O papel do Catar na mediação do conflito Hamas-Israel
Cathrin Schaer | Jennifer Holleis
22 de novembro de 2023
Com facilidade de diálogo com todas as partes, emirado foi crucial no acordo para libertação de reféns em Gaza. País tenta ser "Suíça do Oriente Médio”. Mas neutralidade não é fácil – e também inclui interesses próprios.
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O anúncio de uma possível "pausa humanitária” na Faixa de Gaza pode ser considerado um triunfo para uma pequena nação do Golfo Pérsico, o Catar.
Na manhã desta quarta-feira (22/11), o Ministério das Relações Exteriores do emirado divulgou um comunicado anunciando a "trégua” de quatro dias durante a qual todos os lados – os militares israelenses, o grupo terrorista Hamas e o braço armado do Hisbolá no Líbano – concordaram em parar os combates. Isto permitiria a libertação de 50 reféns detidos pelo Hamas em Gaza, em troca da libertação de cerca de 150 prisioneiros palestinos das prisões israelenses. Também permitiria que a ajuda humanitária desesperadamente necessária entrasse na Faixa de Gaza.
Os reféns em poder do Hamas a serem libertados seriam mulheres e crianças, e os prisioneiros palestinos que seriam postos em liberdade também seriam principalmente mulheres e crianças – isto é, prisioneiros nas prisões israelenses com menos de 18 anos.
Em 7 de outubro, o Hamas, que é considerado uma organização terrorista pelos EUA, UE e outros, lançou um ataque a partir de Gaza que matou cerca de 1.200 israelenses e estrangeiros. O grupo também levou cerca de 240 reféns para a Faixa de Gaza. Desde então, Israel tem bombardeado o enclave de cerca de 360 quilômetros quadrados e também impediu a entrada de grande parte da água, alimentos, combustível e suprimentos médicos. Mais de 13 mil pessoas foram mortas pelos bombardeios israelenses em Gaza, segundo autoridades de saúde ligadas ao Hamas.
As negociações em torno dos reféns duraram semanas. A certa altura, o governo israelense recusou uma oferta semelhante, para poder continuar sua ofensiva terrestre em Gaza. Contudo, a pressão aumentou – por parte da comunidade internacional, do principal aliado de Israel, os EUA, e das famílias dos reféns, que exigiram que o seu governo se concentre na libertação dos sequestrados.
O Egito, que assinou um acordo de paz com Israel em 1979 e faz fronteira com Israel e Gaza, também ajudou nas negociações. Mas foi o Catar que foi visto como tendo liderado as conversações.
Como resultado do anúncio do Catar, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o principal diplomata dos EUA, Antony Blinken, publicaram mensagens no X (antigo Twitter) agradecendo ao Egito e ao Catar pela "parceria crítica” nas negociações.
Antes, até o conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, elogiou o papel do Catar, escrevendo nas redes sociais que "os esforços diplomáticos do Catar são cruciais neste momento”.
Mas nem todos estiveram tão satisfeitos com o Catar. Alguns comentaristas disseram que o Catar deveria ter se esforçado mais para libertar mais reféns. Outros argumentaram que, como o pequeno Estado do Golfo é o lar da liderança política do Hamas desde 2012, foi de alguma forma cúmplice dos ataques do grupo.
O Catar tem afirmado regularmente que apoia a igualdade de direitos para os palestinos.
Na corda bamba da diplomacia
Basicamente, os analistas concordam que o Catar caminha numa linha tênue quando se trata da sua política externa, bancando a "Suíça do Oriente Médio” e mantendo as portas abertas a todos os que chegam.
"O papel do Catar é particularmente sensível, porque o emirado depende de ser um intermediário há mais de duas décadas”, disse recentemente à DW Guido Steinberg, especialista do Instituto Alemão de Relações Internacionais e Segurança (SWP, na sigla em alemão), sediado em Berlim.
