Mais de 400 peças de aviões caíram em solo alemão nos últimos dez anos, segundo dados do governo. Embora muitas partes sejam pequenas, políticos do país alertam para possíveis acidentes.
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Aviões militares e de passageiros que sobrevoam a Alemanha deixaram cair centenas de peças na última década, noticiou o Ministério dos Transportes da Alemanha nesta quinta-feira (02/08), em resposta a uma solicitação parlamentar do Partido Verde.
As aeronaves militares foram, de longe, a maior fonte de queda de peças de avião, de acordo com os dados do governo. Desde 2008, o Departamento Federal de Aviação da Alemanha (LBA) registrou 351 casos de peças que caíram de aeronaves militares, e 57 casos de aviões de passageiros, elevando o total para 408.
A maioria das peças perdidas era pequena, incluindo parafusos ou capas de proteção leves, embora o ministério tenha documentado casos como a queda de um tanque reserva de 6 metros de extensão e de um fragmento de revestimento do motor que pesava cerca de 12 quilos.
Apesar de os aviões militares estarem ligados à maioria dos casos, os aviões de passageiros vêm sendo cada vez mais responsáveis pela queda de componentes, com 13 casos registrados somente em 2017.
O número de peças provenientes de aeronaves militares, por outro lado, diminuiu nos últimos anos. Ainda assim, o relatório identificou os jatos militares Eurofighter como o tipo de aeronave que mais solta componentes – por volta de 100 nos últimos dez anos.
Apesar disso, especialistas disseram que o relatório do governo não é necessariamente um motivo de preocupação, explicando que o número de casos é extremamente pequeno em relação ao tráfego aéreo na Alemanha.
Klaus Wolf, professor de tecnologia aeronáutica da Universidade Técnica de Dresden, disse ao jornal Süddeutsche Zeitung que, embora seja preocupante quando peças do avião se soltam, nem sempre é possível evitar o problema.
Tira de borracha no jardim
Em junho, um morador da cidade de Mainz encontrou uma tira de borracha em seu jardim que havia caído provavelmente de uma aeronave. A faixa de borracha tinha cerca de 1,5 metro de comprimento.
"Tenho certeza que se essa peça atingisse alguém, causaria ao menos ferimentos graves, se não a morte", disse Thomas Weyer, o homem que encontrou o objeto, à emissora pública Hessischer Rundfunk (HR). Mainz está localizada perto do Aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha e um dos mais movimentados da Europa.
Apesar do achado de Weyer, o governo disse que não registrou nenhum caso de peças caindo em áreas residenciais, o que levou os parlamentares a duvidarem da precisão dos registros do LBA.
Tabea Rössner e Daniela Wagner, duas deputadas federais do oposicionista Partido Verde, solicitaram os dados do governo para descobrir com que frequência tais peças caem na Alemanha.
"Dado o perigo que emana da queda de peças de aeronaves, cada ocorrência é uma ocorrência demais", disse Wagner ao Süddeutsche Zeitung.
Todos os anos, a organização alemã JACDEC, sediada em Hamburgo, elege as empresas mais seguras da aviação mundial. Em 2017, entre as dez melhores no quesito segurança estão cinco da Europa e três do Golfo.
Foto: Airbus
#10: Air Arabia
A empresa, lançada em 2003 nos Emirados Árabes Unidos (EAU), é considerada a primeira low-cost do Oriente Médio e Norte da África. Seus principais hubs estão localizados em Sharjah (EAU), Casablanca (Marrocos) e Alexandria (Egito). Com seus 36 Airbus A320, ela voa para mais de 130 destinos em 39 países no Oriente Médio, Norte da África, Ásia e Europa.
Foto: imago/R. Wölk
#9: Jetstar Airways
A empresa, fundada em 2004 na Austrália, já transportou mais de 200 milhões de passageiros. O grupo – formado por Jetstar Airways, Asia Airways, Pacific Airlines e Japan – tem participação acionária da Qantas, companhia de bandeira australiana. São 123 aeronaves – entre elas, 11 Boeing 787, 99 Airbus A320 e oito A321 – que perfazem mais de 4 mil voos por semana para mais de 75 destinos.
