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Onda de atentados abala Egito

24 de janeiro de 2014

Reivindicados por grupo ligado à Al Qaeda, ataques deixam ao menos seis mortos e antecipam aniversário da revolução que colocou Irmandade Muçulmana no poder. Alvos foram instalações da polícia no Cairo e em Gizé.

Foto: picture-alliance/dpa

Quatro atentados contra alvos policiais, nesta sexta-feira (24/01), no Egito, marcaram a véspera do terceiro aniversário da revolução que derrubou o então ditador Hosni Mubarak. Pelo menos seis pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas.

O ato terrorista mais grave dirigiu-se contra a diretoria de segurança da polícia na zona histórica do Cairo. Pela manhã cedo, um terrorista suicida rompeu com seu automóvel o bloqueio da central fortemente protegida e detonou uma bomba no estacionamento, abrindo uma cratera profunda. A fachada do prédio ficou seriamente danificada, assim como a do Museu de Arte Islâmica em frente.

De acordo com um porta-voz da polícia, o saldo é de quatro mortos e 73 feridos. A organização armada Ansar Beit al-Makdis, ligada à Al Qaeda, reivindicou o ataque. Uma equipe do canal de TV alemão ARD que noticiava sobre o ocorrido foi atacada por populares. Eles aclamavam o comandante militar general Abdel Fattah Al-Sisi e, aos brados de "Liquidar!", atacaram a socos, chutes e navalhadas um fotógrafo alemão, o produtor e um motorista egípcios, que só com dificuldade puderam ser colocados a salvo.

Num segundo atentado na capital egípcia, a bomba foi detonada perto de uma estação de metrô, no bairro de Dokki. A televisão estatal anunciou que houve um morto e 15 feridos. Poucas horas mais tarde, ocorreu nova explosão, dessa vez próxima à delegacia de Gizé, terceira maior cidade do Egito, sem vítimas ou danos. Uma quarta explosão durante a tarde matou uma pessoa na mesma localidade.

Manifestações diante da centrall de polícia da capital, após explosãoFoto: DW/M.Symank

A Irmandade Muçulmana chamou seus partidários a protestar neste sábado (25/01), exatos três anos desde a deposição de Mubarak, que governara o país durante 30 anos. A organização fundamentalista venceu as primeiras eleições livres após a queda do ditador. Em julho último, os militares do Egito derrubaram o presidente islamista Mohammed Morsi. Desde então têm ocorrido frequentes ataques contra policiais ou outras forças de segurança.

AV/afp/dpa

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