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Obama pede 8,8 bilhões de dólares para combate ao EI

2 de fevereiro de 2015

Orçamento total proposto para o Pentágono é de 585 bilhões de dólares, acima do limite imposto pelo Congresso. Além da luta contra jihadistas no Oriente Médio, verba prevê atuação dos EUA no conflito no leste ucraniano.

Foto: Win McNamee/Getty Images

Ao apresentar o orçamento dos Estados Unidos para o ano fiscal de 2016, nesta segunda-feira (02/02), o presidente Barack Obama designou 8,8 bilhões de dólares para financiar o combate contra a organização terrorista "Estado Islâmico (EI). No total, esse valor representa aproximadamente 0,2% do orçamento proposto.

Aproximadamente 5,3 bilhões de dólares seriam alocados para o Departamento de Defesa, incluindo verba para ataques aéreos, e 3,5 bilhões de dólares, para o Departamento de Estado. A proposta orçamentária é uma espécie de roteiro fiscal e depende da aprovação do Congresso, controlado pelos republicanos, para entrar em vigor.

Além do combate direto aos jihadistas, a proposta de Obama prevê reforçar o Exército do Iraque e fortalecer a oposição moderada na Síria. Os recursos fazem parte do montante de 58 bilhões de dólares a serem investidos nas chamadas Operações de Contingência no Exterior.

Apesar do orçamento total de 3,99 trilhões de dólares prever um déficit de 474 bilhões de dólares, o equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, Obama propôs um aumento da verba destinada ao Pentágono para 585 bilhões de dólares. Esse montante ultrapassa os atuais limites impostos pelo Congresso, numa lei de 2011.

Além de combater milícias jihadistas no Oriente Médio, o orçamento também visa o conflito no leste ucraniano, incluindo o aumento de exercícios e treinamentos militares com parceiros europeus.

Com o orçamento, os EUA pretendem financiar uma força ativa de 475 mil soldados, número levemente abaixo do planejamento original de 490 mil militares após as guerras no Iraque e Afeganistão. O Pentágono alertou que, caso os limites orçamentários impostos em 2011 permanecessem em vigor, o número de soldados teria que ser cortado para aproximadamente 420 mil.

"Um retorno a um orçamento limitado seria irresponsável e perigoso, resultando numa força muito pequena e mal equipada para responder a toda a gama de potenciais ameaças à nação", afirmou o Pentágono em comunicado.

"Os acontecimentos geopolíticos do ano passado apenas reforçam a necessidade de investimento no Departamento de Defesa no nível do financiamento pedido pelo presidente, apesar de se opor à legislação atual", prosseguiu.

Também nesta segunda-feira, em entrevista à rede de televisão NBC, o presidente americano disse que os EUA não vão medir esforços para resgatar uma agente humanitária sequestrada pelo "Estado Islâmico" na Síria no ano passado. Em 2014, outro agente humanitário dos EUA e dois jornalistas do país foram decapitados pelo grupo radical.

PV/rtr/afp

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