Traficantes, milícias e policiais sem poder: o Rio se afundou em violência e caos. Os militares, que assumiram o controle da segurança no estado em fevereiro para conter a situação, agora concluem sua incomum missão.
Anúncio
Mesmo no Rio de Janeiro, acostumado com a violência, esta é uma cena incomum para o início de dezembro: no meio de um culto religioso, policiais invadem a igreja Assembleia de Deus localizada na rua São Miguel, via principal do Morro do Borel. O objetivo, segundo a polícia, é prender um traficante de drogas que eles suspeitam estar no local.
"Dentro da igreja, dentro da casa de Deus! O que é isso?", grita alguém, horrorizado. E então o culto se transforma num inferno. Dos morros vizinhos, traficantes disparam contra policiais entrincheirados dentro da igreja, que atiram de volta pelas janelas.
Dias depois, ainda persiste um silêncio pouco natural no Morro do Borel. Policiais com coletes à prova de balas e armamento pesado patrulham nas entradas da favela, observando os moradores com desconfiança. Se alguém pergunta o que aconteceu, a resposta, em geral, é silêncio. "Aqui normalmente é calmo", diz Henrique, de 65 anos, que mora há 30 ao lado da igreja. "Quer dizer, de vez em quando acontece alguma coisa, um episódio esporádico."
Os tiroteios no Rio, contudo, não são nada esporádicos. Desde meados de fevereiro, quando os militares assumiram o controle da segurança pública do estado sob ordem do presidente Michel Temer, o número de tiroteios aumentou em 56%. Foram mais de 8 mil até agora, nos quais 161 pessoas foram atingidas por balas perdidas.
Mas o dado mais assustador da intervenção federal talvez tenha sido o aumento do número de pessoas mortas pela polícia: segundo o Instituto de Segurança Pública, órgão vinculado à Secretaria de Segurança do governo estadual, até novembro, foram 1.444 vítimas – o índice mais alto já registrado no Rio e 40% maior que o do ano passado. "Isso é um escândalo", afirma a socióloga Julita Tannuri Lemgruber. "Vamos fechar o ano com 1.500 pessoas mortas pela polícia."
A organização de direitos humanos Human Rights Watch também critica a política linha dura. "Operações militares que deixam um rastro de morte nas comunidades carentes não melhoram a segurança pública", diz Daniel Wilkinson, diretor da ONG. "Pelo contrário, fazem com que os moradores das comunidades fiquem com medo da polícia e com muito mais receio de cooperarem com ela no combate ao crime."
Olhando para trás, é possível ver como é grande o retrocesso na área de segurança pública. Em 2008 o governo estadual passou a implantar nas favelas cariocas as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Até 2013 os índices de violência no Rio caíram, e cresceu a esperança de que finalmente a espiral de violência acabasse.
Porém, a partir de 2014, a polícia nas favelas passou a perder cada vez mais o apoio da população. Além disso, a recessão que saqueou o Rio acabou tornando sensíveis os efeitos da crise orçamentária. Os policiais não tinham sequer peças de reposição ou gasolina para suas viaturas, e tanto as gangues do tráfico como as milícias estavam melhor armados.
Desde então, travou-se no Rio uma sangrenta batalha entre policiais, milicianos e traficantes. No início da intervenção, os militares prometeram dar mais importância a métodos investigativos de inteligência. No entanto, tiroteios violentos nas favelas acabaram tendo mais vez.
"A intervenção federal pelas Forças Armadas não resolveu os problemas estruturais da segurança pública do Rio", resume um relatório do Observatório da Intervenção, organização civil que acompanha e divulga os desdobramentos e impactos da intervenção federal no Rio. "O que vimos foi a reafirmação da estratégia de confrontos armados, gastos concentrados em grandes operações e ausência de uma reforma estrutural da política de segurança."
Inicialmente a maioria dos habitantes das favelas apoiou a intervenção militar. Em meados de fevereiro, Temer tirou do governo estadual o controle sobre o aparato de segurança pública e as prisões, nomeou o general Walter Souza Braga Netto como interventor e disponibilizou 1,2 bilhão de reais para que ele equipasse as forças de segurança.
