Seita cristã Moon: o que é e por que o Japão quer bani-la?
25 de março de 2025
Acusada de manipular e extorquir milhões de fiéis, Igreja da Unificação pode estar com os dias contados. Pessoas que afirmam ter sido lesadas por práticas do grupo demandam mais de R$ 218 milhões em indenizações.
Seita se notabilizou por organizar cerimônias coletivas de casamento em estádiosFoto: Ahn Young-joon/AP/picture alliance
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Uma controversa e poderosa igreja acusada de manipular e extorquir milhões em doações de fiéis no Japão pode estar com os dias contados. A seita Moon, denominação religiosa fundada na década de 1950 na Coreia do Sul e mundialmente famosa como Igreja da Unificação, foi condenada nesta terça-feira (25/3) por uma corte distrital de Tóquio à perda de seu status de entidade religiosa, privilégio que a isentou do pagamento de impostos por todos esses anos.
Só no Japão, foram movidos desde 2023 processos que somam mais de 5,7 bilhões de ienes em pedidos de indenização (cerca de R$ 218 milhões).
A seita cristã conservadora, que também é bem estabelecida nos Estados Unidos e tem uma filial em São Paulo, ganhou projeção global nas décadas de 1970 e 1980 e se notabilizou por organizar cerimônias coletivas de casamento que enchiam estádios inteiros.
De DNA ferrenhamente anticomunista, sua filosofia se baseia em interpretações do Antigo e do Novo Testamento, bem como no manuscrito O princípio divino, de autoria do pai da seita e autodenominado messias, reverendo Sun Myung Moon (1920-2012).
A igreja é considerada controversa por supostamente exigir doações exorbitantes de fiéis e pela prática de "vendas espirituais" – a venda de itens por preços elevadíssimos, supostamente pagos mediante coação e lavagem cerebral.
Especialistas apontam que o Japão tem um peso importante nas finanças da organização. Ali, os fiéis seriam doutrinados a pagar pelos erros cometidos por seus ancestrais durante a ocupação japonesa da Península Coreana (1910-1945).
A Igreja da Unificação alega ter 3 milhões de fiéis em todo mundo. Seu ramo japonês, fundado em 1959, é liderado hoje por Hak Ja Han, viúva do criador da seita, e reuniria 300 mil adeptos.
Após a morte de Moon em 2012, a igreja se fragmentou devido a disputas entre a viúva e vários dos 15 filhos do casal.
Fundador da seita, Sun Myung Moon dizia ser um novo messias enviado por Jesus CristoFoto: picture-alliance/ dpa
Como surgiu a Igreja da Unificação?
A Igreja da Unificação foi fundada em 1954, um ano depois da Guerra da Coreia (1950-1953), que dividiu a Península Coreana entre a Coreia do Norte, de regime totalitário, e a Coreia do Sul democrática. Seu criador, o reverendo Sun Myung Moon, era originalmente do norte e chegou a ficar quase três anos preso em um campo de trabalho forçado, durante o regime de Kim Il-sung, até ser libertado por tropas das Nações Unidas.
Defensor fervoroso da unificação da Península Coreana, Moon dizia ser um novo messias enviado por Jesus Cristo.
Ao longo de sua vida, ele trabalhou para projetar a igreja globalmente e expandir seus negócios e suas obras de caridade, levando-a para os EUA na década de 1970. Datam desta época as primeiras denúncias contra a entidade, acusada de usar táticas desonestas de recrutamento de fiéis e de promover lavagem cerebral para angariar recursos.
A igreja sempre negou qualquer má conduta. Em 1982, porém, Moon foi condenado nos EUA por evasão de divisas e cumpriu pena de prisão em Nova York.
Apesar disso, Moon logrou se aproximar de líderes conservadores nos EUA, como os presidentes Richard Nixon (1969-1974), Ronald Reagan (1981-1989) e George H.W. Bush (1989-1993). Também se aproximou de Donald Trump, embora o empresário só tenha ascendido à Casa Branca anos depois da morte de Moon, em 2017.
E apesar de anticomunista, Moon também teria mantido diálogos com seu algoz, Kim Il-sung, líder supremo da Coreia do Norte de 1948 a 1994 e avô de Kim Jong-un, ditador atualmente no poder.
Em 1994, com a dissolução da União Soviética, a igreja – originalmente fundada sob o nome "Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo" e então rebatizada de "Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial" – se reformulou, suavizou sua postura política e passou a centrar seus esforços na construção do diálogo pela paz mundial.
