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Obama elogia captura de suspeito do atentado na Maratona de Boston

20 de abril de 2013

O jovem estava escondido no quintal de uma casa e foi denunciado à polícia pela moradora. Obama afirmou que ainda há questões a serem esclarecidas sobre o ataque que deixou três mortos e mais de 180 feridos.

Foto: reuters

A polícia prendeu na noite de sexta-feira (19/04) Dzhokhar Tsarnaev, suspeito de ter cometido o atentado na Maratona de Boston na segunda-feira. A prisão aconteceu depois de um longo dia de perseguição em subúrbio de Boston. Na quinta-feira, o outro suspeito, Tamerlan, o irmão mais velho de Dzhokhar, foi morto em troca de tiros com a polícia.

Uma denúncia levou a polícia ao local onde o jovem se encontrava. A ligação foi feita logo após o governador de Massachussetts, Deval Patrick, e o chefe da polícia, Timothy Alben, terem realizado coletiva de imprensa. Milhares de policiais estavam envolvidos na ação que resultou na prisão do estudante de 19 anos.

A polícia cercou a casa onde o suspeito estava escondido, dentro de um barco estacionado no quintal. Tiros foram ouvidos durante a prisão. O jovem foi levado para o hospital Beth Israel Deaconess Medical Center em Boston, que não deu informações sobre o estado de saúde de Dzhokhar Tsarnaev. Mas, segundo um porta-voz da polícia, seu estado de saúde é grave.

A polícia anunciou a prisão através do Twitter, com a seguinte mensagem: "Capturado! A caça acabou. A procura terminou. O terror acabou e a justiça ganhou. O suspeito está preso."

O governador agradeceu à polícia, aos agentes especiais e a todos que trabalharam para concluir esse caso. Ele agradeceu também à população e seu engajamento que resultou na captura dos suspeitos. "Essa é uma noite na qual todos iremos dormir tranquilos", concluiu Patrick.

Policiais comemoram a prisão do suspeito: anúncio foi feito pelo TwitterFoto: reuters

Obama elogia operação

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou a operação. Ainda na noite de sexta-feira, Obama lembrou também que há questões a serem esclarecidas sobre os atentados, inclusive se os suspeitos agiram sozinhos ou receberam ajuda de outras pessoas.

Os suspeitos eram irmãos vindos da região da Chechênia na Rússia, povoada por minorias étnicas muçulmanas. Os dois viviam legalmente nos Estados Unidos há cerca de uma década. Tamerlan de 26 anos foi morto numa troca de tiros com a polícia próximo ao local onde Dzokhar foi preso.

O governo norte-americano afirmou que os dois irmãos não estavam sob vigilância como possíveis militantes. Mas o FBI admitiu que em 2011 interrogou Tamerlan a pedido de um governo estrangeiro. O pedido foi baseado em informações de que ele fazia parte de um grupo de radicais islâmicos. Contudo, os investigadores não encontraram indícios de que o suspeito estivesse envolvido em atividades terroristas.

Apesar da morte e prisão dos suspeitos, ainda resta descobrir os motivos do maior ataque terrorista em solo americano desde 11 de setembro de 2001. Autoridades disseram que as investigações sobre o atentado, que deixou três mortos e mais de 180 feridos, ainda continuam abertas.

CN/rtr/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque

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