Mas nem o dinheiro rendeu bons frutos. Até o início de dezembro, Braga Netto havia conseguido gastar apenas metade das verbas. A culpa teria sido da completa incapacidade do Estado de realizar as licitações. Mesmo para a compra de armas, a burocracia ficou sobrecarregada. "Eu não esperava tamanha perda de capacidade do Estado", disse Braga Netto recentemente.
"Acho que a intervenção serviu para mostrar que os problemas do Rio de Janeiro são muito graves e profundos, e que alguém que chega de fora não consegue resolvê-los com boas intenções e recursos financeiros", afirma a socióloga Lemgruber. "A situação do Rio não é algo que se muda da noite para o dia."
A intervenção conseguiu ao menos reduzir os assaltos a caminhões. Esse índice caiu 14,4%, segundo um balanço do Observatório da Intervenção divulgado neste mês. Na imprensa, generais comemoraram a conquista – para Lemgruber, porém, a celebração não foi apropriada. "Acho um absurdo que a intervenção esteve preocupada, ao longo deste ano, com crimes contra o patrimônio."
Por outro lado, os militares não conseguiram esclarecer nem o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), crítica feroz da intervenção, nem as ameaças contra seu colega de partido Marcelo Freixo. A principal suspeita é de que as milícias paramilitares estejam por trás do crime, mas nada está muito claro. Especialmente a morte de Marielle, uma ativista dos direitos dos negros, em março, colocou forte pressão sobre a intervenção, porque há suspeitas de que o crime esteja ligado à militarização no Rio.
As investigações fracassadas também mostraram que a cooperação entre as várias organizações policiais e os militares não funciona, observa Lemgruber. Eles não confiam uns nos outros, e também não querem dar poder a outros grupos. Além disso, as milícias há muito tempo estão infiltradas na política e entre as autoridades de segurança. "A gente sabe que esses grupos têm ligação com políticos e com os comandos dos batalhões da Polícia Militar."
Sobre os próximos governos do Rio e federal, que assumem o poder em janeiro, a socióloga demonstra ceticismo. "As coisas vão piorar bastante, pois tanto o governo estadual quanto o federal estimulam a violência, e quem vai sofrer vai ser o povo da favela", opina.
No Morro do Borel os moradores já temem drones que efetuam disparos, com os quais o governador eleito, Wilson Witzel (PSC), quer eliminar os jovens traficantes de drogas. "Drones são meio perigosos", diz Henrique, que vive ao lado da igreja com buracos de bala nas paredes. "Já temos troca de tiros, agora imagine um drone atirando do alto."
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/S. Mahe
Em mensagem de Ano Novo, Merkel pede união e cooperação
Em seu discurso de Ano Novo, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, destacou a importância da “cooperação internacional” contra a pressão que busca impedir as “certezas tradicionais”. Segundo ela, é preciso “defender, argumentar e lutar” por crenças e convicções. Disse ainda que só será possível vencer os desafios "se continuamos unidos e cooperamos com outros além das fronteiras".(31/12)
Foto: picture-alliance/dpa/AFP/J. MacDougal
Bangladesh elege novo governo sob violência
Bangladesh foi às urnas em um dia marcado por violência, apesar do grande aparato de segurança mobilizado. A premiê do país, Sheikh Hasina, venceu as eleições legislativas, segundo resultados divulgados pela TV. A oposição rejeitou o resultado, denunciando uma fraude. Pelo menos 13 pessoas morreram em confrontos com a polícia e entre grupos políticos rivais em diversas regiões do país. (30/12)
Foto: DW/A. Islam
Bolsonaro promete facilitar posse de armas
O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou no Twitter que pretende garantir por meio de decreto o direito à posse de armas de fogo para quem não tem antecedentes criminais. No texto, ele também comunicou sua intenção de que o registro tenha caráter definitivo. A flexibilização no armamento da população foi uma das principais bandeiras de Bolsonaro durante a campanha. (29/12)
Foto: imago/ZUMA Press/O Globo
Morre o escritor israelense Amós Oz