Foto: AFP/Getty Images/R. Rahman
#8: Spirit Airlines
A ultra-low-cost americana foi criada em 1980, e oferece atualmente mais de 480 voos diários para 60 destinos nos EUA, Caribe, Colômbia e Peru. A empresa, que cobra até mesmo para o passageiro levar uma mala de mão (56 x 46 x 25 cm) na cabine, possui em sua frota aeronaves da Airbus: A319, A320 e A321. Seus principais hubs são aeroportos de Fort Lauderdale, na Flórida, e de Detroit.
Foto: picture alliance/AP Images/W. Lee
#7: Etihad Airways
A empresa dos Emirados Árabes Unidos foi criada em 2003 após um decreto do governo de Abu Dhabi. Com seus mais de 120 aviões – incluindo Airbus A380 e A350, além de Boeings 777-300 –, a companhia atende mais de 110 destinos de passageiros e carga nos seis continentes. A companhia parou de voar de seu hub, Abu Dhabi, para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no final de março de 2017.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Scholz
#6: Finnair
A companhia finlandesa, que surgiu em 1923, transporta mais de 10 milhões de passageiros por ano. Sua frota é composta por mais de 60 aeronaves, sendo a maioria delas da fabricante Airbus, como o A350, A330, A320 e A319. Ela conecta 19 cidades asiáticas e sete na América do Norte com mais de 100 destinos na Europa por meio de seu hub em Helsinque.
Foto: Getty Images/S. Gallup
#5: Easyjet
A low-cost inglesa transporta mais de 78 milhões de passageiros anualmente. Com seus mais de 270 aviões, ela voa 880 rotas usando 140 aeroportos em 31 países europeus. Lançada em 1995, ela começou fazendo a rota de Luton (Inglaterra) para Glasgow (Escócia) e, já no ano seguinte, começou a voar para Barcelona e Nice, entre outros destinos.
Foto: picture alliance/dpa
#4: KLM
Fundada em 1919, a empresa holandesa é a mais antiga do mundo que continua operando sob seu nome original. A partir de seu hub em Amsterdã, ela voa para 159 destinos. No Brasil, ela faz as rotas da capital holandesa para Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio. A partir de maio de 2018, ela também acrescentará Fortaleza, no Ceará.
Foto: picture-alliance/ZB/P. Endig
#3: Virgin Atlantic Airways
Lançada em 1984 pelo magnata do setor de entretenimento Richard Branson, a empresa inglesa operava somente um avião. Hoje, com 40 aeronaves – como Airbus A330 e A340 (foto), além de Boeings 747 e 787 –, ela voa para 28 destinos. Os clientes da "Upper Class" são buscados por motoristas e tratados com muitos mimos ainda no chão – como check-in exclusivo e lounge exclusivo – e no ar – no bar a bordo.
Foto: picture alliance/Wolfgang Mendorf
#2: Norwegian Air Shuttle
A empresa norueguesa surgiu em 1993, mas só começou a operar como low-cost usando Boeings 737 em 2002. Hoje, ela possui cerca de 150 aeronaves com idade média de 3,6 anos – uma das mais jovens do mundo – e encomendas de outros 250 aviões. A companhia transportou mais de 33 milhões de passageiros em 2017 e oferece mais de 150 destinos, por exemplo, na Europa, EUA, Norte da África e América do Sul.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Lien
#1: Emirates
A empresa dos Emirados Árabes Unidos foi criada em 1985, quando operava apenas dois aviões. Hoje, a frota perfaz 263 aeronaves de fuselagem larga, incluindo 98 Airbus A380 (foto), fazendo dela a maior operadora mundial de A380s. A companhia voa para 156 destinos em 84 países. Ela iniciou a rota de Dubai para Guarulhos em 2007 com o Boeing 777-300ER e, em março de 2017, o substituiu pelo A380.