Mais de 82 mil pessoas foram diagnosticadas com gripe na atual temporada de outono e inverno no país, afirma Instituto Robert Koch. Um dos motivos seria um erro de avaliação da Organização Mundial de Saúde.
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Uma onda de gripe já causou a morte de ao menos 136 pessoas na Alemanha desde outubro de 2017, e mais de 80 mil infecções foram diagnosticadas no período.
Somente na terceira semana de fevereiro, o Instituto Robert Koch registrou cerca de 24 mil novos casos. Na semana anterior, ainda eram 18.700 infecções em toda a Alemanha.
O foco está atualmente centrado no sul e no leste do país, disse o grupo de trabalho Influenza, do Instituto Robert Koch. A maioria das mortes foi entre pessoas de terceira idade.
No entanto, o número de mortes pode ser maior, explicou a porta-voz do Instituto Robert Koch, Susanne Glasmacher. No caso de uma pneumonia bacteriana como causa de morte, os agentes patogênicos da gripe geralmente não podem ser detectados como causa, por exemplo.
O número de afetados pela gripe aumentou significativamente a partir de meados de fevereiro e, segundo Glasmacher, a tendência é que continue subindo.
Predominantemente está em circulação o influenzavirus B (75%), mas também há registros de tipos de influenzavírus A (H1N1, com 21%, e H3N2, com 4%).
Segundo alguns veículos de comunicação alemães, um dos motivos para a atual onda de gripe é um erro de avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacina tripla recomendada pela organização não funciona contra o vírus Yamagata, que faz parte da categoria dos influenzavírus B e necessita da vacina quádrupla.
Mas, em geral, a vacinação nunca é um antídoto com 100% de eficácia. Um dos motivos para isso é que o conteúdo das vacinas é compilado com base em probabilidades antes do início da chamada "temporada de gripe" no inverno europeu. Os serviços de saúde oferecem vacinas triplas gratuitas. "A eficácia da vacina está atualmente em 46%", segundo Glasmacher – um valor tido como normal dentro da flutuação usual de eficácia no combate à gripe.
O Instituto Robert Koch não foi capaz de avaliar quão forte é o surto atual de gripe em comparação com outros anos. Segundo Glasmacher, o número de visitas ao médico devido a dificuldades respiratórias agudas é atualmente bem maior do que nos anos anteriores. Por isso, a especialista afirma que faz sentido se vacinar contra a gripe agora: "A configuração da proteção demora duas semanas. Até lá, a onda de gripe ainda não acabou".
PV/dpa/ots
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Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.