Seita é controversa pela prática de "vendas espirituais": venda de itens por altos preçosFoto: Jeon Heon-Kyun/dpa/picture alliance
Um dos exemplos desses esforços é a Federação para a Paz Universal (UPF, na sigla em inglês), uma organização cujos fóruns já contaram, presencialmente ou por meio de mensagens de apoio, com a participação de políticos como Donald Trump, o português e ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso (2004-2014) e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, assassinado em 2022.
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Assassinato de premiê japonês impulsionou denúncias
Por décadas, denúncias contra a Igreja da Unificação no Japão não deram em nada. A seita tinha laços com o Partido Liberal Democrático do Japão, que governa o país praticamente ininterruptamente desde 1955.
Isso mudou em 2022 com o assassinato do premiê Abe. O homem acusado pelo crime, Tetsuya Yamagami, afirma que inicialmente planejava atacar a direção da Igreja da Unificação, mas que teria fracassado e por isso se voltou contra o político, por considerar que o avô de Abe, o também ex-premiê Nobusuke Kishi, contribuíra para a chegada e estabelecimento da seita no Japão.
Abe, um ultraconservador, prestigiava eventos organizados por representantes da igreja.
Em depoimentos, Yamagami justificou o atentado contra Abe alegando que a seita teria provocado a ruína financeira de sua família. A mãe dele teria doado cerca de 100 milhões de ienes (o equivalente a 1 milhão de dólares na época) ao grupo.
O tio de Yamagami também afirma ter recebido ligações do sobrinho pedindo ajuda quando a mãe o deixava só com os irmãos, sem comida, para ir frequentar a igreja.
O assassinato de Abe acabou levando a investigações sobre as práticas da igreja e suas conexões com a política do Japão – a seita foi acusada, entre outras coisas, de organizar campanhas de compra ou manipulação de votos.
O caso revoltou o Japão e minou a popularidade do então primeiro-ministro, Fumio Kishida, forçado a expurgar deputados e ministros suspeitos de manter vínculos com a organização.
Pastor da seita usa coroa de projéteis em evento nos EUA. Grupo ainda tem apelo no paísFoto: Brian Snyder/REUTERS
Por que a Igreja da Unificação pode ser dissolvida
O Ministério da Educação do Japão pediu a dissolução da seita Moon a uma corte distrital de Tóquio em outubro de 2023, acusando-a de tentar manipular fieis e extorqui-los para além de suas capacidades financeiras, amedrontando-os e gerando prejuízos para eles e suas famílias.
A petição foi baseada em entrevistas com mais de 170 supostas vítimas das práticas abusivas da igreja. O sistema legal japonês permite a dissolução de uma organização religiosa em caso de danos substanciais ao bem-estar público.
A decisão proferida nesta terça-feira (25/3), que ainda pode ser revertida em instâncias superiores, acabaria com a isenção fiscal da igreja no Japão e a forçaria a liquidar seus bens, mas não impediria o grupo de seguir operando com outro tipo de entidade.
De acordo com a emissora japonesa NHK, a corte afirma que os problemas da igreja são extensos e contínuos, e a ordem de dissolução é necessária porque é improvável que a igreja mude por conta própria.
A filial japonesa da igreja nega até hoje o cometimento de qualquer irregularidade, e afirmou em nota que planeja recorrer à Suprema Corte do Japão. O grupo classifica o processo de séria ameaça à liberdade religiosa e aos direitos humanos de seus fiéis, e diz que a decisão judicial é "verdadeiramente lamentável" e "injusta", baseada em uma "interpretação errônea e absolutamente inaceitável da lei".
Advogados das supostas vítimas temem que um recurso acabe atrasando o cumprimento da decisão e dando tempo à seita para transferir seus recursos para o exterior, inviabilizando o pagamento de indenizações.
A Igreja da Unificação se tornou a terceira organização religiosa a ser alvo de uma ordem desse tipo no Japão. Os outros dois casos são o do culto Aum Shinrikyo (Verdade Suprema), responsável pelo ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995, e do templo budista Myokakuji, da seita Nichiren, cujo líder máximo foi condenado por fraude.
