O que já foi feito e o que falta fazer na terra yanomami
Publicado 14 de março de 2023Última atualização 15 de março de 2023
Quase dois meses após ser decretada emergência devido à grave situação sanitária vivida pelos indígenas, muita ajuda chegou à região, mas ainda há promessas não cumpridas.
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Em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Terra Indígena Raposa Serra do Sol nesta segunda-feira (13/03), em Roraima, líderes yanomami e de outros povos indígenas apresentaram uma lista de problemas antigos e fizeram reivindicações.
Quase dois meses depois de o governo federal declarar emergência na Terra Indígena Yanomami devido à grave situação sanitária e de destruição, a ajuda prometida por Lula ao visitar a região em 21 de janeiro chegou, mas muitas promessas continuam em aberto.
Agora, Lula viajou novamente à Roraima, desta vez para participar da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas, que reúne até esta terça-feira mais de 2 mil indígenas de nove etnias – entre elas yanomami – e recebeu uma carta com reinvindicações. Segundo a organização do evento, é a primeira vez que a assembleia conta com a presença de um presidente da República.
O que ainda precisa ser feito
Na Assembleia, o líder yanomami Davi Kopenawa pediu ao presidente que acelere a montagem de um hospital de campanha na região de Surucucu, uma das promessas do petista que ainda não foi cumprida.
Na carta entregue ao presidente, os indígenas pedem também, entre outras demandas, a borrifação contra a malária, urgência em prestar auxílio a comunidades onde crianças seguem com desnutrição grave e mais ações contra a iminência de invasão de territórios por fazendeiros, sobretudo os que plantam soja.
Outra reivindicação é a restauração da pista de pouso da região de Surucucu, na terra yanomami. O péssimo estado de conservação da infraestrutura impediu pousos de aviões de maior porte no auge da crise sanitária, fazendo com que cestas básicas tivessem que ser arremessadas pelo ar.
Além disso, a carta dos indígenas pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), não sejam anistiados e respondam por incentivo ao garimpo no território. No final de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a abertura de uma investigação contra autoridades do governo Bolsonaro por suspeitas de prática degenocídioe de outros tipos de crimes contra comunidades indígenas.
Os indígenas também ponderaram que a retirada dos garimpeiros da terra yanomami representa um risco de invasão a outros territórios, como já vem sendo observado, uma vez que eles simplesmente migram para outra área.
Lula, por sua vez, reafirmou o compromisso de retirada dos garimpeiros.
"Os garimpeiros poluíram aquela água do rio com mercúrio, e nós agora vamos ter que fazer poço artesiano para levar água de qualidade para que aquelas crianças possam beber água e não morram contaminadas", explicou o presidente.
Na Assembleia em Roraima, Lula também destacou a necessidade de o governo federal criar uma linha de financiamento para que esses povos indígenas possam melhorar as condições de trabalho na agricultura.
"Se nós temos dinheiro para financiar empresário, para financiar a agricultura familiar, para financiar os grandes proprietários, a pergunta que faço é a seguinte: por que não existe dinheiro para financiar os povos indígenas na sua produção?", indagou.
"Eu prometo a vocês que regressando a Brasília vou tratar disso com carinho. Vou reunir os ministros ligados à área da produção para que a gente possa colocar vocês dentro de um programa de financiamento da produção agrícola, para que vocês possam melhorar e aumentar a capacidade das coisas que vocês produzem", prosseguiu Lula.
Paralelamente, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, e o chefe geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Roraima (Embrapa/RR), Edvan Alves, estão elaborando ações conjuntas destinadas às comunidades indígenas, especificamente do povo yanomami.
Demarcação de terras
Outro ponto pendente é a demarcação de terras indígenas. Sobre o tema, Lula disse que pediu à Funai e ao Ministério dos Povos Indígenas que apresentem rapidamente uma lista de terras em fase avançada de estudos.
"A gente precisa demarcá-las logo, antes que as pessoas se apoderem. Antes que inventem documentos falsos, escrituras falsas, e digam que são donos", disse o petista em Roraima.
Para o presidente, a garantia da terra aos povos originários é ferramenta de preservação e de combate às mudanças climáticas, pois eles são como "guardiões da floresta" que, por sua vez, dão sustentação à manutenção da qualidade do clima.
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O que já foi feito
Em quase dois meses da operação emergencial de ajuda aos indígenas, de acordo com dados do Centro de Operações de Emergências (COE) Yanomami, foram entregues 11.632 cestas básicas, foi realizada a triagem nutricional de 219 crianças e foram distribuídos milhares de remédios para malária e testes rápidos para detectar a doença.
