Nomeação de Ciro Nogueira à Casa Civil torna mais remota a possibilidade de impeachment do presidente, mas não garante apoio substantivo à sua reeleição nem a "aventura golpista", analisam cientistas políticos.
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Jair Bolsonaro deve empossar na próxima semana o senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro da Casa Civil, em um gesto que dará a "alma do governo" a um dos maiores líderes do Centrão, segundo declaração do próprio presidente feita nesta terça-feira (27/07).
A iniciativa elevará a um patamar inédito a dependência do Palácio do Planalto desse grupo de partidos, que não tem bandeiras ideológicas definidas e se aproxima de governantes em busca de cargos e verbas para bases eleitorais e grupos de interesse. Presidentes anteriores também buscaram o apoio do Centrão, mas não chegaram a ceder a Casa Civil, que coordena a atuação dos demais ministérios e faz o meio de campo com o Planalto e o Congresso.
A entrada de Nogueira nessa pasta estratégica evidenciou a contradição de Bolsonaro, que foi eleito em 2018 com críticas a esse grupo de partidos, que ele chamava de "velha política", e hoje diz pertencer ele próprio ao Centrão. Mas o entendimento dessa aliança ultrapassa aspectos morais e de coerência discursiva, e está ligado a fatores estruturais e conjunturais da política brasileira, segundo cientistas políticos ouvidos pela DW Brasil.
Eles avaliam que a nomeação de Nogueira torna ainda mais remota a possibilidade de impeachment de Bolsonaro e deve garantir que ele conclua seu mandato, com um poder reduzido de ditar a agenda. Os efeitos dessa aliança para a sua campanha à reeleição, porém, dependerão de como a economia e a popularidade do presidente evoluírem. Se outra candidatura, como a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mostrar-se mais competitiva, esse partidos começarão a construir pontes com ela.
O apoio do Centrão também não deve servir a uma eventual tentativa de golpe e de desrespeito ao resultado das urnas, como Bolsonaro e seu círculo próximo às vezes ameaçam, segundo os analistas. Não porque os políticos desses grupo de partidos sejam todos necessariamente entusiastas da democracia, mas porque se beneficiam exatamente das eleições e de um Congresso em funcionamento e não teriam incentivos para alterar esse sistema.
Bolsonaro tentou dispensar partidos, mas não conseguiu
Desde a redemocratização, todos os presidentes brasileiros buscaram montar uma coalização com partidos para garantir a governabilidade e implementar políticas públicas. O núcleo da aliança era formado ainda na campanha e ampliado após a posse, cedendo espaços no governo aos partidos.
Bolsonaro foi o primeiro a abrir mão dessa estratégia logo de saída. Eleito na onda por uma "nova política", ele recorreu a pessoas sem vínculos partidários identificadas ao seu discurso e a militares da ativa e da reserva para montar o seu governo, esperando que seu apoio popular fosse suficiente.
Esse esquema funcionou no início do mandato, menos por mérito do presidente e mais pelo interesse do próprio Legislativo, que estava empenhado em aprovar pautas como a reforma da Previdência, articulada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo o cientista político Fernando Meireles, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Bolsonaro foi o presidente que menos enviou projetos de lei [no primeiro ano] comparado a outros presidentes", diz.
Em meados de 2020, desgastado pela atuação do governo na pandemia e enfrentando dificuldades crescentes com o Legislativo, Bolsonaro começou a abrir espaço no governo para políticos que tinham diálogo no Congresso, e, no início de 2021, pela primeira vez deu o comando de um ministério a um membro do Centrão, quando João Roma (PRB) assumiu a pasta da Cidadania. Depois Flávia Arruda (PL) chegou à Secretaria de Governo, e agora Nogueira à Casa Civil.
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Apoio essencial para terminar o mandato
"Bolsonaro percebeu que precisava de maior apoio político no Congresso. O principal motivo é evitar a abertura de um processo de impeachment e conseguir terminar seu mandato. A CPI aprofundou a fragilidade do governo, e quanto mais frágil mais dependente ele fica de uma base relativamente fiel", diz o cientista político Leonardo Martins Barbosa, pesquisador do Observatório do Legislativo Brasileiro, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A CPI da Pandemia revelou como o negacionismo do governo se refletiu em decisões de políticas públicas que prejudicaram o combate à covid-19, e trouxe à tona suspeitas de tráfico de influência e de corrupção na compra de vacinas. Também desgastaram o Planalto a apresentação de novos pedidos de impeachment e a decisão da oposição de começar a organizar protestos de rua.
