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OMS avaliará riscos da Rio 2016

4 de junho de 2016

Após pressão internacional, comitê de emergência analisará impacto do surto de zika nos Jogos Olímpicos. OMS afirma, porém, que decisão sobre permanência do Rio de Janeiro como sede do evento caberá ao COI.

OMS avaliará riscos da Rio 2016
Foto: Getty Images/M. Tama

Diante o surto de zika, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (03/06) que avaliará nas próximas semanas os riscos de se realizar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em agosto.

"Devido ao nível de preocupação internacional, decidi pedir aos integrantes do comitê de emergência de zika para avaliar os riscos da realização dos Jogos Olímpicos com o previsto", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

Após a avaliação, a decisão sobre manter o evento no Rio de Janeiro ficará com o Comitê Olímpico Internacional (COI), ressaltou a porta-voz da organização Nyka Alexander.

O surto de zika tem preocupados atletas convocados para os Jogos Olímpicos e especialistas em saúde. O astro espanhol da NBA Pau Gasol afirmou no início da semana que cogita não participar do evento devido aos riscos associados ao vírus.

Um apelo público, assinado por 150 cientistas de todo o mundo, pediu no final de maio à OMS para que se posicionasse a favor do adiamento ou troca de lugar do evento esportivo. Em carta aberta a Margaret Chan, os especialistas de dez países, incluindo o Brasil, alertaram que o zika representa "um risco desnecessário", tendo em conta que 500 mil turistas estrangeiros "vão para ver os jogos e podem ser potencialmente infectados, levando o vírus para casa, onde a infecção pode-se tornar endêmica".

Um dia após a divulgação da carta, a organização rechaçou o pedido e afirmou não haver justificativas para adiar ou cancelar os jogos. Porém, agora anunciou que fará uma avaliação sobre riscos.

Em fevereiro, a OMS declarou o surto de zika emergência global. Recentemente, a agência da ONU pediu que grávidas evitassem viajar ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos. O Brasil é o país mais afetado pelo vírus e já registrou quase 1,5 mil casos de microcefalia.

A organização alertou ainda os visitantes do Rio de Janeiro para evitar ir a regiões mais carentes, usar repelente e optar por ficar em acomodações com ar-condicionado devido ao vírus.

CN/rtr/ap

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