O que muda na política externa brasileira para os vizinhos?
Fernando Caulyt25 de maio de 2016
Itamaraty comandado por José Serra deve reforçar parcerias com Argentina e México e flexibilizar Mercosul. Relação com países bolivarianos será menos estreita e mais pragmática.
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A primeira visita de Serra como chanceler
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A Argentina foi a primeira parada do novo chanceler José Serra, colocando em prática as novas diretrizes do Itamaraty para a política externa brasileira – entre elas está o reforço da parceria com o país comandado pelo presidente Mauricio Macri e com o México, além de repensar o projeto do Mercosul.
No discurso já como chefe do Ministério das Relações Exteriores na quarta-feira passada (18/05), o chanceler afirmou que a diplomacia "voltará a refletir os valores da sociedade brasileira e os interesses do país" e não mais as "conveniências e preferências ideológicas de um partido político e de seus aliados no exterior" – em referência ao PT e a países como Venezuela, Equador e Bolívia.
"Com Serra, a política externa brasileira dará um grande giro e focará principalmente na economia e no fortalecimento do comércio exterior", afirma Ana Soliz de Stange, do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga), em Hamburgo. "O objetivo de converter o Brasil num ator com responsabilidade regional e global é deixado de lado, em troca de uma visão mais pragmática e com objetivos quase puramente econômicos."
Argentina: prioritária para a diplomacia brasileira
Em seu discurso de posse, Serra disse que a parceria com Buenos Aires será um dos principais focos da ação diplomática brasileira – não sendo à toa que a primeira viagem oficial do novo chanceler foi à Argentina do presidente Macri, que é politicamente mais próximo do presidente interino Michel Temer.
Durante a visita de Serra à capital argentina, os dois países instituíram um mecanismo de coordenação política, com dois encontros entre os chanceleres por ano. Com ele, os países tentarão fechar posições estratégicas em comum para chegarem alinhados à Assembleia-Geral da ONU em temas como defesa, comércio, indústria ou energia.
O anúncio de Serra sobre priorizar Buenos Aires coroa a visita de Macri que, mesmo antes de tomar posse, foi ao Brasil no final de 2015. Na ocasião, ele disse à presidente Dilma Rousseff que queria "fortalecer as relações comerciais" e "trabalhar em conjunto 24 horas [por dia]". É possível que, em breve, a parceria entre os dois países gere discussões com os países-membros do Mercosul sobre mudanças pontuais no bloco, além da intensificação de acordos no âmbito do comércio bilateral.
Bolivarianos: divergências políticas em segundo plano
O Brasil rebateu de forma dura as manifestações de países como Venezuela, Equador, Cuba e Bolívia – cujos governos são tradicionais aliados dos governos petistas e que disseram haver uma "ruptura democrática" no Brasil. Em resposta, Brasília emitiu nota afirmando que esses países "se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil".
De forma geral, mesmo com as críticas, as divergências políticas tendem a ser minimizadas, já que o comércio deverá ser a prioridade da agenda bilateral. Em entrevista durante sua visita à Argentina, Serra afirmou que defende uma política externa sem partidarismo e que considera visitar países com governos de esquerda, como Equador e Venezuela.
A situação política na Venezuela foi discutida na reunião com a chanceler argentina, Susana Malcorra, por ser, segundo Serra, "um fator relevante para a América Latina hoje". Ele ressalvou, porém, que possíveis medidas, como a suspensão da Venezuela do Mercosul devido à instabilidade política no país, não foram debatidas.
"Os países bolivarianos estão num momento de colapso, sobretudo a Venezuela. A expectativa é que o chavismo chegue ao fim nos próximos meses ou no próximo ano, e o colapso em Caracas terá um impacto profundo na capacidade desses países de se articularem", afirma Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas.
Para o especialista, o governo Maduro e os governos dos outros países já sinalizaram que não querem ampliar a crise, o que os obriga a, de forma pragmática, encontrar uma maneira de lidar com o novo governo do Brasil. "Se houver uma transição de poder na Venezuela, a relação do Brasil com a atual oposição será boa. Se o chavismo se mantiver no poder, o Brasil terá uma relação menos íntima, porém pragmática", opina.