O Catar já atuou anteriormente como interlocutor entre a comunidade internacional e ostalibãs no Afeganistão (que também têm escritórios políticos em Doha), entre os EUA e o Irã, e até mesmo a Rússia e a Ucrânia. Também acolhe o maior quartel-general militar dos EUA no Oriente Médio, a base aérea de al-Udeid, que desempenhou um papel significativo na retirada do Afeganistão em 2021. Isso levou o Catar a ser descrito pelos americanos como o "grande aliado não pertencente à Otan".
O país também já mediou entre Israel e o Hamas – como durante a Guerra Israel-Gaza de 2014. O Catar congelou relações com Israel em 2009, mas alegadamente mantém uma relação nos bastidores. Por exemplo, quando outros países da região se opunham firmemente a quaisquer laços com Israel, o Catar permitiu que Israel abrisse uma missão comercial em Doha em 1996.
"O Catar tem tido há muito tempo uma relação pragmática onde utiliza incentivos financeiros para gerir e acalmar várias rondas de tensões e guerras entre Israel e o Hamas”, disse à DW no mês passado Sanam Vakil, diretor do Programa para o Oriente Médio e Norte da África do think tank britânico Chatham House. Vakil vê o Catar como "um intermediário natural para proteger os reféns e encontrar pontos de entrada para acalmar e proteger as pessoas no terreno, à medida que a questão humanitária piora”.
"O Catar opera numa espécie de zona cinzenta”, escreveu semana passada na revista New Yorker o jornalista americano Joel Simon, autor do livro We Want to Negotiate: The Secret World of Kidnapping, Hostages and Ransom ("Queremos negociar: o mundo secreto do sequestro, dos reféns e do resgate", em tradução livre).
"Embora as autoridades do país digam que são guiadas por princípios humanitários e pelo desejo de reduzir conflitos e promover a estabilidade, usaram claramente do poder que têm para ganhar influência e visibilidade, uma postura que, acreditam, aumenta a segurança deles numa região volátil", explicou. "Jogar em ambos os lados faz do Catar um aliado valioso, e o Catar sabe disso”, concluiu.
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Grande fomentador em Gaza
No passado recente, o Catar vinha gastando cerca de 30 milhões de dólares por mês em Gaza. Mas as discussões em torno desse dinheiro são mais um exemplo do quão difícil é o papel do Catar quando se trata dos palestinos e do Hamas.
Alguns sugeriram que o dinheiro do Catar subsidia a ala terrorista do Hamas e é utilizado para fins nefastos. Mas o Hamas governa o enclave desde 2007 e também gere os pagamentos à administração civil de Gaza.
Respondendo no mês passado às perguntas da agência de notícias Reuters sobre o dinheiro para Gaza, um funcionário do governo do Catar afirmou que a verba se destinava a famílias necessitadas e ao pagamento de salários de funcionários públicos, incluindo médicos e professores. A ONU afirma que 80% dos habitantes da Faixa de Gaza dependiam da ajuda internacional ainda antes da crise atual, devido ao bloqueio que Israel estabeleceu após ter se retirado da Faixa de Gaza em 2007.
E o dinheiro do Catar na verdade passa por Israel, segundo explicou o funcionário do Catar à Reuters. O dinheiro é transferido eletronicamente para Israel, que depois o repassa às autoridades de Gaza, administradas pelo Hamas, e todos os pagamentos são "totalmente coordenados com Israel, a ONU e os EUA”, afirmou.
As autoridades americanas observam que o sistema de angariação de fundos do Hamas é amplo, variado e complexo. Parte do dinheiro, incluindo o proveniente do Catar, está provavelmente sendo usado de forma ilegítima, sugeriram os americanos, juntamente com outros fundos, como os provenientes do Irã, país que desempenha papel importante no apoio ao Hamas – tal como outros intermediários financeiros em todo o mundo. Por exemplo, após o ataque de 7 de outubro, os EUA sancionaram outras entidades que Washington associa ao financiamento do Hamas, incluindo um intermediário no Catar, assim como outros no Sudão, na Turquia e na Argélia.
