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OMS põe estado de SP em área de risco de febre amarela

16 de janeiro de 2018

Com o aparecimento de novos casos da doença, agência de saúde da ONU pede que todos que viajem à região se vacinem. Atividade do vírus voltou a aumentar após inverno.

Aedes Aegypti-Mücke
Foto: AFP/Getty Images/J. Ordonez

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta terça-feira (16/01) incluir todo o estado de São Paulo na área de risco para a febre amarela, pedindo a todos que viajarem à região que se vacinem.

Leia também: Febre amarela volta a pôr Brasil em alerta

Entre dezembro de 2016 e junho de 2017, segundo a OMS, foram contabilizados 777 casos da doença, incluindo 261 mortes em oito estados (Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins), assim como no Distrito Federal.

A decisão de incluir toda a São Paulo na área de risco foi tomada, de acordo com a organização, levando em conta os níveis elevados de atividade do vírus em todo o estado.

Após o inverno de 2017, a OMS diz que voltou a ser observada uma atividade maior do vírus da febre amarela. Entre 1º de julho do ano passado e 8 de janeiro de 2018, confirmou-se a infecção do vírus em 11 pacientes, com cinco mortes, duas delas em São Paulo.

No mesmo período, a OMS também estava investigando 92 casos adicionais de infecção em humanos em 15 estados (Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins), além do Distrito Federal.

Assim, recomenda-se que todos os viajantes internacionais ao país que ainda não foram vacinados sejam imunizados contra o vírus. É necessária apenas uma dose da vacina para obter a proteção, que dura pelo resto da vida do paciente.

A OMS especificou ainda que a definição de áreas onde o risco de contaminação é alto é um processo constante. Por isso, novas regiões poderão ser incluídas na lista, que é atualizada regularmente.

Situação em outros estados

O surto da doença também é grave em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. O governo mineiro confirmou na segunda-feira mais duas mortes por febre amarela, elevando para 11 o total desde julho do ano passado. No estado, já foram confirmados 46 casos de infecção.

Já no Rio de Janeiro, desde o início deste ano três pessoas morreram da doença. Além destes, mais um caso foi confirmado. A busca pela vacina no estado causou filas em postos de saúde em várias cidades. Em clínicas particulares do Rio, a vacina está em falta. A Bahia registrou na segunda-feira a primeira morte pela doença desde 2000.

O Ministério da Saúde anunciou que realizará uma campanha de vacinação contra a febre amarela nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia entre fevereiro e março.

Em São Paulo, o governo estadual antecipou para o próximo dia 29 o início do uso de vacinas fracionadas – dose com um quinto da quantidade padrão – contra a febre amarela. A campanha com doses fracionadas estava prevista para começar no dia 3 de fevereiro. O governador Geraldo Alckmin anunciou também o aumento da meta de pessoas a serem imunizadas, de 6,3 milhões para 7 milhões.

A febre amarela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, chikungunya e zika. A OMS também recomenda que turistas e a população se protejam dos insetos com roupas (blusa de manga comprida e calças) e repelentes.

RK/CN/efe/abr/ots

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