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Obama chega à reta final com leve vantagem em estados indecisos

5 de novembro de 2012

Na acirrada disputa pela Casa Branca, pesquisas põem presidente à frente de Romney em Ohio e outros cinco dos chamados "swing states", mas com pouca margem.

Foto: AP

Em meio a uma intensa mobilização dos partidos democrata e republicano em busca de votos que possam fazer a diferença na reta final, o presidente Barack Obama chega às últimas horas da campanha antes da eleição desta terça-feira (06/11) com vantagem - ainda que por uma margem apertada - na maioria dos estados considerados indecisos nos Estados Unidos.

Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, Obama está à frente de Mitt Romney em seis dos chamados swing states, estados onde a disputa é considerada imprevisível. Em três deles (Colorado, Virgínia e New Hampshire), aparece com a margem mínima, em alguns casos inferior a um ponto percentual. Nos demais (Ohio, Iowa e Wisconsin), a diferença é mais ampla, porém, em média, nunca superior a cinco pontos.

Já Romney é colocado pela maioria das pesquisas à frente de Obama na Flórida, mas também com uma vantagem em torno de um ponto percentual. Algumas sondagens, como a divulgada nesta segunda-feira pelo instituto Public Policy Polling (PPP), colocam Obama em vantagem no estado, mas igualmente por estreita margem.

No complexo sistema eleitoral americano, o presidente não é eleito por voto popular direto, e sim por um Colégio Eleitoral de 538 membros, que são apontados por cada estado de forma proporcional à sua população. Com mais de 30 milhões de habitantes, a Califórnia, por exemplo, fornece 55 representantes. Montana, onde habitam pouco menos de 1 milhão de pessoas, contribui com três.

O candidato que tiver a maioria dos votos num determinado estado terá o apoio de todos os seus representantes. Por isso, Obama ou Romney poderiam vencer a eleição sem necessariamente terem recebido o maior número de votos em nível nacional – como aconteceu com George W. Bush em 2000.

Nos sete estados considerados totalmente em aberto – e onde as campanhas dos dois partidos concentram seus últimos esforços antes da votação – há cerca de 90 votos do Colégio Eleitoral em disputa. A maior parte está na Flórida (29), e os demais em Ohio (18), Virgínia (13), Wisconsin (10), Colorado (9), Iowa (6) e New Hampshire (4). Neste cenário, analistas políticos veem Obama com mais possibilidades.

Se confirmadas as previsões das pesquisas, Obama teria hoje assegurados pouco mais de 240 votos e precisaria de cerca de 30 para chegar à vitória. Levando em conta que a Flórida ficará com Romney, o presidente americano precisaria vencer em um dos três outros grandes estados indecisos, preferencialmente em Ohio, onde vem mantendo vantagem sustentada nas sondagens.

Em nível nacional, empate 

Com Ohio, Obama precisaria vencer ainda em dois estados menores ou apenas na Virgínia – onde está um ponto percentual à frente de Romney, segundo pesquisa NBC News/Wall Street Journal desta segunda-feira – ou em Wisconsin – estado tradicionalmente democrata e onde aparece com vantagem em praticamente todas as sondagens. 

Já Romney, se concretizadas as previsões, teria um caminho mais difícil. Além de assegurar a Flórida, precisaria vencer também em Ohio, na Virgínia e em algum estado pequeno. Sem Ohio, por exemplo, o republicano teria que superar Obama em todos os swing states.

Há ainda disputas parelhas em outros quatro estados, onde uma virada não está descartada, mas que apresentam diferenças mais confortáveis entre os candidatos. São eles Carolina do Norte, onde Romney é apontado como favorito, e Nevada, Pensilvânia, Michigan, que devem ter vitória democrata.

Em nível nacional, a última pesquisa da rede americana CNN, divulgada nesta segunda-feira, coloca os dois candidatos empatados com 49%. A sondagem do site Politico em parceria com a Universidade George Washington também aponta empate, em 48%. Já a última pesquisa NBC News/Wall Street Journal dá estreita vantagem para Obama, com 48% contra 47% de Romney.

RR/dpa/afp
Revisão: Francis França

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