Após duas pessoas que viajaram recentemente ao exterior terem sido diagnosticadas com o vírus, presidente pede rapidez nos esforços para deter um possível surto no país.
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Após a confirmação de dois novos casos de moradores dos Estados Unidos contaminados pelo vírus zika, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o presidente Barack Obama pediu nesta terça-feira (26/01) rapidez no desenvolvimento de testes, vacinas e tratamentos.
Obama se reuniu com autoridades de saúde do país, pedindo a aceleração das medidas de prevenção e que a população seja informada sobre o vírus e como se proteger de infecções.
Em comunicado, a Casa Branca afirmou que "o presidente enfatizou a necessidade de acelerar as pesquisas para prover melhores diagnósticos, desenvolver vacinas e tratamentos e assegurar que os americanos sejam informados do vírus".
As autoridades de saúde americanas não deram detalhes sobre os dois novos. A Secretária de Saúde da Virginia, Marissa Levine, se limitou a afirmar que a pessoa contaminada em seu estado havia viajado recentemente para um dos países onde ocorre a transmissão do vírus. Ela disse que não há risco de contaminação, uma vez que esta não é a época de proliferação de mosquitos na região.
Na sexta-feira passada, três pessoas foram diagnosticadas com o vírus zika nos EUA. Os três pacientes teriam viajado recentemente para a América Latina.
Reforço no auxílio a doentes
Segundo as novas recomendações de autoridades de saúde do país divulgadas na terça-feira, bebês nascidos nos Estados Unidos de mães que viajaram para algum dos países afetados pelo surto do vírus deverão ser submetidos a exames de diagnóstico.
As novas diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) estabelecem que os bebês que possam ter sido expostos sejam submetidos a exames em seus dois primeiros dias de vida.
As instruções são de que os pediatras devem trabalhar junto aos obstetras que cuidam das mulheres expostas ao vírus durante a gravidez, monitorando os resultados dos exames de ultrassonografia e realizando testes nas crianças que apresentarem sinais de microcefalia.
Os CDC divulgaram uma relação de países na América Latina e no Caribe onde ocorrem as contaminações pelo vírus zika, e recomendaram que mulheres grávidas evitem viajar para esses locais.
Entre os países relacionados estão Brasil, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Bolívia e Venezuela, além de Cabo Verde, na costa da África Ocidental, Samoa, no sul do Pacífico e diversas nações do Caribe.
As companhias aéreas American Airlines e United Airlines ofereceram o reembolso de passagens às pessoas que viajariam aos países afetados.
A Organização Mundial de Saúde previu que o vírus zika deverá se espalhar para todos os países do continente americano, com a exceção do Chile e do Canadá.
RC/rtr/ap
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.