O escritor e pacifista Amós Oz morreu aos 79 anos, em Tel-Aviv, após uma batalha contra o câncer. Oz era um dos autores mais prestigiados de Israel, além de ter sido um importante ativista em defesa da paz com os palestinos. Entre os livros mais conhecidos do escritor estão "A caixa preta", "Uma história de amor e trevas". "Como Curar um Fanático" e "Rimas de amor e morte". (28/12)
Foto: picture alliance/IPA
Cerimônia marca o fim da intervenção no Rio
Uma cerimônia realizada encerrou simbolicamente a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. Nos dez meses de intervenção no estado, os roubos de carga tiveram redução de 20% em comparação com 2017. Os homcidios caíram 13,6%, mas as mortes em confrontos com a polícia cresceram 38%. "Cumprimos a missão”, disse o interventor federal, Walter Braga Netto. (27/12)
Foto: Agência Brasil/T. Rêgo
Trump faz visita surpresa a tropas no Iraque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma visita surpresa a tropas americanas no Iraque, o que marcou seu primeiro encontro com soldados alocados numa zona de guerra desde que assumiu a Casa Branca, há quase dois anos. Ele aproveitou a passagem pelo Oriente Médio para defender sua polêmica e criticada decisão de retirar os cerca de 2 mil soldados americanos da Síria. (26/12)
Foto: AFP/Getty Images/S. Loeb
Papa pede respeito às diferenças
Em sua tradicional mensagem de Natal, o papa Francisco pediu fraternidade entre pessoas de diferentes nações, culturas, religiões, raças e ideias, afirmando que as diferenças são fonte de riqueza, não de perigo. Ele também lamentou as crises que assolam países latino-americanos como a Venezuela e a Nicarágua, e clamou por paz em zonas de conflito, incluindo Iêmen e Síria. (25/12)
Foto: Reuters/M. Rossi
Mensagem de Natal do presidente alemão
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, fez um pronunciamento de Natal reforçado por um tom político, em que destaca que a "força da democracia está no diálogo". Segundo ele, as pessoas devem continuar dialogando, mesmo diante de incertezas e medos. Steinmeier pediu ainda para que os alemães evitem "bolhas" e defendam suas opiniões respeitando o outro. (24/12)
Foto: Reuters/A. Hilse
Tsunami mata e fere centenas na Indonésia
Mais de 200 pessoas morreram e quase 900 ficaram feridas após um tsunami atingir a Indonésia. Dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas. Ondas que chegaram a cerca de três metros de altura atingiram as regiões costeiras do estreito de Sunda, localizado entre as ilhas de Sumatra e Java. Especialistas acreditam que a erupção do vulcão Anak Krakatau tenha causado o tsunami. (23/12)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/D. Roszandi
EUA paralisam serviços
O governo dos Estados Unidos começou um fechamento parcial por falta de fundos depois de republicanos e democratas não chegarem a um acordo orçamentário no Congresso sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México. Mais de 800 mil dos 2,1 milhões de funcionários federais serão afetados pela paralisação de serviços da administração do país, deixando de receber seus salários. (22/12)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Kaster
Alemanha dá adeus às minas de carvão
A Alemanha e especialmente a região do Vale do rio Ruhr se despediram oficialmente das minas de carvão. O presidente Frank-Walter Steinmeier participou de uma cerimônia de desativação oficial da mina Prosper-Haniel, a última ainda em funcionamento. O combustível foi fundamental para o desenvolvimento alemão por quase dois séculos, mas há anos só vinha sendo extraído com subsídios. (21/12)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Meissner
Foto de menino com deficiência é premiada pelo Unicef
A imagem de um menino com próteses, registrada no Togo pelo fotógrafo Antonio Aragón Renuncio, recebeu o prêmio de "Foto do Ano" concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Ao conceder o prêmio, a entidade fez um alerta contra o preconceito. Em algumas regiões do Togo ainda é prática que crianças com deficiência sejam maltratadas ou até rejeitadas pelas famílias. (20/12)
Foto: Antonio Aragón Renuncio, Spanien
