Quase um ano se passou desde que o novo coronavírus ficou conhecido mundo afora. Desde então, cientistas descobriram uma série de detalhes sobre o vírus e sobre como tratar a doença. Entenda.
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Em janeiro deste ano, autoridades chinesas anunciaram que um novo tipo de coronavírus estava se espalhando pela cidade de Wuhan. No final de dezembro, mais de 78 milhões de pessoas haviam sido infectadas e mais de 1,7 milhão morreram em decorrência do vírus, o Sars-Cov-2, causador da doença covid-19.
A seguir, uma visão geral do que foi descoberto sobre o novo coronavírus e sobre quanto a medicina avançou no combate à doença até agora:
Origem do coronavírus
Quando a existência do vírus foi anunciada, a primeira infecção de um humano já havia aparentemente ocorrido várias semanas antes. Inicialmente, as autoridades chinesas pareciam ter tentado ocultar qualquer evidência.
Até hoje, não está exatamente claro quando e onde o vírus foi transmitido de um animal para um ser humano. A transmissão de um morcego para um hospedeiro intermediário, talvez um tanuki, e depois para humanos é considerada provável e pode ser a origem da atual pandemia.
Há evidências que sugerem que o vírus já havia se espalhado pelo mundo no final do verão de 2019. Desde então, ele foi encontrado em amostras coletadas na Itália em setembro do ano passado, o que é consistente com uma análise do genoma do Sars-Cov-2 feita por pesquisadores britânicos.
Características do vírus
Virologistas chineses decifraram as informações genéticas do vírus em tempo recorde. Em 21 de janeiro, eles publicaram a estrutura do genoma e, três dias depois, uma descrição detalhada do vírus. Isto permitiu que médicos e microbiologistas do mundo inteiro começassem a desenvolver medicamentos e vacinas.
Típica do vírus é a proteína spike (S) localizada em sua superfície. Ela é crucial para a conexão com a célula hospedeira. É por isso que uma grande parte do desenvolvimento de medicamentos e vacinas está focada em conectar com ou bloquear essa proteína ou torná-la ineficaz de alguma outra forma.
Transmissão
Nesse meio tempo, constatou-se em um estudo realizado por virologistas na cidade de Heinsberg, um dos primeiros focos da doença na Alemanha, que o vírus é particularmente prevalente na garganta e nos pulmões.
Além do contato direto com uma pessoa infectada ou com uma superfície contaminada, a infecção pode ocorrer por meio de aerossóis. Essas partículas se propagam particularmente bem através de sistemas de ar-condicionado.
Ambientes fechados com muitas pessoas são muito perigosos. É por isso que as medidas de isolamento social, o fechamento de estabelecimentos de entretenimento e o cancelamento de grandes feiras e eventos foram cruciais para conter a doença.
Grandes cadeias de infecção puderam ser rastreadas até os chamados eventos supertransmissores.
O uso de máscaras já se estabeleceu em quase todos os países do mundo, apesar de inicialmente muitos profissionais de saúde terem questionado se a maioria das pessoas seria capaz de usá-las na vida cotidiana de forma a ajudar a prevenir a transmissão potencial do vírus.
O mais importante é lavar as mãos, manter distância de outras pessoas e arejar bem os ambientes.
Mesmo que alguns animais de estimação, como gatos e furões, possam ser infectados por humanos, eles não desempenham um papel significativo nas cadeias de infecção. Entretanto, infecções em fazendas de visons em numerosos países causaram grande preocupação, e autoridades ordenaram o abate de milhões de animais.
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Sintomas e grupos de risco
Inicialmente, pensava-se que o novo vírus não fosse mais perigoso do que a gripe sazonal. Agora, no entanto, os médicos sabem que a doença representa uma ameaça semelhante à da devastadora gripe espanhola de 1918. Embora muitas pessoas possam contrair o Sars-Cov-2 e não apresentar sintomas, outras ficam gravemente doentes.
Alguns grupos de pessoas são mais frequentemente afetados do que outros: pessoas com doenças preexistentes, idosos, pessoas com tipo sanguíneo A e homens estão mais em risco.