Segundo informações do Centro de Operações de Emergências (COE) atualizadas no sábado, mais de oito mil atendimentos já foram realizados, levando em conta o Hospital Geral, o Hospital de Campanha, polos bases coordenados pela Força Nacional do SUS e o Hospital da Criança.
A parceria entre Ibama, Funai, Forças Armadas, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) destruiu oito aeronaves, 200 acampamentos com armas e munições e destruiu ou inutilizou 84 balsas ou embarcações.
Com mobilizações por terra, ar e com barreiras fluviais em pontos estratégicos, os agentes ambientais apreenderam 27 toneladas de cassiterita, 172 geradores de energia, mais de 11 mil litros de combustível, além de maquinários para extração de minério, motoserras, mercúrio e uma tonelada de mantimentos dos garimpeiros ilegais. Foram aplicados mais de R$ 10 milhões em multas .
Indígenas têm alta e retornam às aldeias
Após o tratamento em hospitais longe das aldeias, os indígenas começam a voltar para casa. O Comando Operacional Conjunto Amazônia, por meio da Força Aérea Brasileira (FAB), transportou de volta a suas aldeias na sexta-feira duas famílias indígenas que estavam com os seus filhos em tratamento no Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB, em Boa Vista.
Os pacientes transportados foram um bebê, que havia sido internado com pneumonia e um menino de cinco anos, diagnosticado com desnutrição. Nesta semana, aproximadamente 40 indígenas devem retornar às aldeias na Terra Yanomami, após alta médica.
Nesta segunda-feira, foram recebidos e treinados os primeiros médicos convocados pelo Ministério da Saúde para atender comunidades indígenas. No total, 117 médicos, brasileiros ou naturalizados formados no exterior, que integram o Projeto Mais Médicos, serão chamados para reforçar o quadro dos Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (Dsei).
De acordo com o ministério, eles serão distribuídos entre 29 distritos, sendo que 14 irão para o território yanomami. Segundo a pasta, a convocação representa aumento de 51,5% no número de médicos da saúde indígena. Atualmente, são 227 profissionais em 34 Dseis.
"Os indígenas não morrem de diabetes, porque não há açúcar em sua dieta, nem de hipertensão, porque não consomem sal. A causa das mortes dos nossos povos originários é fome, desnutrição e malária. As intervenções são antibióticos, comida, dignidade e valor à vida humana", ressaltou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, em nota divulgada pela pasta.
A partir da próxima semana, o primeiro grupo já será enviado às unidades de atendimento dos distritos sanitários.
Censo demográfico
Para ajudar a traçar políticas públicas e de ajuda, a PRF e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estabeleceram uma parceria para permitir a realização do Censo Demográfico 2022 na Terra Indígena Yanomami. A articulação facilitou a chegada dos servidores que trabalham no censo a áreas de difícil acesso, por meio do transporte aéreo, e na segurança de recenseadores e indígenas durante a coleta das informações.
A passagem dos recenseadores do IBGE pelas aldeias tem o objetivo de obter informações referentes à vida dos indígenas e fazer o diagnóstico nas áreas social e econômica de locais habitados por povos tradicionais.
A parte da população yanomami que ainda não tinha recebido o IBGE para o Censo 2022 começou a ser visitada na semana passada O trabalho agora é em áreas de acesso complexo e deve se estender por 30 dias em 169 aldeias em Roraima e três no Amazonas.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, garantiu, em visita a Roraima, que o governo federal permanecerá no território até que a integridade das terras indígenas seja garantida.
"Temos a maior riqueza do mundo, que é existirem povos como yanomami. Isso não pode ser destruído. Não tem dinheiro que pague. O que vocês ensinam para nós é como manter o mundo vivo. Porque se a gente destrói o rio e a floresta, vai aquecer mais o planeta e aí não vai ter vida para ninguém", afirmou a ministra. "E o grande cacique branco, presidente Lula, disse que os guerreiros yanonami estão à frente, e os guerreiros do cacique branco estão atrás, tentando reparar o que foi destruído", concluiu Marina Silva.