Cuba: relação perderá "brilho"
Durante os governos petistas, a relação entre Brasil e Cuba atravessou um momento especial, incluindo duas visitas oficiais da presidente afastada à ilha caribenha. A última delas foi em janeiro de 2014, quando Dilma inaugurou, ao lado do presidente Raúl Castro, as obras de modernização do porto de Mariel, que foram executadas pela Odebrecht e financiadas pelo BNDES.
"A relação não terá o mesmo brilho e proximidade que teve nos últimos 13 anos. Porém, Serra não procurará ter uma relação improdutiva com Cuba", diz Stuenkel. "Serra tem uma série de desafios mais urgentes e não chegará a gastar muito tempo e energia para criticar a situação interna da ilha caribenha."
México: relações serão reforçadas
O Brasil deverá continuar a reforçar as relações com o México – a exemplo das tentativas do governo Dilma, que visitou o presidente Enrique Peña Nieto em maio de 2015. Ambos assinaram a ampliação e o aprofundamento de acordos econômicos, que abrangem vantagens tarifárias para cerca de 800 produtos.
Em sua posse, Serra afirmou que o Brasil vai aproveitar de forma plena o enorme potencial de complementaridade entre as economias. O Brasil, porém, tem perdido relevância no comércio bilateral com o México, que é uma das economias mais importantes da América Latina.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o superávit brasileiro começou a cair em 2004 e, a partir de 2009, transformou-se em déficit de aproximadamente 107 milhões de dólares. Já em 2015, o saldo negativo para o Brasil fechou em cerca de 780 milhões de dólares.
Mercosul: flexibilização das regras e voo solo brasileiro?
Ao tomar posse, Serra disse que o Brasil, junto com os parceiros do Mercosul – Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Venezuela –, vai dar prioridade ao comércio entre os países-membros, além de tentar fortalecer e renovar a união entre as nações. Ele não descartou também contatos mais próximos com os países da Aliança do Pacífico: Chile, Peru, Colômbia e México.
Sob comando de Serra, o Itamaraty deverá tentar flexibilizar as regras do Mercosul para que seus membros possam fechar acordos unilaterais com terceiros – ideia que, segundo Serra, foi bem recebida pelo governo Macri. Atualmente, as normas do bloco proíbem as nações de assinar unilateralmente, sem o consentimento dos demais parceiros, acordos que envolvem o comércio de mercadorias.
Apesar de Mercosul e União Europeia terem trocado ofertas de acesso a seus respectivos mercados de bens, serviços e compras governamentais em 11 de maio, um acordo unilateral do Brasil com os europeus poderia ser fechado sem a participação dos parceiros caso as regras do Mercosul se tornem menos rígidas e as negociações entre os dois blocos, que foram lançadas em 1999, não avancem.