Patologistas que examinaram vítimas da covid-19 confirmaram que pressão arterial elevada, diabetes, câncer, insuficiência renal, cirrose hepática e doenças cardiovasculares estão entre as condições preexistentes mais perigosas. Em princípio, no entanto, um caso grave da doença pode afetar qualquer pessoa, inclusive jovens.
Formas leves de covid-19 podem se manifestar como um resfriado. Os sintomas típicos são dor de garganta, problemas respiratórios e perda do olfato e do paladar.
Em casos graves, no entanto, pode ocorrer uma doença multiorgânica com risco de morte. Um quadro grave da doença pode levar à sepse – uma reação exagerada, frequentemente fatal, do sistema imunológico, que ataca os próprios tecidos e órgãos da pessoa infectada.
Portanto, a gravidade do curso da doença depende em grande parte de quão fortemente o sistema imunológico reage ao vírus.
Tratamento
No início da pandemia do novo coronavírus, muitos pacientes com casos graves da doença receberam respiração artificial (intubação) em um estágio inicial e acabaram morrendo.
Nesse meio tempo, o procedimento padrão mudou, pois especialistas em pulmões apontaram que muitas vezes a respiração artificial pode causar mais danos do que benefícios para os pulmões. Enquanto forem capazes de respirar por conta própria, pacientes agora costumam receber oxigênio sem estarem conectados a um respirador. A intubação é geralmente usada como uma opção apenas em uma emergência extrema.
Após a cura, recuperação de covid-19 pode ser lenta
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Em muitos casos, quando os rins são severamente danificados pela covid-19, a diálise também é necessária. Unidades de terapia intensiva agora também estão levando em conta outros órgãos danificados.
O tratamento pode ser acelerado em clínicas especializadas com a administração de anticorpos provenientes do sangue de pacientes curados da covid-19.
Em geral, pacientes de covid-19 precisam passar por medidas de reabilitação longas e individualmente adaptadas após o tratamento médico, que também devem levar em conta doenças preexistentes e possíveis danos aos órgãos.
Nenhum medicamento convincente
O remdesivir é o único medicamento farmacêutico que demonstrou encurtar a duração da doença. Mas não se trata de uma cura milagrosa. Ele reduz em alguns dias o tempo necessário para a cura em pacientes que recebem oxigênio, mas não aumenta as suas chances de sobrevivência. Em 20 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselhou o uso do remdesivir em pacientes com covid-19.
Médicos também tentaram usar outros medicamentos que já estão no mercado para combater o coronavírus, como o anti-inflamatório dexametasona, o inibidor de RNA polimerase avigan e a droga antimalárica hidroxicloroquina. A eficácia e segurança dos dois primeiros medicamentos ainda não foi conclusivamente comprovada, enquanto a hidroxicloroquina demonstrou ser ineficaz e pode até mesmo ser perigosa.
Como está o desenvolvimento de vacinas?
As primeiras vacinas disponíveis ao público chegaram aos Estados Unidos e à União Europeia (UE) em dezembro. Outras devem ser autorizadas em 2021.
A produção em grande quantidade e a organização de campanhas de vacinação efetivas são os principais desafios da indústria farmacêutica e das autoridades de saúde. Vacinas baseadas em RNA, que podem ser produzidas com relativa rapidez, têm uma vantagem nesse ponto.
Contudo, especialistas avaliam ser improvável que as campanhas de vacinação sejam concluídas antes de 2022.
Pelo menos 214 projetos de vacina foram lançados em todo o mundo (até 23 de dezembro de 2020) segundo a Organização Mundial da Saúde, e 227 segundo empresas farmacêuticas alemãs de pesquisa. Os projetos estão essencialmente divididos em três tipos de vacinas: vacinas de vírus atenuado, vacinas de vírus inativado e vacinas de RNA.
No caso das vacinas de RNA, médicos estão entrando em território desconhecido, porque nenhuma vacina desse tipo aprovada foi usada no passado.
Tanto as vacinas da Biontech/Pfizer como a da Moderna são vacinas de RNA. O imunizante da Biontech/Pfizer já foi aprovado nos EUA e na UE, e o da Moderna já foi aprovado nos EUA e deve ser aprovado na UE no início de janeiro.
