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Obama defende agenda ambiciosa para o clima

1 de setembro de 2015

Durante conferência dos países do Ártico, presidente dos EUA alerta que o clima muda mais rapidamente do que os esforços para lidar com as causas do aquecimento global, e pede ação conjunta tratar do problema.

Obama Alaska Anchorage US-Präsident Klima
Foto: picture-alliance/AP Photo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira (31/08), em uma conferência internacional sobre o clima no Alasca, que os países se unam para desacelerar as mudanças climáticas. Caso contrário, afirmou, a humanidade deve enfrentar um futuro desastroso.

"O clima está mudando mais rapidamente do que nosso esforços para lidar com essa questão", alertou o presidente durante a conferência Glacier em Anchorage, no Alasca. "Isso, senhoras e senhores, deve mudar".

Obama disse que sem uma ação imediata e em conjunto para diminuir o aquecimento global "as pessoas irão sofrer. As economias irão sofrer. Nações inteiras terão problemas extremamente graves" como secas, enchentes, aumento do nível do mar, refugiados, escassez e conflitos.

A conferência Glacier (que em português significa geleira e também equivale à sigla em inglês para "Liderança global no Ártico: Cooperação, Inovação, Envolvimento e Resistência"), reúne ministros do Exterior das oito nações do Ártico e marcou a primeira etapa de uma viagem de três dias de Obama ao Alasca, com o objetivo de promover sua agenda ambiental, a 16 meses do fim de seu segundo mandato na Casa Branca.

O Alasca está na "linha de frente" do aquecimento global, afirmou o presidente, lembrando que a região enfrenta um aumento de temperatura duas vezes mais rápido do que as médias globais e uma redução anual das geleiras em 75 gigatoneladas.

Em uma declaração conjunta, representantes de vários países – incluindo a Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Holanda – , além da União Europeia, afirmam levar a sério os alertas científicos sobre o aquecimento do Ártico e apontam que o derretimento das geleiras e da neve na região poderá acelerar o impacto das mudanças climáticas.

Tais impactos, afirmou Obama, já podem ser notados. "O aquecimento global não é mais um problema distante. Está acontecendo aqui, agora".

O derretimento das geleiras e do permafrost – uma camada de gelo permanente sobre o solo – põe em risco as comunidades do Ártico, que enfrentam erosões e tempestades. A acidificação do oceano e as migrações de animais em razão das mudanças no clima ameaçam as populações indígenas e as economias locais, destacou Obama.

Antes da conferência, o presidente se reuniu com líderes das comunidades nativas do Alasca. Na terça feira, ele deverá fazer uma caminhada até a geleira Exit e visitar o Parque Nacional Kenai Fjords. No último dia de sua viagem ele irá à região do Ártico – como o primeiro presidente em exercício a fazê-lo – para se reunir com pescadores e famílias nas cidades de Dillingham and Kotzebue.

Assim como os demais participantes da conferência Glacier, Obama pediu resultados ambiciosos da Conferência da ONU sobre o Clima, a ser realizada em Paris, no fim do ano. "Este ano em Paris deverá ser o ano em que o mundo irá chegar finalmente a um acordo para proteger o único planeta que temos, enquanto ainda podemos", afirmou.

RC/rtr/dpa

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