Obras olímpicas são parcialmente interditadas no Rio
10 de maio de 2016
Após vistoria, Ministério do Trabalho interrompe parte das construções no Parque Olímpico e na Vila dos Atletas, a menos de três meses dos Jogos. Falta de condições de trabalho e segurança foi a principal razão.
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A menos de três meses dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou e embargou obras no Parque Olímpico e na Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, nesta segunda-feira (09/05).
Segundo a superintendência regional do Trabalho e Emprego do Rio, órgão vinculado ao ministério, a decisão foi tomada depois que vistorias técnicas foram realizadas nas construções nesta segunda-feira, detectando problemas de segurança para os trabalhadores.
"Encontramos uma série de irregularidades, como falta de equipamentos de proteção individual, trabalhadores em condições de extremo perigo ou sem contrato", esclareceu o superintendente regional do MTE, Robson Leite, em pronunciamento à imprensa.
Entre as obras estão parte de uma torre de TV no Parque Olímpico e uma escavação feita na Vila dos Atletas, que hospedará os esportistas durante os Jogos, a partir do dia 5 de agosto. Ao todo, quatro obras foram interditadas após a fiscalização, e uma foi embargada.
Recentemente, o órgão já havia divulgado um estudo alertando para a segurança dos operários que trabalham nas obras olímpicas, que ficarão de legado para a cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a pesquisa, já foram registradas ao menos 11 mortes.
Veja imagens da Tocha Olímpica em Brasília
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Para Leite, "esse é um número que assusta". "A título de comparação, durante as obras da Copa do Mundo de 2014, tivemos oito mortes, incluindo as registradas em obras de infraestrutura. Agora são 11 apenas nas estruturas olímpicas", disse.
"Quero que a população entenda que não temos a pretensão de atrapalhar o evento. Só queremos a segurança da população, dos trabalhadores e daqueles que virão ao Rio", completou o superintendente.
O Comitê Rio 2016, organizador dos Jogos, e a Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio) informaram que já estão tomando todas as providências necessárias para atender às determinações e exigências da superintendência regional.
"A Geo-Rio informa que fiscaliza a execução de áreas comuns da Vila dos Atletas, a cargo da empresa Erwil, que já orientou que a construtora acate imediatamente as providências solicitadas pelo Ministério do Trabalho", disse a fundação em nota.
O órgão municipal comunicou ainda que dois pontos de escavação do terreno embargado foram isolados, e uma reunião vai definir em breve os ajustes necessários para a continuidade da obra. "Nas demais frentes de trabalho, as obras seguem normalmente, sem alteração", concluiu o comunicado.
EK/efe/rtr
Dez esperanças de medalha para o Brasil
Meta do COB é conquistar no mínimo 27 medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. Entre multicampeões, potências mundiais e promessas, confira quais são as modalidades que podem levar o Brasil para o pódio no Rio.
Foto: Getty Images
Robert Scheidt - vela
Em busca de seu sexto pódio em Jogos Olímpicos, o maior medalhista brasileiro (junto com o também velejador Torben Grael), Robert Scheidt voltou à classe Laser, pela qual é eneacampeão mundial. Na vela, destaque também para a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais na classe 49er FX e eleitas as melhores velejadoras do mundo em 2014, além de Ricardo Winicki, na classe RS-X.
Foto: Imago
Sarah Menezes - judô
Desde Los Angeles 1984, o judô brasileiro conquistou medalhas em todas as edições dos Jogos Olímpicos. A atual campeã olímpica Sarah Menezes é forte candidata a repetir a dose no Rio de Janeiro. Rafael Silva, o Baby, as campeãs mundiais Mayra Aguiar e Rafaela Silva, além do veterano Tiago Camilo, também estão bem colocados nos rankings de suas respectivas categorias.
Foto: Getty Images/B. Mendes
Arthur Zanetti - ginástica
Único campeão olímpico latino-americano na história da ginástica olímpica, Arthur Zanetti vem dominando as provas nas argolas, onde conquistou um ouro e uma prata nos dois últimos mundiais. Ao lado de Diego Hypólito e Sérgio Sasaki, primeiro brasileiro a ser finalista no individual geral nos Jogos Olímpicos, em Londres 2012, Zanetti quer levar o Brasil ao inédito pódio na competição por equipes.
Foto: Reuters
Fabiana Murer - atletismo
Em 2008, equipamento roubado; em 2012, a culpa foi do vento. Após duas decepcionantes participações, Fabiana Murer quer se redimir com uma medalha no Rio de Janeiro. A missão da campeã mundial do salto com vara de 2011, porém, é complicada: a cubana Yarisley Silva, melhor marca do ano, a americana Jennifer Suhr e a russa Yelena Isinbayeva, dona do recorde mundial, são as principais concorrentes.
Foto: Imago
Bruno Fratus - natação
A cena de Bruno Fratus (dir.) cumprimentando César Cielo, em Londres 2012, não irá se repetir nos Jogos do Rio. Com a ausência de Cielo, Fratus se tornou a principal esperança de medalhas. Bronze no Mundial de 2015, ele detém o segundo melhor tempo nos 50m livres em 2016. Outros bons nomes são Felipe França, Nicholas Santos, além de Thiago Pereira, maior medalhista pan-americano da história.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Walton
Duda Amorim - handebol
A seleção feminina de handebol conquistou o inédito título mundial em 2013, na Sérvia. Treinada pelo dinamarquês Morten Soubak, a equipe espera superar a campanha de Londres (6º lugar) e se recuperar do fraco Mundial de 2015, quando caiu nas oitavas de final. O time conta com Alexandra Nascimento e Duda Amorim (foto), eleitas as melhores jogadoras do mundo em 2012 e 2014, respectivamente.
Foto: Imago
Isaquias Queiroz - canoagem
Atual bicampeão mundial da prova não olímpica do C1 500m e medalhistas nos últimos dois mundiais nas provas C1 1.000m, C1 200m e C2 200m, Isaquias Queiroz quer conquistar a primeira medalha olímpica para a canoagem brasileira. Atenção também para a mineira Ana Sátila, que esteve em Londres com apenas 16 anos e foi campeã mundial júnior de slalom em 2014.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch
Yane Marques - atletismo
Grande surpresa em Londres 2012, quando conquistou a inédita medalha de bronze no pentatlo moderno, Yane Marques manteve a sequência de bons resultados, conquistando uma prata e um bronze em dois mundiais da modalidade. Além disso, ela já conseguiu derrotar as últimas duas campeãs olímpicas: Laura Asadauskaite, da Lituânia, e Lena Schöneborn, da Alemanha.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Schmidt
Ágatha e Bárbara Seixas - vôlei
Nenhuma modalidade deu tantas medalhas olímpicas ao esporte brasileiro como o vôlei: 20, sendo seis de ouro. O Brasil é potência mundial na quadra e na areia, tanto no masculino como no feminino. Destaque para as duplas femininas do vôlei de praia, que ocuparam todas as três posições do pódio na Holanda, coroando Ágatha e Bárbara Seixas como campeãs mundiais de 2015.
Foto: Getty Images/G. Arroyo Moreno
Neymar - futebol
Pentacampeão mundial, fábrica de craques e maior exportador de jogadores do mundo. Em Jogos Olímpicos, no entanto, o futebol brasileiro tem um retrospecto decepcionante: três pratas, em 1984, 1988 e 2012. Para quebrar o jejum, o craque Neymar está pedindo dispensa do Barcelona para aproveitar a segunda chance em dois anos de ser campeão no Maracanã e levar o Brasil ao ouro inédito.