le/md (EBC, ots)
O mês de março em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Bart Biesemans/REUTERS
Orca mantida em cativeiro por meio século será libertada
Um aquário da Flórida, nos Estados Unidos, firmou um acordo com ativistas dos direitos dos animais para libertar Lolita, uma orca mantida em cativeiro há mais de 50 anos. O animal, que recentemente se aposentou das apresentações no Miami Seaquarium, será devolvida ao Oceano Pacífico dentro de dois anos. Lolita tem 57 anos e foi capturada em 1970 em uma enseada perto de Seattle. (31/03)
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indiciado sob acusações de fraude empresarial relacionada a pagamentos secretos a duas mulheres feitos em seu nome durante a campanha presidencial de 2016. Ele se torna assim o primeiro ex-presidente americano a ser acusado de um crime. Indiciamento complica a tentativa do republicano de retornar à Casa Branca. (30/03)
Foto: Nathan Howard/AP/picture alliance
Rei Charles em Berlim em sua primeira visita de Estado
O rei Charles 3º do Reino Unido foi recebido com honras militares no Portão de Brandemburgo, em Berlim, em sua primeira visita de Estado ao exterior depois de se tornar monarca. Ele foi o primeiro chefe de Estado visitante a ter uma recepção cerimonial no famoso marco histórico. Charles e sua mulher, Camilla, foram recebidos pelo presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e sua esposa. (29/03)
Foto: Getty Images
Brasil atinge marca de 700 mil mortes por covid-19
Brasil superou a marca de 700 mil mortes por covid-19, pouco mais de três anos após o registro do primeiro óbito atribuído à doença no país, e já soma mais de 37 milhões de infecções. A vacinação é considerada pelos especialistas como o elemento fundamental para a desaceleração da pandemia nos últimos meses. (28/03)
Foto: Paulo Lopes/Zumapress/dpa/picture alliance
Ataques a escolas no Brasil e nos EUA
Um ataque a faca em uma escola no bairro de Vila Sônia, em São Paulo, deixou uma professora morta e quatro pessoas feridas. O agressor era um adolescente de 13 anos, que foi detido por outras duas docentes.
Em Nashville, nos EUA, atiradora mata três crianças de 9 anos, e três adultos. Presidente Biden renova apelo por leis mais rígidas de controle de armas. (27/03)
Foto: Andrew Nelles/The Tennessean/AP/picture alliance
Mais de 2 mil cabeças de carneiro mumificadas
Mais de 2 mil cabeças de carneiro mumificadas foram encontradas no templo de Ramsés 2°, na antiga cidade de Abydos, no sul do Egito, por uma equipe de arqueólogos americanos. As carcaças datam da era ptolomaica, ou seja, de até 300 anos antes de Cristo. Cientistas acreditam que as cabeças tenham sido "oferendas", que indicam um "culto a Ramsés 2° celebrado mil anos após sua morte". (26/03)
Foto: Egyptian Tourism and Antiquities Ministry/Anadolu Agency/picture alliance
Asteroide do tamanho de prédio passa entre a Terra e a Lua
Um asteroide com as dimensões de um prédio passou entre a Terra e a Lua neste sábado, num evento que ocorre uma vez em uma década e foi usado como exercício de treinamento para os esforços de defesa planetária, de acordo com a Agência Espacial Europeia. Ele tem largura estimada em 40 a 90 metros, grande o suficiente para destruir uma grande cidade se atingisse a Terra. (25/03)
Foto: N. Bartmann/AFP
Biden e Trudeau discutem migração e China
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciaram um acordo para tentar frear a migração ilegal de cidadãos de todo o mundo entre os dois países. Ambos também afirmaram que a China representa "um sério desafio a longo prazo para a ordem mundial". Essa foi a primeira visita oficial de Biden ao país vizinho desde que tomou posse, em 2021. (24/03)
Foto: Andrew Harnik/AP Photo/picture alliance
Lula visita Complexo Naval de Itaguaí
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, onde são construídos os novos submarinos brasileiros que serão operados pela Marinha. A corporação iniciou seu programa nuclear em 1979 com o objetivo de construir um submarino, cuja entrega chegou a ser prometida para o início da década de 90. (23/03)
Foto: Luiz Gomes/Fotoarena/IMAGO
Parlamento da Suécia aprova adesão à Otan
O Parlamento da Suécia aprovou, de forma antecipada, a adesão do país à Otan por 269 votos a favor e 37 contra. A decisão, porém, por enquanto fica sem efeito, uma vez que é necessária a unanimidade dos 30 Estados-membros da Aliança Atlântica para a entrada de qualquer novo membro. Entre os países da Otan, 28 já deram o aval, mas ainda falta a aprovação da Hungria e da Turquia. (22/03)
Foto: ANDERS WIKLUND/TT/AFP
