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HistóriaAlemanha

O relevo

Publicado 16 de abril de 2013Última atualização 19 de julho de 2021

O relevo alemão divide-se basicamente em amplas planícies no norte e montanhas do centro ao sul do país. O Zugspitze é o ponto mais alto, com 2.962 metros acima do nível do mar, na fronteira alpina com a Áustria.

Floresta envolta em névoa
Floresta NegraFoto: picture-alliance/W. Rothermel

A Alemanha possui paisagens variadas: de praias a picos nevados o ano inteiro. Difícil é encontrar alguma extensão de terra não explorada economicamente, seja com agricultura, silvicultura, pecuária ou turismo.

Campos, litoral e ilhas no norte

Planícies e colinas marcam o norte. Raros locais ultrapassam os 200 metros de altitude. A vegetação de campo predomina, mas há também pântanos e charnecas.

No litoral, a terra recorta-se em diferentes paisagens. A costa noroeste, no Mar do Norte, caracteriza-se pelo típico mar de baixios (Wattenmeer). Na maré baixa, a água recua quilômetros e pode-se ir a pé pela lama do fundo marinho às ilhas das Frísias Oriental e do Norte. A sedimentação vem trazida pelos rios Elba, Weser e Ems, entre outros, que desembocam nesta parte do litoral, e fica retida entre a costa e as ilhas. Uma peculiaridade são as pequenas ilhas Hallig.

Hallig LangenessFoto: picture-alliance/dpa

A principal ilha alemã é Sylt, na fronteira com a Dinamarca. Mas se a natureza separou o continente deste pedaço de terra com o Wattenmeer, o homem uniu-os através de um dique, sobre o qual corre uma linha ferroviária.

Em alto-mar, a 70 quilômetros do litoral, encontra-se Helgoland, um pedaço de arenito com falésias vermelhas. A maior ilha alemã fica no Mar Báltico. Rügen tem 930 quilômetros quadrados e suas encostas têm coloração branca, de calcário. Sylt e Rügen são importantes balneários no alto verão europeu.

O litoral nordeste no Mar Báltico divide-se entre fiordes em Schleswig-Holstein e praias em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Este estado apresenta ainda lagos em sua plana paisagem interiorana.

Maciço central

Da região industrial do Ruhr, de Hannover, Leipzig e Dresden para o sul, o relevo alemão torna-se montanhoso. Serras e planaltos, cortados por inúmeros rios e recôncavos, dominam até as fronteiras com Bélgica, Luxemburgo, França, Suíça, Áustria e República Tcheca.

O maciço Mittelgebirge estende-se de leste a oeste pelo centro da Alemanha. Conforme a região e seus altos e baixos, estas montanhas centrais foram batizadas com diferentes nomes.

Lago numa cratera vulcânica na serra do EifelFoto: picture-alliance/dpa

A serra do Eifel (altitude máxima: 700 metros) vai das fronteiras com a Bélgica e Luxemburgo ao Vale do Reno, estendendo-se do sul de Colônia até o Vale do Mosela. A região possui atividade vulcânica em seu subsolo e lagos em crateras abertas através de antigas erupções. Regularmente há tremores de terra – de pequena intensidade – nesta parte do país, que se fazem sentir muitas vezes em Colônia e Aachen, por exemplo.

Ao sul do rio Mosela, o maciço central prossegue com o Hunsrück (altitude máxima: 818 metros). Tanto no Eifel quanto no Hunsrück, predomina o subsolo de ardósia, à mostra nas encostas. As colinas são fartamente cultivadas.

Atravessando-se o Reno, tem-se entre Colônia e Kassel a Hochsauerland (Rothaargebirge), com seu pico máximo de 849 metros de altitude.

A noroeste de Frankfurt fica o Taunus (altitude máxima: 879 metros) e a nordeste da metrópole financeira, o Rhön, cujo Wasserkuppe atinge 950 metros de altitude. Devido à formação de correntes térmicas de ar, o local tornou-se o ninho do vôo a vela (planadores).

O relevo sobe ainda mais na direção leste com a Floresta da Turíngia (982m). Ao norte, a serra do Harz desponta com o ponto mais alto da metade setentrional da Alemanha, 1.141 metros acima do nível do mar.

Caminhada nos Alpes nevadosFoto: Getty Images

Já a serra Erzgebirge faz a fronteira da Saxônia com o noroeste da República Tcheca, e seu pico Fichtelberg chega a 1.215 metros de altitude. O país vizinho é separado da Alemanha pelas montanhas da Oberpfälzer Wald e da Floresta da Baviera (Bayerischer Wald), cujo ponto máximo sobe a 1.456 metros.

Variação no sul

Mais alto ainda é o cume da Floresta Negra. A serra que acompanha à direita a planície do Vale do Reno no sudoeste alemão tem nos 1.493 metros do Feldberg seu ponto mais elevado. Com numerosos bosques e campos, a Floresta Negra é um dos principais destinos turísticos do país.

Nela nasce na direção leste o rio Danúbio, que, após descer, divide o relevo em duas áreas. À sua margem norte, estão os terraços suábio e francônio do Alb (Schwäbische Alb e Fränkische Alb), cortado por fundos desfiladeiros. Ao sul do Danúbio, abre-se uma imensa paisagem de colinas e planícies. Distante do mar, a região foi abençoada pela natureza com grandes lagos, como o de Constança (Bodensee) e o Chiemsee.

Logo em seguida erguem-se os Alpes, separando a Alemanha da Áustria. A cordilheira abriga os dois pontos culminantes alemães. A 2.962 metros acima do nível do mar e próximo da cidade de Garmisch-Partenkirchen, o Zugspitze oferece uma vasta vista para o território alemão na direção norte e um esplendoroso panorama para os picos permanentemente nevados dos Alpes, alguns deles com mais de 4 mil metros de altitude.

Zugspitze, a montanha mais alta da AlemanhaFoto: Imago

No próprio Zugspitze há uma pequena geleira resistente ao sol do verão. Já o monte Watzmann, a 2.713 metros de altitude, fica na região de Berchtesgaden.

À sombra dos Alpes no inverno, é nesta reentrância do território alemão para dentro do austríaco que costumam ser registradas as mais baixas temperaturas do país. A região alemã mais quente é o Alto Reno, no sudoeste, entre Freiburg e Lörrach, junto às fronteiras com a França e a Suíça.