O mês de maio em imagens
Alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/W. Rattay
Cem anos da maior batalha naval da 1ª Guerra
Alemães e britânicos lembraram os 100 anos da Batalha de Jutlândia. O confronto envolveu cerca de 250 embarcações e 100 mil soldados dos dois países, deixando mais de 8 mil mortos. O presidente alemão, Joachim Gauck, participou com o premiê britânico, David Cameron, e a princesa Anne, filha da rainha Elizabeth 2ª, de um culto realizado em um cemitério militar nas ilhas Orkney, da Escócia. (31/05)
Foto: Reuters/Bundesregierung/Guido Bergmann
Inundações na Alemanha
Tempestades e rajadas de vento que castigaram o sudoeste da Alemanha neste domingo deixaram ao menos três mortos e um rastro de destruição em diversas cidades. Centenas de carros foram arrastados pelas enchentes no estado de Baden-Württemberg. O Serviço Alemão de Meteorologia (DWD) estendeu o alerta meteorógico até esta segunda-feira. (30/05)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Heilgeist
Obama em Hiroshima
Em visita histórica ao Parque Memorial da Paz de Hiroshima, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu um mundo sem armas nucleares. "Não somos obrigados a repetir os erros do passado", afirmou Obama, primeiro presidente americano a visitar o monumento dedicado às 140 mil vítimas da bomba atômica lançada pelos EUA na cidade japonesa em 1945. (27/05)
Foto: Getty Images/AFP/J. Eisele
Primeira vitória de Temer no Congresso
Após 16 horas de sessão, o Congresso Nacional aprovou a revisão da meta fiscal de 2016 e autorizou o governo do presidente interino Michel Temer a fechar o ano com um déficit de 170,5 bilhões de reais. Esse será o pior resultado das contas públicas desde o início da série histórica em 1997 e o terceiro ano consecutivo em que o país não consegue pagar os juros da dívida. (25/05)
Foto: Voishmel/AFP/Getty Images
Fim do campo de Idomeni
A polícia grega começou a evacuar o campo de refugiados de Idomeni, na fronteira com a Macedônia. Cerca de 8 mil requerentes de asilo ficaram retidos no local depois de diversos países fecharem suas fronteiras ao longo da rota dos Bálcãs, impossibilitando que migrantes seguissem viagem em direção ao norte europeu. A remoção deve durar dez dias e ocorre sem registro de violência. (24/05)
Foto: Reuters/A. Avramidis
Múltiplas explosões na Síria
Mais de 100 pessoas foram mortas numa série de atentados a bomba em dois bastiões do governo de Damasco situados na costa do Mediterrâneo, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O grupo terrorista "Estado Islâmico" assumiu a autoria dos atentados. (23/05)
Foto: Reuters/SANA
Protestos contra Temer
Manifestantes foram às ruas em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo em protesto com o presidente interino Michel Temer. Em marcha organizada pela Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos de esquerda, cerca de 2 mil pessoas, segundo a polícia, seguiram até a casa de Temer, que foi isolada. O presidente interino viajou a Brasília antes que os manifestantes se aproximassem do local. (22/05)
Foto: Reuters/N. Doce
Palma de Ouro para "I, Daniel Blake"
O drama "I, Daniel Blake", do diretor inglês Ken Loach, foi o vencedor da Palma de Ouro do 69º Festival de Cannes. Após um ataque cardíaco aos 59 anos, o personagem-título, Daniel Blake, é forçado pela primeira vez a requerer ajuda do Estado. Seu caminho, na luta contra o arame farpado da burocracia, cruza o de Katie, mãe solteira de duas crianças. (22/05)
Foto: Festival de Cannes
Imagens dos destroços da EgyptAir
As Forças Armadas do Egito divulgaram imagens de destroços e pertences pessoais de passageiros do voo MS804, que caiu com 66 pessoas a bordo no mar Mediterrâneo na quinta-feira. Coletes salva-vidas, assentos e objetos com o logotipo da EgyptAir foram encontrados durante buscas conjuntas entre equipes do Egito, França e Grécia. (21/05)
Foto: picture-alliance/abaca
Presidente de Taiwan toma posse
Tsai Ing-wen, a primeira mulher a ser eleita presidente de Taiwan, tomou posse com o desafio de lidar com a crescente tensão com a China. Ela venceu as eleições em janeiro pelo Partido Democrata Progressista (DPP) com 56,1% dos votos. A vitória representou uma derrota ao Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang), que liderou a ilha por oito anos, e um provável afastamento de Pequim. (20/05)