Barbosa considera improvável que, com Nogueira na Casa Civil, o Centrão se volte contra Bolsonaro e apoie seu impeachment no ano e meio que lhe resta de mandato. No caso de Dilma Rousseff, afirma, isso só foi possível graças a um grande esforço de coordenação política que envolveu o então vice-presidente, Michel Temer, e amplos setores sociais, inclusive de grandes empresários, fatores hoje ausentes.
Engajamento na reeleição é incerto
Outro motivo que levou Bolsonaro a aprofundar sua aliança com o Centrão é preparar o terreno para a sua campanha à reeleição, em um momento em que pesquisas indicam que sua rejeição está em alta e vantagem de Lula em uma disputa no segundo turno, segundo a cientista política Beatriz Rey, pesquisadora da universidade americana Johns Hopkins.
Bolsonaro não está filiado a partido político e busca uma legenda para se lançar em 2022. "Também está por trás dessa aproximação, em especial com o Ciro Nogueira, um desejo de tentar construir uma ponte para se filiar ao PP. Ciro Nogueira seria chave nesse sentido", afirma Rey.
Há resistência em diversas siglas do Centrão e do próprio PSL, pelo qual Bolsonaro venceu em 2018, em filiar o presidente, que tem dito que deseja um partido "para chamar de seu". Essas legendas já têm caciques nacionais e locais estabelecidos, e a vantagem de apoiar um presidente com alta taxa rejeição que quer ter o controle da estrutura partidária não está clara.
Se a candidatura Bolsonaro der sinais claros de naufrágio no ano que vem, Barbosa avalia que o Centrão pode se recusar a dar uma legenda ao presidente, ou apoiar formalmente a sua reeleição mas liberar líderes locais a se aliarem a outros candidatos, a chamada "cristianização".
A intensidade do apoio na campanha dependerá da performance da economia no pós-pandemia e do alcance dos programas de transferência de renda – nesta quarta, o governo afirmou que planeja dar um reajuste de 50% ao Bolsa Família a partir de novembro. "Isso pode mobilizar o eleitorado mais pobre, que é onde o Bolsonaro mais perde hoje. São coisas que impactam a disposição do Centrão de seguir apoiando o presidente ou não", diz Meireles.
A posse de Nogueira na Casa Civil pode também dar novo impulso para implementar políticas públicas de combate ao desemprego e à pobreza, com impactos eleitorais para Bolsonaro.
Pragmatismo contra "aventura golpista"
Bolsonaro e seu entorno próximo vêm fazendo repetidas ameaças relativas às eleições de 2022, afirmando que sem a adoção do voto impresso o resultado não teria legitimidade.
Segundo os cientistas políticos ouvidos pela DW, o Centrão dificilmente embarcaria em uma iniciativa de deslegitimação dos resultados eleitorais em 2022 – não porque sejam intrinsecamente defensores da democracia, mas porque se beneficiam do sistema em vigor hoje.
"Quem tem a liderança do Centrão hoje é o PP, que no limite é derivado da antiga Arena [partido que dava sustentação ao regime militar]. Não acho que boa parte desses políticos teria constrangimento em apoiar um regime mais autoritário, mas o jogo deles é eleição e Congresso. Dificilmente eles apoiariam uma aventura golpista", diz Barbosa.
Outro motivo que deve afastar o Centrão de uma eventual tentativa de golpe de Bolsonaro, segundo ele, é que esse grupo costuma mudar de posição conforme os ventos da política. Se em 2022 ficar claro que a candidatura de Lula é favorita, essas legendas vão tentar construir pontes com o petista, diz.
Rey também não vê espaço para um golpe tradicional no país no ano que vem, mas cita que o Brasil passa por um processo semelhante ao ocorrido em outras nações, no qual o autoritarismo se desenvolve aos poucos e corrói as instituições por dentro. Nesse cenário de degradação progressiva da democracia, ela considera que o Centrão pode seguir apoiando Bolsonaro se continuar tendo acesso ao que deseja.
