OMS diz que marketing digital deixa mais crianças obesas
4 de novembro de 2016
Crianças na Europa são alvo de campanhas que promovem alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, alerta a Organização Mundial da Saúde. Pais subestimam técnicas publicitárias persuasivas e personalizadas.
Anúncio
As crianças europeias estão sendo "bombardeadas" com anúncios e marketing digital que promovem o consumo de alimentos prejudiciais à saúde e que aumentam o risco de obesidade infantil, alertou nesta sexta-feira (04/11) a Organização Mundial da Saúde.
Em relatório, pesquisadores da OMS pedem que políticos ajam para proteger as crianças dos anúncios desses alimentos em portais de internet, jogos – os chamados advergames – e mídias sociais.
"Notamos com frequência que as crianças estão expostas a incontáveis técnicas ocultas de marketing digital, que promovem alimentos ricos em gordura, açúcar e sal", disse Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS para a Europa.
Segundo Jakab, na ausência de mecanismos reguladores eficientes nas mídias digitais, as crianças acabam expostas a técnicas de marketing persuasivas e personalizadas.
"Com frequência, os pais não veem os mesmos anúncios ou não observam as atividades online de suas crianças, e acabam muitas vezes subestimando as dimensões do problema", diz a OMS.
Como falta regulamentação efetiva e controle sobre o marketing digital, as crianças ficam expostas a poderosas campanhas de marketing online por meio de plataformas digitais que coletam dados pessoais de usuários.
O relatório descreve ainda como empresas tiram proveito do uso de smartphones pelas crianças. Muitas vezes, as companhias utilizam dados da localização geográfica dos aparelhos para divulgar anúncios e "ofertas especiais" em tempo real, quando os usuários se encontram em áreas onde determinados produtos são comercializados.
Pesquisas apontam que cerca de dois terços das crianças que se tornam obesas antes da adolescência se tornarão adultos obesos. Estima-se que 25% das crianças em idade escolar na Europa já estejam acima do peso ideal ou obesas, segundo o estudo da OMS. Essas crianças estão mais aptas a desenvolver doenças crônicas, como o diabetes, câncer e problemas cardíacos.
RC/rtr/dpa
Evitando o câncer
Para pesquisadores, o câncer não precisa ser um destino incontornável. Eles sabem o que causa os tumores e dizem que cada um pode lutar para diminuir os maiores riscos da doença.
Foto: Getty Images
O destino nas próprias mãos
O diagnóstico de câncer sempre atinge o paciente de forma dura e inesperada. Porém, quase metade dos casos de câncer poderiam ser evitados. Cerca de um quinto dos tumores tem ligação com o fumo. A fumaça do tabaco pode gerar câncer de pulmão e muitos outros tipos de tumor. Fumar é a maior causa de câncer por responsabilidade própria, mas não é a única.
Foto: picture-alliance/dpa
Obesidade mortal
No segundo lugar da lista de maiores causadores do câncer está a obesidade por causa dos níveis altos de insulina no sangue. Eles aumentam o risco de quase todos os tipos de câncer, especialmente aqueles que atingem os rins, a vesícula e o esôfago. Mulheres obesas também produzem mais hormônios sexuais nos tecidos adiposos e podem ter maior predisposição para câncer de mama e no colo do útero.
Foto: picture-alliance/dpa
Largando o sofá
Pessoas que se movimentam pouco são mais suscetíveis a ter câncer. Estudos de longo prazo mostram que praticar esporte pode evitar o câncer. A atividade corporal diminui os níveis de insulina e impede a obesidade – e basta passear um pouco ou andar de bicicleta.
Foto: Fotolia/runzelkorn
Um brinde à saúde
O consumo de álcool pode causar câncer, suscitando tumores especialmente na região bucal, na faringe e no esôfago. A combinação de álcool e cigarro é mortal e pode multiplicar o risco de contrair câncer por cem. Por outro lado, tomar um copo de vinho por dia é considerado saudável, já que a medida estimula o sistema circulatório. Porém, é recomendado evitar ultrapassar essa quantidade.
Foto: picture-alliance/dpa
Alimentos
Carne vermelha pode causar câncer no intestino. Ainda não se sabe o motivo exato, mas pesquisas mostram que existe uma relação clara entre a carne e a doença. A carne de vaca é especialmente perigosa, assim como a carne de porco – embora em menor medida. Consumindo carne vermelha, o risco aumenta 1,5 vez. A carne de peixe, por outro lado, pode prevenir o câncer.
Foto: Fotolia
Os perigos do churrasco
Ao grelhar a carne, podem surgir substâncias cancerígenas, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Em testes com animais, essas ligações químicas causam tumores. Estudos com seres humanos ainda não provaram o fenômeno de forma explícita. É possível que o problema esteja no consumo de carne em si e não na maneira de prepará-la.
Foto: picture alliance/ZB
Evitando o fast-food
Uma alimentação que contenha muitas frutas, legumes e fibras pode prevenir o câncer. Porém, estudos mostraram que uma alimentação saudável tem menos influência sobre o risco de contrair câncer que os especialistas suspeitavam. Ela diminui o risco apenas levemente, em cerca de 10%.
Foto: picture-alliance/dpa
Muito sol causa muitos danos
Os raios ultravioletas da luz do sol penetram no código genético e podem modificá-lo – o que pode causar alguns tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e melanomas. O protetor solar evita queimaduras, mas a pele bronzeada e mais escura já é um indício de que o corpo recebeu radiação demais.
Foto: dapd
Na medicina moderna
Os raios X prejudicam o patrimônio genético. Os danos de uma radiografia são mínimos, mas uma tomografia computadorizada deve ser realizada apenas quando há motivos importantes que a justifiquem. Já uma ressonância magnética é inofensiva. Também é preciso lembrar que o ser humano é alvo de radiações cancerígenas durante uma viagem de avião.
Foto: picture alliance/Klaus Rose
Infecções que causam câncer
O vírus do papiloma humano, conhecido como HPV ou VPH, pode desencadear câncer de colo de útero. Vírus de hepatite B e C chegam a gerar alterações nas células do fígado. A bactéria Helicobacter pylori (na foto) infecta a mucosa do estômago e pode causar câncer. Existe a possibilidade de vacinar-se contra muitas dessas infecções. A Helicobacter pylori pode ser combatida com antibióticos.
Foto: picture-alliance/dpa
Melhores que a fama que têm
A pílula anticoncepcional pode aumentar levemente o risco de câncer de mama. Ao mesmo tempo, porém, ela diminui o risco de câncer nos ovários. Em suma, a pílula é mais benéfica do que danosa – ao menos no que diz respeito ao câncer.
Foto: Fotolia/Kristina Rütten
Sem garantias
Porém, mesmo tomando medidas para diminuir o risco de desenvolver câncer, não há garantia contra a doença. Metade dos casos de câncer no mundo têm origem genética ou são fruto da idade avançada. Especialmente os tumores no cérebro se desenvolvem sem influência externa.