A população do norte da Índia enfrentou nesta sexta-feira um calor recorde de 51 graus Celsius, a temperatura mais elevada desde 1956. O pico foi atingido no estado de Rajastão. A onda de calor deve continuar nos próximos dias, de acordo com o Departamento Meteorológico da Índia. Escolas anteciparam as férias de verão e hospitais registram um aumento de casos de insolação. (20/05)
Foto: Reuters/A. Verma
Avião da EgyptAir cai no Mediterrâneo
Um Airbus A320 da EgyptAir, que voava de Paris ao Cairo com 66 pessoas a bordo, caiu no Mar Mediterrâneo quando se aproximava da costa egípcia. O ministro da Aviação egípcio, Sherif Fathy, afirmou que a possibilidade de o avião ter caído devido a um ato terrorista é maior do que a de falha técnica. Destroços foram encontrados próximos à ilha de Creta. (19/05)
Foto: picture-alliance/AA/A. Ahmed
Crise na Venezuela
Tensos protestos ocorreram em várias cidades da Venezuela exigindo um referendo para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro. Em Caracas, forças de segurança isolaram quarteirões e chegaram a usar gás lacrimogêneo para barrar os manifestantes. O país, apesar de possuir a maior reserva de petróleo do mundo, encontra-se à beira da falência econômica e social. (18/05)
Foto: Getty Images/AFP/F.Parra
Protesto brasileiro em Cannes
A equipe do filme brasileiro 'Aquarius' aproveitou a estreia de gala no Festival de Cannes, na França, para protestar contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Liderado pelo diretor Kleber Mendonça Filho e a atriz Sônia Braga, o grupo exibiu cartazes com frases como "Um golpe aconteceu no Brasil" diante de um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas de todo o mundo. (17/05)
Foto: Reuters/J. P. Pelissier
Morre Cauby Peixoto
Um dos maiores cantores da música brasileira, Cauby Peixoto morreu aos 85 anos, em São Paulo. Em 65 anos de carreira, ele teve grande sucesso com músicas como "Blue Gardenia", "Conceição", "Mil Mulheres", "Bastidores", "New York, New York" e "Nada Além". (16/05)
Foto: picture-alliance/Demotics/M. Fonseca
Protesto contra Temer em São Paulo
Segundo organizadores, 10 mil pessoas se reuniram na avenida Paulista para protestar contra o presidente interino, Michel Temer, e a favor da representatividade política. A manifestação foi convocada nas redes sociais com o nome "Mulheres contra Temer" e liderada pela União Brasileira das Mulheres e pela Marcha Mundial das Mulheres. (15/05)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Faga
Guardiola dá adeus à Bundesliga
Pep Guardiola se despediu da Bundesliga com uma vitória de sua equipe, o Bayern de Munique, que derrotou o Hannover por 3 a 1. O técnico foi homenageado pelo clube e por torcedores na Allianz Arena. A despedida oficial do espanhol, que deixará a equipe alemã para comandar o Manchester City, será no dia 21 de maio, na final da Copa da Alemanha contra o Borussia Dortmund (14/05).
Foto: Imago
Incêndio na Espanha
Autoridades espanholas ordenaram que cerca de 9 mil pessoas deixem suas residências num complexo habitacional em Seseña, cidade localizada a aproximadamente 30 quilômetros de Madri, após um incêndio num depósito de pneus, considerado o maior da Europa. O fogo formou nuvens tóxicas de fumaça preta visíveis no céu da capital da Espanha. (13/05)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/I. Herrero
Senado aprova impeachment
Por 55 votos a favor e 22 contra, o Senado aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff depois de quase 20 horas de sessão. Com a decisão, Rousseff é automaticamente afastada do cargo por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume a presidência interina do país. (12/05)
Foto: Getty Images/E.Sa
Ataques matam mais de 90 em Bagdá
Ao menos 93 pessoas morreram e mais de 165 ficaram feridas nas explosões de três carros-bomba em Bagdá. O grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria dos ataques, que resultaram no dia mais violento do ano na capital iraquiana. Várias vítimas eram noivas que se preparavam para o casamento. (11/05)
Foto: Reuters/Stringer
Ataque na Baviera