O papel do Catar mudará agora?
Apesar do sucesso do Catar nesta rodada de negociações, um dos resultados do atual conflito parece ser um acordo entre o Catar e o seu aliado, os EUA, segundo o qual o Estado do Golfo terá de se distanciar ainda mais do Hamas depois que o atual conflito se acalmar.
Em meados de outubro, mais de 100 políticos dos EUA exigiram que o Catar expulsasse os responsáveis do Hamas do país. "As ligações do país com o Hamas são simplesmente inaceitáveis”, dizia a carta endereçada ao presidente dos EUA.
Ao mesmo tempo, a liderança do Catar afirmou que pensa que mais diplomacia é a resposta para trazer a paz.
"O acordo negociado pelo Catar entre Israel e o Hamas marca o primeiro sucesso diplomático importante desde o início da guerra”, confirmou Hugh Lovatt, especialista do think tank Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês). "Esta é uma oportunidade de abrir espaço para um cessar-fogo total baseado num caminho diplomático mais amplo”, disse à DW.
Mas, como outros salientaram, se o Catar expulsar completamente os responsáveis do Hamas, os representantes do grupo islâmico poderão muito bem acabar em outro país muito menos disposto a ajudar, caso seja necessária mais diplomacia. Antes de 2012, a liderança política do Hamas estava baseada na Síria.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance
Morre Henry Kissinger, o diplomata que marcou século 20
Ex-secretário de Estado americano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, ele mantinha-se ativo ainda aos 100 anos de idade. Alemão de família judia, ele fugiu do nazismo, naturalizou-se americano e, mais tarde, teve papel central na Guerra do Vietnã e no golpe no Chile, deixando um legado controverso: para apoiadores, ele era um gênio; para críticos, um criminoso de guerra. (30/11)
Foto: Adam Berry/Getty Images
Na Índia, 41 operários são resgatados após ficarem mais de duas semanas soterrados
Presos sob escombros há 17 dias, os operários que trabalhavam em um túnel na região do Himalaia que colapsou foram resgatados com vida. A operação foi bem sucedida graças à ação de mineradores que cavaram artesanalmente passagens por onde as máquinas convencionais não conseguiam avançar, após a perfuração de um cano garantir o envio de mantimentos e oxigênio ao grupo. (29/11)
Foto: Uttarakhand State Department of Information and Public Relations/AP/picture alliance
Nevasca provoca caos em partes da Alemanha
Uma intensa nevasca e temperaturas congelantes causaram grandes distúrbios na Alemanha. Em Rheingau-Taunus, uma centena de veículos ficaram presos, tendo que ser libertados com ajuda de bombeiros. Nos arredores de Eltville, 100 pessoas foram retiradas de seus carros por causa da queda de árvores. No aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha, 161 decolagens e pousos foram cancelados. (28/11)
Foto: Kai Osthoff/dpa/picture alliance
Israel e Hamas decidem prolongar cessar-fogo
Poucas horas antes do fim do quarto e último dia do cessar-fogo no conflito na Faixa Gaza, Israel e o grupo radical islâmico Hamas concordaram em prolongar a trégua por mais dois dias. O cessar-fogo iniciado após dias de bombardeios veio após um acordo firmado entre os dois lados no conflito. O fluxo de ajuda humanitária, médica e combustível também continuará em todo o enclave palestino. (27/11)
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS
Bulgária debaixo de neve
A pouco menos de um mês do começo do inverno, o governo da Bulgária declarou estado de emergência em grande parte do país depois que fortes nevascas e ventos causaram interrupções no fornecimento de energia, bloqueios de estradas e acidentes de trânsito. Na foto, Isperih, no nordeste da Bulgária. (26/11)
Foto: Mehmed Aziz/AP Photo/picture alliance
