Maioria das mulheres desenvolverá um mioma em algum momento. Embora geralmente inofensivos, tais tumores benignos podem se tornar incômodos e necessitam atenção, pois têm potencial de provocar doenças graves.
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Miomas afetam mulheres em todo o mundo. Um novo estudo americano indica que esse tipo de tumor benigno acomete de 20% a 77% delas, embora faltem números mais precisos. Isso se deve ao fato de que eles só costumam ser identificados tardiamente – quando sequer o são.
Em geral, só costumam ser diagnosticados e durante exames de rotina, ou ao surgirem dos primeiros sintomas. O número de casos não relatados é, portanto, elevado. Além disso, os miomas ocorrem com 59% mais frequência em mulheres negras, algo ainda sem explicação.
Igualmente por razões desconhecidas, maioria dos miomas é detectada em mulheres em idade fértil, entre 25 e 50 anos. Os pesquisadores acreditam que entre os fatores podem estar tanto a predisposição genética, quanto os hormônios sexuais femininos, já que a probabilidade de desenvolver qualquer forma de mioma após a menopausa é quase zero.
Existem diferentes tipos de miomas: submucosos, que se formam sob o revestimento do útero; intramurais, na camada muscular; e subserosos, que crescem na parte externa do útero.
Os tumores geralmente podem ser detectados durante um exame ginecológico através do toque ou de ultrassom. Por si só, não costumam ser motivo de preocupação, mas podem causar diversas doenças.
Os sintomas mais comuns de miomas
Os sintomas podem variar muito, dependendo, por exemplo, do tamanho e da localização do mioma.
Os primeiros sinais de um mioma podem ser dor no abdômen ou na região pélvica. Também pode haver sangramento menstrual intenso e de longa duração, assim como hemorragias fora do período menstrual. Na pior das hipóteses, isso resulta em anemia e consequentes episódios de tontura.
No caso de sintomas muito fortes, a orientação é consultar um médico, a fim de se esclarecer se se trata de um mioma ou de um tumor maligno. A avaliação de um especialista é, portanto, fundamental. São raros os casos de miomas benignos que se transformam em tumores malignos.
Se o mioma é pequeno, aconselha-se a realização de exames em intervalos regulares. A maioria tem menos de cinco centímetros, mas há os que chegam a pesar vários quilos. Nesses casos, podem pressionar os órgãos adjacentes e, assim, desencadear outros sintomas.
Se a bexiga é afetada, por exemplo, provoca-se uma forte e desagradável vontade de urinar, que chega a ser incontrolável. Outros sintomas são dores nas costas ou nos rins, ou uma dor indefinida nas pernas. Mas para que tais sintomas sejam associados a um mioma, o médico precisa ter experiência no assunto e saber apontar o melhor tratamento para cada caso individual.
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Opções de tratamentos não invasivos
Miomas podem ser removidos cirurgicamente. Nesses casos, o tumor é removido durante uma histeroscopia ou laparoscopia de forma minimamente invasiva.
Outra opção é método da embolização, em que partículas de plástico são inseridas em artérias que irrigam os miomas, e acabam interrompendo o fluxo sanguíneo e o transporte de outras substâncias. O tumor é então "sufocado" e definha.
Outra forma de terapia relativamente nova é a ablação por radiofrequência transcervical: elétrodos são inseridos no canal cervical, de onde emitem calor direcionado ao mioma, também fazendo-o encolher.
A situação é mais complicada quando o mioma é muito grande. A solução é muitas vezes uma histerectomia, na qual todo o útero é removido. Tal procedimento, contudo, só é indicado se todas as demais terapias falharem, e a remoção não invasiva não for possível.
O método escolhido também depende do desejo da paciente de ter ou não filhos e, em última análise, de um bom aconselhamento profissional. As mulheres devem ser informadas sobre todas as vantagens e desvantagens de cada método, podendo assim participar da escolha da terapia mais adequada.