Desenho institucional favorece o Centrão
Os partidos do Centrão se especializaram em atender demandas locais de acesso ao governo muitas vezes legítimas, como as de municípios carentes em políticas públicas que precisam de acesso ao caixa de Brasília. Alguns problemas do desenho institucional brasileiro favorecem a atuação desses partidos desvinculados de bandeiras ideológicas, que vão se aproximar do governante de ocasião em busca de acesso a verbas e cargos para atender a essas demandas.
Meireles aponta três desses problemas, entre outros: o modelo de distribuição federativa dos recursos que deixa muitos municípios sem verbas, a pulverização partidária que dificulta que as preferências ideológicas dos eleitores se expressem no sistema político de forma funcional, e o alto valor necessário para se eleger em um sistema de lista aberta na qual candidatos do mesmo partido disputam votos entre si.
"Muitos municípios não têm arrecadação própria e, com os gastos obrigatórios, ficam atados para fazer qualquer tipo de melhoria. O prefeito precisa ir lá [em Brasília] passar o pires. E aí precisa rezar uma certa cartilha", afirma Meireles. "Existe demanda por esse tipo de representação. Tentar criminalizar esses políticos não é a explicação dessa questão", diz.
Barbosa acrescenta que a forma pela qual o Centrão consegue exercer o papel de intermediador de interesses sociais e econômicos com o estado é "jogando" com a estabilidade do governo.
"É esse o caso agora. Esses partidos se valeram da fragilidade na qual o governo se encontra para negociar o acesso cada vez mais amplo ao poder federal. Estamos falando tanto de patronagem como de acesso a emendas parlamentares para garantir investimentos em diversas regiões do Brasil em um momento de constrangimento fiscal muito grande", diz.
O mês de julho em imagens
O mês de julho em imagens
Foto: Dominic Lipinski/AP/PA/picture alliance
Os robôs estão chegando
Quem é o melhor jogador de basquete de todos os tempos? Michael Jordan? LeBron James? Uma espécie bem diferente mostrou do que é capaz nos Jogos Olímpicos de Tóquio: assim como Stephen Curry em seus melhores tempos, o humanoide de um olho só fez uma cesta de três pontos sem o menor o esforço. (31/07)
Foto: BRIAN SNYDER/REUTERS
Israel começa a aplicar terceira dose em maiores de 60 anos
Israel começou a administrar uma terceira dose de vacina contra a covid-19 em pessoas com mais de 60 anos. Como parte da campanha, o presidente do país, Isaac Herzog, recebeu a terceira dose do imunizante da Pfizer-Biontech no Hospital Sheba, num subúrbio de Tel Aviv. A mulher dele, Michal Herzog, e o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também foram vacinados com a terceira dose (30/07)
Foto: Maya Alleruzzo/AP Photo/picture alliance
Rebeca Andrade conquista inédita prata para o Brasil na ginástica
Duas brasileiras conseguiram feitos inéditos em Tóquio. Rebeca Andrade conquistou a primeira medalha da ginástica artística feminina da história do Brasil em Jogos Olímpicos, e Mayra Aguiar se tornou a primeira brasileira a ganhar três medalhas olímpicas em um esporte individual. Rebeca levou a prata na prova individual geral – quando as ginastas disputam todos os aparelhos. (29/07)
Foto: Gregory Bull/AP Photo/picture alliance
Pedro Castillo toma posse como presidente do Peru
Pedro Castillo tomou posse como presidente do Peru. "Juro por Deus, por minha família, por minhas irmãs e irmãos peruanos, camponeses, povos nativos, rondeiros, pescadores, professores, crianças, jovens e mulheres, que exercerei o cargo de presidente no período de 2021-2016. Juro pelo povo do Peru, por um país sem corrupção e por uma nova Constituição", disse durante a cerimônia. (28/07)
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Explosão em parque químico deixa dois mortos em Leverkusen