ra/md (AP, EFE, AFP)
O mês de março em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Monica Schipper/Getty Images via AFP
Marine Le Pen é condenada por fraude e é declarada inelegível
Líder da ultradireita francesa é considerada culpada por desviar recursos do Parlamento Europeu e impedida de se candidatar a cargos públicos. Decisão deve impedi-la de concorrer à Presidência em 2027, e pena também inclui prisão domiciliar e multa. Cabe recurso. Em reação, ultradireita europeia e governo de Donald Trump apoiaram Le Pen e acusaram tribunais de julgamento "político". (31/03)
Foto: Stéphane Geufroi/OUEST FRANCE/MAXPPP/IMAGO
Foguete alemão cai segundos após lançamento na Noruega
O primeiro foguete orbital lançado a partir da Europa continental caiu e explodiu cerca de 30 segundos após a decolagem em um voo de teste. A empresa alemã responsável pelo projeto, Isar Aerospace, defendeu o sucesso da investida. A Associação das Indústrias Aeroespaciais Alemãs aposta em empresas nacionais como alternativa à dependência europeia de tecnologia americana no setor espacial. (30/03)
Milhares protestam na Turquia contra prisão de oposicionista
Presidente Recep Erdogan assiste a maior onda de repúdio a seu governo desde as manifestações pró-democracia de 2013, no Parque Gezi. Mobilização persiste mesmo após regime deter quase 2 mil pessoas. Multidão contesta a prisão do prefeito e líder oposicionista, Ekrem Imamoglu, acusado de corrupção. Apoiadores defendem que acusações são infundadas e politicamente motivadas. (29/03)
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Terremoto deixa centenas de mortos e feridos em Mianmar
Um forte tremor de magnitude 7,7 atingiu o centro de Mianmar, causando destruição em prédios e estradas. Ao menos 144 mortes foram confirmadas e mais de 700 pessoas ficaram feridas. A junta militar que governa o país, em guerra civil há quatro anos, pediu ajuda internacional. Na vizinha Tailândia, outras 10 pessoas morreram vítimas de desabamentos. (28/03)
Foto: STR/AFP
França e Reino Unido pressionam por forças de paz na Ucrânia
Após conversas com cerca de 30 líderes europeus em Paris, o presidente francês Emmanuel Macron divulgou planos para enviar tropas de "vários" países para a Ucrânia como forma de impedir uma nova invasão russa caso um acordo de cessar-fogo seja estabelecido. A decisão é rechaçada por países como Itália e Croácia, mas apoiada por Reino Unido e nações nórdicas. (27/03)
Foto: Ludovic Marin/AP Photo/picture alliance
Bolsonaro vira réu no STF por tentativa de golpe; penas em caso de condenação podem passar de 40 anos
Por unanimidade, a Primeira Turma do STF tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados acusados de tramar um golpe de Estado: os ex-ministros Augusto Heleno (GSI); Anderson Torres (Justiça); Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa); o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. (26/3)
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Palestinos protestam contra o Hamas em Gaza
Mobilização reuniu centenas de pessoas em Beit Lahia, cidade no norte da Faixa de Gaza destruída pela guerra. Vídeos em redes sociais registraram o que teria sido uma rara manifestação contra o grupo que controla o território desde 2007. Manifestantes exigiram a saída do grupo do poder e o fim da guerra contra Israel. (25/3)
Foto: AFP
Cerimônia marca 10 anos da queda de avião da Germanwings
Centenas de pessoas se reuniram nos Alpes franceses, perto do local da queda do voo 4U-9525 da companhia Germanwings, para homenagear 149 vítimas do desastre aéreo, causado propositalmente pelo copiloto da aeronave, há dez anos.
O Airbus A320 da Germanwings, uma antiga subsidiária Lufthansa, caiu em 24 de março de 2015, perto do pequeno vilarejo alpino de Le Vernet. (24/03)
Foto: CHRISTOPHE SIMON
Papa Francisco recebe alta e deixa hospital
O papa Francisco deixou o hospital Gemelli, em Roma, onde esteve internado por 38 dias devido a uma infecção respiratória, e voltou para sua residência, na Casa de Santa Marta, no Vaticano, após receber alta médica. Dezenas de pessoas e a mídia se reuniram nos portões do hospital para ver o pontífice deixar o local. (23/03)
Foto: Ettore Ferrari/ZUMA Press/IMAGO
Morre George Foreman, ícone do boxe
George Foreman, um dos maiores nomes da história do boxe, morreu aos 76 anos. Foreman foi campeão olímpico em 1968 e duas vezes campeão mundial dos pesos pesados - em 1973, aos 24 anos, e em 1994, quando tinha 45. Foreman teve uma carreira lendária no boxe entre as décadas de 1960 e 1990, estrelando lutas históricas contra Muhammad Ali e Joe Frazier. (22/03)
2024 foi o ano mais mortal para migrantes, diz ONU
Organização Internacional para as Migrações (OIM) contabilizou "ao menos" 8.938 pessoas mortas em rotas de migração em todo o mundo. E embora a Ásia lidere em número de vítimas (2,8 mil), a rota do Mediterrâneo, que leva à Europa, foi quase tão letal, com 2,4 mil mortos. Maioria morre no anonimato. (21/3)
Foto: Dan Kitwood/Getty Images
Com decreto, Trump avança rumo à "eliminação" do Departamento de Educação
Decreto assinado pelo presidente Donald Trump desmantela o Departamento de Educação dos EUA, deixando políticas escolares quase que totalmente nas mãos dos estados e de colegiados locais. "Vamos fechá-lo e vamos fazê-lo o mais rápido possível. Não está nos fazendo bem", disse o republicano. Ainda que eviscerada, extinção de fato da pasta depende de aval do Congresso.