Alemanha planeja vacinação em massa contra covid-19
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Em novembro, a AstraZeneca também informou que a sua vacina em desenvolvimento teve resultados bons o suficiente em ensaios clínicos de fase 3 para solicitar o uso emergencial nos EUA.
No Brasil, quatro laboratórios testaram vacinas: o chinês Sinovac, que desenvolve a vacina Coronavac em parceria com o Instituto Butantan; AstraZeneca, que trabalha numa vacina em parceria com a Universidade de Oxford e, no Brasil, com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Janssen e Biontech/Pfizer.
O governo brasileiro firmou um acordo de compra antecipada de doses com a AstraZeneca e negocia também com outros laboratórios. E as primeiras doses da Coronavac, aposta do governo do estado de São Paulo, já chegaram ao Brasil.
O Instituto Butantan prevê oferecer as primeiras doses da Coronovac em janeiro. E a Fiocruz projeta entregar as primeiras doses da vacina da AstraZeneca/Oxford no Brasil em fevereiro.
Quando a imunidade do rebanho será alcançada?
É verdade que cada vez mais pessoas estão sendo infectadas em todo o mundo. Até o final de dezembro, mais de 78 milhões de pessoas contraíram o vírus. Entretanto, com sua população de 7,8 bilhões, o mundo ainda está muito longe de atingir qualquer grau de imunidade efetiva à doença.
Além disso, não está claro se os pacientes recuperados permanecem imunes ao vírus. Um teste sorológico pode determinar se alguém carrega anticorpos contra o vírus. Um teste de reação em cadeia da polimerase (PCR), feito com um cotonete, pode deixar claro se alguém está na fase aguda da doença e contagioso.
A evolução da pandemia de covid-19
A partir da China, o coronavírus Sars-Cov-2 se espalhou pelo mundo. Enquanto países adotam medidas para controlar a doença, cientistas buscam medicamentos e uma vacina. Reveja alguns fatos marcantes.
Foto: Christian Ohde/Imago Images
O começo de tudo em Wuhan
A China notifica a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma misteriosa pneumonia em Wuhan, de cerca de 11 milhões de habitantes. Especialistas de todo o mundo começam a tentar identificar o agente causador. Supõe-se que ele tenha se originado num mercado de frutos do mar na cidade. Inicialmente é comunicado haver cerca de 40 pessoas infectadas. (31/12/2019)
Foto: Imago Images/UPI Photo/S. Shaver
Nova cepa de coronavírus
Pesquisadores descartam se tratar do vírus Sars, da doença respiratória originada na China em 2002 que matou quase 800 pessoas. Cientistas chineses identificam um novo vírus, da cepa do coronavírus, causadores de Sars e do resfriado comum. Batizado provisoriamente 2019-nCoV e depois denominado Sars-Cov-2, ele causa febre, tosse, dificuldade respiratória e pode evoluir para pneumonia. (07/01)
Foto: picture-alliance/BSIP/J. Cavallini
Primeira morte na China
A China anuncia a primeira morte causada pelo novo coronavírus. Um homem de 61 anos, que havia feito compras no mercado de frutos do mar de Wuhan, morreu de complicações por causa de uma pneumonia. (11/01)
Foto: Reuters/Str
Vírus atinge países vizinhos
Países como Tailândia e Japão começam a relatar casos da doença em pessoas que estiveram na China. Em Wuhan, é confirmada a segunda morte. Até 20 de janeiro, há três óbitos e mais de 200 infecções no país. Aeroportos em todo mundo passam a controlar passageiros vindos da China. Na mesma data, é confirmado que o vírus pode ser transmitido diretamente entre pessoas. (20/01)
Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon
Milhões sob quarentena
Wuhan é colocada sob quarentena, na tentativa de limitar a propagação do vírus. O transporte coletivo é suspenso, e trabalhadores começam a construir um novo hospital para tratar pacientes infectados, que totalizavam mais de 830 em 24 de janeiro. O isolamento é estendido para 13 outras cidades, afetando pelo menos 36 milhões de pessoas. (23/01)
Foto: AFP/STR
O coronavírus chega à Europa
As autoridades da França confirmam três casos do novo coronavírus dentro de suas fronteiras, marcando a chegada da doença à Europa. Horas depois, a Austrália confirma que quatro pessoas foram infectadas. Na Alemanha, o primeiro caso de covid-19 é confirmado três dias depois. (24/01)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Mortagne
Primeira morte fora da China
