Quadro "Meule" é vendido por 81,4 milhões de dólares em leilão em Nova York, 1 milhão de dólares a mais do que valor pago pela pintura mais cara do mestre impressionista até então. Obra data do final do século 19.
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Uma pintura de Claude Monet alcançou um novo recorde na noite desta quarta-feira (16/11) durante um leilão realizado pela casa Christie's, em Nova York. A obra Meule foi arrematada por 81,4 milhões de dólares, 1 milhão a mais do que valor mais alto já pago por um quadro do mestre impressionista francês.
Segundo a agência de notícias AFP, o leilão durou quase 15 minutos, o que é incomum para leilões deste tipo. Uma mulher que se encontrava na sala tentou alguns lances até apresentar sua última oferta, de 53 milhões de dólares, antes de desistir e ceder a compradores que negociavam por telefone.
A obra em questão traz uma cena de crepúsculo com uma pilha de feno em formato cônico em primeiro plano. De acordo com a Christie's, é uma das poucas pinturas de Monet que ainda se encontrava em mãos privadas. Atualmente, a maioria dos quadros do artista pode ser vista em locais como o Museu d'Orsay, em Paris; o Metropolitan, em Nova York; ou o Instituto de Arte de Chicago.
Meule faz parte de uma série de 24 imagens intitulada Les Meules, todas feitas por Monet durante o inverno de 1890-91 num campo perto de sua casa no vilarejo francês de Giverny, na Normandia. A pintura havia sido adquirida em setembro de 1891 pela galeria de arte Knoedler & Co, que a levou aos Estado Unidos.
O recorde anterior por uma obra de Monet havia sido obtido em junho de 2008. Na ocasião, Le Bassin aux Nymphéas ("Nenúfares") foi vendida por 80,4 milhões de dólares em Londres. O preço desta quarta também superou as estimativas da casa, que apostava em uma venda no valor de 45 milhões de dólares.
Outro destaque na noite de quarta-feira foi a venda da obra Rígido e Curvo, de Wassily Kandinsky, que atingiu o valor de 23,3 milhões de dólares, também um recorde para o pintor russo.
IP/ap/afp
As obras de arte mais caras do mundo
Colecionadores pagam fortunas por obras de artistas famosos. Poucos trabalhos, no entanto, foram comprados por mais de 100 milhões de dólares. Veja as dez obras mais valiosas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Wenig
O mais caro do mundo
A pintura "Salvator mundi" (Salvador do Mundo), de Leonardo da Vinci, foi leiloada em Nova York em 15 de novembro de 2017 por 450 milhões de dólares, tornando-se o quadro mais caro de todos os tempos. A pintura a óleo representando Cristo foi feita em madeira há 500 anos e mede 66 x 46 cm. Não foi revelado quem adquiriu o quadro, que era a última obra conhecida do autor em mãos privadas.
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Picasso está na lista quatro vezes
O quadro "As mulheres de Argel (versão 0)", de Pablo Picasso, foi leiloada em 11 maio de 2015. Por mais de 179 milhões de dólares, a tela mudou de dono na casa Christie's de Nova York. Com essa transação, o pintor moderno espanhol aparece quatro vezes na lista das obras de arte que alcançaram os lances mais altos. E está em excelente companhia.
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Vice-campeão italiano
O pintor italiano Amedeo Modigliani pintou este "Nu deitado" em 1917, três anos antes de morrer. Em novembro de 2015, a tela foi arrematada na Christie's de Nova York por 170,4 milhões de dólares. O novo proprietário é Liu Yiqian, negociante e bilionário de Xangai, China.
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Bacon, o ex-número um
"Três estudos de Lucian Freud" de Francis Bacon era, até maio de 2015, o quadro mais caro já leiloado. Em 2013, os retratos que o inglês fez do também pintor Freud foram arrematados por 142,4 milhões de dólares. O tríptico pertence à colecionadora americana Elaine Wynn.
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Venda privada
O quadro "Adele Bloch-Bauer I" foi pintado pelo austríaco Gustav Klimt em 1907 e é mais conhecido como "Adele Dourada". Em 2006, o empresário americano Ronald Lauder o adquiriu por 135 milhões de dólares para uma galeria em Nova York, onde está exposto. Trata-se de uma venda particular, mas que foi organizada pela casa de leilões Christie's.
Em maio de 2012, a versão em pastel de "O grito", feita pelo norueguês Edvard Munch em 1985, foi leiloada por 119,9 milhões de dólares. Poucos sabem, no entanto, que há quatro versões deste quadro. Ao lado de "Mona Lisa", de Da Vinci, e "Girassóis", de Van Gogh, é um dos quadros mais conhecidos no mundo. O comprador foi o americano Leon Black.
Foto: Reuters
Monet: recorde do Impressionismo
Em maio de 2019, uma pintura da série "Meules", do pintor francês Claude Monet, foi vendida por US$ 110,7 milhões em um leilão em Nova York, marcando um recorde para o artista e para o Impressionismo. Pintada no inverno de 1890 na casa do artista em Giverny, na região francesa da Normandia, a obra é considerada um dos ícones do Impressionismo.
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Nudez milionária
Pablo Picasso pintou "Nu com folhas verdes e busto" num único dia de 1932, retratando sua amante da época. Em termos atuais, um salário-hora milionário. Em 2010, um colecionador incógnito arrematou a tela pelo telefone, por 106,5 milhões de dólares. Em 2011, foi emprestada à galeria Tate, de Londres.
Foto: picture-alliance/dpa
"Acidente com carro prata", de Andy Warhol
Em 1963, o artista americano Andy Warhol produziu esta obra, que mostra várias imagens de um acidente de carro. A obra-prima foi leiloada por 105,4 milhões de dólares pela Sotheby's em 2013.
Foto: AUSSCHNITT: picture-alliance/dpa/Sotheby's
Outra obra de Picasso
O óleo "Rapaz com cachimbo" foi pintado por Pablo Picasso em 1905. Ele marca a transição do período azul para rosa do pintor. O quadro foi leiloado em Nova York em 2004 por 104,2 milhões de dólares.
Foto: picture-alliance/dpa
Escultura mais cara
O modernista suíço Alberto Giacometti também quebrou o próprio recorde no leilão de maio de 2015 em Nova York. Sua escultura "Homem apontando" alcançou 141,3 milhões de dólares.
Outra escultura de bronze de Giacometti, "Homem caminhando I" foi arrematada por 103,7 milhões de dólares pela filantropa brasileira Lily Safra. A escultura, de 1960, é considerada uma das mais destacadas obras de arte suíças no século 20. Ainda hoje ela estampa a cédula de 100 francos suíços.