Viagens oficiais e disputas de interesse
Em Moscou, o presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, asseguraram que a parceria entre seus países não representa uma "aliança militar-política". A passagem do líder chinês na Rússia é vista como um grande impulso para Putin. Paralelamente, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, esteve em Kiev para prestar apoio à Ucrânia. (21/03)
Foto: Sputnik/Mikhail Tereshchenko/Pool via REUTERS
Governo francês resiste a duas moções, e reforma da previdência deve ser implantada
O Executivo francês sobreviveu a duas moções de censura apresentadas após o governo ter decidido aprovar uma controversa reforma da previdência através de um mecanismo constitucional que lhe permite fazê-lo sem o voto do Legislativo. A primeira ficou a apenas nove votos da aprovação. Com as rejeições, considera-se aprovada a reforma, precipitando a França numa crise social ainda maior. (20/03)
Foto: Gonzalo Fuentes/REUTERS
UBS compra rival Credit Suisse por 3,23 bilhões de dólares
O banco suíço UBS anunciou a compra de seu maior rival, Credit Suisse, por 3 bilhões de francos suíços, o equivalente a cerca de 3,23 bilhões de dólares. As negociações envolveram os dois bancos, o governo suíço, o banco central suíço e a entidade reguladora do país, com o objetivo de restaurar a confiança do Credit Suisse e manter a estabilidade do sistema financeiro mundial. (19/03)
Foto: Arnd Wiegmann/Getty Images
Milhões de peixes mortos "entopem" rio na Austrália
Milhões de peixes mortos estão "entupindo" o rio Darling, na Austrália. Autoridades ambientais do estado de Nova Gales do Sul atribuíram a morte em massa aos baixos níveis de oxigênio no segundo maior rio do país, à medida que as águas recuam após inundações recentes. (18/03)
Foto: GEOFFREY LOONEY/AAP/dpa/picture alliance
Turquia deve aprovar adesão da Finlândia à Otan
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto, se encontraram em Ancara tendo como principal pauta a adesão da Finlândia à Otan. Erdogan confirmou que o processo de ratificação da candidatura será levado à votação no Parlamento. A Suécia, no entanto, continua sem o mesmo aval devido a discordâncias em relação a oposicionistas turcos. (17/03)
Foto: Murat Cetinmuhurdar/Presidential Press Office via REUTERS
Macron impõe reforma da Previdência sem voto do Parlamento
Após semanas de amplos protestos e greves, a primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, comunicou à Assembleia Nacional que dispensará a votação dos deputados para aprovar o controverso projeto de reforma da Previdência defendido pelo presidente Emmanuel Macron. O anúncio foi recebido por mais protestos e a oposição propôs moções de desconfiança contra o governo. (16/03)
Foto: THOMAS SAMSON/AFP
Nasa e Axiom apresentam traje dos astronautas que irão à Lua
A Nasa e a Axiom Space apresentaram o protótipo de seu traje espacial para o próximo pouso de astronautas na Lua, previsto para 2025. A vestimenta inclui proteção térmica e maior flexibilidade do que a do traje usado por astronautas da missão Apollo há meio século. Há várias camadas de proteção, mochilas com sistema de suporte de vida, câmeras de alta definição e luzes. (15/03)
Foto: David J. Phillip/AP Photo/picture alliance
EUA e Rússia trocam acusações após queda de drone no Mar Negro
Estados Unidos acusam a Rússia por incidente em que caças russos teriam derrubado um drone americano sobre o Mar Negro. Washington considerou episódio como uma "flagrante violação das leis internacionais". Moscou, por sua vez, diz que aeronave não tripulada invadiu zona de proibição de voo e que caiu por conta própria ao realizar "manobra arriscada", depois de interceptada. (14/03)
Foto: Unbekannt/Zuma Wire/imago images
Europa reforça estoque de armamentos
Invasão russa da Ucrânia beneficiou os Estados Unidos e gerou grande aumento da transferência armamentista na Europa. Em outras partes do mundo, contudo, essa atividade está em queda, segundo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri). De 2013 a 2017, a importação pelos países europeus aumentou 47%, e a dos membros europeus da Otan, 65%. (13/03)
Foto: Thomas Samson/AFP/Getty Images
Novo gabinete chinês consolida poder de Xi Jinping
Presidente da China, Xi Jinping, saúda recém-empossado premiê chinês, Li Qiang. O novo governo chinês, encabeçado por Xi, escolheu seu gabinete ministerial, na maior reformulação no alto escalão de Pequim em uma década. O anúncio vem dois dias depois de Xi iniciar um inédito terceiro quinquênio presidencial, aproximando-se, assim, da presidência vitalícia de fato. (12/03)