Lava escorre sobre montanha de gelo na Sicília
Mais ativo vulcão da Europa, o Etna proporcionou imagens impressionantes ao expelir lava que escorreu sobre o monte coberto de neve na ilha italiana da Sicília. Povoados no entorno do vulcão ficaram cobertos de cinzas. O Etna retomou a sua atividade em agosto, produzindo uma nuvem eruptiva dispersa pelos ventos em direção a sul. (25/11)
Foto: Giuseppe Di Stefano/AP Photo/picture alliance
Começa cessar-fogo de quatro dias entre Israel e o Hamas
Israel e o grupo terrorista Hamas deram início a uma trégua de quatro dias no conflito na Faixa de Gaza iniciado em 7 de outubro. O cessar-fogo temporário foi acordado para que 50 reféns mulheres e menores de 19 anos em poder do Hamas sejam libertados em troca da soltura de 150 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel. Veículos de ajuda humanitária puderam ingressar em Gaza. (24/11)
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS
Dublin tem violentos protestos após esfaqueamento de quatro pessoas
A capital irlandesa, Dublim, foi palco de violentos protestos, que resultaram na prisão de ao menos 34 pessoas. Um policial ficou gravemente ferido, 13 lojas foram seriamente danificadas ou saqueadas e 11 veículos da polícia sofreram danos. A manifestação, atribuída a grupos de extrema direita anti-imigração, teve início após o esfaqueamento de quatro pessoas, três delas menores de idade. (23/11)
Foto: Brian Lawless/PA via AP/picture alliance
Extrema direita comemora após eleição na Holanda
O partido anti-islâmico do populista Geert Wilders venceu as eleições legislativas na Holanda, segundo pesquisas de boca de urna. De acordo com os prognóticos, o Partido para a Liberdade (PVV) obteria 35 assentos no Parlamento de 150 cadeiras, ficando à frente da aliança de esquerda de Frans Timmermans, com 26 assentos, e do bloco de centro-direita, com 23. (22/11)
Foto: Remko de Waal/ANP/IMAGO
Ucrânia homenageia mortos em protestos pró-Europa
A Ucrânia prestou homenagens ao mais de 100 mortos nos chamados "protestos de Maidan", há dez anos. Em novembro de 2013, teve início uma série de manifestações que duraram três meses e culminaram na fuga para Rússia do então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, figura próxima ao Kremlin. Meses depois, a Rússia respondeu invadindo e anexando ilegalmente a península ucraniana da Crimeia. (21/11)
Foto: Sergei Supinsky/AFP
Aquecimento global fica acima de 2ºC pela primeira vez
O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia (UE), anunciou que, pela primeira vez, a temperatura média global ficou acima de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900). O Acordo de Paris, que entrou em vigor em 2016, estabeleceu o objetivo de manter o aumento da temperatura média global em 1,5ºC. (20/11)
Foto: TERCIO TEIXEIRA/AFP/Getty Images
Javier Milei vence eleição presidencial argentina
Em meio a uma crise econômica, a Argentina optou pela ruptura numa eleição histórica, elegendo o populista de direita Javier Milei para a Presidência. Ele derrotou Sergio Massa, o candidato governista e atual ministro da Economia. Com a vitória de Milei, a Argentina entra na onda de ultradireita que sacudiu países como EUA e Brasil a partir da segunda metade dos anos 2010. (19/11)
Foto: Luis Robayo/AFP/Getty Images
SpaceX lança Starship, mas perde contato com a cápsula
A SpaceX lançou com sucesso a Starship, considerada a maior e mais poderosa nave do mundo a chegar ao espaço, depois de um primeiro teste fracassado em abril. Menos de três minutos após a decolagem, as partes se separaram. Apesar de o lançamento ter sido um sucesso, o propulsor usado pelo veículo espacial explodiu, e a SpaceX perdeu contato com a cápsula. (18/11)
Foto: GO NAKAMURA/REUTERS
