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O sucessor de Joschka Fischer

(rsr)23 de novembro de 2005

Frank-Walter Steinmeier, chefe da Casa Civil no governo Schröder, é a principal figura do ministério que se dedica à política externa alemã.

Steinmeier foi braço direito de SchröderFoto: dpa

Personagem não muito conhecido dos alemães, Frank-Walter Steinmeier, jurista de 49 anos, foi colaborador do ex-chanceler por 15 anos. É reconhecido como uma das pessoas de maior confiança de Gerhard Schröder.

Depois de Willy Brandt, é o segundo ministro das Relações Exteriores de origem social-democrata na história da Alemanha.

As semelhanças com Willy Brandt, porém, não param por aí. Ambas as indicações para o cargo foram fruto de uma grande coalizão. E quando Brandt assumiu, em 1966, era tão famoso quanto Steinmeier, o que significa que quase nenhum alemão seria capaz de reconhecê-lo na rua.

Como Steinmeier, Willy Brandt também era um nome desconhecido para os alemãesFoto: dpa

"Eu me ocupei com meus antecessores, que deixaram grandes legados dos quais devemos lembrar", explica. "Não pertenço ao grupo dos que desejaram desde criança ser ministro das Relações Exteriores."

Surpresas na escolha

O meio político de Berlim recebeu com surpresa o nome de Steinmeier. Depois que as indicações de Peter Struck e Matthias Platzeck foram descartadas, os olhares das lideranças do SPD se voltaram para o chefe da Casa Civil do governo Schröder.

Embora se escutem, por todos os lugares, informações positivas sobre as habilidades de Steinmeier, ele é considerado mais servidor público e menos político.

Políticos divergem sobre habilidades de SteinmeierFoto: dpa

Opinião que não é compartilhada por Henning Riecke, da Sociedade Alemã para Política Exterior. "Frank-Walter Steinmeier entende mais do assunto do que as pessoas pensam", afirma.

Como explica Riecke, "o novo ministro acompanhou durante sete anos os diferentes rumos tomados pelo chanceler Schröder em relação à política exterior".

De Hannover a Berlim

Nascido em 5 de janeiro de 1956 em Detmold, no oeste alemão, estudou Ciências Políticas na Universidade de Giessen. A carreira de Steinmeier está mais ligada à do ex-chanceler Schröder do que a de seu partido (SPD), no qual nunca ocupou função.

Em 1991, assumiu função no governo da Baixa Saxônia. Era o primeiro passo para o início da relação com o então governador do Estado, Gerhard Schröder. Em agosto de 1993, tornou-se chefe de gabinete. Três anos mais tarde, foi elevado a secretário de Estado e a chefe da Casa Civil.

Ministro das Relações Exteriores sempre esteve presente em momentos decisivos da política alemã (à dir.)Foto: AP

A carreira ao lado de Schröder continuou após a eleição para a Chancelaria Federal em 1998. Como esperado, Steinmeier seguiu o colega político rumo a Berlim, e em julho de 1999 assumiu a chefia da Casa Civil.

Opinião

"A mídia não deve se adaptar ao simples fato de que o ministro das Relações Exteriores tem apenas outro nome; ele também apresenta outra política", provoca Steinmeier. "Não serão necessárias modificações em uma política externa inteligente", destaca. Ao receber o cargo de Joschka Fischer, agradeceu o trabalho de seu antecessor e salientou que "a imagem da Alemanha no exterior cresceu nos últimos sete anos".

No primeiro dia como ministro, acompanhou a chefe de governo, Angela Merkel, na visita de praxe à vizinha França e, em seguida, a Bruxelas, sede da União Européia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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