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Obama pressiona por medidas contra o zika

27 de janeiro de 2016

Após duas pessoas que viajaram recentemente ao exterior terem sido diagnosticadas com o vírus, presidente pede rapidez nos esforços para deter um possível surto no país.

USA Zika Virus Aufnahme unter dem Elektronenmikroskop
Foto: Reuters/CDC/Cynthia

Após a confirmação de dois novos casos de moradores dos Estados Unidos contaminados pelo vírus zika, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o presidente Barack Obama pediu nesta terça-feira (26/01) rapidez no desenvolvimento de testes, vacinas e tratamentos.

Obama se reuniu com autoridades de saúde do país, pedindo a aceleração das medidas de prevenção e que a população seja informada sobre o vírus e como se proteger de infecções.

Em comunicado, a Casa Branca afirmou que "o presidente enfatizou a necessidade de acelerar as pesquisas para prover melhores diagnósticos, desenvolver vacinas e tratamentos e assegurar que os americanos sejam informados do vírus".

As autoridades de saúde americanas não deram detalhes sobre os dois novos. A Secretária de Saúde da Virginia, Marissa Levine, se limitou a afirmar que a pessoa contaminada em seu estado havia viajado recentemente para um dos países onde ocorre a transmissão do vírus. Ela disse que não há risco de contaminação, uma vez que esta não é a época de proliferação de mosquitos na região.

Na sexta-feira passada, três pessoas foram diagnosticadas com o vírus zika nos EUA. Os três pacientes teriam viajado recentemente para a América Latina.

Reforço no auxílio a doentes

Segundo as novas recomendações de autoridades de saúde do país divulgadas na terça-feira, bebês nascidos nos Estados Unidos de mães que viajaram para algum dos países afetados pelo surto do vírus deverão ser submetidos a exames de diagnóstico.

As novas diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) estabelecem que os bebês que possam ter sido expostos sejam submetidos a exames em seus dois primeiros dias de vida.

As instruções são de que os pediatras devem trabalhar junto aos obstetras que cuidam das mulheres expostas ao vírus durante a gravidez, monitorando os resultados dos exames de ultrassonografia e realizando testes nas crianças que apresentarem sinais de microcefalia.

Os CDC divulgaram uma relação de países na América Latina e no Caribe onde ocorrem as contaminações pelo vírus zika, e recomendaram que mulheres grávidas evitem viajar para esses locais.

Entre os países relacionados estão Brasil, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Bolívia e Venezuela, além de Cabo Verde, na costa da África Ocidental, Samoa, no sul do Pacífico e diversas nações do Caribe.

As companhias aéreas American Airlines e United Airlines ofereceram o reembolso de passagens às pessoas que viajariam aos países afetados.

A Organização Mundial de Saúde previu que o vírus zika deverá se espalhar para todos os países do continente americano, com a exceção do Chile e do Canadá.

RC/rtr/ap

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