Obama planeja enviar astronautas a Marte na década de 2030
12 de outubro de 2016
Em artigo intitulado "Estados Unidos darão o grande salto a Marte", presidente americano fala sobre os planos do país para expandir a exploração espacial e destaca importância da colaboração com empresas privadas.
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O presidente americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos estão no "caminho certo" para alcançar a meta de enviar missões tripuladas a Marte na década de 2030. As declarações estão num artigo escrito por Obama e publicado no site da emissora CNN nesta terça-feira (11/10).
Em 2010, poucos meses após ter assumido a Casa Branca, o presidente descreveu seus planos para a exploração espacial durante um discurso no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, onde previu que os EUA enviariam humanos numa viagem de ida e volta ao planeta vermelho no início dos anos 2030.
"Chegar a Marte exigirá cooperação contínua entre o governo e empreendedores privados, e já estamos no caminho correto. Dentro dos próximos dois anos, empresas privadas enviarão pela primeira vez astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS)", destaca agora Obama.
Em artigo intitulado Estados Unidos darão o grande salto a Marte, ele relata que mantém desde criança o mesmo sentimento de "admiração" diante do programa espacial dos EUA, que, segundo ele, representa uma "parte essencial" do caráter americano – "curiosidade e exploração, inovação e criatividade, empurrando os limites do que é possível e fazê-lo antes de todo mundo", diz.
No texto, Obama ainda antecipa que os Estados Unidos já estão trabalhando com parceiros comerciais para "construir novos habitats que possam manter e transportar astronautas em missões de longa duração no espaço profundo". "Essas missões nos mostrarão como os humanos podem viver longe da Terra – algo que precisaremos entender para a longa jornada até Marte", acrescenta.
Segundo o presidente, mais de mil empresas de quase todos os estados do país já trabalham atualmente em iniciativas espaciais privadas. Nesta semana, cientistas, engenheiros e empreendedores se reunirão em Pittsburgh, na Pensilvânia, para discutir sobre os próximos passos dessa empreitada.
Em 2011, a agência espacial americana (Nasa) pôs fim aos voos de suas naves espaciais e, desde então, depende da Rússia para levar seus astronautas à ISS. A situação deve mudar no ano que vem, quando está previsto que pelo menos duas empresas privadas, Boeing e SpaceX, realizem missões tripuladas para transferir os astronautas americanos à estação sem depender de outros países.
EK/abr/efe/lusa/ots
Desastres naturais vistos do espaço
Como os satélites veem a Terra? E o que eles descobrem sobre os acontecimentos na superfície do planeta? Confira fotos impressionantes de catástrofes naturais observadas da órbita terrestre.
Foto: NASA
Gigante acordado
De densas cinzas a nuvens de água congelada, fenômenos naturais podem ser examinados do espaço sideral. A Estação Espacial Internacional estava passando sobre o vulcão Sarychev, localizado nas ilhas Kuril, na Rússia, quando ele entrou em erupção em 2009. Aproveitando uma brecha entre as nuvens, os astronautas puderam tirar esta foto.
Foto: NASA
Lago evaporado
Diariamente, satélites de observação, como o Proba-V da Agência Espacial Europeia, coletam imagens que permitem rastrear as mudanças ambientais ao longo do tempo. Estas fotos tiradas em abril de 2014, julho de 2015 e janeiro de 2016 (da esq. para dir.) fornecem uma visão clara da evaporação gradual do lago Poopó, em parte devido às mudanças climáticas. Ele já foi o segundo maior lago da Bolívia.
Foto: ESA/Belspo
Não brinque com fogo
Todos os anos, incêndios florestais destroem paisagens e ecossistemas ao redor do planeta. Muitas vezes, eles são causados por seres humanos. Esse também foi o caso na Indonésia, onde agricultores fizeram queimadas na floresta de turfa. Na Islândia, Bornéu e Sumatra, satélites detectaram focos de incêndio em setembro de 2015, e a coluna de fumaça cinza provocou alertas de qualidade do ar.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Chuvas torrenciais
Em 2013, choveu tanto que alguns rios da Europa Central transbordaram. Como se pode ver nesta imagem de 2013, o rio Elba rompeu as suas margens após chuvas sem precedentes. Na foto, a água enlameada cobre a área em torno da cidade de Wittenberg, no estado alemão da Saxônia-Anhalt.
Foto: NASA/J. Allen
No olho do furacão
Uma forte tempestade pode causar danos irreparáveis através de ventos intensos e chuvas torrenciais que vêm do mar. Informações obtidas do espaço são cruciais para acompanhar o desenvolvimento de tormentas: intensidade, direção, velocidade do vento. No Pacífico leste, próximo à costa mexicana, esta imagem ajudou a prever que o furacão Sandra alcançaria ventos de 160 km/h em novembro de 2015.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Derretimento de geleiras
Satélites também desempenham importante papel no monitoramento das mudanças climáticas e, inevitavelmente, do processo de degelo. Do espaço, cientistas puderam documentar a diminuição de geleiras ao redor do mundo, como também a subsequente elevação do nível dos oceanos. Esta foto feita pela Estação Espacial Internacional mostra o recuo da geleira Upsala, na Patagônia argentina, de 2002 a 2013.
Foto: NASA
Prenda a respiração
Em setembro de 2015, satélites proporcionaram esta vista impressionante de regiões povoadas no Oriente Médio envoltas numa tempestade de areia ou "haboob". Aliadas às informações de sensores de qualidade de ar no solo, observações de satélites espaciais ajudam a entender os padrões de início e desenvolvimento de uma tempestade. Essas constatações melhoram os métodos de previsão.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Montanha nua
Essas foram as palavras usadas pela Nasa para descrever a falta de neve no Monte Shasta, na Califórnia, uma fonte crucial de água para a região. Imagens que vêm documentando a estiagem ao longo dos últimos anos têm mostrado montanhas marrons que deveriam ser brancas, e terra onde se procura água. Com o degelo, a seca aumenta.