Segunda posse do republicano como presidente dos Estados Unidos contará com a presença de barões da tecnologia, como Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, e chefes de Estado, como Javier Milei e Nayib Bukele.
Anúncio
A 60ª cerimônia de posse presidencial dos Estados Unidos acontecerá, como dita a tradição americana, nesta segunda-feira, 20 de janeiro. O incumbente, Joe Biden, deixará a Casa Branca e, pela primeira vez desde o presidente Grover Cleveland, em 1893, um ex-presidente retornará para cumprir um mandato não consecutivo.
A posse de Donald Trump vai confirmá-lo como o 47º presidente dos Estados Unidos, além de ele já ter sido o 45º entre 2017 e 2021.
O que envolve a posse presidencial?
A posse não inclui apenas a cerimônia formal de juramento, sendo um evento de quatro dias que envolve muita pompa e cerimônia, organizado a cada quatro anos pelo Comitê Conjunto do Congresso para Cerimônias de Posse.
O programa inclui os procedimentos formais em que a administração que se encerra passa o bastão para a nova. Desta vez, porém, a transição começou bem antes da posse.
Haverá também uma série de eventos públicos e privados para a equipe e os apoiadores de Trump celebrarem seu retorno à Casa Branca.
O que está no programa?
Os quatro dias de festividades em torno da posse começam com uma recepção especial e uma queima de fogos de artifício no Clube Nacional de Golfe Trump, na Virgínia, no sábado, 18 de janeiro.
No domingo, Trump participou de uma cerimônia para depositar coroas de flores no túmulo do Soldado Desconhecido no Cemitério Nacional de Arlington. Depois, seguiu para Washington para um comício da vitória sob seu lema de campanha "Maga" ("Make America great again", ou "tornar a América grande novamente") na arena Capital One.
Nesta segunda-feira, o dia da posse, ele comparecerá a uma missa matinal tradicional na Igreja de St. John, em Washington, antes de sua comitiva seguir para o chá matinal na Casa Branca, oferecido por Biden e pela primeira-dama Jill Biden.
De lá os dois homens e suas esposas seguirão para o Capitólio em uma carreata conjunta antes do juramento, ao meio-dia. O vice-presidente eleito, JD Vance, será o primeiro a prestar juramento. Trump virá em seguida.
Pouco depois, Trump fará um discurso à nação antes de seguir para a Sala do Presidente no edifício do Capitólio para assinar suas primeiras ordens executivas. Mais tarde, ele passará em revista as tropas.
Estão programados para a noite de segunda-feira três tradicionais bailes da cerimônia de posse. A programação será concluída com um serviço nacional de orações na terça-feira, 21 de janeiro.
Qual é o tema da posse e o que significa?
O tema da posse este ano é "Nossa democracia duradoura: uma promessa constitucional", que, segundo o comitê da posse, "reconhece o compromisso dos fundadores [da nação] com as futuras gerações de americanos para preservar a continuidade e a estabilidade do nosso sistema democrático de governo".
O tema contrasta fortemente com as ações e consequências de 6 de janeiro de 2021, quando Donald Trump estimulou seus seguidores mais fervorosos a invadir o Capitólio e impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden em 2020.
Trump também foi considerado culpado de falsificação de registros comerciais, mas foi colocado em liberdade sem restrições após ser sentenciado por seus crimes. Ele é o primeiro criminoso condenado a se tornar presidente dos EUA.
Considerando os quatro anos tumultuados que antecederam seu retorno à Casa Branca, muitos se perguntam qual será a postura de Trump durante a posse.
"Acho que, para Trump, a reconciliação não chega a ser uma preocupação", disse Cayce Myers, especialista em comunicação política da Virginia Tech, à DW. "Afinal, o que ele está vendo é o momento culminante do movimento Maga, seu discurso [de posse] é o ápice de quatro anos de luta para ser eleito."
Myers observou que a posse seria uma oportunidade para Trump e seu governo apresentarem uma nova abordagem, tanto para os EUA quanto para o mundo. "Eu acho realmente que veremos muitos posicionamentos em torno da força [e] no subtexto da geopolítica", disse o especialista.
"Levando em conta que este é um evento tão significativo, com uma personalidade de mídia descomunal que é muito experiente na maneira como faz mídia, acho que deverá atrair um atenção superdimensionada."
Anúncio
Quem comparecerá?
Como é de praxe (embora Trump tenha rompido com essa tradição em 2021), todos os ex-presidentes americanos vivos – Joe Biden, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton – deverão comparecer à posse. As ex-primeiras-damas também estarão presentes, com a exceção de Michelle Obama, que se retirou da cerimônia por motivos não revelados.