Dez verdades amargas sobre o açúcar
Aumento do consumo de açúcar afeta seriamente a saúde da população do planeta, e a Organização Mundial da Saúde alerta para uma "epidemia global". Confira dez riscos associados ao produto.
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Engorda
No corpo, o açúcar é convertido em gordura por volta de duas a cinco vezes mais rapidamente que os amidos. Ou seja, quando comemos açúcar, alimentamos nossas células de gordura. A frutose no produto também é metabolizada pelo fígado, o que pode contribuir para a esteatose hepática ou "fígado gorduroso". Isso pode promover a resistência à insulina e levar a diabetes do tipo 2.
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Afeta o humor
Em pequenas quantidades, o açúcar promove a liberação da serotonina, um hormônio que estimula o humor. No entanto, o consumo elevado do produto pode fomentar a depressão e a ansiedade. Mudanças repentinas nos níveis de açúcar no sangue também podem levar à irritabilidade, ansiedade e alterações de humor.
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Contribui para o envelhecimento
Já é sabido que o açúcar afeta a saúde, mas também atinge a pele. Isso acontece em parte devido à glicação, processo pelo qual moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno. Como resultado, estas perdem sua elasticidade natural. O excesso de açúcar também prejudica a microcirculação, o que retarda a renovação celular. Isso pode estimular o desenvolvimento de rugas e o envelhecimento precoce.
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Prejudica o intestino
A flora intestinal promove a digestão e protege o sistema digestivo de bactérias nocivas. O consumo elevado de açúcar deixa a microbiota intestinal fora de sintonia. Fungos e parasitas adoram açúcar. O excesso do fungo "Candida albicans" pode levar a uma série de sintomas irritantes. E o açúcar também contribui para o resfriado, a diarreia e gases.
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Pode viciar
Em pessoas adiposas, o cérebro responde ao açúcar, liberando dopamina, da mesma forma que responde ao álcool e a outras substâncias que causam dependência. Faça o teste: evite todos os alimentos e bebidas adocicadas por dez dias. Se você começar a ter dor de cabeça e picos de irritabilidade após um ou dois dias, e passar a ter desejo por açúcar, então pode estar sofrendo de abstinência de açúcar.
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Provoca agressividade
Pessoas que consomem açúcar em excesso são mais propensas a assumir um comportamento agressivo. Crianças que sofrem de deficit de atenção e hiperatividade também são afetadas pelo açúcar. O consumo elevado do produto afeta a concentração e fomente a hiperatividade. É por isso que é uma boa ideia que as crianças evitem comer açúcar durante o horário escolar.
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Enfraquece o sistema imunológico
Depois do consumo de açúcar, a capacidade do sistema imunológico de matar germes é reduzida para até 40%. O açúcar também enfraquece o estoque de vitamina C, da qual os leucócitos necessitam para combater vírus e bactérias. O doce produto também fomenta o processo inflamatório e mesmo a menor inflamação pode desencadear graves doenças.
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Contribui para o Alzheimer
Estudos mostraram que o excesso de consumo de açúcar aumenta o risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Uma pesquisa de 2013 mostrou que a resistência à insulina e altos valores de açúcar no sangue – ambos são comuns no diabetes – estão associados a um maior risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
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Eleva o risco de câncer
As células cancerígenas precisam do açúcar para se multiplicar. Uma equipe internacional de pesquisa, chefiada por Lewis Cantley, da Escola Médica de Harvard, está pesquisando como o açúcar pode contribuir para o crescimento de células malignas. Cantley acredita que o açúcar refinado faz com que células cancerígenas se transformem em tumores e recomenda o menor consumo possível do produto.
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Provoca perda de memória
O consumo elevado de açúcar pode ter efeito negativo sobre a memória. Segundo estudo realizado pelo Hospital Universitário Charité de Berlim, pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue têm um hipocampo menor, parte do cérebro fundamental para memória de longo prazo. Na pesquisa, o desempenho de pessoas com quantidade elevada de açúcar no sangue foi pior do que aquelas com níveis menores.