Com a chegada do inverno, Rússia intensifica ataques a infraestrutura da Ucrânia
Ucranianos temem por mais um inverno sofrido enquanto a Rússia volta a bombardear a infraestrutura do país, deixando ao menos 45 mil sem energia no sul e leste do país. Em Kharkiv, alvo de bombardeios frequentes, o governo começou a construir escolas subterrâneas, à prova de mísseis, para que crianças possam voltar à sala de aula. (17/11)
Foto: Yevhen Titov/Zumapress/picture alliance
Ativistas voltam a pintar colunas do Portão de Brandemburgo
As colunas do Portão de Brandemburgo, um dos principais monumentos de Berlim, voltaram a serem tingidas de laranja durante um protesto de ativistas do clima, e dois manifestantes foram presos. Um ação semelhante havia sido realizada em setembro, liderada pelo grupo "Die Letze Generation" (A Última Geração), que cobra medidas mais drásticas para reduzir emissões de gases de efeito estufa. (16/11)
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance
Biden e Xi reúnem-se nos Estados Unidos
O presidente chinês, Xi Jinping, teve uma rara reunião presencial com o presidente dos EUA, Joe Biden. Os dois líderes estão em São Francisco para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que reúne 21 países. Biden disse que o objetivo do encontro era os dois "se entenderem". (15/11)
Foto: Doug Mills/AP Photo/picture alliance
Rio tem sensação recorde de 58,5 °C em meio a onda de calor
O Rio de Janeiro registrou sensação térmica de 58,5°C, a maior desde o início das medições do serviço Alerta Rio. A onda de calor afetou os estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, aumentando os perigos da exposição à radiação solar. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliou o alerta de "grande perigo" para 15 estados e o Distrito Federal. (14/11)
Foto: TERCIO TEIXEIRA/AFP/Getty Images
Premiê derrotado pelo Brexit volta ao governo britânico
Ex-primeiro-ministro britânico David Cameron voltou ao governo do Reino Unido como ministro do Exterior, em meio a uma remodelação anunciada pelo atual premiê, Rishi Sunak. Ele renunciou em 2016 depois de convocar e perder o referendo sobre o Brexit, inaugurando um período tumultuado na política britânica no qual o Partido Conservador se inclinou ainda mais para a direita populista. (13/11)
Foto: Sam Hall/empics/picture alliance
Brasileiros deixam a Faixa de Gaza
Um grupo de 32 brasileiros e familiares cruzou a fronteira com o Egito e deixou a Faixa de Gaza, após mais de um mês de espera, em meio a incessantes bombardeios no enclave palestino. Segundo o Itamaraty, o grupo chegou ao posto fronteiriço de Rafah, no sul de Gaza, passou pelo controle migratório e em seguida se dirigiu para o posto egípcio, num percurso de dois quilômetros de ônibus. (12/11)
Foto: privat
Islândia evacua cidade de 3 mil habitantes
A cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, que conta com cerca de 3 mil habitantes, foi evacuada devido a temores de uma possível erupção vulcânica. A Islândia declarou estado de emergência depois que terremotos sacudiram o sudoeste da península de Reykjanes, um possível prenúncio de uma erupção vulcânica. (11/10)
Foto: Raul Moreno/SOPA Images/IMAGO
Usina solar flutuante na Indonésia
A Indonésia inaugurou uma usina de energia solar flutuante que pode gerar 192 megawatts de eletricidade. A obra é uma cooperação entre o governo indonésio e a empresa Masdar, dos Emirados Árabes Unidos, e foi construída no reservatório de Cirata, na província de Java Ocidental, na ilha de Java. (10/11)
Foto: Bay Ismoto/AFP/Getty Images
Alemanha lembra pogroms nazistas de 1938
O chanceler Olaf Scholz (foto) e outras autoridades participaram de cerimônia na sinagoga Beth Zion, em Berlim, em memória dos Pogroms de Novembro, quando judeus em toda a Alemanha foram brutalmente perseguidos, agredidos e assassinados. Evento completa 85 anos sob a sombra de nova onda de antissemitismo. (09/11)