Uma forte explosão seguida de incêndio num parque químico sacudiu boa parte da cidade alemã de Leverkusen nesta terça-feira, emitindo uma enorme nuvem de fumaça preta. Pelo menos duas pessoas morreram, e até a noite de terça outras cinco estavam desaparecidas. O fogo atingiu três tanques de solventes com capacidade de armazenamento de 300 metros cúbicos cada. As causas são investigadas. (27/07)
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"Skate não é só para meninos", diz a medalhista Rayssa Leal
A skatista brasileira Rayssa Leal, de 13 anos, entrou para a história nesta segunda como a mais jovem atleta brasileira nos Jogos Olímpicos e a mais jovem medalhista olímpica do Brasil. Foi a primeira vez que o skate foi disputado como esporte olímpico. Na final feminina da categoria street, Rayssa levou a prata, sendo superada apenas pela japonesa Momiji Nishiya, também de 13 anos. (26/07)
Foto: Jeff Pachoud/AFP/Getty Images
Bélgica volta a ser castigada por enchentes
A Bélgica voltou a ser atingida por fortes chuvas que causaram enchentes em algumas regiões, mas não deixaram mortos. A cidade de Dinant, no sul, foi especialmente afetada, tendo registrado as piores inundações em décadas. Uma tempestade de duas horas transformou as ruas do município belga em verdadeiros rios, varrendo dezenas de carros e destruindo calçadas. (25/07)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
Brasileiros voltam às ruas contra Bolsonaro
Pela quarta vez em dois meses, manifestantes voltaram a protestar contra o governo de Jair Bolsonaro, pedindo, entre outras demandas, o impeachment do presidente. Também foram defendidas mais vacinas contra a covid-19 e o fim da corrupção. Convocados por diversos grupos de oposição, milhares se reuniram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro (foto) e Salvador. (24/07)
Foto: Carl de Souza/AFP
Começam os Jogos Olímpicos de Tóquio
Com uma cerimônia atípica, foram abertos nesta sexta os Jogos Olímpicos de Tóquio. O tema da superação, usualmente ligado à quebra de recordes esportivos, apareceu associado às dificuldades enfrentadas pelo mundo e pelos atletas durante a pandemia. A Tocha Olímpica foi acesa pela tenista Naomi Osaka, filha de pai haitiano e mãe japonesa e favorita a uma medalha de ouro na competição. (23/07)
Foto: BEN STANSALL/AFP/Getty Images
Agricultores indianos protestam contra reformas de Modi
Agricultores indianos anunciaram que farão protestos diários em Nova Déli até o dia 9 de agosto para pressionar o Parlamento a revogar reformas introduzidas pelo primeiro-ministro Narendra Modi. O governo diz que as normas aumentam as opções dos agricultores, mas eles argumentam que as mudanças favorecem grandes empresas do agronegócio e forçarão os pequenos produtores a saírem do mercado. (22/07)
Foto: Adnan Abidi/REUTERS
França torna obrigatório passe sanitário para eventos
A França passou a exigir a apresentação de um passe sanitário a todos aqueles que desejem acessar cinemas, teatros, museus e qualquer evento cultural ou esportivo, que reúna mais de 50 pessoas. O documento traz um código QR que informa se a pessoa está completamente vacinada contra a covid-19, se teve a doença nos últimos seis meses ou se tem um teste negativo para o coronavírus. (21/07)
Foto: Bertrand Guay/AFP/Getty Images
Jeff Bezos completa voo ao espaço com sucesso
O fundador da Amazon e pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, de 57 anos, viajou ao espaço ao lado de três acompanhantes a bordo da cápsula New Shepard, que chegou a 107 quilômetros de altitude antes de voltar à superfície. Dentro da cápsula, o empresário viajou ao lado do irmão Mark Bezos, da aviadora de 82 anos Wally Funk e de um estudante holandês que ganhou a viagem de presente do pai. (20/07)
Foto: Blue Origin/Anadolu Agency/picture alliance
Tribunal dos EUA sentencia invasor do Capitólio
Um tribunal dos Estados Unidos emitiu nesta segunda-feira (19/07) a primeira sentença de prisão contra um invasor do Capitólio. Paul Allard Hodgkins, de 38 anos, foi sentenciado a oito meses de prisão, após se declarar culpado de participação no ataque.