Um suspeito de 27 anos matou uma pessoa e feriu três num ataque à faca na estação de trem de Grafing, na Baviera, a leste de Munique. Testemunhas disseram que o agressor gritou "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) antes de esfaquear as vítimas. Segundo a Promotoria de Munique, o rapaz é de nacionalidade alemã. Ele foi detido ainda na estação. (10/05)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gebert
Chanceler federal da Áustria renuncia
O chanceler federal da Áustria, Werner Faymann, anunciou sua renúncia à chefia de governo e à presidência do Partido Social-Democrata (SPÖ), duas semanas depois de a legenda ter sido derrotada no primeiro turno da eleição presidencial. Depois de quase oito anos no cargo, Faymann justificou sua renúncia com a perda de apoio dentro do próprio partido. (09/05)
Foto: imago/Eibner Europa
Chineses patrulham ruas de Roma e Milão
Cooperação entre Itália e China visa atender a visitantes e à comunidade dos imigrantes chineses no país, protegendo o turismo, importante fator econômico na Itália, atualmente ameaçado pelo temor do terrorismo. Mas a intenção é também agilizar o combate às máfias de ambos os países. (08/05)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Calanni
250 mil protestam contra governo polonês
Cerca de 250 mil foram às ruas de Varsóvia em protesto contra as políticas do governo conservador, que, para os manifestantes, são antidemocráticas e prejudicam a posição da Polônia dentro da UE. Sob o lema: "Nós estamos e vamos continuar na Europa", o protesto já é considerado pela imprensa local o maior da história da Polônia desde a queda da Cortina de Ferro. (07/05)
Foto: Pawel Arczewski
Morre Margot Honecker
A ex-política alemã Margot Honecker, viúva do ex-líder da Alemanha Oriental Erich Honecker, morreu em Santiago, capital chilena, aos 89 anos. Vivendo no Chile há duas décadas, ela lutava contra um câncer há anos. Honecker, conhecida como "bruxa roxa", por conta da cor de seu cabelo e sua postura linha-dura, foi ministra da Educação da República Democrática Alemã (RDA), entre 1963 e 1989. (06/05)
Foto: Getty Images/AFP/C. Bouroncle
Incêndio gera devastação no Canadá
O governo do Canadá declarou estado de emergência na província de Alberta, no oeste do país. Toda a população da cidade de Fort McMurray – cerca de 88 mil pessoas – teve de deixar o local, na maior evacuação já realizada na região. Os ventos fortes ameaçavam espalhar ainda mais as chamas, que destruíram grande parte da cidade. (05/05)
Foto: Reuters/CBC News/T. Reith
Maconha para fins medicinais
O governo da Alemanha anunciou que vai abrandar, a partir do ano que vem, as regras de consumo de maconha no país. Flores secas e extratos da erva estarão disponíveis em farmácias para doentes que não tenham outras opções de tratamento. O sistema público de saúde cobrirá os custos, de acordo com um projeto de lei que deve entrar em vigor no primeiro semestre de 2017. (04/05)
Foto: Getty Images/AFP/R. Arboleda
Chama Olímpica chega ao Brasil
Em Brasília, a Chama Olímpica iniciou um roteiro que, nos próximos 95 dias, incluirá 327 cidades e 12 mil condutores até chegar, em 5 de agosto, ao Maracanã, onde será acesa a Pira Olímpica e celebrada a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Em breve discurso, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o evento não será afetado pela atual crise política no país. (03/05)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Cruzeiro dos EUA chega a Cuba
O navio Adonia chegou a Havana um dia depois de ter zarpado da Flórida, em viagem histórica que inaugura a primeira linha de cruzeiros entre os Estados Unidos e Cuba desde a Revolução Cubana, em 1959. Com 704 passageiros, o navio da empresa Fathom atraiu o olhar de dezenas de curiosos que presenciaram sua entrada na baía de Havana após uma travessia de cerca de oito horas. (02/05)
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Espinosa
AfD adota rumo anti-islã
O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) cimentou seu rumo anti-islã ao incluir a frase "o islã não faz parte da Alemanha" no seu programa partidário. Além disso, defende a proibição de minaretes, dos chamamentos do muezim e de véus e vestimentos que cubram totalmente o corpo de mulheres. Imigração é permitida só quando as pessoas forem qualificadas, afirma o programa. (01/05)