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Obama propõe endurecer leis de segurança cibernética

14 de janeiro de 2015

Projeto de lei prevê aumentar o compartilhamento de informações entre setor privado e governo, além de criminalizar a venda de números de cartão de crédito e contas bancárias.

Foto: picture-alliance/dpa/Oliver Berg

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou nesta terça-feira (13/01) ao Congresso um projeto de lei para tornar mais rígida a legislação sobre segurança cibernética.

A proposta prevê que empresas privadas compartilhem mais informações sobre sobre ataques cibernéticos com as autoridades americanas, garantindo a proteção dessas empresas.

A proposta também prevê a criminalização da venda em outros países de dados financeiros roubados (por exemplo números de cartões de crédito ou de contas bancárias), bem como obriga as empresas a informarem os respectivos clientes em caso de pirataria.

Além disso, o projeto de lei "melhora a colaboração e o compartilhamento de informações no âmbito do setor privado", afirmou a Casa Branca, num comunicado.

Legisladores tentam há anos aprovar leis que estimulem as empresas a compartilhar dados com o governo, mas preocupações sobre privacidade costumam impedir que isso aconteça. Pano de fundo da nova tentativa são os recentes ataques de hackers à Sony Pictures, em dezembro, e à conta de um comando militar na rede social Twitter, na segunda-feira.

"Temos que estar à frente daqueles que querem nos prejudicar. O problema é que governo e o setor privado continuam não trabalhando tão próximos como deveriam", disse Obama, argumentando que ataques cibernéticos ameaçam o funcionamento de sistemas financeiros, redes de energia e sistema de saúde, que são executados em redes conectadas à internet.

Britânico suspeito por ataque jihadista

Em relação ao ataque efetuado ao Centcom, comando militar dos EUA responsável pelo Oriente Médio e Ásia Central, fontes governamentais americanas e europeias relataram aos investigadores a suspeita de que o hacker britânico Junaid Hussain pode ter liderado a ofensiva.

Grupo autodenominado CyberCaliphate invadiu contas militares dos EUA e divulgou documentos internosFoto: Reuters/Screenshot Twitter

Em 2012, o hacker esteve preso por seis meses após ter roubado a agenda de um dos endereços de e-mail mantidos por assessores do então premiê britânico, Tony Blair. Segundo a imprensa britânica, Hussain, que vivia em Birmingham, na Inglaterra, mudou-se para a Síria em algum momento dos últimos dois anos.

Nesta segunda-feira, um grupo de hackers, que declara simpatia pelo "Estado Islâmico" (EI), reivindicou um ataque ao Centcom, divulgando documentos internos, incluindo endereços de oficiais.

O grupo, chamado CyberCaliphate (Cibercalifado, em português), invadiu as contas no Twitter e no portal de vídeos YouTube e trocou as imagens dos perfis das contas, colocando uma pessoa com o rosto coberto e a bandeira utilizada pelo EI. Também publicou mensagens extremistas, nomeadamente ameaças aos americanos.

PV/rtr/afp/lusa/dpa

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