Ele foi uma das centenas de apoiadores do ex-presidente Trump que em 6 de janeiro invadiram a sede do Congresso americano. (19/07)
Foto: Roberto Schmidt/AFP/Getty Images
Merkel visita área devastada por enchentes
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, visitou áreas devastadas por inundações no oeste do país. O desastre deixou pelo menos 159 mortos. Merkel percorreu o vilarejo de Schuld e descreveu a situação como "surreal e fantasmagórica". "Diria até que o idioma alemão tem dificuldade em encontrar palavras para descrever a devastação que foi causada", disse Merkel. (18/07)
Foto: Christof Stache/AFP/dpa/picture alliance
Primeiro caso de covid-19 na Vila Olímpica
A menos de uma semana da abertura dos Jogos de Tóquio, foi confirmado o primeiro caso de covid-19 na Vila Olímpica, colocando em xeque a segurança do evento. Não foi informada a nacionalidade da pessoa que testou positivo e nem se ela havia sido vacinada. O que se sabe é que se trata de um não-residente no Japão e que não é um atleta. (17/07)
Foto: Koji Sasahara/AP/picture alliance
Número de mortos após chuvas torrenciais na Alemanha passa de 100
O número de mortos após fortes chuvas e inundações que atingiram o oeste da Alemanha passou uma centena e pode ainda aumentar devido ao grande número de pessoas desaparecidas. A grande quantidade de água transformou ruas em rios, com correntezas que varreram carros, arrancaram árvores e causaram o desabamento de casas.nos estados da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia Palatinado. (16/07)
Foto: Wolfgang Rattay/REUTERS
Chuvas causam destruição e mortes na Alemanha
Fortes chuvas e enchentes deixaram dezenas de mortos e desaparecidos no oeste da Alemanha. Os estados da Renânia do Norte-Vestfália e da Renânia-Palatinado foram os mais afetados. Várias regiões sofreram quedas de energia e milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Tempestades também causam problemas na Bélgica, França e Holanda. (15/07)
Foto: Harald Tittel/dpa/picture alliance
Bolsonaro é internado e transferido para hospital de SP
O presidente Jair Bolsonaro foi transferido para um hospital de São Paulo para que médicos avaliassem a necessidade de uma cirurgia de emergência. Bolsonaro enfrenta um quadro de obstrução intestinal e já havia sido internado durante a madrugada em um hospital de Brasília após sentir dores abdominais. Ele também vinha reclamando de soluços persistentes há mais de uma semana. (14/07)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bolsonaro indica "terrivelmente evangélico" para o STF
O presidente Jair Bolsonaro indicou André Luiz de Almeida Mendonça, atual advogado-geral da União, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. Com a indicação, Bolsonaro cumpre sua promessa, feita em 2019, de nomear alguém "terrivelmente evangélico" para a corte, numa tentativa de agradar a sua base evangélica. (13/07)
Foto: Agencia Brasil/J. Cruz
Pandemia agrava fome no mundo
A pandemia de covid-19 contribuiu para o agravamento da fome em todo o mundo, mostra relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Segundo o documento, estima-se que cerca de 10% da população global tenha sofrido de desnutrição no ano passado, ante 8,4% em 2019. Cerca de 118 milhões de pessoas a mais passaram fome no ano passado em relação a 2019. (12/07)
Foto: Str/AFP
Richard Branson sai na frente na corrida do turismo espacial
Richard Branson se tornou o primeiro bilionário a fazer parte de uma missão espacial tripulada a bordo de um veículo que ajudou a financiar. Fundador da Virgin Galactic, ele viajou a mais de 80 quilômetros de altitude, limite estabelecido nos EUA para a fronteira espacial. Com o feito, Branson saiu na frente de seus concorrentes Elon Musk e Jeff Bezos na área do turismo espacial. (11/07)
Foto: Virgin Galactic/REUTERS
Charlottesville remove estátua que inspirou ato extremista
Uma estátua do general confederado Robert E. Lee foi removida neste sábado (10/07) de um parque em Charlottesville, no estado americano da Virgínia, e enviada para um depósito, quase quatro anos depois de ter sido usada como inspiração para uma manifestação organizada por supremacistas brancos que provocou a morte de uma mulher e deixou dezenas de feridos. (10/07)