Marco Aurélio decide libertar presos em 2ª instância
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF) pegou o mundo político e jurídico de surpresa ao conceder uma liminar que suspendeu o cumprimento de pena para condenados em 2ª instância. A medida poderia beneficiar presos da Lava Jato, como o ex-presidente Lula. Mas a decisão durou menos de cinco horas. Acabou sendo revogada no mesmo dia pelo presidente do STF, Dias Toffoli. (19/12)
Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF
Primeiro-ministro belga renuncia
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, anunciou sua renúncia diante do Parlamento. A administração de Michel vinha enfrentando dificuldades desde que um dos partidos que fazia parte sua coalizão abandonou o governo no início de dezembro por não concordar com a adesão do país ao Pacto para a Migração da ONU. Desde então, Michel vinha liderando um frágil governo de minoria. (18/12)
Foto: picture-alliance/dpa/Belga/V. Dufour
ONU aprova pacto global sobre refugiados
As Nações Unidas aprovaram um pacto global sobre refugiados. Ao todo, 181 países votaram a favor, enquanto EUA e Hungria foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram. O pacto procura promover uma resposta internacional adequada aos fluxos em massa e situações prolongadas de refugiados. No final de 2017, existiam quase 25,4 milhões de refugiados no mundo. (17/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Elias
Pássaros sul-americanos invadem Norte alemão
A única população selvagem de emas da Europa, na fronteira entre os estados alemães de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e Schleswig-Holstein, aumentou recentemente de 205 para 566..Parentes sul-americanas da avestruz, elas crescem até 1,7 metro de altura, pesando até 40 quilos. Os fazendeiros não gostam das aves gigantes, que estão devorando suas plantações de colza e cereais. (16/12)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Júbilo em Katowice
Michal Kurtyka, presidente da COP24, pula de alegria. Após 13 dias de encontros e intensas negociações, 197 países encerraram a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas com "livro de regras" que permitirá implementar o Acordo de Paris, regendo a luta contra o aquecimento global nas próximas décadas, numa importante etapa para a política climática internacional. (15/12)
Foto: Reuters/K. Rempel
Temer decide extraditar Battisti
O presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição de Cesare Battisti. Após o anúncio, o italiano, que é procurado pela Polícia Federal, tinha paradeiro incerto e era considerado foragido. Battisti, um ex-membro do grupo terrorista de esquerda, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970. Ele vivia em liberdade no Brasil desde 2011. (14/12)
Foto: picture alliance/dpa/Gattoni/Leemage
Autor de atentado em Estrasburgo é morto
O autor do ataque em Estrasburgo, na França, foi morto pela polícia do país na noite desta quinta-feira após uma caçada que durou 48 horas. Chérif Chekatt, de 29 anos, foi localizado e abatido na própria cidade após uma troca de tiros com policiais, a dois quilômetros do local do ataque, No ataque executado por Chekatt morreram duas pessoas e 13 ficaram feridas. (13/12).
Foto: Reuters/C. Hartmann
May sobrevive à moção de desconfiança
A primeira-ministra britânica, Theresa May derrotou uma moção de desconfiança dentro do Partido Conservador por 200 votos contra 117. Com a vitória, May permanece na liderança do partido e no cargo de premiê e ainda fica imune durante um ano a uma nova contestação interna. A moção foi apresentada por deputados insatisfeitos com o acordo sobre o Brexit que May negociou com a União Europeia. (12/12)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Homem mata quatro e se suicida na Catedral de Campinas
Um homem abriu fogo dentro da Catedral Metropolitana de Campinas (SP), matou quatro pessoas durante uma missa e depois se suicidou no início da tarde desta terça-feira. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da cidade paulista. O atirador foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. (11/12).