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Israel retoma ofensiva terrestre em Gaza
Famílias fugiram do norte da Faixa de Gaza para áreas mais ao sul, temendo por suas vidas depois que Israel pediu aos civis que deixassem áreas que descreveu como "zonas de combate". Os militares israelenses retomaram as operações terrestres no centro e no sul do território, enquanto um segundo dia de ataques aéreos matou pelo menos 38 palestinos. (19/03)
Foto: AFP via Getty Images
Astronautas voltam à Terra após 9 meses na ISS
Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams retornaram para casa em uma cápsula da SpaceX, depois que problemas técnicos prolongaram estadia original de uma semana na Estação Espacial Internacional. A dupla partiu da ISS ao lado de mais dois astronautas, o americano Nick Hague e o cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov em uma cápsula da SpaceX. (18/03)
Foto: NASA TV/REUTERS
Doadores europeus prometem bilhões em ajuda para Síria
Em conferência liderada pela UE, doadores internacionais prometeram enviar 5,8 bilhões de euros para a Síria, enquanto Bruxelas planeja o alívio das sanções ao país árabe. A Alemanha prometeu 300 milhões de euros, enquanto a UE aumentou sua contribuição geral para cerca de 2,12 bilhões de euros. Os EUA, porém, não se mostraram dispostos a ampliar seu apoio. (17/03)
Foto: Nicolas Tucat/AFP
Dezenas morrem em incêndio em boate na Macedônia do Norte
Ao menos 59 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após uma boate pegar fogo na cidade de Kocani. Cerca de 1,5 mil pessoas estavam no local, a maioria jovens. Segundo a imprensa local, o incêndio teria sido causado pelo uso indevido de fogos de artifício dentro do imóvel. (16/03)
Foto: Alexandros Avramidis/REUTERS
Tornados e temporais matam dezenas nos EUA
Temporais e vendavais violentos deixaram um rastro de destruição em áreas do centro e do sul dos Estados Unidos, matando ao menos 37 pessoas e deixando vários outros feridos. Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem eletricidade. (15/03)
Foto: Lawrence Bryant/REUTERS
Canadá tem novo primeiro-ministro e encerra era Trudeau
Após dez anos de governo do canadense Justin Trudeau, Mark Carney, ex-presidente do Banco Central do Canadá, tomou posse como o 24º primeiro-ministro do país. Carney foi empossado cinco dias após membros do Partido Liberal canadense darem sua aprovação para que ele substituísse Trudeau como líder da legenda. (14/03)
Foto: Blair Gable/REUTERS
Putin diz favorecer cessar-fogo amplo, mas sob seus termos
O líder russo Vladimir Putin disse estar aberto em princípio a um cessar-fogo na Ucrânia, mas elencou várias condições antes de se comprometer com uma paralisação dos combates. Na sua primeira manifestação pública sobre a proposta de cessar-fogo de 30 dias imposta por Trump aos ucranianos, Putin disse que há ainda muitas "questões" a serem resolvidas. (13/03)
Foto: Maxim Shemetov/AFP
Putin visita Kursk
Acompanhado por notícias de que suas tropas estavam a caminho de expulsar os soldados ucranianos a Kursk, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitou pela primeira vez o local. Com a tomada na cidade fronteiriça russa, em 6 de agosto de 2024, Kiev havia adquirido uma moeda de troca em eventuais negociações de paz com Moscou. (12/03)
Foto: Handout/Kremlin.ru/AFP
Ex-presidente filipino Duterte é preso por ordem do TPI
O ex-presidente das Filipinas Rodrigo Duterte foi preso ao chegar ao Aeroporto Internacional de Manila, de acordo com uma ordem do Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes contra a humanidade durante a batalha contra o narcotráfico empreendida pelo seu governo. (11/03)
Foto: Vernon Yuen/AP Photo/picture alliance
Colisão no Mar do Norte
Um navio de carga atingiu um petroleiro que transportava combustível de aviação para o governo dos EUA na costa leste do Reino Unido, no Mar do Norte, causando um grande incêndio em ambas as embarcações. Uma operação resgatou 37 tripulantes a bordo dos dois navios. Segundo o proprietário do navio cargueiro, um dos tripulantes está desaparecido. (10/03)