Os barões da tecnologia estarão bem representados, principalmente devido ao apoio amplamente divulgado que muitos deles deram ao novo presidente. À frente destes estará a pessoa mais rica do mundo, Elon Musk, que deu substancial ajuda financeira e de mídia à campanha eleitoral dos republicanos e assumirá um cargo no novo governo. Também estarão presentes o proprietário da Amazon e do jornal Washington Post, Jeff Bezos, e o fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg.
Líderes estrangeiros, historicamente, não comparecem às posses presidenciais dos EUA, sendo representados pelos embaixadores de seus países. No entanto, vários deles foram convidados pelo comitê de posse de Trump, incluindo o presidente da China, Xi Jinping, que enviará um representante.
Da UE, nenhum dos altos representantes das instituições recebeu convite para a cerimônia, incluindo os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, será a única líder dos 27 Estados-membros da UE a estar presente.
Da ultradireita europeia, haverá uma delegação dos Patriotas pela Europa, encabeçada pelo líder da terceira maior força política do Parlamento Europeu, Santiago Abascal (do partido Vox, da Espanha).
Alice Weidel, líder do partido de ultradireita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD), também foi convidada, mas será representada pelo outro co-presidente da legenda, Tino Chrupalla.
Os líderes da ultradireita francesa, Marine Le Pen e Jordan Bardella, não receberam convites, ao contrário do político anti-imigração Éric Zemmour. Do Reino Unido, estará presente o líder do partido Reform UK, Nigel Farage, defensor do Brexit.
O presidente argentino Javier Milei, que visitou Trump após sua vitória eleitoral, deverá estar presente, assim como os presidentes de El Salvador, Nayib Bukele, e do Equador, Daniel Noboa.
Uma comitiva de cerca de 20 deputados federais do Brasil deverá estar na posse, incluindo Eduardo Bolsonaro.
Bolsonaro disse ter sido convidado para a posse de Trump, mas Moraes, em sua decisão, afirmou que "não foi juntado aos autos nenhum documento probatório que demonstrasse a existência de convite realizado pelo presidente eleito dos EUA ao requerente Jair Messias Bolsonaro, conforme alegado pela defesa".
"O cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal", disse Moraes.
Quais artistas irão se apresentar?
Entre os artistas confirmados nos eventos da posse está a ex-vencedora do programa de televisão American Idol Carrie Underwood, que apresentará a canção America the Beautiful antes de Trump fazer o juramento de posse.
O conjunto Village People, cujos hits YMCA e Macho Man foram usados com destaque nos eventos de campanha de Trump, vai se apresentar num dos bailes da posse, depois de já ter se apresentado no comício de sábado.
O cantor de música country Lee Greenwood e o tenor Christopher Macchio também se apresentarão nos eventos.
O que ocorre após a posse?
Após a posse, Donald e Melania Trump se mudarão para a Casa Branca, e o novo governo começará a trabalhar. Trump quer reverter decisões importantes tomadas por Biden já nas primeiras horas após sua posse. "Todas as ordens radicais e sem sentido do governo Biden serão canceladas horas depois da minha posse", disse o republicano com antecedência.