Foto: Evelyn Hockstein/REUTERS
Barreiras ao redor do Capitólio são retiradas seis meses após invasãp
Mais de seis meses após uma invasão violenta ao Capitólio, autoridades dos EUA iniciaram o processo de desmantelamento das cercas e barricadas em torno do edifício, em Washington, embora mantendo algumas restrições de acesso. Funcionários começaram a remover as barras que conectam seções da cerca de metal instalada dias após os distúrbios instigados pelos ex-presidente Donald Trump. (09/07)
Foto: Roberto Schmidt/AFP
Organizadores vetam público nos Jogos de Tóquio
Pouco depois de o Japão anunciar um novo estado de emergência na região de Tóquio para frear o avanço da pandemia, os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2020 na capital japonesa decidiram banir a presença de público no megaevento. A medida, amplamente aguardada, foi adotada após negociações entre o governo japonês, organizadores e representantes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. (08/07)
Foto: Tsuyoshi Yoshioka/AP/picture alliance
Presidente do Haiti é assassinado
O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado por um grupo armado que invadiu sua casa na capital Porto Príncipe, nas primeiras horas da madrugada. A primeira-dama do país ficou ferida no ataque. Moïse, de 53 anos, governava por decreto há mais de um ano, depois que o país não conseguiu realizar eleições, numa crise que levou à dissolução do Parlamento. (07/07)
Foto: Dieu Nalio Chery/AP Images/picture alliance
A volta do Festival de Cannes
Com máscaras e testes obrigatórios e sem beijinhos no tapete vermelho, começou na França a 74ª edição do Festival de Cinema de Cannes, marcando a volta do evento cinematográfico após ele ter sido cancelado no ano passado devido ao coronavírus. Além da pandemia, paridade de gênero e crise climática estão sob os holofotes nesta edição. (06/07)
Foto: picture alliance / ASSOCIATED PRESS
Bolsonaro entra em lista mundial dos "predadores da liberdade de imprensa"
O presidente Jair Bolsonaro foi considerado pela organização Repórteres Sem Fronteiras um dos 37 líderes mundiais "predadores da liberdade de imprensa", ao lado de nomes como os de chefes de Estado da Síria, Bashar al-Assad, e da Venezuela, Nicolás Maduro. Bolsonaro foi incluído na lista devido às suas ações contrárias aos meios de comunicação, que incluem insultos, humilhações e ameaças. (05/07)
Foto: Luis Alvarenga/Getty Images
Cuidado com o tigre
Coronavírus não é só assunto de gente. Por precaução, este tigre do jardim zoológico de Oakland, Califórnia, também recebe uma vacina contra a covid-19. Afinal, primeiro animal selvagem a se infectar com a doença respiratória foi possivelmente um companheiro de espécie seu, no zoo de Nova York, contagiado por um ser humano. (04/07)
Por ocasião dos 50º aniversário de Julian Assange, seus apoiadores promoveram um piquenique diante do Parlamento britânico, em protesto pela deportação do fundador da plataforma Wikileaks. Para reforçar a mensagem, a figurinista Vivienne Westwood lambuzou o rosto de torta. Com 80 anos de idade e muitos de show-business, ela bem sabe o que fazer para atrair a atenção da mídia. (03/07)
Foto: Jonathan Brady/PA Wire/picture alliance
Merkel realiza última visita oficial ao Reino Unido
Em seu último compromisso oficial em solo britânico, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel se reuniu com o primeiro-ministro, Boris Johnson, e visitou rainha Elizabeth 2ª. Sua 22ª viagem ao país desde que se tornou chanceler, há 16 anos, visava aliviar as tensões geradas pela saída do Reino Unido da União Europeia. (02/07)
Foto: Steve Parsons/empics/picture alliance
William e Harry inauguram estátua da princesa Diana
Os príncipes William e Harry inauguraram uma estátua em homenagem à mãe, a Princesa Diana, nos jardins do Palácio de Kensington, em Londres, no dia em que ela completaria 60 anos. A estátua foi encomendada em 2017 pelos dois irmãos e reflete o trabalho da princesa e o impacto que teve em várias áreas, como a remoção de minas terrestres em Angola e o apoio a pessoas com HIV. (01/07)