Foto: Bartek Smialek/dpa/picture alliance
Líder da Síria pede "unidade" após centenas de mortes
O líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, pediu "unidade nacional” no país, após três dias de confrontos regionais sem precedentes desde a queda de Bashar al-Assad, que deixaram mais de mil mortos, em sua maioria civis alauítas. "Temos que preservar a unidade nacional, a paz civil, tanto quanto possível e, se Deus quiser, poderemos viver juntos neste país", disse Sharaa. (09/03)
Foto: Karam al-Masri/REUTERS
Russos lançam nova onda de ataques contra a Ucrânia
Bombardeios russos com mísseis deixaram mais de dez mortos e dezenas de feridosem áreas urbanas da Ucrânia durante a madrugada. Os ataques russos ocorreram após os EUA interromperam a ajuda militar e o compartilhamento de informações com Kiev (08/03)
Foto: Andrii Dubchak/REUTERS
PIB do Brasil cresceu 3,4% em 2024, de acordo com IBGE
Produto Interno Bruto (soma de bens e serviços produzidos pelo país) foi de R$ 11,7 trilhões, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento do país, puxado principalmente pelo consumo das famílias. Desempenho, porém, ficou abaixo da projeção do mercado financeiro, que era de 4,1%. (07/03)
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
ONU: Direitos das mulheres recuaram em um quarto dos países
Quadro é reflexo de questões como o enfraquecimento das instituições democráticas, conflitos, crises humanitárias e mudanças climáticas, segundo relatório da ONU Mulheres. Ataques também acontecem por meio de atrasos na implementação de políticas para as mulheres. Secretário-geral da ONU, António Guterres alerta contra "normalização da misoginia". (06/03)
Foto: Paula Acunzo/ZUMAPRESS/picture alliance
Supremo dos EUA barra ordem de Trump para congelar ajuda externa
Pessoas no Zimbábue carregam sacas de alimentos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), no mesmo dia em que a Suprema Corte dos EUA rejeitou a ordem do presidente americano, Donald Trump, de bloquear o pagamento de 2 bilhões de dólares a organizações de ajuda internacional, incluindo a Usaid. Decisão é revés para o republicano, que tenta desmantelar a agência. (05/03)
Foto: Privilege Musvanhiri/DW
União Europeia propõe plano de defesa de 800 bi de euros
Horas após os EUA suspenderem sua ajuda militar à Ucrânia, a Comissão Europeia apresentou um plano para mobilizar até 800 bilhões de euros para a defesa da Europa e ajudar a fornecer apoio militar "imediato" ao país invadido pela Rússia. O plano, batizado de "ReArm Europe" (ReArmar Europa), tem potencial de elevar consideravelmente os gastos militares da região e a ajuda a Kiev. (04/03)
Foto: Wiktor Dabkowski/ZUMA Press Wire/IMAGO
Sátira política no Carnaval alemão
A Segunda-feira das Rosas ("Rosenmontag") é a data mais importante do Carnaval do leste da Alemanha. Segundo a tradição, os carros alegóricos trazem críticas a políticos alemães e de outros países, como este que satiriza as atitudes dos líderes dos EUA e Rússia em relação à Ucrânia. (03/03)
Foto: Federico Gambarini/dpa/picture alliance
"Ainda Estou Aqui" conquista inédito Oscar de melhor Filme Internacional para o Brasil
"Ainda Estou Aqui" ganhou Oscar de Melhor Filme Internacional, um feito inédito para o Brasil. Também indicado ao prêmio principal de Melhor Filme, "Ainda Estou Aqui" não levou o prêmio, considerado o principal do Oscar. "Anora" foi agraciado na categoria e levou ainda três outras estatuetas: melhor diretor para Sean Baker, melhor roteiro original e melhor edição. (02/03)
Foto: Jordan Strauss/Invision/AP
Europeus correm para tentar conter danos após bate-boca entre Trump e Zelenski
O Premiê britânico Keir Starmer recebeu Volodimir Zelenski um dia após fiasco de negociações com os EUA por um cessar-fogo. À exceção do húngaro Viktor Orbán, europeus reafirmaram apoio à Ucrânia, que insiste em garantias de segurança em caso de acordo com a Rússia. Chefe da Otan, porém, avisou que líder ucraniano precisa "dar um jeito" de reatar relações com Donald Trump. (01/03)