Autoridades das Filipinas informam que um homem de 44 anos morreu no país vítima do coronavírus, marcando assim a primeira morte relacionada à doença fora da China. O paciente era da cidade chinesa de Wuhan e havia sido internado num hospital em Manila em 25 de janeiro. (02/02)
Foto: Getty Images/AFP/T. Aljibe
Morre médico chinês que tentou avisar autoridades sobre covid-19
O médico chinês Li Wenliang morre após contrair o Sars-Cov-2. Em janeiro, ele havia tentado avisar as autoridades de seu país a respeito da epidemia e da chance de a covid-19 sair do controle, mas acabou sendo reprimido. Li foi obrigado a assinar um documento no qual declarava que seus avisos não tinham fundamento. (07/02)
Foto: KW
Número de mortes supera a do Sars
A China informa que o número de mortos por covid-19 chegou a 811, ultrapassando as 774 vítimas do surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), também causada por um coronavírus, entre 2002 e 2003. (09/02)
Foto: picture-alliance/AP/Chinatopix
Vírus chega ao Brasil
O governo brasileiro confirma o primeiro caso no país: um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. Até então, o novo coronavírus havia se espalhado para mais de 40 países e territórios, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Itália impõe quarentena em todo o território
O governo em Roma determina restrições ao deslocamento de todos os seus 60 milhões de cidadãos e proíbe aglomerações públicas para tentar conter o coronavírus. Habitantes só podem deixar a área em que vivem com justificativa. No mesmo dia, a Alemanha registra as duas primeiras mortes por covid-19 no país. (09/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Calanni
OMS declara pandemia
A OMS considera que a disseminação de covid-19 pode ser caracterizada como pandemia, observando que o número de casos fora da China se multiplicou por 13 e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. "Pandemia" designa a difusão de uma enfermidade por vários países ou continentes. (11/03)
Foto: Getty Images/E. Cremaschi
Estado de emergência na Espanha
A Espanha declara estado de emergência para conter a propagação do coronavírus Sars-Cov-2. O país já conta quase 6 mil casos de infecção, com cerca de 180 mortos. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anuncia que o país decidiu limitar a livre circulação da população, colocando assim cerca de 47 milhões de pessoas sob quarentena parcial. (14/03)
Foto: picture-alliance/Pacific Press/F. C. Arroyo
Fechamento de fronteiras
Como parte dos esforços para conter a proliferação do novo coronavírus, a Alemanha fecha suas fronteiras. No mesmo dia, o número de casos fora da China supera o registrado no país asiático. (16/03)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
China zera transmissão local
Pela primeira vez desde o início da pandemia, a China anuncia que nas últimas 24 horas não registrou nenhum novo caso de covid-19 transmitido localmente. No entanto, havia 34 casos importados de outros países. Três dias depois, o país voltaria a registrar um caso de transmissão local. No mesmo dia, o número de mortos pelo coronavírus na Itália supera o de mortos na China. (19/03)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/A. Ivanov
São Paulo e Rio em quarentena
O estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro dão início a medidas de contenção por determinação das gestões locais, com fechamento do comércio não essencial e restrição à circulação de pessoas – além do fechamento de escolas, que já havia sido determinado anteriormente. Em São Paulo, a medida afeta 54 milhões de habitantes em 645 municípios. (24/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Isolamento total no Reino Unido
O premiê britânico, Boris Johnson, volta atrás e, após dados que previam a evolução da doença sem medidas mais restritivas, apresentados pelo Imperial College de Londres, determina isolamento horizontal no país. Até então, Johnson defendia a chamada "imunização de rebanho", ou seja, permitir que a população entrasse em contato com o vírus para que desenvolvesse imunidade. (23/03)
Foto: picture-alliance/R. Pinney
Bairros de Pequim voltam a adotar bloqueio por coronavírus
Autoridades de Pequim isolam 11 bairros residenciais devido a várias novas infecções por coronavírus, relacionadas a um mercado de carnes. O chefe do local afirmou ao site "Beijing News" que o vírus foi encontrado em tábuas que processavam salmão importado. (13/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Baker