Isso incluirá a assinatura de ordens executivas, inclusive sobre a deportação de migrantes e a segurança da fronteira, e, muito provavelmente, o início do processo de retirada ou de revisão de acordos e tratados por parte dos EUA junto a outras nações e organizações, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O mês de janeiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Kenny Holston/The New York Times/AP/picture alliance
Ataque a faca deixa dois mortos no sul da Alemanha
Um homem de 41 anos e um menino de dois anos foram mortos e duas outras pessoas ficaram feridas em um ataque a faca em um parque na cidade de Aschaffenburg, no estado da Baviera, no sul da Alemanha. Um afegão de 28 anos, requerente de asilo, foi detido ao tentar escapar por trilhos de trem. A indignação com o crime pode impactar a campanha eleitoral, a um mês das eleições antecipadas. (22/01)
Foto: Ralf Hettler/dpa/picture alliance
Incêndio mata dezenas em resort de esqui na Turquia
Mais de 70 pessoas morreram e ao menos 51 outras ficaram feridas no incêndio num hotel localizado em uma popular área de esqui nas montanhas de Bolu, no noroeste na Turquia. O incêndio começou durante a madrugada no Grand Kartal, um hotel de 12 andares construído de madeira na estação de esqui de Kartalkaya, a uma altitude de 2.200 metros. (21/01)
Foto: IHA/AP/picture alliance
Trump de volta à Casa Branca
O republicano Donald Trump tomou posse em seu segundo mandato como presidente dos EUA. Em seu primeiro dia de governo, o republicano anunciou um pacote de medidas conservadoras, reverteu dezenas de decisões de seu antecessor, Joe Biden, concedeu perdão a 1.500 condenados pelo 6 de janeiro de 2021 e prometeu dar início a uma nova "era de ouro" no país. (20/01)
Foto: Julia Demaree Nikhinson/AP/dpa/picture alliance
Alívio e emoção dos primeiros reféns liberados
Doron Steinbrecher, uma das três reféns israelenses libertadas no primeiro dia de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas, reencontra sua mãe após 15 meses de cativeiro. Hamas também libertou Romi Gonen e Emily Damaria, dando início ao processo previsto no acordo. Em troca, cerca de 95 prisioneiros palestinos deverão ser libertados, a maioria mulheres e adolescentes. (19/01)
Foto: Israeli Army/AP/picture alliance
Milhares vão às ruas de Washington contra Trump
Dois dias antes da volta de Donald Trump à Casa Branca, milhares protestaram contra políticas anunciadas pela próxima gestão. Chamada "Marcha do Povo", a manifestação foi organizada por movimentos de defesa dos direitos civis em defesa de pautas como o acesso ao aborto, proteção climática e direitos dos imigrantes. Mais de 350 marchas semelhantes aconteceram em todo o país. (18/01)
Foto: Amanda Perobelli/REUTERS
Gabinete israelense aprova cessar-fogo em Gaza
O governo israelense aprovou o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, após horas de consultas que se estenderam até a madrugada de sábado (18/01)."O governo aprovou o plano de devolução dos reféns", disse o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em comunicado. As armas deverão ser silenciadas inicialmente por seis semanas a partir do próximo domingo. (17/01)
Foto: Koby Gideon/AFP
David Lynch, diretor de "Cidade dos sonhos", morre aos 78 anos
Conhecido por produções como "Cidade dos Sonhos", "Twin Peaks" e obras surrealistas, o renomado diretor americano acumulou quatro indicações ao Oscar durante sua carreira. Causa da morte não foi divulgada. Em 2024, ele afirmou que foi diagnosticado com enfisema pulmonar. (16/01)
Hamas e Israel chegam a acordo para encerrar conflito em Gaza
Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo para encerrar o conflito na Faixa de Gaza após 15 meses de combates, segundo informaram mediadores nesta quarta-feira. O texto prevê troca de reféns por prisioneiros e a retirada de militares israelenses. População foi às ruas em Gaza e em Israel para comemorar a decisão. (15/01)
Foto: Abdel Kareem Hana/AP/picture alliance
Procurador diz que havia evidências para condenar Trump
Em relatório tornado público, o procurador especial Jack Smith afirma que havia evidências suficientes para condenação do presidente eleito dos EUA por tentar anular o resultado da eleição de 2020. Parte do documento foi enviado ao Congresso pelo Departamento de Justiça – não sem que antes Trump tentasse impedir que isso acontecesse. Republicano reagiu tachando Smith de "perturbado". (14/01)
Foto: Jacquelyn Martin/AP Photo/picture alliance
Lula sanciona lei que proíbe uso de celular nas escolas
Lei restringe uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo telefones celulares, nas salas de aula de escolas públicas e privadas em todo o país. Há exceções para uso pedagógico, sob supervisão dos professores, ou em casos excepcionais de acessibilidade ou necessidade de saúde. Medida ainda será regulamentada por decreto a tempo de entrar em vigor no início do ano letivo, em fevereiro. (13/01)
Sobe para 16 número de mortos em incêndios em Los Angeles
