentra bares, restaurantes, teatros, sex shops e clubes eróticos. Nos anos 1960, artistas e músicos descobriram o charme empoeirado do bairro. No legendário Star-Club, os Beatles conquistaram o público alemão e iniciaram a carreira de sucesso.
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Torres que parecem dançar
Na rua Reeperbahn, número 1, há dois prédios que, pela sua arquitetura, parecem um par dançando. Nos andares superiores dos prédios de 105 metros de altura há um restaurante e um bar. Do terraço, há uma magnífica vista para a área portuária.
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Feira do peixe
O mercado do peixe (Fischmarkt) em Altona atrai milhares de visitantes a cada domingo. A feira é famosa não só pelos gritos dos vendedores ou pela oferta de peixes. Lá se podem comprar outros produtos frescos e tomar o café da manhã ao som de música ao vivo.