OMS interrompe testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença. (17/06)
Foto: AFP/G. Julien
UE reabre fronteiras internas, mas se blinda do resto do mundo
As fronteiras da União Europeia são reabertas, após três meses de fechamentos forçados devido à pandemia de coronavírus, iniciados no mês de março. Algumas restrições, porém, ainda permanecem no bloco, que seguirá fechado para visitantes de países onde o vírus está fora de controle, como Brasil e EUA. (15/06)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Rehder
OMS diz que dexametasona é avanço contra covid-19
A OMS considera que a utilização do esteroide dexametasona, que reduziu significamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a pandemia de covid-19. É o primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores. (17/06)
Foto: Getty Images/M. Horwood
Mundo ultrapassa 10 milhões de casos de covid-19
Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que número de mortes confirmadas pela doença está próximo de ultrapassar marca de 500 mil. Brasil e EUA lideram em números de casos e mortes. (28/06)
Foto: Reuters/A. Kelly
Comissão Europeia tenta assegurar doses de Remdesivir
Executivo da União Europeia inicia negociação para compra de medicamento com fabricante americano, após Estados Unidos adquirirem praticamente toda a produção dos próximos três meses. (02/07)
Foto: picture-alliance/Yonhap
Bolsonaro com covid-19
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Vacina da Moderna mostra resultado e vai para fase final de testes
A vacina em fase de desenvolvimento contra o novo coronavírus da empresa americana Moderna foi bem tolerada e criou anticorpos neutralizantes em todos os participantes do estudo, anunciaram os pesquisadores responsáveis na revista especializada "The News England Journal of Medicine". A Moderna anunciou que a fase final dos ensaios clínicos deve ir de 27 de julho a 27 de outubro. (14/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Schmidt
Estudo indica que imunidade ao coronavírus é temporária
Pesquisadores britânicos monitoraram os níveis de anticorpos contra a covid-19 em 90 pacientes recuperados. Resultados sugerem que o contato com o vírus só fornece imunidade por alguns meses, como no caso da gripe. (14/07)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Rússia é acusada de tentar hackear pesquisa de vacina contra covid-19
Reino Unido diz que hackers possivelmente ligados ao serviço secreto russo têm atacado instituições britânicas, dos EUA e do Canadá para roubar dados sobre vacina contra novo coronavírus. Kremlin rejeita acusações. (16/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Ohde
Mundo tem recorde diário de infecções com covid-19, aponta OMS
Segundo organização, mais de 230 mil pessoas testaram positivo para o coronavírus na sexta-feira. Total de casos oficialmente identificados se aproxima de 14 milhões. EUA e Brasil são os países mais afetados. (18/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/D. Ochoa
Persistência do coronavírus pode estar ligada a jovens assintomáticos
Enquanto novos surtos obrigam países a voltarem atrás no relaxamento, pesquisas indicam que aqueles que se consideram seguros podem, na verdade, estar contribuindo decisivamente para a disseminação do novo coronavírus. (23/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Steinberg
Coronavírus pode ser transmitido em raio de oito metros, diz estudo
Pesquisadores analisam surto em frigorífico alemão e revelam que transmissão do vírus não depende apenas de proximidade social, mas também das condições do ambiente. (24/07)
Pesquisadores descobriram que cães farejadores podem discernir entre amostras de indivíduos saudáveis e infectados pelo vírus. Nível de precisão é tão alto que se vê possibilidade de aplicação prática. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
Confronto em protesto contra restrições deixa 45 policiais feridos em Berlim
Polícia enfrentou resistência ao dispersar manifestantes que ignoravam regras de higiene e saúde. Mais de 130 pessoas foram presas no protesto, amplamente criticado por lideranças políticas na Alemanha.(01/08)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Pandemia causou maior interrupção da educação da história, diz ONU