O número de mortos nos incêndios florestais que atingem a região de Los Angeles aumentou para 16, enquanto as equipes lutam para conter as chamas antes da chegada prevista de novas rajadas de ventos fortes capazes, potencialmente, de empurrar o fogo em direção a outras regiões da cidade. (12/01)
Foto: Jae C. Hong/AP Photo/picture alliance
Milhares protestam contra convenção da ultradireita na Alemanha
Mais de 10 mil pessoas participam de uma manifestação em uma pequena cidade do leste alemão contra a convenção nacional do partido ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD). A convenção é parte da campanha do partido para as eleições federais de 23 de fevereiro, convocada após o colapso do governo de coalizão do chanceler federal, Olaf Scholz. (11/01)
Foto: EHL Media/IMAGO
Trump é sentenciado e será 1º presidente condenado dos EUA
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, foi sentenciado por sua condenação criminal decorrente do pagamento em dinheiro para silenciar uma atriz pornô. A penalidade, porém, não inclui multa, prisão ou liberdade condicional. O juiz aplicou ao republicano uma sentença de "dispensa incondicional", que reconhece a culpa do réu, mas não impõe uma pena específica. (10/01)
Foto: Brendan McDermid-Pool/Getty Images
"Sinceramente, estou morrendo", diz ex-presidente do Uruguai José Mujica
Mujica, de 89 anos, revelou que o câncer em seu esôfago se espalhou para o fígado e que a progressão da doença não pode mais ser interrompida. "Não posso fazer nem um tratamento bioquímico nem uma cirurgia porque meu corpo não aguenta", disse. "O que eu peço é que me deixem em paz. O guerreiro tem direito ao descanso." (09/01)
Foto: Santiago Mazzarovich/AFP
Incêndios deixam rastro de destruição na Califórnia
Incêndios florestais de enormes proporções atingiram a Califórnia e deixaram ao menos cinco mortos e dezenas de feridos. No condado de Los Angeles, cerca de 180 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por ordem das autoridades, com as chamas consumindo uma área de 117 quilômetros quadrados. (08/01)
Foto: Ringo Chiu/REUTERS
Morre o extremista francês Jean-Marie Le Pen
Líder histórico da extrema direita francesa e pai da ultradireitista Marine Le Pen morreu aos 96 anos. Ele foi um dos fundadores do partido Frente Nacional, renomeado em 2018 para Reunião Nacional. Figura polarizadora na política francesa, Le Pen era conhecido por sua retórica inflamada contra a imigração e o multiculturalismo. (07/01)
Congresso dos EUA certifica vitória eleitoral de Trump
O Congresso dos EUA certificou Donald Trump como vencedor da eleição de 2024. A cerimônia aconteceu sem interrupções – em contraste à violência de 6 de janeiro de 2021, quando, com pelo menos aquiescência de Trump, uma multidão invadiu o Capitólio para impedir certificação de Joe Biden. Os legisladores se reuniram sob forte segurança para cumprir a data exigida pela lei eleitoral. (06/01)
Foto: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
Neve traz caos à Europa e aos Estados Unidos
Após um fim de ano com temperaturas relativamente amenas, nevou no Reino Unido e em outras partes da Europa. Pistas congeladas geraram transtorno nas estradas e levaram ao cancelamento de voos e fechamento de aeroportos, inclusive na Alemanha. Nos Estados Unidos, algumas áreas devem ter a pior nevasca da década. (05/01)
Foto: Danny Lawson/PA Wire/dpa/picture alliance
Trens de longa distância operados pela alemã Deutsche Bahn batem recorde de atraso
Em 2024, 37,5% dos trens de longa distância registraram atraso superior a seis minutos – a maior taxa em 21 anos. Empresa atribuiu piora no desempenho à "infraestrutura ultrapassada e sobrecarregada", obras na rede ferroviária, aumento do tráfego, falta de mão de obra e eventos climáticos extremos, mas disse trabalhar em um plano de ação para melhorar sua pontualidade. (04/01)
Foto: Sebastian Gollnow/dpa/picture alliance
Milhares de alemães assinam petição contra uso de fogos de artifício
Mais de 270 mil alemães assinaram uma petição online pedindo a proibição de fogos de artifício particulares em todo o país, após um Ano Novo marcado por cinco mortes e dezenas de feridos pelo uso incorreto dos fogos. Em várias cidades, equipes de emergência foram atingidas pelos explosivos. Em Berlim, um policial ficou gravemente ferido e precisou ser operado. (03/01)
Foto: Christian Mang/REUTERS
Multidão protesta contra prisão de presidente afastado da Coreia do Sul
Uma centena de pessoas se reuniram em Seul para protestar contra o mandado de prisão imposto ao presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, acusado de insurreição. Apoiadores se posicionaram em frente à residência de Yoon, que se propôs a "lutar até o fim". Agentes já se posicionam no local para cumprir a ordem judicial. (02/01)
Foto: Philip Fong/AFP
Homem atropela multidão em Nova Orleans e deixa 10 mortos
Ataque ocorreu na Bourbon Street, uma rua turística com bares e clubes noturnos. Condutor do veículo morreu em confronto com policiais e FBI investiga "ato de terrorismo". Suspeito, um cidadão americano do Texas, carregava bandeira do Estado Islâmico. (01/01)