Foto: picture-alliance/D. Cesare
Após protestos, Macron anuncia "pacote de bondades"
Pressionado por manifestações e perda de popularidade, presidente francês anuncia aumento de 100 euros no salário mínimo e fim de impostos sobre horas extras para tentar apaziguar ânimos dos "coletes amarelos". Em discurso na TV, Macron condenou violência em protestos, mas disse reconhecer que “raiva” dos franceses é profunda e prometeu um debate sobre uma profunda reforma do estado. (10/12)
Foto: Reuters/L. Marin
River Plate conquista a Libertadores
Depois do adiamento da partida devido à violência nos arredores do estádio em Buenos Aires que culminou com o ataque ao ônibus do Boca Juniors, a final da Taça Libertadores foi realizada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. De virada, por 3 a 1, o River Plate venceu o Boca Juniors e conquistou no campo o quarto título no torneio. (09/12)
Foto: Reuters/J. Medina
“Coletes amarelos” voltam a protestar na França
Manifestantes voltaram a tomar as ruas de Paris e outras cidades francesas contra políticas do governo de Emmanuel Macron pelo quarto final de semana seguido. As novas manifestações ocorrem apesar de o presidente ter suspendido temporariamente um aumento de impostos sobre combustíveis. Mais de cem pessoas ficaram feridas em confrontos. (08/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Euler
A sucessora de Merkel
Annegret Kramp-Karrenbauer, uma aliada de longa data da chanceler federal alemã, Angela Merkel, foi escolhida para sucedê-la como líder de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). A mudança marca o princípio do fim da era Merkel. Apesar de abrir mão da liderança da legenda, que assumiu há 18 anos, Merkel pretende seguir à frente do governo alemão até o fim de seu mandato, em 2021. (07/12)
Foto: Reuters/F. Bimmer
Executiva da Huawei é presa no Canadá
Autoridades canadenses revelaram que a diretora financeira da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Whanzhou, foi presa, acusada de violar as sanções impostas pelo governo americano ao Irã. A prisão de Meng, filha do fundador da Huawei e uma das principais executivas da empresa, gerou novos temores sobre o agravamento das tensões comerciais entre a China e os EUA. (06/12)
Foto: Reuters/A. Bibik
Putin recebe Maduro em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou apoio ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, que visita Moscou em busca de ajuda financeira para seu país. Maduro espera contar com o apoio da Rússia após ter se isolado cada vez mais no cenário internacional. A Rússia e a Venezuela mantêm laços de longa data. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, era um convidado bem-vindo no Kremlin. (05/12)
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Shemetov
Governo Macron cede aos manifestantes
A França suspendeu, ao menos temporariamente, o aumento dos impostos sobre os combustíveis, que foi o estopim dos protestos de rua que acabaram se transformando em manifestações de massa contra o governo do presidente Emmanuel Macron. Esta é a primeira vez que Macron cede sobre uma decisão importante desde que assumiu o cargo, em 2017. (04/12)
Foto: Getty Images/AFP/S. Mahe
Fim de símbolo do turismo de massa
Atendendo a um pedido de ambientalistas, a prefeitura de Amsterdã removeu da Praça dos Museus um dos cenários fotográficos favoritos dos turistas que visitam a capital holandesa: enormes letras vermelhas e brancas que compunham o slogan "I Amsterdam". Os políticos verdes argumentaram que as letras se transforaram num símbolo do turismo de massa e do "individualismo exagerado". (03/12)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Linkel
Começa conferência do clima COP24
Negociadores de quase 200 países iniciam em Katowice, na Polônia, duas semanas de conversações sobre as mudanças climáticas e como implementar medidas para manter aquecimento do planeta abaixo de 2 graus Celsius. Encontro em Katowice é visto como teste do comprometimento dos países signatários em implementar medidas para alcançar suas metas climáticas. (02/12)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Dubray
Confrontos entre polícia e "coletes amarelos"
Tropa de choque da polícia francesa e grupos de manifestantes conhecidos como "coletes amarelos" voltam a entrar em confronto em Paris, durante o terceiro fim de semana seguido de protestos contra o aumento de impostos sobre combustíveis e a redução do poder aquisitivo. Policiais lançam bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água contra parte dos manifestantes. (01/12)