Nações Unidas alertam para "catástrofe geracional" devido ao fechamento das escolas, que afeta 1 bilhão de estudantes em 160 países. Retorno às aulas deve ser prioridade onde pandemia estiver sob controle, diz Guterres. (04/08)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Focos regionais de covid-19 elevam taxas de infecção na Europa
O número de novos casos da doença está aumentando no continente. Autoridade europeia vê risco elevado de uma nova escalada da pandemia em países cuja população não se atém mais às regras de distanciamento e higiene. (13/08)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Vacina russa contra covid-19 é novo orgulho de Putin
Primeiro imunizante para o coronavírus aprovado por um governo nacional, Sputnik V é tido como produto prematuro por cientistas ocidentais. Mas dá ao Kremlin o sabor momentâneo de vitória na corrida pelo antídoto. (14/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
China aprova primeira patente de vacina contra covid-19
Mídia estatal diz que governo concedeu sua primeira patente à empresa chinesa CanSino. Vacina pode ser produzida em massa em curto período de tempo, afirma documento. Fase 3 dos ensaios clínicos ainda não foi concluída. (17/08)
Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress/C. Hardt
Estudo associa umidade do ambiente a disseminação da covid-19
Ar seco de recintos refrigerados ou aquecidos por calefação podem favorecer mobilidade viral e impulsionar contágios, afirma pesquisa realizada por cientistas indianos e alemães, baseada em dez estudos internacionais. (21/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Guenther
Hong Kong tem primeiro caso de reinfecção
Paciente de 33 anos contraiu novamente o vírus pouco mais de quatro meses após ter se recuperado da doença. Descoberta é um revés para defensores da estratégia de imunidade de rebanho. (24/08)
Foto: Reuters/T. Siu
Reinfecções
Casos de reinfecção em Hong Kong, Holanda e Bélgica lançam dúvidas em relação tanto à possibilidade de uma imunidade permanente contra a covid-19, quanto à eficácia das vacinas em desenvolvimento por todo o mundo. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen
Mundo supera 25 milhões de casos
Marca é alcançada após Índia bater recorde mundial de infecções diárias, ao registrar mais de 78 mil casos de coronavírus em 24 horas. Quatro em cada dez infectados no mundo estão nos EUA ou no Brasil. (30/08)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/H. Bhatt
Crianças assintomáticas podem carregar coronavírus por semanas
Dois estudos americanos apontam que menores não apenas apresentam uma carga surpreendentemente alta do Sars-Cov-2, como podem transmitir a doença por semanas, mesmo sem sintomas. (31/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
Testes indicam eficácia de vacina russa
Publicado na "The Lancet", estudo com 76 voluntários mostra desenvolvimento de anticorpos e nenhum efeito colateral sério. Pesquisadores russos reconhecem necessidade de testes adicionais para maior segurança. (04/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
Impacto brando do coronavírus na África intriga cientistas
Com grandes aglomerações e sistemas de saúde precários, previa-se um quadro de horror para a pandemia nas nações africanas, o que não ocorreu. Entre possíveis causas estão idade da população e imunidade a patógenos. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/S. Maina
Livro revela que Trump minimizou pandemia intencionalmente
Em entrevistas ao jornalista Bob Woodward, presidente americano admitiu que sabia que o coronavírus era perigoso e mortal, mas decidiu não ser claro com a população para não criar pânico. "Sempre minimizei." (10/09)
Foto: Tom Brenner/Reuters
Pandemia impõe desafio adicional à prevenção de suicídios
Crise tem sido especialmente desafiadora para pessoas com problemas de saúde mental. No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, especialistas pedem que distanciamento físico não impeça ajuda a quem precisa. (10/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Weber/Eibner
Virologista rebate mitos sobre a covid-19
Em cartazes de protesto e na internet circulam diversas teorias, absurdas ou plausíveis, que atribuem culpas pela pandemia ou rechaçam medidas de precaução. Especialista alemão em coronavírus responde a algumas delas. (18/09)
Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
O risco de festas familiares para a transmissão da covid-19
Em alguns casos, basta um infectado para causar um surto e espalhar a doença por diversas regiões. Apesar do potencial para propagar o coronavírus, superdisseminadores podem também ser uma arma no combate à pandemia. (28/09)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Mauer
Cidade onde a covid-19 surgiu volta à normalidade
Considerada o "marco zero" da pandemia do novo coronavírus, Wuhan tem ruas comerciais cheias e festas em piscinas. A cidade chinesa não registra novos casos desde maio, e moradores criticam a resposta global à pandemia. (28/09)
Foto: AFP/Getty Images
Mundo ultrapassa marca de 1 milhão de mortes por covid-19
EUA e Brasil concentram 35% das mortes oficialmente identificadas no mundo, apesar de representarem apenas 7% da população global. Secretário-geral da ONU pede mais "liderança responsável" e diz que "desinformação mata". (29/09)
Foto: Sally Hayden/Sopa/Zuma/picture alliance
Testes rápidos para nações pobres
A OMS anunciou a distribuição de 120 milhões de testes rápidos para países pobres, afirmando se tratar de um meio simples e barato de interromper cadeias de transmissão do coronavírus. Acordo foi firmado entre fabricantes de teste rápido e a Fundação Bill e Melinda Gates. Campanha faz parte de iniciativa global lançada em abril por OMS, Comissão Europeia, Fundação Gates e o governo francês.(30/09)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS.com/N. Sharma
Mundo pode ter vacina contra covid-19 até o fim do ano, diz OMS
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde diz haver esperança de que imunizante contra o coronavírus esteja disponível ainda em 2020, enquanto entidades avançam em estudos pelo mundo. (06/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/V. Prokofyev
Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em superfícies
A 20 °C, o novo coronavírus é "extremamente robusto" em superfícies lisas, como telas de celulares, sobrevivendo por 28 dias sobre vidro, aço inoxidável e cédulas de dinheiro feitas de plástico. Pesquisadores da Austrália testaram o Sars-Cov-2 em ambientes escuros sob três temperaturas e concluíram que a capacidade de sobrevivência do vírus diminui conforme aumenta o calor no ambiente.
Foto: AFP/National Institutes of Health
Reinfecção pelo coronavírus pode ser mais grave, diz estudo
Pesquisadores chamam atenção para caso de americano que contraiu covid-19 pela segunda vez e precisou de ajuda respiratória. Constatação pode mudar não só corrida por vacina, como forma como mundo combate a pandemia. (13/10)
Foto: MEHR/M. Safari
Sindemia? Covid-19 pode ser mais que uma pandemia
Glossário da crise do coronavírus ganha novo termo. Ele reflete a ideia de que o vírus não atua simplesmente sozinho, mas sim compactuando com outras doenças. E isso demanda uma abordagem diferente. (14/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Mejia
Cães farejadores de covid: eficazes e baratos
Pesquisadores da Finlândia já estão utilizando cachorros treinados para detectar o coronavírus, com precisão de quase 100%. Preconceito de ser diagnosticado por um animal explica desinteresse de políticos. (23/10)
Foto: Lehtikuva/Reuters
Recuperados da covid-19, mas ainda não saudáveis
Estudos iniciais apontam que pelo menos metade dos pacientes infectados lidam com exaustão e falta de ar até meses após terem sido considerados curados. Efeitos a longo prazo do coronavírus ainda intrigam pesquisadores. (25/10)
Foto: Janina Semenova/DW
Europa enfrenta alta alarmante de mortes por covid-19
Em meio a uma segunda onda de infecções, países europeus batem recordes de óbitos pelo coronavírus em meses e aumentam restrições. Número de mortes diárias no continente aumentou quase 40% em relação à semana anterior, diz OMS. (27/10)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Alemanha anuncia lockdown parcial para conter segunda onda
Merkel e governadores endurecem medidas em meio a recordes de novos casos de covid-19. Restaurantes, bares e cinemas voltarão a fechar por todo mês de novembro. Escolas e creches permanecem abertas. Também na França foi decretado lockdown parcial em todo o país, incluindo o fechamento de restaurantes e bares. "Fiquem em casa o máximo possível e respeitem as regras", pediu o presidente. (28/10)