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Obama promete defender Japão de ataque nuclear

14 de fevereiro de 2013

Presidente dos EUA diz que poderá lançar mão de escudo nuclear para proteger o aliado da ameaça norte-coreana. Coreia do Sul apresentou novos mísseis em advertência à Coreia do Norte.

Barack Obama PressekonferenzFoto: Reuters

Após o terceiro teste nuclear da Coreia do Norte, o presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu ao Japão proteção integral contra a ameaça nuclear do país vizinho. Já a Coreia do Sul advertiu severamente a Pyongyang nesta quinta-feira (13/02), durante apresentação de novos mísseis, que podem ser usados para atingir alvos no país vizinho.

Numa conversa por telefone com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, Obama se referiu expressamente ao "guarda-chuva nuclear" dos EUA na região, como informou a Casa Branca nesta quarta-feira.

Os líderes de EUA e Japão concordaram em se empenhar, conjuntamente, nas Nações Unidas, para a aprovação de sanções mais duras contra Pyongyang. O premiê japonês é esperado em Washington para se reunir com Obama no final deste mês.

De acordo com o Ministério do Exterior do Japão, Abe telefonou também na quarta-feira com o presidente sul-coreano, Lee Myung Bak. Os dois países são os que estão geograficamente mais próximos da Coreia do Norte, e se sentem ameaçados pelo regime comunista de Pyongyang. Os EUA têm soldados estacionados tanto no Japão como na Coreia do Sul.

Primeiro-ministro japonês, Shinzo AbeFoto: picture-alliance/dpa

Arma de precisão

Seul avisou que vai contra-atacar caso haja agressão norte-coreana. A Coreia do Sul apresentou uma nova arma e relaxou determinadas regras, permitindo que tropas na fronteira respondam fogo imediatamente, sem necessidade de permissão de autoridades militares. "O míssil de cruzeiro que está sendo apresentado hoje é uma arma de precisão guiada, que pode identificar e atingir a janela do escritório da liderança da Coreia do Norte", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, Kim Min-seok.

O estacionamento da nova arma, anunciada em abril do ano passado, só foi concluído agora. As autoridades não informaram detalhes sobre o alcance do míssil, assegurando que ele pode acertar qualquer alvo no norte. O ministério da Defesa sul-coreano divulgou vídeos mostrando o foguete acertando alvos, após ser lançado de contratorpedeiros e submarinos.

Teste mais forte

A Coreia do Norte realizou na terça-feira um teste nuclear subterrâneo. O anúncio de que o país testou "uma bomba atômica menor e mais leve, mas com grande poder explosivo" fez crescer os temores de que Pyongyang esteja preparando a produção de ogivas para equipar mísseis. Analistas norte-americanos e sul-coreanos afirmaram que o último teste nuclear foi muito mais potente que os anteriores, em 2006 e 2009.

O Conselho de Segurança condenou o teste na terça-feira e acusou a Coreia do Norte de ser responsável por uma "grave violação" das resoluções da ONU. Obama prometeu na terça-feira, em seu discurso sobre o Estado da União, tomar "medidas firmes" contra a Coreia do Norte.

A Coreia do Norte repetiu na quinta-feira sua advertência de que tomará uma ação firme caso haja novas sanções.

MD/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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