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Obama autoriza ataques aéreos no Iraque

8 de agosto de 2014

Segundo o presidente dos EUA, ofensiva deverá proteger minorias religiosas e americanos no país. Obama garante, no entanto, que não haverá envio de tropas a solo iraquiano e que não se trata de uma nova guerra.

Obama: "Podemos agir com cuidado e responsabilidade a fim de evitar um potencial ato de genocídio"Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na noite desta quinta-feira (07/08) a autorização para que as Forças Armadas americanas realizem ataques aéreos específicos a áreas ocupadas pelo autodenominado Estado Islâmico (EI) no Iraque. O líder americano também lançou uma operação humanitária para assistir refugiados no norte do país.

Segundo Obama, os ataques serão realizados se for necessário proteger minorias religiosas sitiadas no Iraque e também americanos ameaçados pelos militantes islâmicos em todo o país, especialmente caso os extremistas avancem sobre Arbil, capital da região curda semi-autônoma no norte iraquiano, onde existe um consulado dos EUA.

Os ataques aéreos devem ainda apoiar ações das forças iraquianas e curdas que tentam frear o cerco islamista a dezenas de milhares de yazidis – membros de uma religião curda com antigas raízes indo-europeias – no topo de uma montanha. Os refugiados enfrentam escassez de água, comida e remédios, segundo agências de notícias. Na noite desta quinta-feira, aviões americanos jogaram mantimentos sobre o local – cerca de 20 mil litros de água potável e 8 mil refeições.

"Podemos agir com cuidado e responsabilidade a fim de evitar um potencial ato de genocídio", afirmou Obama, descrevendo os militantes islâmicos como "bárbaros". "Se temos a capacidade única de ajudar a prevenir um massacre, acredito que os Estados Unidos não devem fechar os olhos", justificou o presidente.

EUA descartam nova guerra

Obama garantiu ainda que não haverá envio de forças americanas ao solo iraquiano e descartou ter a intenção de permitir que os EUA "sejam arrastados para uma nova guerra" no Iraque. O anúncio, porém, considerado a mais incisiva resposta americana à crise no Iraque até agora, aumenta o receio de uma nova investida militar no país – a primeira desde a retirada das tropas americanas em 2011 após uma guerra que durou uma década.

Na tentativa de exercer pressão sobre o primeiro-ministro do Iraque, o xiita Nuri al-Maliki, Obama insistiu na necessidade de o governo iraquiano "representar legitimamente os interesses de todos os iraquianos", a fim de reverter o atual avanço militantes islâmicos.

Até então reticente com relação a operações em território iraquiano, Washington mudou o posicionamento depois que o Estado Islâmico, que conquistou vários territórios nos últimos meses, teve ganhos significativos diante das forças curdas e avançou em direção a Arbil.

MSB/rtr/ap/dpa

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