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Obama defende abrangente reforma da lei de imigração

30 de janeiro de 2013

Estima-se que 11 milhões de imigrantes ilegais vivam nos EUA, e já faz tempo que eles veem em Obama um defensor. Agora o presidente propõe uma abrangente reforma das leis de imigração, e ela pode dar certo.

Foto: Reuters

Em discurso em Las Vegas na noite de terça-feira (29/01), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mostrou-se otimista que uma reforma da legislação de imigração venha a ser implementada num futuro próximo.

Obama pediu passos rápidos para uma revisão das leis de imigração no país. O momento é propício para uma reforma abrangente e sensata, disse Obama em discurso na escola secundária Del Sol High School em Las Vegas, no estado de Nevada, de grande população hispânica.

Segundo Obama, a maioria dos norte-americanos seria a favor de que a atual legislação "antiquada e falida" seja adaptada ao século 21. Às pessoas sem documentos que vivem nos EUA deve ser dada a oportunidade de, um dia, serem cidadãos do país. "Nós nos autodefinimos como uma nação de imigrantes. É isso que somos, isso está nos nossos ossos", declarou Obama.

Ele se posicionou a favor de que o caminho rumo à naturalização seja aberto à maioria dos 11 milhões de imigrantes sem documentos legais que vivem nos EUA. Na segunda-feira, um grupo de oito senadores – quatro democratas e quatro republicanos – apresentou um plano nesse sentido.

Caminho "duro, mas justo"

Segundo esse plano, imigrantes ilegais poderão receber visto de residência e permissão de trabalho de forma temporária. Para isso, eles devem se apresentar às autoridades, pagar impostos atrasados e multas, bem como se submeter a uma avaliação de antecedentes criminais. Durante esse processo "duro, mas justo", não terão de temer nenhuma deportação ou outra ação legal.

O projeto prevê também um melhor controle das fronteiras norte-americanas e um tratamento mais duro para empregadores que ocupem imigrantes ilegais.

Em seu discurso, Obama salientou que, desde o ano 2000, o número de imigrantes que atravessaram ilegalmente a fronteira dos EUA diminuiu em 80%. Segundo dados do governo em Washington, no ano passado, por volta de 410 mil pessoas que se encontravam ilegais nos EUA foram extraditadas para seus países de origem.

Até meados de março, o projeto da nova lei de imigração deverá ser apresentado aos norte-americanos. No entanto, não deverá haver nenhuma anistia nos moldes daquela anunciada pelo antigo presidente republicano Ronald Reagan, em 1986.

Símbolo de separação: cerca de fronteira entre os Estados Unidos e o MéxicoFoto: picture-alliance/dpa

Agora depende da Câmara de Representantes

Além do endurecimento da lei de controle de armas, da proteção climática e da redução do endividamento público, a revisão radical das leis de imigração está entre as prioridades do segundo mandato de Obama. "Pela primeira vez em muitos anos", disse Obama, "republicanos e democratas parecem querer superar juntos o problema".

Em seu primeiro mandato, Obama já havia anunciado a reforma da imigração. No entanto, o projeto de lei foi barrado no Congresso devido à resistência dos republicanos. Atualmente, a crescente influência dos 50 milhões de eleitores de origem latino-americana está levando políticos republicanos a repensarem a posição de seu partido.

Esses eleitores exerceram um importante papel na reeleição de Obama, em 6 de novembro último. De acordo com pesquisas pós-eleitorais, Obama recebeu 71% dos votos de imigrantes de origem latino-americana. O adversário Mitt Romney ficou com somente 27% desses votos. Apesar disso, a reforma da lei de imigração norte-americana corre o risco de fracassar na Câmara dos Representantes, onde os republicanos detêm a maioria.

CA/afp/dapd/dpa/rtr/epd
Revisão: Alexandre Schossler

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