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Aids

30 de novembro de 2011

Segundo relatório da OMS divulgado na véspera do Dia Mundial de Combate à Aids, número de novas infecções caiu na última década 15% em todo o mundo. Brasil é, novamente, citado como exemplo. África continua preocupando.

África ainda tem maior número de casos, mas doença avança na Europa Oriental e Ásia Central
África ainda tem maior número de casos, mas doença avança na Europa Oriental e Ásia CentralFoto: picture-alliance/dpa

O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quarta-feira (30/11), véspera do Dia Mundial de Combate à Aids, aponta "um progresso sem precedentes" na luta contra o HIV. Na última década, o número de novas infecções em todo o mundo caiu em 15% atingindo a marca de 2,7 milhões (2010). Além disso, o número de mortes por aids diminuiu em 22% em cinco anos, chegando a 1,8 milhão.

O documento afirma também que as pessoas estão mais esclarecidas, o acesso ao tratamento e à prevenção melhoraram. Um exemplo, conforme o relatório em cinco anos quadruplicou o número de mulheres grávidas em países em desenvolvimento e emergentes que fizeram o teste do HIV. "Há agora uma chance real de controlarmos a epidemia", afirmou Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV da OMS.

A OMS apresentou seu relatório anual em Genebra juntamente com a Unicef e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids). A Unaids já tinha divulgado em meados deste mês um primeiro relatório sobre a disseminação da enfermidade.

África subsaariana ainda tem o maior número de casosFoto: picture alliance/imagestate/Impact Photos

A Europa Oriental e a Ásia Central registram o maior crescimento mundial de infecções pelo HIV.  É, entretanto, na África subsaariana que continua a haver a maior preocupação com a doença, já que mais de dois terços dos infectados em todo o mundo vivem na região.

Desta vez, entretanto, há motivos para otimismo neste ponto do planeta, porque cada vez mais africanos estão tendo acesso a medicamentos que mantêm o vírus sob controle. No Leste Europeu, porém, as taxas de tratamento permanecem baixas.

Aumento no Leste europeu e na Ásia Central

As tendências na Europa Oriental e na Ásia Central, onde a aids tem se espalhado mais rapidamente, são mais preocupantes. De acordo com as estimativas atuais, viviam nessas regiões, no ano passado, um total de cerca de 1,5 milhão de pessoas soropositivas - um aumento de 250% em relação a 2001.

Na Rússia e na Ucrânia, o HIV vem se espalhando de forma especialmente rápida. "E não há sinais de que a epidemia nesta região já atingiu o seu pico", observou Hirnschall. Ano passado, o número de pessoas que morreram pela doença na Europa Central e na Ásia Central foi de 90 mil, cota dez vezes maior que em 2001.

Doente ucraniana: região teve maior alta em infecções em todo o mundoFoto: AP

Na África subsaariana, no entanto, em 2010 quase metade dos necessitados recebeu a terapia antirretroviral. Em 2009, eram tratados 30% de pacientes a menos do que em 2010, tendo sido registrado o maior crescimento mundial.

Entretanto, o relatório afirma que a região tem a maior população de soropositivos no mundo, abrigando 22,9 milhões dos 34 milhões de soropositivos no mundo inteiro. A região também registrou 70% das novas infecções. O país com mais infectados permanece a África do Sul, com 5,6 milhões, mais do que na Ásia inteira.

Brasil é exemplo no combate à aids

Cerca de um terço das pessoas que vivem com o HIV na América Latina é de brasileiros, segundo o documento. Ressalta, entretanto, a taxa de adultos infectados no Brasil nunca alcançou 1%, devido a uma resposta bem coordenada ao problema, à proteção dos direitos humanos e aos programas específicos, que impediram uma potencial epidêmico no país. Segundo o documento, a estimativa de cobertura de tratamento antirretroviral para pessoas com HIV no Brasil chega a 70%.

O relatório critica o fato de que os investimentos em programas de HIV caíram significativamente em 2010, como consequência da crise financeira, enquanto cresciam ano por ano até então. De acordo com as estimativas, atualmente são gastos 16 bilhões de dólares (12 bilhões de euros). Necessário, seriam entre 22 e 24 bilhões de dólares. As Nações Unidas têm como meta de desenvolvimento do milênio a paralisação da propagação da aids até 2015.

MD/dpa/lusa
Revisão: Carlos Albuquerque

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