Foto: John Macdougall via REUTERS
Atendendo a avisos de Israel, mais civis deixam norte de Gaza
Centenas de milhares de palestinos começaram a rumar para o sul da Faixa de Gaza, atendendo aos avisos das forças israelenses, que têm intensificado os bombardeios no norte após isolar a região militarmente. O Hamas reagiu acusando a ONU de colaborar com Israel no "deslocamento forçado" de civis – um número incerto deles permanece na área, inclusive em hospitais. (08/11)
Foto: Mohammed Al-Masri/REUTERS
Primeiro-ministro de Portugal renuncia após escândalo
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, pediu demissão do cargo após ter seu nome envolvido em uma investigação de corrupção relacionada a concessões de minas de lítio e a um projeto para uma usina de hidrogênio verde no país. O anúncio foi feito horas após a polícia ter prendido seu chefe de gabinete e cumprido mandados de busca e apreensão. Ele afirma ser inocente. (07/11)
Foto: Leonardo Negrão/GlobalImagens/IMAGO
Ambientalistas danificam vidro que protegia obra de Velázquez em museu
Dois ativistas do movimento Just Stop Oil ("Apenas pare o petróleo", em tradução livre) foram presos após danificarem o vidro que protegia uma pintura de Diego Velázquez na National Gallery, em Londres. O governo britânico anunciou recentemente planos para exploração de óleo e gás no mar do Norte. (06/11)
Foto: Just Stop Oil/AP Photo/picture alliance
Temporal deixa milhões sem luz em São Paulo
A forte chuva que caiu sobre o Estado no fim de semana deixou sete mortos e causou uma série de transtornos, principalmente na capital paulista, deixando 3,7 milhões sem energia elétrica. Passadas quase 48 horas, 1,2 milhão de endereços continuavam no escuro. (05/11)
Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/IMAGO
Ato em Berlim reúne 8,5 mil por cessar-fogo em Gaza
Marcha teve teor "predominantemente pacífico", informou a polícia. Desde a eclosão do conflito, 20 de um total de 45 manifestações pró-Palestina foram vetadas por antissemitismo e discurso de ódio. O Hamas tem apostado no prolongamento da guerra, que afeta duramente civis, para pressionar por um cessar-fogo. Israel, que perdeu 1.400 civis em um ataque terrorista, condena a tática. (04/11)
Foto: Jörg Carstensen/dpa/picture alliance
Terremoto mata dezenas no Nepal
Mais de 50 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas depois que um terremoto de magnitude 6,4 atingiu o oeste do Nepal. O tremor ocorreu pouco antes da meia-noite, quando muitas pessoas já estavam dormindo, e teve o epicentro registrado em Jajarkot, distante cerca de 400 quilômetros a nordeste da capital, Katmandu. (03/11)
Foto: Balkumar Sharma/AFP/Getty Images
Alemanha bane Hamas e associação palestina
A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, anunciou a proibição de qualquer atividade vinculada ao Hamas e baniu também uma rede palestina atuante no país, chamada Samidoun, que promoveu comemorações pelo ataque do grupo radical islâmico contra Israel no dia 7 de outubro. O Hamas é considerado uma organização terrorista pela Alemanha, e também pelos EUA e União Europeia. (02/11)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Alemanha pede perdão por crimes coloniais na Tanzânia
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão pelos crimes cometidos na Tanzânia durante o domínio colonial alemão. "Gostaria de pedir perdão pelo que os alemães fizeram com seus ancestrais aqui", disse Steinmeier durante uma visita. A parte continental da Tanzânia fazia parte da antiga África Oriental Alemã, colônia criada nos anos 1880 e dissolvida durante a 1° Guerra. (01/11)