Foto: GREG BAKER/Pool/REUTERS
Operação resgata 56 em condições análogas à escravidão no RS
Dos resgatados, todos homens, 10 eram adolescentes, com idade entre 14 e 17 anos. Eles trabalhavam na colheita de arroz em duas fazendas em Uruguaiana. Tinham que fazer longas caminhadas até o local da lavoura, comer alimentos muitas vezes estragados e usavam instrumentos inadequados, sem equipamento de proteção, inclusive quando manejavam agrotóxicos. (11/03)
Foto: Policia Federal/Divulgação
Reféns em farmácia na Alemanha
Um suspeito de 20 anos foi preso após manter 11 pessoas reféns dentro de uma farmácia na cidade de Karlsruhe, no sudoeste da Alemanha. Ao todo, a ação durou em torno de cinco horas, com a polícia entrando no estabelecimento por volta das 21h (horário local). Ninguém ficou ferido. (10/03)
Foto: Christoph Schmidt/dpa/picture alliance
Ataque a tiros deixa mortos e feridos em Hamburgo
Pelo menos oito pessoas morreram e oito ficaram feridas – quatro delas com gravidade – após um ataque a tiros em Hamburgo, no norte da Alemanha. O local do crime é uma sala de reunião de Testemunhas de Jeová. O autor do ataque se suicidou. Ele era um ex-membro da comunidade. (09/03)
Foto: Jonas Walzberg/dpa/picture alliance
Lula anuncia iniciativas para igualdade de gênero
Em evento comemorativo do Dia da Mulher realizado no Palácio do Planalto, presidente (na foto, com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco) apresenta uma série de medidas para promover os direitos femininos. Entre as principais, está um projeto de lei garantindo igualdade salarial para homens e mulheres que exercem a mesma função no trabalho. (08/03)
Foto: EVARISTO SA/AFP/Getty Images
Milhares protestam na Geórgia contra controversa lei que afeta mídias e ONGs
Milhares de pessoas protestaram na Geórgia contra um polêmico projeto de lei, denunciado pela oposição como uma ferramenta de intimidação contra a mídia e as ONGs. A polícia utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água contra os manifestantes. A lei prevê que organizações que recebam mais de 20% de financiamento do exterior se registem como "agentes estrangeiros". (07/03)
Foto: IRAKLI GEDENIDZE/REUTERS
Líder da oposição de Belarus condenada a 15 anos de prisão
A ex-candidata à presidência e líder da oposição Svetlana Tikhanovskaya, que concorreu em 2020 contra o presidente Lukashenko em eleição considerada fraudulenta, foi condenada à revelia por "conspirar para derrubar o governo". "Se Lukashenko pensa que esse regime prisional irá me deter, está enganado. Continuaremos a lutar ainda mais pela liberdade", afirmou. Ela vive atualmente no exílio. (06/03)
Foto: Florian Huber/DW
Ativistas do clima mancham monumento em Berlim
Ativistas do clima mancharam o monumento da Constituição em Berlim – que comemora a adoação da Constituição pós-guerra da Alemanha em 1949. O grupo da "Última Geração" passou um líquido preto, que seria petróleo, no painel de vidro do monumento e colocou cartazes com os dizeres "Queimar petróleo ou proteger os direitos básicos? Em 2023, só um dos dois é possível". (04/03)
Foto: Sven Kaeuler/dpa/picture alliance
Vencedor do Nobel da Paz condenado a 10 anos de prisão em Belarus
Ales Bialiatski, ativista em prol dos direitos humanos em Belarus agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 2022, foi condenado a dez anos de prisão por supostamente "financiar violações à ordem pública". É a mais recente ação do governo do presidente Alexander Lukashenko para calar dissidentes, após a onda de protestos no país contra o regime autoritário que apoia a invasão russa na Ucrânia. (03/03)
Foto: Vitaly Pivovarchik/BELTA/AFP/Getty Images
O retorno do Bolsa Família
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou oficialmente, em cerimônia no Palácio do Planalto, o relançamento do Bolsa Família. A nova versão do programa que visa combater a fome no país traz um reajuste de 3,81% em relação aos pagamentos do programa Auxílio Brasil, criado pelo governo anterior, e permite a inclusão de famílias com rendimentos mensais de até R$ 218 por pessoa. (02/03)
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Parlamento da Finlândia aprova lei para adesão à Otan
O Parlamento da Finlândia aprovou a legislação necessária para a adesão do país à Otan. Para ser concluído, o processo depende ainda da aprovação de dois países-membros da aliança militar: Hungria e Turquia. Helsinque abandonou sua política de não alinhamento militar de décadas e se candidatou para aderir à aliança na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia. (01/03)